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ANAMNESE Anamnese nada mais é, do que um questionário que irá verificar detalhes do passado e presente do indivíduo, referente ao estilo de vida, doenças, acidentes, cirurgias e doenças de seus familiares. 1) Identificação do Paciente 2) História Clínica a) Queixa Principal (QP) ☛ O paciente relata o que mais incomoda, sendo colocado entre aspas e no final o SIC e com as palavras do paciente. b) História da Doença Atual (HDA)☛ O que aconteceu? Como? O tempo? O que foi feito? Já fez algum tratamento? Se onde mora tem saneamento básico. Verificar a parte nutricional do paciente. Verificar as AVDs (Atividades da Vida Diária) Obs: Nesse item é OBRIGATÓRIO o uso de termos técnicos. c) História Patológica Pregressa (HPP) ☛ Anota-se as patologias que o paciente tem ou já teve e que podem influenciar no tratamento. d) História Familial (H FAL) ☛ Se há alguma doença de característica hereditária. e) História Familiar (H.FAM)☛ Se há alguma doença no mesmo convívio familiar. f) História Social (HS) ☛ Se é etilista (quanto tempo?) Se é tabagista (quantos cigarros fuma por dia e quanto tempo?) Se faz uso de drogas (quanto tempo?) EXAME FÍSICO 1) Sinais e Sintomas 2) Análise da Dor a) Dor Aguda: dor forte que na maioria das vezes vem acompanhada de calor, aumento de volume no local e que provoca uma perda de função. b) Dor crônica: dor constante, não sendo muito forte, porém poderá provocar uma interrupção do trabalho. 3) Tipos de Dor a) Dor Articular (artralgia): Dor constante? Qual parte do dia dói mais? Se aumenta ou diminui? Se a dor é irradiada para outro local do corpo? OBS: a dor articular tende a melhorar no repouso, porém dependendo da patologia com o movimento inicial piora mais com a continuidade tende a melhorar. b) Dor Muscular (mialgia): Normalmente é localizada no centro do segmento ou próximo das articulações, mas não nela. Possui característica de ser mais superficial, sendo mais fácil sua palpação. Tende a piorar no movimento e a melhorar no repouso. c) Dor Óssea periostealgia): Dor mais profunda, podendo levar ou não à hipotência funcional (fraturas). d) Dor Periarticular (periartralgia): Dor em estruturas que estão próximas a articulação. Exames de INSPEÇÃO e PALPAÇÃO ● O que é inspeção? ● Áreas de observação: 1. Tumefações: aumento de volume articular ➢ Líquido Intra-artucular (hidroartrose e hemartrose): edema mole ➢ Líquido extra-articular (edema linfático): edema duro 2. Deformidades: Anotar todos os tipos de deformidades 3. Analise de pele: ➢ Coloração da pele- Eritema ou Cianose ➢ Pele seca ➢ Análise de cicatrizes 4. Mobilidade ativa: Se o paciente consegue realizar movimentos sozinho (observar marcha) ● Palpação 1. Análise da temperatura: De forma comparativa (baixa temperatura há uma deficiência vascular; alta temperatura há um quadro inflamatório). 2. Análise de crepitações: ➢ Crepitações articulares ➢ Crepitações tendinosas: Quadro álgico por atrito do tendão sobre a bainha sinovial ou pelo atrito do tendão sobre a superfície óssea ➢ Crepitações musculares: deslocamento do músculo sobre a fáscea (ocorre no alongamento) 3. Análise de pontos dolorosos: No músculo verificar os nódulos (miogeloze) 4. Análise de Cistos ou Tumores: Cisto se movimento, o tumor é fixo. 5. Mobilização Passiva Exame ÓSSEO 1. Cotovelos ➢ Cúbito valgo: ➢ Cúbito varo ➢ Cúbito flexo ➢ Cúbito recurvato 2. Joelhos ➢ Genovalgo ➢ Genovaro ➢ Geno flexo ➢ Geno recurvato 3. Pés ➢ Pronado ➢ Supinado ➢ Plano ➢ Cavo ➢ Caído ➢ Eqüino ➢ Hálux valgo Perimetrias São medida circunferências que verifica quanto o paciente teve de perda ou ganho de massa muscular de um segmento a outro. Medindo de 5 em 5 cm. 1. MMSS (pontos de referência) ➢ Acrômio ➢ Olecrano (*) ➢ I.A.C (*) ➢ Processo Estilóide 2. MMII (pontos de referência) ➢ EIAS ➢ BSP (*) ➢ BIP (*) ➢ IAJ ➢ Maléolo Interno Mensurações Verifica as