Buscar

responsabilidade social versus desperdício de àgua

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESPONSABILIADADE SOCIAL VERSUS DESPERDÍCIO DE ÁGUA
Trabalho Integrado Interdisciplinar de direito apresentado à Faculdade de Araraquara (FARA), como requisito parcial para composição de nota semestral.
Orientadores: Prof(a). Célia Torres e Prof. Marcos Antonio Munhoz.			
ARARAQUARA
2014
RESPONSABILIADADE SOCIAL VERSUS DESPERDÍCIO DE ÁGUA
RESUMO:Este trabalho visa alertar para o problema de abastecimento de água em nosso País, de uma maneira geral, e em especial em nosso Estado, demonstrando quão importante é a educação para o meio Ambiente e a necessidade de medidas para que o consumo exagerado dos bens naturais, entre eles a água, sejam rapidamente implantadas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação.Sustentabilidade.Consumo exagerado.Reuso
1 INTRODUÇÃO
Nosso Planeta vem passando por diversas mudanças ao longo dos anos e conseqüentemente, devido ao descaso da maioria de “seus moradores”, vem se degradando.
Nossos antepassados, ainda que, de alguma forma, prejudicassem o Meio Ambiente, não o faziam da forma brutal e rápida como a que, agora fazemos.
A relação entre o Homem e o Meio Ambiente esta cada vez mais abalada, pois, aquele, não acredita na possibilidade de que um dia nossos recursos naturais venham a ter fim e, este, por sua vez, tenta ao máximo demonstrar sua insatisfação com seu habitante, promovendo alguns desastres, na intenção de que ouçam tua dor.
Contudo, o Homem, cada vez mais busca satisfação pessoal, através do material e para atingir teus objetivos não mede esforços, bem como não se preocupa com o futuro.
A educação como modo de construção do Ser Humano, se faz a cada dia, mais necessária, pois, é à base de todos os demais requisitos para termos pessoas conscientes de seus direitos e deveres.
Como meio de esclarecimento social, a educação deve atingir a todos os membros de uma sociedade e levá-los ao conhecimento, mas, sobretudo, a reflexão. E porque não, a reflexão de seus atos e de como eles tem contribuído para um mundo melhor, ou, pior.
Devemos viver com plenitude, sim, mas conscientes que se vivermos em harmonia com o Meio Ambiente, teremos uma vida melhor.
Viver de maneira que a sustentabilidade seja alvo constante, para que possamos usufruir, com o mínimo de desperdício, dos bens da Natureza.
Neste sentido, um dos maiores bens Naturais, se não, o mais importante, vem sendo utilizado de maneira desastrosa, por nós, meros passageiros deste Planeta.
Temos de forma exagerada, desregrada, utilizado a água, sem pensarmos em sua finitude.
Em uma sociedade que busca a “vida eterna” ou não crê que esta um dia terá fim, não podemos admitir que tal mal se concretize e continuemos a jogar pelos ralos, bem tão precioso à Vida.
Por mais que novas tecnologias surjam e nos dêem esperança de reaproveitarmos a água, não podemos deixar que nossos futuros cidadãos, dela não se utilizem.
Devemos aprender com nossos entes passados e utilizar os recursos naturais de maneira saudável e de tal modo que, suas existências se prolonguem, mais ainda, que as nossas.
2 EDUCAÇÃO
Foram criados nos dias atuais novas relações de consumo, que geram novos valores, entre os quais, novas preocupações com a sociedade em que vivemos e com meio ambiente. 
A crescente oferta de produtos e serviços interfere direta e indiretamente nos hábitos e nas decisões do consumidor e cria, assim, novos valores e necessidades através da mídia, entre outros. O consumo consciente objetiva capacitar os consumidores para que eles consigam decidir sobre o que eles realmente precisam, tenham consciência de seus direitos e responsabilidade. 
	A escola é um ambiente para unir teoria e prática. O tema meio ambiente deve estar em todas as disciplinas do currículo por ser uma necessidade social e uma determinação legal. O educando, através da teoria e prática, é preparado para atuar como agente que muda a sua realidade e busca uma melhor qualidade de vida, com um consumo justo, solidário e responsável.
