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Imunoensaio Enzimático (ELISA) Imunoensaio Enzimático ELISA Doutoranda em Imunologia: Ana Carla Montino Pimentel Imunoensaio enzimático ELISA o Descrito inicialmente em 1972 por Engvall e Perlmann o Utilizado rotineiramente em laboratórios de análise e diagnóstico oEnsaio Heterogêneo Na Biologia e biotecnologia é usado para detectar e quantificar antígenos e anticorpos presentes em uma determinada mistura em pequenas concentrações Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. Classificação por métodos utilizados: • Indireto • Direto ou Sanduíche • Competitivo (Antígeno marcado ou anticorpo marcado) • Terceira geração Imunoensaio enzimático ELISA Método indireto: Método Direto ou Sanduíche Antígeno Amostra (Soro) Anticorpo Detecção Substrato Cromógeno Anticorpo de captura Amostra contendo o analito Anticorpo de detecção Substrato Cromógeno Lavagem Lavagem Lavagem Lavagem Lavagem Lavagem Imunoensaio enzimático ELISA Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. Antígeno da amostra Antígeno marcado Substrato Cromógeno Substrato Cromógeno Lavagem Método competitivo com antígeno marcado Método competitivo com anticorpo marcado Anticorpo marcado Anticorpo amostra Substrato Cromógeno Substrato Cromógeno Lavagem Imunoensaio enzimático ELISA ELISA de terceira geração Imunoensaio enzimático ELISA Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. Imunoensaio enzimático ELISA Seleção da placa (Fase sólida) Propriedades do analito Seleção do tampão de bloqueio Tipo de anticorpo/antígeno específico Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. • A placa de microtitulação pode variar de 96 até 384 poços • São de poliestireno, polímero que possui uma cadeia longa de carbono ligado a um anel de benzeno • A área de superfície dos poços e propriedades químicas facilitam a imobilização do Ac/Ag ELISA- FASE SÓLIDA Interação Hidrofóbica Pontes de hidrogênio Ph do tampão de revestimento Temperatura da reação Tempo de incubação Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. ELISA- FASE SÓLIDA Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. ELISA- FASE SÓLIDA • Os poços podem apresentar diferentes formas Fundo arredondado Fácil lavagem Fundo plano Fundo plano metade da área Fundo em forma de V • Os poços apresentam um volume de 320-360 µl • Volume de trabalho para o ELISA é de 300 µl/por poço • A adsorção do Ag/Ac se dá num total de 100 µl Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. ELISA- FASE SÓLIDA FUNDO ARREDONDADO Poços de fundo redondo ou em U, melhoram a mistura do analito e a completa remoção do líquido durante as etapas de lavagem Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. ELISA- FASE SÓLIDA FÁCIL LAVAGEM Combinação de fundo plano e arredondado, permite uma ótima transmissão ótica e melhora a etapa de lavagem e remoção do líquido Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. ELISA- FASE SÓLIDA FUNDO PLANO Mais usados, permitem uma excelente transmissão ótica, que reduz o background, seu uso resulta na retenção de líquido residual de até 10µl ao longo das bordas de ângulos vivos, na borda inferior, tornando –os adequados para imunoensaios nos quais o analito pode ser excessivamente sensível a secagem extensa. Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. FUNDO PLANO METADE DA ÁREA ELISA- FASE SÓLIDA Permitem uma melhor performance do ELISA sobre limitado disponibilidade do analito na amostra ou condição de custo proibitivo para análise e que acomode um volume de trabalho de 50 µl Greenfield, EA. Antibodies- A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2ª. Ed., New York, 2014. FUNDO EM FORMA DE V São otimamente adequados para ensaios com beads ou aglutinação pois sua forma em cone facilita a remoção do seu conteúdo sem problemas após a centrifugação de até 6000g ELISA- FASE SÓLIDA ELISA- FASE SÓLIDA •Poliestireno puro •Melhor visibilidade •ELISA Colorimétricos •Fluorescência •Ensaios Bioquimicoluminescente/quimioluminescente •Podem possuir poços transparentes podendo ser utilizados no ELISA ELISA- BLOQUEIO Previne ligações não específicas de outras moléculas aos poços e do analito adsorbido, reduzindo background Estabiliza o analito imobilizado, aumentando a interação entre o antígeno e o anticorpo no ensaio BLOTTO •Consiste de 5% (peso/volume) de leite em pó desnatado preparado em TBS 1x ou PBS. • Baixo custo • Não é recomendado o seu uso em técnicas baseadas em streptavidina/avidina por causa da presença da biotina endógena no tampão ELISA- Tipos de tampões de bloqueio Soro Albumina Bovino (BSA) • Solução de trabalho 5% em PBS • Por ser proteína purificada, minimiza reação cruzada no ELISA • Desprovida de biotina endógena, podendo ser usada com streptavidina/avidina ELISA- Tipos de tampões de bloqueio Tampão de bloqueio método caseína • Contém a proteína caseína purificada do leite, disponível comercialmente a 1% em TPS ou PBS. • Por ser uma proteína purificada consegue-se limitar reações cruzadas, e alguns tampões apresenta azida de sódio 0,1% e não deve ser usado como diluente para preparo do anticorpo conjugado- HRP Tampão de bloqueio livre de proteína •Está disponível comercialmente pronto