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Avaliação Laboratorial Prof. Raquel Paredes Hemostasia • Processo pelo qual o sangue permanece líquido no vaso sanguíneo, apesar das lesões que venha a sofrer. • Fluidez do sangue depende: - Integridade do endotélio; - Velocidade do fluxo sanguíneo; - Presença de heparina (anti-coagulante natural); • Mecanismos da hemostasia: - Resposta vascular; - Atividade plaquetária; - Coagulação do sangue. Visão geral da Hemostasia Cascata da coagulação XII XIIa XI XIa IX IXa VIII VIIIa Ca+2 FP3 Via Intrínseca VII VIIa X Xa Protrombina (II) Trombina (IIa) Fibrinogênio (I) Fibrina (Ia) Via Extrínseca Via Comum Sangue + tecido extravascular (tromboplastina tecidual Fator III) Sangue + Colágeno Fibrina polimerizada XIII Ca+2 FP3 Vit. K Vit. K Vit. K Vit. KCa+2 FP3 XIIIa V Va Coagulograma • Conjunto de testes que analisa a hemostasia e detecta alterações no tempo de coagulação do sangue. • Os exames podem ser solicitados como um todo ou individualmente. • Nenhum teste de coagulação deve ser avaliado isoladamente para diagnosticar coagulopatias. • Exames que compõem o Coagulograma: - Contagem de Plaquetas; - Tempo de Sangramento; - Prova do Laço; - Tempo de Protrombina (TP); - Tempo de Ativação Parcial da Tromboplastina (TTPA); - Tempo de Coagulação. Hemostasia Primária Hemostasia Secundária Coagulograma 1) Contagem global das Plaquetas • Realizada para avaliar o número de plaquetas circulantes; • Amostras de sangue total coletadas em tubo com EDTA; • Contadores automáticos de células ou contagem em Câmara de Neubauer; - método direto: Câmara de Neubauer; - método indireto: Hematoscopia; • Valores de Referência: - Adulto: 150.000 a 450.000/mm3 - Criança: 150.000 a 550.000/mm3 Coagulograma • Plaquetofilia ou Trombocitose - LMC; - Mielofibrose; - Linfomas; - Carcinomas. • Plaquetopenia ou Trombocitopenia - Doenças hereditárias; - Anemia Aplásica; - Anemia megaloblástica; - Malária; - Dengue. 1) Contagem global das Plaquetas • Alterações na contagem de plaquetas Coagulograma 2) Tempo de Sangramento (TS) • Tempo necessário para que um pequeno corte superficial na pele pare de sangrar; • Medir a função plaquetária in vivo; • Avaliar a resposta plaquetária a lesões teciduais ou defeitos congênitos; • Dois tipos: - Método de Duke (lobo auricular) – 1 a 3 minutos - Método de Ivy (pele do antebraço) – 1:30 a 8 minutos; • Tempo prolongado – trombocitopenia. Coagulograma Método de Ivy - 40 mmHg; - Incisão no antebraço; - Limpar de 30’ em 30’. Método de Duke - Incisão no lobo da orelha; - Limpar de 30’ em 30’. Coagulograma 3) Prova do Laço (Rumpel-Leed) • Chamado de: - Teste de Fragilidade Capilar; - Prova de Resistência Capilar; • Avaliação das alterações na permeabilidade capilar; - produção de fatores mitogênicos que estimulam o fortalecimento vascular; • Triagem de paciente com suspeita de Dengue (Febre Hemorrágica da Dengue – grau I); 3) Prova do Laço (Rumpel-Leed) Coagulograma - Quadrado 2,5 cm X 2,5 cm; - Ajustar o esfignomanômetro para 80 mmHg; - 5 minutos (adultos) e 3 minutos (crianças); - Observar formação de petéquias; - Valores normais < 20 petéquias (adultos); < 10 petéquias (crianças). Coagulograma 3) Prova do Laço (Rumpel-Leed) Coagulograma 4) Tempo de Protrombina (TP) ou Tempo de Ativação da Protrombina (TAP) • Determinar o tempo de formação do coágulo de fibrina após a adição do Fator III (tromboplastina tecidual) + Fator IV (íons cálcio); • Medir os fatores envolvidos na VIA EXTRÍNSECA e na VIA COMUM; • Avaliar os fatores VII, X, V II (Protrombina) e I (Fibrinogênio); Coagulograma 4) Tempo de Protrombina (TP) ou Tempo de Ativação da Protrombina (TAP) • Tubo de coleta – citrato de sódio (clivagem dos íons cálcio); • Dosagem pelo plasma; • Valores de referência: 10 a 14 segundos; • Tempo de Protrombina aumentado: - Pacientes em uso de heparina; - Doenças hepáticas; - Deficiência nos fatores VII e X; - Depleção de fibrinogênio; - Deficiência de vitamina K. Coagulograma 5) Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) • Determinar o tempo de coagulação após a recalcificação do plasma com a adição de cefalina; • Cefalina – lipoproteina substituta das plaquetas; • Teste sensível ao nível dos fatores da VIA INTRÍNSECA e VIA COMUM; • Sensível à presença de heparina. Coagulograma 5) Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) • Valor de referência: 30 a 40 segundos; • O TTPA estará aumentado em: - Deficiência de Fatores da coagulação; - Uso terapêutico de heparina; - Presença de anticoagulantes circulantes. Coagulograma 6) Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Lee-White • Tempo gasto para que o sangue coagule; • Avalia a VIA INTRÍNSECA – a partir do Fator XII; • Avalia, de forma superficial, o fibrinogênio e a qualidade das plaquetas; • Pouca sensibilidade; • Teste substituído pelo Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA); • Tempo de coagulação: 5 a 11 minutos. • Tempo de coagulação prolongado: - Deficiência de fatores da coagulação; - Presença de anticoagulantes; - Trombocitopenia; - Tromboastenia. Coagulograma 6) Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Lee-White Coagulograma 7) Tempo de Trombina (TT) • Velocidade de formação de um coágulo; • Detecção dos NÍVEIS DE FIBRINOGÊNIO no plasma; • Adição de trombina bovina à amostra de plasma; • Registro do tempo de coagulação; • Teste rápido porém impreciso; • Valor de referência: 12 a 14 segundos. 8) Retração do Coágulo (RC) • Avalia a capacidade da plaqueta em retrair o coágulo após a sua formação pelos mecanismo hemostáticos; • Reflete a função plaquetária ao retrair o coágulo após a coagulação total do sangue; • COÁGULO - Elementos figurados envoltos numa rede de fibrina; Coagulograma Coagulograma 8) Retração do Coágulo (RC) • Coletar 5 mL de sangue sem anticoagulante; • Após coagulação colocar o tubo em banho-maria a 37º C por 1 hora; • Medir o volume do soro; - Soro total: 2,5 mL (retração total do coágulo). • Retração alterada (retração parcial ou irretrátil): - Trombocitopenia; - Trombastenia de Glanzmann.
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