Para comprovar que o trabalho de Educação Ambiental na escola é eficaz, fez-se uma comparação dos dados obtidos, através dos questionários aplicados aos alunos de diversas instituições, ficando evidente o quanto é importante a educação Ambiental e como é possível a sensibilização dos alunos em relação ao meio Ambiente, gerando comprometimento e respeito à natureza. 
A Educação Ambiental é fundamental na formação do cidadão consciente e responsável. A teoria, aliada à prática, sensibiliza o educando e estimula a mudança de comportamento em relação ao meio ambiente e à sociedade
A lei 9.795, de 27 de abril de 1999, art. 2º, afirma que: “a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidade do processo educativo, em caráter formal e não formal.” (BRASIL, 1999).
Com fundamento nas discussões internacionais que influenciaram os sistemas jurídicos de muitos países em 1999, foi assinada 9.795/99. Lei que programa a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA). A partir daí, tem-se os instrumentos necessários para impor um ritmo mais intenso ao desenvolvimento do processo da Educação Ambiental no Brasil.
A Lei em destaque aponta quais são os princípios básicos da Educação Ambiental:
“Art. 4º. São princípios básicos da Educação Ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, Considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na Perspectiva da inter, multi e transdisciplinandade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
VIII - “o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural” (BRASIL, 1999).
A Constituição Federal de 1988 tem em seus valores coletivos consagrados, insculpidos no art.225, a consagração do direito que todos têm a um meio ambiente saudável e igualmente o dever ético, moral e político de preservá-lo para presentes e futuras gerações.
A consolidação desse direito como ato de cidadania, seria condição essencial para se construir uma sociedade sustentável em nossos pais. Em compensação, faz-se necessário uma reflexão acerca das formas de consumos insustentáveis que se construíram ao longo dos anos em nossa sociedade.
Cada um deveria consumir com o compromisso ético ambiental de se reconhecer como parte do problema, pois assim, conseqüentemente, a responsabilidade pela construção de um modelo de desenvolvimento que, seja sustentável, inclusivo e que enfrente as disparidades de renda e, que crie oportunidades de acesso ao trabalho, promovendo a redução das diferenças sociais provocadas por um modelo de desenvolvimento econômico que, ainda nega oportunidades de consumo digno a um grande contingente de indivíduos, ainda invisíveis para o mercado, seria mais concreta.
A educação ambiental é primordial nesse processo de conscientização e mudança comportamental, para que os consumidores desse tempo respeitem e preservem o ambiente do qual fazem parte, para que as futuras gerações também possam usufruir do mesmo direito.
Hábitos que contribuem para o consumo responsável:
Consumir produtos que contribuam para a conservação das florestas. 
Utilizar a maquina de lavar com sua capacidade máxima. 
Procurar andar a pé e oferecer aos seus colegas e familiares uma carona. Muitas vezes, não há necessidade de sair de casa com mais de um carro
 Utilizar as folha frente e verso.
Separar o lixo seco e orgânico.
Reutilizar materiais plásticos, vidros e papeis etc.
 Lavar a seco quando possível.
Preferir pilhas recarregáveis.
Verificar o consumo de energia dos eletrodomésticos através do selo de energiaPROCEL, que classifica estes produtos do menos eficiente até o mais eficiente.
Evitar desperdícios de comidas de quaisquer espécies, restos de comidas representam 60% dos lixos que vem dos lares Brasileiros.
Regular o termostato da geladeira.
Em seu artigo, BURGOS (2007), enfatiza maneiras para utilizar novas tecnologias como, por exemplo: a utilização do álcool combustível em vez de gasolina (56%) menos de poluentes. Alem disso cita-se, também, a utilização da energia eólica em larga escala e energia solar em casos mais imediatos, como de eletrodomésticos. Porem BURGOS ressalta:[1: BURGOS, Pedro. Tecnologia, a pílula que salva. Superirnteressante, São Paulo, p.48-56, dez/2007.]
A nova receita para salvar o mundo é investir com vontade em novas tecnologias. Algumas foram inventadas, mas precisam de ajustes para se tornar economicamente atraentes. Já outros desafios para diminuir o impacto negativo do homem no ambiente demandam de pequenas revoluções tecnológicas. De uma forma ou de outra, é preciso muito dinheiro para obter grandes avanços no curto espaço de tempo que temos.