medidas de comprimento, ou seja, se há algum desnivelamento pélvico ou encurtamento de MMII. OBS: não é um exame 100% fidedigno 1. Pélvis ( CU / EIAS) ➢ Exame panorâmico de pélvis (100% de exatidão) 2. MMII ➢ Exame panorâmico de MMII ➢ Real (EIAS / MI) ➢ Aparente (CU / EIAS) (CU / MI) Avaliação Postural 1. Anatomia da coluna vertebral ● Vértebras cervicais (7) ● Vértebras torácicas (12) ● Vértebras lombares (5) ● Vértebras sacrais (5) ● Disco intervertebral Curvaturas fisiológicas da Coluna Vertebral ● Porque existem as curvaturas? ● Lordose: tem como característica curvas fisiológicas da coluna cervical e lombar com convexidade anterior ● Cifose: é uma curvatura fisiológica da coluna torácica e sacral, com convexidade posterior. Patologia das colunas ● Hiperlordose: aumento da curvatura da região lombar ou cervical. ● Hipercifose: Aumento da curvatura da região torácica. Obs: A grande maioria das pessoas que têm retificaçõa da cifose apresentam uma hiperlordose e vice versa. ● Escoliose: é uma curva patológica da coluna vertebral e pode ser: 1. Estrutural: alteração estrutural na formação da coluna vertebral. 2. Postural: considerada adquirida, devido a má postura. A escoliose pode ser classificada como: a) Escoliose sinistra, convexa lombar b) Escoliose destra convexa tóraco-lombar c) Escoliose destra convexa torácica e sinistra convexa lombar Visualização do Paciente 1. Vista Anterior: ● Cabeça (inclinada ou rodada) ● Ombros (desnivelados) ● Mamilos (desnivelados) ● Verificar triângulo de Talis ● Verificar nivelamento da pelve ● Joelhos (valgo ou varo) ● Pés (inversão ou eversão) 2. Vista Lateral ● Cabeça (anteropulsão ou retropulsão) ● Ombros (antero ou retro pulsionados) ● Tronco (se esta rodado) ● Verificar região lombar e torácica ● Abdome protuso ou não ● Joelhos (genoflexo ou genorecurvato) ● Pés 3. Vista Posterior ● Verificar os mesmos itens da vista anterior ● Verificar escápulas ● Verificar prega glútea ● Verificar interlinha do joelho ● Observar tendão de aquílis Análise de Retificação 1. Escoliose: se for flexível irá se retificar ao teste (paciente em flexão de tronco e verificar se os processos espinhos se retificam) 2. Lordose: se retifica quando a coluna encosta na parede (paciente na parede, com os braços elevados na cabeça, pedir para que o mesmo faça uma contração de glúteos e abdomen). 3. Cifose: paciente colocará as mãos a nível do cóccix e pedir para este fazer uma retro-versão de ombro. Análise da Gibosidade e Elevação Paraespinhal ● Há uma rotação do gradil costal junto com o músculo grande dorsal. Somente na região torácica. A musculatura lombar se eleva, pois esta muito densa (elevação paraespinhal).Demarcação dos Processos Espinhosos ● Marcar os processos espinhosos para visualizar a escoliose. Deverá ser feita com o paciente sentado e em flexão de tronco. Cálculo do ângulo de Cobb ● Material: radiografia em PA, lápis, régua e um transferidor Ferguson ● O material é igual ao item anterior Análise de Marcha ● Conceito ● Fases: - Apoio (apoio do calcâneo, apoio de base de quinto e apoio de base de primeiro) -Oscilação ou balanceio (deslocamento do membro sem o pé no chão) Obs 1: para que haja um equilíbrio correto na marcha, é necessário que estas fases estejam em sincronia. Obs 2: a impulsão é dada com a perna que esta de apoio. FASES DA MARCHA 1ª FASE: fase de balanço: começa quando o pé deixa o chão e termina quando o calcanhar do mesmo pé toca o chão(40%). 