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André Botti
Fernando Lopes
Guilherme Henrique
Iuri Menon
Marcos Yuyama
DIREITO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO: SITUAÇÕES DE INCONFORMIDADE DE FIXAÇÃO DE PREÇO
Londrina
2018
André Botti
Fernando Lopes
Guilherme Henrique
Iuri Menon
Marcos Yuyama
DIREITO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO: SITUAÇÕES DE INCONFORMIDADE DE FIXAÇÃO DE PREÇO
 Trabalho apresentado à disciplina Direito das Relações de Consumo. Prof. Anderson Azevedo.
Londrina
2018
RESUMO
O presente trabalho tem como escopo a verificação de inconformidade de fixação de preços realizada através de trabalho de campo no Shopping Boulevard em Londrina/Pr.
De acordo com a Lei 10.962/04 e Decreto 5.903/06 dispõe sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor.
Foram analisados 3 (três) casos com suas respectivas irregularidades fundamentadas a partir dos dispositivos legais supramencionados.
Caso 01 
No primeiro caso, trata-se de uma oferta em uma loja varejista renomado no ramo de vestuário, onde verifica-se em destaque um determinado preço (R$ 59.90 na 1ª foto e R$ 29,90 na 2ª foto), porém o valor descrito em destaque refere-se a um preço se o consumidor adquir uma segunda peça, ou seja, se o cliente quiser comprar apenas uma única peça deverá pagar um outro valor (R$ 99,90 na primeira foto e R$ 39,90 na segunda), superior ao que está em destaque, que teoricamente seria o preço real do produto. Esse preço real consta na plaqueta, mas em letras menores. Isso acaba levando o consumidor a uma confusão, pois visualmente interfere na sua interpretação. 
	Conforme o artigo 9º caput, e I, do Decreto 5903/2006, a informação deve ser clara e não pode levar o consumidor a dúvidas ou mesmo uma interpretação errônea.
Art 9º Configuram infrações ao direito básico do consumidor à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, sujeitando o infrator às penalidades previstas na Lei no 8.078, de 1990, as seguintes condutas: 
I - utilizar letras cujo tamanho não seja uniforme ou dificulte a percepção da informação, considerada a distância normal de visualização do consumidor;
Aqui verifica-se a intenção do varejista de confundir o consumidor, bem como tentar forçar o consumidor a adquirir mais que uma peça, e consequentemente vender mais.
	Tal promoção não é irregular, porém deve ser detalhada para que o consumidor não seja levado a dúvidas e confusões.
Caso 02
	Neste segundo caso, trata-se de uma joalheria e relojoaria, que exibe na sua vitrine uma oferta de relógios de uma determinada marca sendo vendidas sem a discriminação dos preços individualmente. Ainda o preço exigido na vitrine ainda não é um valor exato do produto, pois é informado que o produto custa a partir de 10 parcelas de R$ 19,90, ou seja, teoricamente o relógio mais barato custa R$ 199,00, porém não há como verificar qual dos relógios, ou se há realmente algum relógio com o valor descrito, tendo em vista a informação vaga e indeterminada.
	Conforme o artigo 3º do Decreto 5903/2006, o preço a ser exibido deve ser o preço a vista. “Art. 3º O preço de produto ou serviço deverá ser informado discriminando-se o total à vista.” 
	E ainda conforme artigo 6º do Decreto 5903/2006:
Art. 6º Os preços de bens e serviços para o consumidor nos estabelecimentos comerciais de que trata o inciso II do art. 2º da Lei nº 10.962, de 2004, admitem as seguintes modalidades de afixação:
I – direta ou impressa na própria embalagem;
II – de código referencial; ou
III – de código de barras.
	
Excetuando o cartaz de promoção, não há mais nenhuma outra informação acerca do preço dos relógios, nem etiquetas nos relógios, nem uma lista, e nem código de barras.
	
	Caso 03
	Neste terceiro caso, trata-se de uma joalheria, onde conforme o caso anterior, na vitrine, é informado que cada anel é vendido a partir de R$ 100,00, não constando o preço individualizado das peças vendidas.
	Onde pode levar a confundir o consumidor a entender que cada peça é vendido no valor de R$ 100,00.
	
Aqui também não existe nenhuma outra informação acerca dos preços individualizados dos anéis, e dessa forma também viola o artigo 6º do Decreto 5903/2006, já que não consta etiquetas, listas ou código de barras.

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