3 SUSTENTABILIDADE
Vários são os fatores contribuintes que acarretam a presente situação, em que o recurso natural indispensável à vida, encontra-se escasso, com perspectivas de comprometimento as futuras gerações, caso medidas não sejam implantadas de imediato.
A ideia apresentada neste capitulo, tem por objetivo a conscientização populacional, na perspectiva de que estes tomem ciência de que se abstendo do consumo exagerado e evitando o desperdício, estarão contribuindo para que a água doce e potável deixe de ser um bem escasso e consequentemente não acabe, e, apresenta uma forma de mudança de paradigmas, que mudam os antigos hábitos e melhorem os padrões de consumo, suprindo as necessidades básicas da massa, tanto nas demandas domesticas quanto nas indústrias, por meio de um desenvolvimento econômico e sustentável.
O desenvolvimento sustentável tem por objetivo principal equilibrar a economia brasileira, juntamente com a preservação do meio ambiente, defendido por Gomes (2006) em seu artigo, na visão de “paradigma antropocêntrico”.
O paradigma antropocêntrico faz com que o crescimento econômico seja visto como a solução de todos os problemas. A questão é que, a economia está interligada aos demais subsistemas e é dependente da biosfera finita que lhe dá
suporte. Assim, a economia não é um sistema fechado e, todo o crescimento econômico, afeta o meio ambiente e é por ele afetado, já que economia e meio ambiente são um sistema único e conseqüentemente interagem. Deste modo, é preciso mudar a trajetória do progresso e fazer uma transição para a economia sustentável, para que o futuro do planeta não reste comprometido.
A sustentabilidade sobre o ponto de vista social visa à melhora na qualidade de vida populacional, possibilitando a estes a cidadania. Diretamente relacionada à ampliação de garantias e direitos a um acesso educacional de qualidade, à saúde, à habitação, à alimentação, á segurança, entre outros, relacionados à problemática em pauta, ao passo que uma população de alto nível cultural colabora com o desenvolvimento sustentável do planeta, respeitando mais o meio ambiente e os seus respectivos recursos, com uso inteligente, preservando-os para as gerações futuras, expressamentes descritos na Constituição Federativa, pelo artigo 225 CF.
A adoção da pratica sustentável, provém o resultado a médio ou longo prazo, não permitindo que a água, como bem finito, venha a faltar.
Uma atenção especial deve ser dada as questões preventivas não tomadas, que permitiram atingir o crítico patamar em que o país se encontra, onde os detentores do poder alegam ser inviáveis os investimentos para adoção de um sistema sustentável, por contrariar o desenvolvimento econômico. O fato é que, se antes o fossem aplicados, maiores gastos seriam desnecessários com medidas corretivas ambientais.
A problemática sobre a disponibilidade de água é uma realidade no País, apesar de possuir o maior sistema fluvial do mundo, a escassez nas represas, trouxe um cenário alarmante ao abastecimento, acarretando racionamentos em muitas cidades de todas as regiões, com crescentes danos econômicos e sociais. O ideal é que em tempos difíceis como este, a sociedade se conscientize rapidamente, por estar vivenciando tais fatos, e com tudo, tomem as devidas providencias, a começar por suas casas, com racionalidade ao uso desse recurso.
O agir sustentável é simples e fácil, porém, a construção de uma sociedade elencada por esse desenvolvimento é mais complicada, devido à cultura consumista pautada no século XXI, porém com efetivas mudanças na consciência, é possível com que tal objetivo se concretize.
Para que possamos compreender melhor, falaremos sobre os aquíferos, que são reservas de água subterrâneas.
Preenchendo os espaços vazios no subsolo, a água subterrânea pode possuir centenas ou milhares de quilômetros quadrados, armazenadas nos aquíferos, que são as camadas rochosas ou solo em que a água se ocupa entre espaços vazios.