2ª FASE: apoio de calcâneo: 3ª FASE: transferência para o meio do pé 4ª FASE: saída dos artelhos Marcha Normal 1. Alinhamento 2. Movimentos grosseiros: os membros com dissociação de cinturas, com mesma velocidade e mesma distância 3. Comprimento da passada: distância entre o toque do calcanhar de um membro e seu toque subseqüente. = ao ciclo da marcha 4. Comprimento do passo: distância entre o toque do calcanhar de uma perna e o toque da perna contra lateral. Obs: cada passada contém dois passos 5. Largura da passada: distância entre a linha média de um pé e a linha média do outro pé 6. Velocidade do andar: nº de passos dado por minuto Movimentos musculares e articulares 1ª Fase: flexão de coxofemural com leve rotação medial, flexão de joelho com rotação medial de tíbia e fíbula, dorso flexão de tornozelo com inversão 2ª Fase: semiflexão de joelho, começa a estender coxofemural, começa a estender os joelhos e leve inversão. 3ª Fase: transferência do peso corporal para a base de 5º, depois para base de 1º, flexão plantar de tornozelo, extensão de coxofemural e joelhos. 4º Fase: extensão maior de coxofemural, começa a fazer flexão de joelho e em seguida começa a fazer uma nova flexão de coxofemural Marcha Patológica M. Parkinsoniana: chamada de marcha Petit Pass, faz uma leve flexão de ombro e de tronco, arrasta os pés e quanto mais fletido o tronco mais rápido irá andar. Antes de andar faz um fenômeno chamado de festilação M. Parética: (marcha do soldado) ocorre por seqüelas de paralisia do nervo fibular. Desenvolve pé caído, a tendência do pé é prender no chão, pois não consegue fazer a dorso flexão M. Espástica: também chamada de M. Ceifante, Helicoidal ou de Todd. Ocorre como seqüela de um AVE, usa o quadrado lombar para elevar a pelve para poder oscilar a perna, pé eqüino. M. Atáxica: também chamada de marcha tabética ou coreocoatetosica. Característica da patologia tabes dorsales que dá alteração de movimentos atingindo o corno posterior da medula. Paciente não tem sensibilidade e nem noção de profundidade dfo chão, andando com os calcanhares e com a base de apoio aumentada. Obs: coreocoatetosica os movimentos rápidos, de grande amplitude e sem definição. M.Vestibular: comum em pessoas que têm lesão no sistema vestibular ou lano nível do laberinto. Não consegue andar na linha média e cai para o lado da lesão M. Cerebelar ou Ebriosa: lesão no cerebelo, pessoa anda com se estivesse bêbado. M de Trendelemburg: fraqueza de glúteo médio ao ponto de não dar estabilidade a pelve M. de Pato: Comum em crianças portadoras de DMP tipo Duchene, há um aumento da lordose lombar, os ombros sofrem uma retropulsão. M. em Saudação: comum em pessoas com seqüelas de poliomielite. Avaliação do Movimento A analise do movimento se divide em: movimentos passivos, assistidos, ativos e resistidos Movimentos Passivos: quando o terapeuta executa o movimento sem ajuda do paciente. Movimentos Assistidos: quando o terapeuta executa o movimento com ajuda do paciente Movimentos Ativos: quando o paciente executa o movimento sem ajuda do terapeuta Movimentos Resistidos: paciente executa o movimento sem ajuda do terapeuta com auxílio de carga Contrações Musculares Se dividem em: isométrica, isotônica e isocinética Contração Isométrica: quando há uma contração muscular sem a movimentação do membro, fadiga muito rapidamente a musculatura. Contração Isotônica: contração muscular com movimentação do membro a) Concêntrica: há aproximação dos fusos musculares b) Excêntrica: há um afastamento dos fusos musculares Contração Isocinética: tipo de contração em que você regula tempo, amplitude de movimento e resistência (ex: bicicleta ergométrica) Teste de Força Muscular Manual Objetivo: verifica a capacidade de força muscular do paciente, utilizando a resistência manual e posicionamentos adequados. GRAUS % NOMINAL CARACTERÍSTICAS 5 100% Muito bom AMC, ↑g, ↑grande resistência 4 75% Bom AMC, ↑g, ↑pequena resistência 3 50% Regular AMC, ↑g 2 25% Fraco AMC, g 1 10% Vestígios Traços de contração 0 0% Zero Nulo Gravidade tem que ser eliminada Teste de Força Muscular Manual (continuação) ➢ Escápulo-Umeral 1. Flexão: fibras anteriores de deltóide, coracobraquial e existe trabalho grande das fibras da porção longa do bíceps. Paciente sentado (paciente em DL para eliminar a gravidade) 2. Extensão: fibras posteriores