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Obesidade

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UNA BOM DESPACHO
PAULA LORENA DE FREITAS SILVA
OBESIDADE E QUALIDADE DE VIDA
OBESIDADE: PROBLEMA DE SAÚDE OU PROBLEMA SOCIAL?
BOM DESPACHO
2018
PAULA LORENA DE FREITAS SILVA
OBESIDADE E QUALIDADE DE VIDA
OBESIDADE: PROBLEMA DE SAÚDE OU PROBLEMA SOCIAL?
Texto científico, apresentado junto ao curso de nutrição da Una Bom Despacho, como parte das exigências para a obtenção parcial de avaliação da Disciplina Institucional II.
Orientador(a): Prof. Denisse Ap. S. Souza
BOM DESPACHO
2018
1- INTRODUÇÃO
Segundo Tatiana Zanin (2008) a obesidade é uma doença definida pelo excesso de gordura corporal, no qual se classifica em grau 1, grau 2 e grau 3, de acordo com o IMC (índice de massa corpora). Ela pode vir seguida de problemas de saúde, como diabetes, câncer, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, depressão entre outras. Segundo a organização mundial de saúde (OMS), hoje a obesidade é uma doença enfrentada por muitas pessoas no mundo moderno, e é considerada uma pandemia do século 21, pois vai além de melhorar a alimentação e praticar exercícios, requer também fatores psicológicos, hereditários, e sócio cultural.
2- OBESIDADE: PROBLEMA DE SAÚDE OU PROBLEMA SOCIAL?
Trigueiro (2012) explica que nossa sociedade é chamada “sociedade de consumo” porque consumir se tornou uma atividade banal, indo além da ideia inicial de satisfazer necessidades para se tornar uma doença. Nos dias de hoje a falta de tempo, o meio de alimentos fáceis (enlatados, pré-pronto, fast foods), a falta de conhecimentos, sendo enganados por campanhas publicitarias de alimentos “maravilhosos” e com a falta de exercícios físicos, ajudado pelos meios fáceis de transporte, ônibus, carro, a obesidade vem se alastrando e tomando conta da população. 
Contudo a obesidade vai além de um problema de saúde. Problemas psicológicos, sociais e comportamentais podem ocorrer. Muitas vezes, pessoas obesas sofrem discriminação e estigmatização social, prejudicando seu funcionamento físico e psíquico, podendo causar um impacto negativo em sua qualidade de vida (KHAODHIAR; McCOWEN e BLACKBURN, 1999 apud DOMINGOS, et al.,2005, grifo do autor).  
As pessoas obesas são vistas de forma mais negativa do que pessoas não obesas nos aspectos de inteligência e sucesso e, portanto, socialmente evitadas ou até mesmo rejeitadas para certas funções de trabalho (MILLER; ROTHBLUM; BRAND; BARBOUR e FELÍCIO, 1990). 
Além disso, vemos que a obesidade não só afeta os adultos, hoje a quantidade de crianças obesas é grande, sendo incentivadas a se alimentar mal pelos próprios pais, pelos colegas de sala e propagandas publicitarias, criando problemas de saúde desde cedo. Em um estudo liderado pelo Imperial College de Londres e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), descrito na revista internacional “The Lancet”, os pesquisadores compararam dados sobre o peso de crianças e jovens em 1975 e em 2016. E verificaram que, nessas quatro décadas, o índice de obesos cresceu de 0,7% para 5,6% entre meninas, e de 0,9% para 7,8% entre meninos. 
Segundo Whitney; Smith (1993) observamos que o problema social também afetam crianças, pois o bullying é considerado um dos grandes problemas escolares, onde as crianças já aprendem a criar apelidos, maltratar, e excluir colegas, pelo simples fato de não se encaixarem no padrão que a sociedade criou.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notamos que a obesidade é tanto um problema de saúde, quanto social, e vem se alastrando cada dia mais. E para a melhoria disso, cabe não so ao governo, mas também a sociedade de tomar a iniciativa de buscar uma alimentação melhor, e de querer uma convivência uns com os outros melhor ainda. Já o governo deve criar programas sociais, onde tenham campanhas informativas, palestras interativas para adultos, gincanas educativas para crianças, e criem espaços ondem as pessoas possam praticar atividades físicas, onde tudo isso iria ajudar no problema social, na obesidade e nos problemas de saúde que ela trás.
Referências
Khaodhiar, L., McCowen K. C., & Blackburn G. L. (1999). Obesity and its co-morbid conditions. Review Clinic Cornerstone, 2(3), 17-31
Miller, C. T., Rothblum, E. D., Barbour, L., Brand, P. A. & Felicio, D. M. (1990). Social interactions of obese and non-obese women. Journal of Personality, 58, 365-380
O GLOBO. Número de crianças e adolescentes obesos aumenta dez vezes em 40 anos, 2017. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/numero-de-criancas-adolescentes-obesos-aumenta-dez-vezes-em-40-anos-21934113 Acessado em: 16 de outubro de 2018.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS), 2016. Disponível em: http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/obesidade-pandemia-mundial-do-seculo-xxi Acessado em: 16 de outubro de 2018.
TRIGUEIRO, André. Mundo sustentável 2: novos rumos para um planeta em crise. São Paulo: Globo, 2012, p.40 e p. 362
WHITNEY, Irene; SMITH, Peter K. A survey of the nature and extent of bullying in junior/ middle and secondary schools. Educational Research, v. 35, n. 1, p. 3-25, 1993.
ZANIN, Tatiana, 2008. Disponível em: https://www.tuasaude.com/imc/ Acessado em: 16 de outubro de 2018.

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