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FICHAMENTO UNIÃO POLIAFETIVA

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Disciplina: Desafios da Família na Contemporaneidade
Cursos relacionados: Direito Civil e Processo Civil
Aluno: Charles Alves Ferreira 
Título: União Poliafetiva
Fonte: IBDFAM - 20/04/2016
Fichamento
Introdução
O assunto abordado trata da “União Poliafetiva” suas características, evolução, natureza jurídica e embates no campo jurídico-doutrinário, extraído do site www.ibdfam.org.br, publicado em 20/04/2016, onde podemos observar uma abordagem crítica construtiva sobre a repercussão gigantesca no cenário social e jurídico sobre as primeiras uniões estáveis poliafetivas oficialmente registradas em cartório no Brasil.
O fato ocorreu no 15º Ofício de Notas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando o funcionário público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, de 33 anos, se uniu oficialmente a duas mulheres, em 01.04.2015, sendo a primeira união estável poliafetiva entre um homem e duas mulheres registrada no Estado.
Diante deste fenômeno social a repercussão do caso obrigou a Corregedoria Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (CGJ/RJ), a publicar no dia 08.04.2015, uma nota de esclarecimento sobre Escritura Declaratória de União Poliafetiva, afirmando que tal documento não cria direitos entre as partes, uma vez que a união poliafetiva não é reconhecida no ordenamento jurídico, sendo que, os efeitos de uma escritura declaratória de união poliafetiva não são equiparados aos efeitos do registro de casamento ou da escritura de união estável. 
Resumo
Título: União Poliafetiva: escritura é necessária?
Em 1º de abril, o funcionário público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, de 33 anos, se uniu oficialmente a duas mulheres, no 15º Ofício de Notas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Trata-se da primeira união estável poliafetiva entre um homem e duas mulheres registrada no estado. (...)
Tamanha repercussão gerou manifestação por parte da Corregedoria Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (CGJ/RJ) que, no dia 8 de abril, emitiu nota de esclarecimento sobre Escritura Declaratória de União Poliafetiva.
A nota diz que a escritura “não tem o condão de criar direitos, uma vez que a união poliafetiva não é reconhecida no ordenamento jurídico”, que “os efeitos de uma escritura declaratória de união poliafetiva não são equiparados aos efeitos do registro de casamento ou da escritura de união estável”. E ainda que "os demais cartórios com atribuição notarial no estado não estão obrigados à confecção de escrituras semelhantes, uma vez que a união poliafetiva não é respaldada por lei".
União Estável não é constituída por escritura -
(...) Digo de forma categórica: não existe escritura pública que constitua união estável”, afirma o advogado Marcos Alves da Silva, membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).
Segundo ele, o que constitui uma união estável não é o seu registro em cartório, mas os pré-requisitos exigidos por lei, quais sejam, o fato social, ostensibilidade ou publicidade, durabilidade, continuidade e um elemento teleológico que é a intenção de constituir família, “essa última dimensão subjetiva é perceptível a partir de dados muito concretos”. (...)
Finalidade da declaração. 
O advogado explica que a declaração de união estável tem duas finalidades: dar certeza quanto ao tempo de vigência da união estável e também para que sejam definidos pelos companheiros os efeitos patrimoniais. (..)
“A união estável não precisa de cartório. Inclusive, a escritura pública é plenamente dispensável. O contrato (pacto), nos termos da lei, pode ser por instrumento particular, ou, como já disse, pode nem sequer existir”, ressalta o advogado. (...)
Evolução do Direito de Família.
(...) Na história do Direito de Família, houve um tempo em que família era somente aquela originada do casamento. Assim, o concubinato permaneceu durante longo tempo na invisibilidade jurídica. (...)
 “As famílias ‘diferentes’, por isso mesmo, têm sempre que lutar por sua afirmação social e, consequentemente, jurídica. Não é estranho que o Direito se apresente sempre como campo de luta, como já sinalizava Ihering. Não tenho dúvida de que ainda estamos por descobrir o sentido mais profundo e o alcance mais amplo do princípio constitucional da pluralidade das entidades familiares”, diz.
Conclusão
Logo podemos perceber que o tema sobre união poliafetiva gerou intensa repercussão no meio social e jurídico, visto que, a união entre mais de duas pessoas, do mesmo ou diferente sexo, para constituir uma família poligâmica na sociedade e cultura brasileira, vai além dos limites da lei, pois mesmo sem previsão ou amparo legal a união poliafetiva é um fenômeno social recorrente em nossa sociedade que vem causando bastante discussão e polêmica no campo social e jurídico brasileiro, conforme bem mostra o texto publicado pelo IBDFAM.

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