de deltóide, grande dorsal e redondo maior. Paciente em DV (paciente em DL para eliminar a gravidade) 3. Abdução: supra espinhoso e fibras laterais e médias de deltóide. Paciente sentado (para eliminar a gravidade paciente em DD) 4. Adução: peitoral maior. Paciente sentado (em DD gravidade eliminada) 5. Rotação interna:sub-escapular, grande dorsal, peitoral maior e redondo maior. Paciente em DV (em grau 2 paciente sentado com o cotovelo fletido) 6. Rotação externa: cabeça do úmero, infra-escapular e redondo maior. ➢ Movimentos de cotovelo 1. Flexão: braquiorradial, braquial anterior, bíceps braquial. Paciente sentado (grau 2 paciente em DL) 2. Extenção: tríceps braquial e ancônio 3. Supinação: longo supinador e bíceps braquial. Paciente sentado com cotovelo fletido a 90º(pronação p/ supinação) 4. Pronação: quadrado e redondo pronador. ➢ Movimentos de Punho 1. Flexão dorsal: extensor radial e ulnar do carpo. Paciente com braço pronado (em grau 2 paciente em DL) 2. Flexão palmar: flexor ulnar e radial do carpo e palmar longo. Paciente com braço supinado 3. Desvio radial: extensor radial do carpo 4. Desvio ulnar: flexor ulnar do carpo Obs: grau 2 em posição neutra ➢ Movimento dos dedos 1. Flexão dos dedos: flexor comum dos dedos, flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos 2. Extesão dos dedos: extensor comum dos dedos, extensor do polegar e extensordo dedo mínimo OBS: grau 2 em posição neutra ➢ Movimento de MMII 1. Flexão de coxofemural: íliopsoas e reto femural OBS: estabilizar a pelve com o paciente em DD. Paciente em DL – gravidade eliminada 2. Extensão de coxofemural: glúteo máximo e ísquios tibiais OBS: paciente em DV contra a ação da gravidade com as pernas esticadas, porém para obter maior ação do glúteo máximo, flexiona os joelhos. Paciente em Dl- gravidade nula 3. Abdução de coxofemural: glúteo médio e tensor da fáscia lata. Obs: paciente em DL contra a ação da gravidade, dobrar os joelhos do mesmo e estabilizar a pelve. DD para gravidade nula 4. Adução de coxofemural: adutor longo, curto, magno, pectíneo e grácil. OBS: paciente em DL, com a perna flexionada e estabiliza a pelve. DD gravidade nula 5. Rotação medial: glúteo mínimo OBS: paciente sentado, com os joelhos à 90, colocar resistência lateral 6. Rotação lateral: abdutor interno e externo, gêmio superior e inferior, quadrado femural e piriforme OBS: paciente sentado, com os joelhos à 90, colocar resistência medial ● Gravidade nula com o paciente em DD e resistência no calcanhar ➢ Joelhos 1. Flexão: ísquios tibiais, bíceps femural, semitendíneo, semimembranáceo. OBS: paciente em DV 2. Extensão: quadríceps femural OBS: paciente sentado ● Gravidade nula paciente em DL ➢ Tornozelo 1. Flexão dorsal: tibial anterior OBS: paciente sentado (contra gravidade) 2. Flexão plantar: sóleo e gastrocnemio OBS: paciente em DV com os pés para fora da maca (contra a gravidade) ● Gravidade nula em DV Teste Articular (goniometria) Tem o objetivo de verificar as amplitudes articulares, feita com o auxílio do goniômetro. ● Escápula-umeral 1. Flexão: coloca-se lateralmente o goniômetro e o movimento vai de 0º a 90º e de 90º a 180º 2. Extensão: coloca-se lateralmente o goniômetro lateralmente e o movimento vai de 0º a 40/45º 3. Abdução: coloca-se medialmente o goniômetro e o movimento vai de 0º a 90º e de 90º a 180º 4. Adução: 0º a 75º 5. Abdução Horizontal: de 130º a 0º 6. Adução Horizontal: de 0º a 130º Obs: a parte fixa é a de cima ➢ Cotovelo 1. Flexão com amplitude que vai de 0 a 120/140 2. Extensão que vai de 140/120 a 0 Obs: o goniômetro é colocado lateralmente ao cotovelo, paciente sentado 3. Pronação e supinação deve ser com o cotovelo fletido à 90. Mãos fechadas com o parafuso a nível da articulação metacarpofalangeana do 3 dedo, indo de 0 a 90 (supinação) e de 90 a 0 (pronação) Obs: paciente deve ficar deitado ➢ Punho 1. Flexão dorsal ou extensão de punho, vai