O aquífero pode ser livre, quando a água entra em contato com o solo, rocha e ar, garantindo o fluxo/curso das nascentes, dos rios... Possibilitando a conservação dos mananciais hídricos da bacia hidrográfica. E, denominado por aquífero confinado, quando sua formação se assemelha a um rio, no entanto é subterrâneo, completamente saturado por água. Nos dois casos a infiltração ocorre normalmente pela chuva.
O aquífero possui água doce, e em alguns casos potável, sendo utilizada para consumo humano, usada com mais frequência nos períodos de estiagem, extraídas por poços, feitos com métodos complexos, por profissionais, para que não haja contaminação desse reservatório interno.
Os mais profundos mananciais subterrâneos são propícios a possuir temperaturas elevadas, atingindo, por exemplo, cerca de 60°C.
Com melhor conhecimento dos aquíferos, o seu uso de forma sustentável é implantado estrategicamente para assegurar que haja água potável à população.
O aquífero Guarani é considerado a maior reserva de água doce e potável do mundo, encontrada no subsolo a cerca de 2 mil metros de profundidade.
Localizado no Centro-Leste do Continente Sul-Americano, abrange uma área próxima a 1,2 milhão de Km², se distribuindo entre o Brasil (840 mil km²), Argentina (225 mil km²), Paraguai (71,7 mil km²) e Uruguai (58,5 mil km²). Focando no território brasileiro, o aquífero situa-se em oito estados:  Mato Grosso do Sul: 213,2 mil km², Rio Grande do Sul: 157,6 mil km², Paulo: 155,8 mil km², Paraná: 131,3 mil km², Goiás: 55 mil km², Minas Gerais: 51,3 mil km², Santa Catarina: 49,2 km², Mato Grosso: 26,4 mil km².
LEGISLAÇÃO – POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
O Art. 2º dessa política, diz:
I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
4 CONSUMO EXAGERADO
A teoria malthusiana, criada no século XVIII por ThomasMalthus, descreve que o crescimento populacional sempre iria ser maior do que a capacidade de produzir alimentos. A população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética.
Malthus alertou que se o crescimento da população de um país explodisse dessa maneira, não haveria suprimentos de alimentos para todos. Isso só não acontece porque existem alguns impedimentos que regulam o crescimento das populações como a pobreza, a subalimentação, doenças (como a AIDS, o ebola, etc.), e atitudes preventivas como o controle de natalidade, métodos anticoncepcionais, etc. 
Entretanto esse impedimento vem sendo atenuados por avanços científicos, tecnológicos e medicinais, por uma série de medidas de caráter social, entre outros.
O grande problema é que com o crescimento constante das populações o meio ambiente vem sendo degradado, pois o consumo de alimentos e recursos naturais é cada vez maior. O consumo excessivo vem gerando uma grande quantidade de resíduos sólidos que dão origem aos lixões e aterros, que não tem condições para tamanho armazenamento. O que acarreta grande impacto ambiental, devido à demanda de moradia, alimentos, transportes, energia e produção industrial.
Reformulada a problemática ambiental, é defendido o desenvolvimento sustentável com menor impacto ambiental possível. Os recursos naturais são esgotáveis, vão acabar um dia e a população não faz o suficiente para preservá-los.
Ademais, esses recursos naturais podem não suprir a necessidade humana no futuro, podendo ocasionar problemas a sociedade.
Etimologicamente a palavra “consumir” significa “esgotar”, não há como escapar dessa premissa. O rápido crescimento populacional traz uma necessidade muito grande de bens de consumo. Estão sempre surgindo novos produtos, novas tecnologias, novos modelos, sempre aumentando o consumismo.
O consumo excessivo gera desperdício. Perdeu-se o limite entre o consumo por necessidade e aquele de significado simbólico. O consumo simbólico é quando desejamos um novo aparelho ou produto, sem ter em vista sua real finalidade. A mídia e a publicidade “criam necessidades” destes bens induzindo ao consumo, muitas vezes desnecessários. De acordo com Branco (2002)[2: BRANCO, Op. Cit., p.44.]
O consumismo é um processo eticamente condenável, pois faz com que as pessoas comprem mais do que realmente necessitam. Por meio de complexos sistemas de propagandas, que envolvem sutilezas psicológicas e recursos espetaculares, industriais e produtores induzem a população a adquirir sempre os novos modelos de carros, geladeiras, relógios, calculadoras e outras utilidades, lançando fora o que já possuem.