para uso em TBS ou PBS, com ou sem 0,05% (V/v) Tween 20 •Permite o completo bloqueio de superfícies ligantes disponíveis. • A ausência de proteínas neste tampão elimina a reatividade cruzada ELISA- Tipos de tampões de bloqueio Soro •Embora não usado rotineiramente no ELISA, soro não imune de cabra, humano, rato, ganso e coelho serve como um agente de bloqueio para tecido corado para imuno-histoquímica e vários outros métodos celulares de imagem. • Soro delipidado contém o complemento endógeno de proteínas do soro capazes de adequadamente de bloquear ligações não específicas no local e provém um ambiente químico natural para anticorpos quanto aplicados como diluentes Gelatina Comumente aplicado como agente de bloqueio no ELISA é derivado do extrato da pele de peixe. Gelatina de peixe é comercialmente disponível e tampão de bloqueio de peixe em gel pode ser usado no ELISA a 3 %em PBS. Sua utilização apresenta diversas vantagens sobre outros tampões de bloqueio, por que o seu conteúdo proteíco dificielmente irá interagir com analitos de origem de mamíferos e ele efetivamente estabiliza a solução, facilitando as interações de ligação do anticorpo. O seu uso no ELISA resulta em redução do background levando ao aumento da razão sinal ruído • PBS ou TBS com ou sem detergente • Tipos de detergentes – Não ionico (tween 20,80, Triton X-100, X-114, Nonidet P-40, Brij-58. • São adicionados numa concentração entre 0,2% e 1% ELISA- Tampões de Lavagem Reconhecem diversos anticorpos primários, sendo disponíveis para detecção de moléculas de Imunoglobulinas inteiras ou fragmentos. ELISA- Anticorpo de detecção Enzima conjugada ao Anticorpo de detecção PEROXIDASEH2O2 +CROMÓGENO (OPD,TMB,ABTS) Fotometria/Luminometria Fosfatase Alcalina 4-nitrofenol Fluorometria/luminometria 4-metilumbetiferona, AMPPD • O uso de um anticorpo secundário em um ELISA requer um adequado substrato de detecção. • Variando no seu grau de sensibilidade, fácil de usar e compatível com o equipamento de imagem • Substratos que apresentam alta sensibilidade são mais difíceis de otimizar a reação por causa de ligações não específicas ou bloqueio ineficiente dos poços na placa bem como distorcer a razão sinal ruído. ELISA- Substratos cromogênicos TMB • O mais sensível para detecção do Ac-HRP é o TMB (3,3’,5,5’ – tertametilbenzidina). • Esta solução rapidamente produz uma cor azul sobre o processamento enzimático e apresenta o máximo de mensuração de densidade ótica (OD) em 652nm. • As reações são interrompidas pela adição de ácido clorídrico, sulfúrico ou fosfórico, resultando em uma imediata mudança de cor comum máximo de absorbância de 450nm. • A sensibilidade do TMB varia de aprox. 20 a 80 ng/ml, dependendo do fator de diluição do anticorpo primário e secundário. ELISA- Substratos cromogênicos OPD • Sua reação com o anticorpo secundário-HRP resulta numa cor amarelo/laranja com o máximo de absorbância de 450nm • A adição de ácido sulfúrico 2,5 M termina a reação e muda a cor para verde, com o máximo de absorbância de 490nm até aprox. 70ng/ml ABTS • Substrato de reação lenta apresentando diminuição significativa de background. • A hidrólise do substrato associado ao HRP resulta na coloração verde mensurável em 410 e 650 nm. • Sua sensibilidade de detecção é aprox. 2,5ng/ml ELISA- Substratos cromogênicos PNPP (Nitrofenil-P fosfato sal dissódico) • Mais usado na detecção de anticorpo conjugado a fosfatase. • Na presença da fosfatase alcalina PNPP gera uma cor amarela mensurável em 405nm. • A atividade da fosfatase alcalina é ótima em ph 8-10. A reação enzimática é parada com fosfatos inorgânicos, cianetos, arseniato e EDTA. ELISA- Substratos cromogênicos ELISA- Leitura do resultado Leitor de ELISA: fotômetro multicanal para tiras ou placas •Leitura monocromática: Uso do comprimento de onda no qual o produto da reação tem maior absorbância •Leitura bicromática: •Uso de dois filtros: primário e secundário •Elimina imperfeições do plástico •Libera a diferença entre as duas absorbâncias Quando um raio de energia atravessa uma solução a energia incidente será maior que a energia emergente ELISA- Validação Processo que busca assegurar a obtenção de resultados confiáveis, válidos, pelo uso de determinado método analítico ELISA- Validação Parâmetros principais: •Linearidade (Capacidade do método gerar resultados proporcionais a concentração do analito) •Precisão (grau de concordância entre os resultados de análise individuais, quando o procedimento é aplicado repedidamente a múltiplas análises de replicatas de uma mesma amostra) •Limite de quantificação (menor concentração do analito que pode ser quantificada e geralmente constitui o primeiro ponto de curva) •Limite de detecção (menor quantidade do analito que pode ser identificada por um procedimento analítico com um determinado grau de confiança) •Sensibilidade •Especificidade y = 0,3219x - 0,3211 R² = 0,9488 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Série1 Linear (Série1) Exponencial (Série1) Linear (Série1) y = 0,0792e0,5279x R² = 0,9943 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 2 4 6 8 Série1 Exponencial (Série1) Exponencial (Série1) Linear (Série1)
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