de 0 a 90 2. Flexão palmar ou flexão de punho vai de 0 a 80 3. Desvio radial vai de o a 20 4. Desvio ulnar vai de 0 a 40 Obs: paciente sentado com os cotovelos apoiados e em 90, ou paciente em DD, com o goniômetro colocado lateralmente ➢ Dedos 1. Flexão de dedos vai de 0 a 90 2. Extensão de dedos 0 a 25/40 Obs: punho em posição neutra ➢ Coxo fumeral 1. Possui duas amplitudes na flexão de coxo femural, vai de 0 a 90 com os joelhos entendidos, e da 0 a 120 com os joelhos em flexão 2. Na extensão, vai de 0 a 30 Obs: paciente em DL, com o goniômetro colocado lateralmente 3. Abdução vai de 0 a 45 4. Adução vai de 0 a 30 Obs: paciente em DD, com o goniômetro colocado acima da articulação 5. Rotação lateral e medial vai de 0 a 45 Obs: a rotação lateral pode chegar até 60, paciente sentado com os joelhos a 90 e goniômetro acima da articulação dos joelhos ➢ Joelhos 1. Flexão vai de 0 a 140/160 2. Extensão vai de 160/140 a 0 Obs: paciente em DV com o goniômetro colocado lateralmente ➢ Tornozelo 1. Flexão dorsal vai de 0 a 30/45 2. Flexão plantar vai de 0 a 45/60 Obs: colocar o pé apoiado lateralmente na maca, com o goniômetro colocado medialmente 3. Eversão vai de 0 a 20 4. Inversão vai de 0 a 40 Testes Específicos de Articulações Periféricas Supra-Espinhoso ● Teste para tendinite do Supra-espinhoso Paciente sentado, pedir para que o mesmo faça uma abdução de braço à 90º, e em seguida vencer sua resistência. Obs: ocasionará tensão no músculo deltóide e no músculo e tendão do supra-espinhoso. ● Teste Apley de Coçar Paciente sentado, pedir para que o mesmo coloque sua mão no ângulo superior da escápula oposta ao lado afetado. Ou pedir para que o paciente coloque a mão na borda inferior da escápula do lado oposto da lesão. Tendinite Bicipital ● Teste de Speed Paciente sentado, com o braço em extensão e fletido para frente à 45º, colocar os dedos no sulco bicipital e a mão opsto no punho do paciente e pedir para o mesmo fazer o movimento de flexão vencendo sua resistência Instabilidade Glenoumeral Anterior ● Teste de Gaveta Anterior Paciente em DD, estabilizar a mão do mesmo abaixo de sua axila, e com a sua mão oposta pegar a escápula posterior e colocar o polegar sobre o processo coracóide. O seu braço que seta apoiando o braço do paciente fará uma tração do úmero para frente. Obs: movimentos anormais ou crepitações na região indica uma instabilidade. ● Teste de Apreensão Anterior Paciente sentado, fazer uma rotação lateral do braço e forçar essa rotação lentamente. Obs: a dor localizada indicará luxação anterior crônica do ombro ● Teste de Rockwood É uma variação do teste da gaveta anterior. Realizar o teste com o paciente sentado, rodar externamente o braço em posição neutra e em seguida repetir o mesmo movimento com o braço em 45º, 90º e em 120º. ● Teste de Dugas Paciente sentado, pedir para que o mesmo toque com a sua mão o ombro do lado oposto e tracionar o cotovelo para a parede torácica. Instabilidade Glenoumeral Posterior ● Teste de Gaveta Posterior Paciente em DD, apoiar o antebraço do paciente, flexionar o cotovelo, o ombro em abdução. Com a mão oposta sobre a escápula, fazer uma tração posterior acima do ombro do paciente. ● Teste Apreensão Posterior Paciente em DD, flexionar para frente o ombro e o cotovelo e com a sua mão oposta realizar uma tração posterior no ombro. Instabilidade Tendinosa ● Teste de Yergason Verifica tendinite na porção longa do bíceps. Paciente sentado com o cotovelo fletido à 90º, o terapeuta deverá colocar seus dedos acima da porção longa do bíceps e forçar uma rotação lateral. Sentirá aumento do quadro algico. ● Teste da queda do Braço Paciente sentado, abduzir o braço à 90º instruir para que o mesmo abaixe o braço lentamente. Epicondilite Lateral (cotovelo de tenista) ● Teste de Cozen Paciente sentado com o cotovelo fletido à 90º, com o braço pronado, colocar uma resistência acima do dorso da mão