Organizações internacionais não governamentais calcularam que a extrapolação de consumo em um país desenvolvido alcançou índices, que serão necessários três planetas para satisfazer o consumismo.[3: SAUVÉ, Op. Cit., p.318.]
Todo esse consumismo exagerado faz com que existam cada vez mais, grandes indústrias. Estas indústrias causam um esgotamento de recursos não renováveis como petróleo e os minérios, e geram grandes quantidades de lixo, de energia elétrica e matérias primas, impactando o meio ambiente.
Constata-se que o consumo exagerado causa poluição dos rios, do solo e do ar. Os consumidores e os fornecedores devem controlar a fabricação e o consumo de bens que acarretem reflexos devastadores ao meio ambiente. A relação de consumo pode e deve ser feita corretamente, sem que haja agressão ao meio ambiente, pois toda sociedade depende do mesmo para viver.
Desta forma a consciência ambiental torna-se importantíssima para que o mundo possa construir novos caminhos para a humanidade, garantindo o desenvolvimento sustentável.
Atos de cidadania, de consciência e de responsabilidade para com as gerações futuras, se fazem necessários para cuidarmos de nosso meio ambiente. Essa missão é um dever de todos: do cidadão, do governo e das indústrias. Reciclar, adotar um novo estilo de vida e de padrões de consumo. É a consciência de desenvolvimento sustentável.
5 REÚSO
 Já é sabido que de todos os elementos existentes, a água é um dos mais importantes, se não o mais importante, para a vida do ser humano e de todas as espécies, sendo que apenas 2,8% da água do planeta é potável, ou seja, está disponível para o uso do homem após, em sua maioria, ser submetida a processos de tratamento.
 Entrementes, o problema enfrentado se dá no fato de que as pessoas não utilizam essa água de forma responsável em seus domicílios. Deve-se considerar, é claro, que de toda água potável disponível apenas 10% é consumida pela população nas residências, sendo os outros 90% consumidos pelas indústrias. Em compensação, a economia de água nos domicílios domésticos, a saber: não escovar os dentes com a torneira aberta; verificar se não há vazamentos ou torneiras pingando; diminuir o tempo utilizado no banho; optar por varrer a calçada ao invés de lavar; entre outros, aliada ao incentivo às demais pessoas a agirem da mesma maneira, pode reverter essa situação.
O reuso é a utilização de água residuária, sendo esta: “esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indústrias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não” (inciso I do artigo 2° da Resolução n° 54 de 28 de novembro de 2005, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH).
Segundo RODRIGUES (2005), o reuso pode ser classificado quanto ao método conforme é realizado e quanto ao uso final.
O descarte ou não das águas nos corpos hídricos antes do próximo uso vai determinar o método a ser realizado.
Quando a água utilizada é descartada nos corpos hídricos, diluídas e depois captada para novo uso dá-se o nome de reúso indireto.
 Pela Resolução n° 54/05 do CNRH, nomeia-se reúso direto o uso planejado de água de reúso, conduzida ao local de utilização sem que antes tenha sido lançada ou diluída em corpos hídricos.
 O reúso indireto subdivide-se em reúso indireto planejado e reúso indireto não planejado.
 No reúso indireto planejado a água, depois de tratada, é descarregada de forma planejada, como o próprio nome já diz, nos corpos hídricos, para ser utilizadas a jusante, de maneira controlada, para atender a algum uso benéfico.
 No reúso indireto não planejado a água é descarregada nos corpos de águas, após a utilização do homem, e novamente utilizada por um novo usuário, de maneira não intencional, sem controle, ficando essa água sujeita às ações naturais (diluição, auto depuração) quando descarregada nos corpos de águas superficiais ou subterrâneas.
 A água residuária tratada pode ser usada em diversos setores e de várias maneiras: usos urbanos para fins potáveis; usos urbanos para fins não potáveis; usos industriais; usos agrícolas; uso para a aqüicultura; uso para recarga de aquíferos; entre outros.
 Foi anunciado pelo atual governador Geraldo Alckmin na última quarta-feira (05 de novembro de 2014) a construção de duas estações de produção de água de reúso. As duas instalações irão captar o esgoto e transformá-lo em água de reúso. Irão abastecer as bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia. Mais tarde essa água servirá para consumo.
 Serão gerados, na estação de Guarapiranga, dois metros cúbicos de água de reúso por segundo. Na outra estação, região do rio Cotia, a produção será de um metro cúbico por segundo, sendo que cada metro cúbico de água é suficiente para abastecer 300 mil pessoas, segundo o governador do Estado.
 A previsão de entrega dessas estações é para dezembro de 2015.
 Serão construídos também 29 reservatórios que aumentarão em 10% a capacidade de reserva de água tratada na região metropolitana.
CONCLUSÃO
	Ao longo deste trabalho pudemos verificar a importância da educação como fonte de conhecimento para que toda pessoa tenha a capacidade de entender, aprender, e, sobretudo, por em prática, atitudes que melhorem a vida em sociedade.
	Não se tratou estritamente do uso desregrado da água, mas de forma simplese direta, nos trouxe conceitos e dicas de como devemos tratar melhor nosso Planeta.
	Ainda que o Estado tenha feito sua parte de maneira insuficiente, cabe a nós, além de cobrar nossos dignos representantes, termos atitudes mais contundentes em nosso dia a dia, para que possamos transformar a realidade atual.
É certo que, políticas públicas de reúso e mau aproveitamento da água, não estão sendo adequadamente implantadas. Que nossos representantes utilizam desses problemas ambientais como plataforma de campanha, facilmente esquecidos após as eleições, contudo, devemos ser fortes em nossos ideais e passá-los à nossos descendentes, afinal, eles serão os herdeiros de nosso descaso.
Cobremos políticas públicas que realmente estejam ao encontro de um Planeta melhor e façamos nossa parte para que o consumo exagerado de nossos recursos não se tornem regra e sim, raríssimas exceções.
Temos passado por dias difíceis em nosso Estado a exemplo do que víamos nos Estados Nordestinos e não nos preocupávamos, então, não estaríamos frente a frente com uma lição de vida? Não estaríamos perdendo uma oportunidade de aprendermos sobre nossos exageros e porque não, desmandos e preconceitos?
Não há dúvidas de que, quem sente no próprio corpo a dor do descaso, tem mais autoridade para falar sobre o fato, e neste momento, muitos de nós já possuem esta autoridade e devem, mais do que falar e expor, devem aprender e não mais cometerem os mesmos erros.
O Homem hoje busca riquezas sem fim, passa pela vida como um furacão; não pensa em seus entes; rompe os dias de forma extenuante, e tenta se reerguer em seguida; foge da ligação fraterna; inventa novas dores, ao invés de curar as feridas abertas; este Homem, não entende o mal que faz à si, e, principalmente aos que virão e, se esquecem que, o melhor da vida, é viver em harmonia... Harmonia consigo, com os seus, com os demais e com a Natureza.
Assim, dizia Confúcio: “Refeições simples, água para beber, o cotovelo dobrado como travesseiro; aí está a felicidade. As riquezas e a posição sem integridade são como as nuvens que flutuam.” 
REFERÊNCIAS
BRASIL.(2014, p 56) Lei nº 9.795, de 27.04.99. Dispõe sobre a Educação Ambiental, Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Cíntia Panarotto - Pesquisadora do Núcleo de Pesquisas, Estudos e Educação do PROCON Caxias doSul, com formação acadêmica em Ciências Biológicas pela Universidade de Caxias do Sul e Mestrado em Biotecnologia pela mesma Instituição
José Luiz Albuquerque Filho - Hidrogeólogo, Dr. /// Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, IPT /// SÃO PAULO, SP, BRASIL /// albuzelu@ipt.br
Marina Costa Barbosa - EngenheiraCivil /// University of Southern Queensland - USQ; PhD Student Department, Australia /// marinac@ipt.br
Sérgio Gouveia de Azevedo - Hidrogeólogo, Msc. /// Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, IPT /// SÃO PAULO, SP, BRASIL ///sazevedo@ipt.br

Outros materiais