e pedir para que o mesmo faça uma flexão dorsal de punho. Epicondilite Medial (cotovelo de Golfista) ● Teste para cotovelo de golfista Paciente sentado, com o braço à 90º e supinado, colocar umaresistência na palma da mão e pedir para que o mesmo vença a resistência Neurite / Neuroma ● Sinal de Tinel Verifica uma neurite ou um neuroma do nervo ulnar. Paciente sentado, percurtir o sulco entre o processo do olecrano e o epicôndilo medial. Aumentará a sensação parestésica. Testes de Punho e Mão Síndrome do Túnel do Carpo ● Teste de Phalen Flexionar ambos os punhos e aproximar o dorso um do outro. Manter por 60 segundos, com isso o paciente sentirá parestesia e quadro álgico provocados pela compressão do nervo mediano. ● Teste de Phalen Invertido Flexionar ambos os punhos e aproximar a palma das mãos uma da outra “saudação de budista”. Manter por mais de 60 segundos. Síndrome do Túnel Ulnar ● Tríade Túnel Ulnar Inspecionar e palpar o punho do paciente, procurando quadro álgico em cima do túnel ulnar, garra do dedo anular e atrofia hipotenar que serão indicativos de compressão do túnel ulnar. Tenossinovite Estenosante ● Teste de FInkelstein Verifica se o paciente é portador de uma tenossinovite estenosante de De Quervain. Pedir para o paciente colocar o polegar na palma da mão, fechar os dedos sobre o polegar e com o braço esticado pedir para que o mesmo faça um desvio ulnar. Teste de Quadril ● Teste de Ortolani Verifica se a criança possui luxação de quadril. Paciente em DD, faz uma flexão de coxofemural, rotação lateral e abdução de MMII. Depois fazer uma adução e rotação medial, nesse instante ocorrerá um estalito. ● Teste de Thomas Verifica contratura de quadril. Paciente em DD, instruí-lo para aproximar os joelhos do tórax, um de cada vez. Palpar os músculos do quadríceps na perna não flexionada. ● Teste de Ober Paciente em DL, abduzir a perna e bem seguida soltá-la. Verifica se há contratura do tensor da fáscia lata. ● Teste de Trendelenburg Paciente em pé, colocar os polegares sobre a EIPS e pedir para o paciente flexionar uma perna de cada vez. Teste positivo: paciente sentirá dor ou a pelve oposta cai. Instabiliade dos Meniscos ● Teste de Compressão de Apley Verifica se há lesão de menisco. Paciente em DV, com o joelho fletido faz-se uma compressão da tíbia com rotação medial (lesão de menisco lateral), já a compressão com rotação lateral verifica lesão de menisco medial. ● Teste de McMurray Paciente em DD, joelhos fletidos, colocamos a mão em cima do menisco e força-se uma rotação lateral de tíbia e em seguida uma rotação medial. Paciente sentirá dor e haverá estalito no local. ● Sinal de Gaveta Anterior Verifica instabilidade no LCA. Paciente em DD, com a perna flexionada e apoiada na maca, coloca-se os dedos na IAJ e os polegares na região sub-patelar e estabiliza o pé. Em seguida puxa a perna para frente. ● Sinal de Gaveta Posterior Verifica lesão no LCP. Idem ao anterior só que ao invés de puxar iremos tracionar. ● Teste de Distração de Apley Verifica se há alguma instabilidade nos ligamentos colaterais. Paciente em DV, flexionar a perna 90º, estabilizar a coxa do paciente e puxar o pé ao mesmo tempo realizando uma rotação medial e lateral. Se houver lesão, o tornozelo sofre um deslocamento. ● Teste de Rechaço Patelar Verifica se há presença de líquido no joelho. Com uma mão, circundar e colocar pressão para baixo em cima da BSP, e com a outra, empurrar a patela de encontro ao fêmur com o seu dedo. ● Teste de Lachman Verifica lesões no LCA ou no LCP e é usado na face aguda do quadro álgico. Paciente em DD, joelho em 30º de flexão, estabiliza o joelho e a tíbia e realizar movimentos para cima (testa o LCA) e para baixo (testa LCP). ● Sinal de Homan Verifica se o paciente apresenta o quadro de TVP. Paciente em DD, colocamos o dedo no meio do gastrocnêmio, fazendo uma pressão local e forçamos uma dorseflexão Tornozelo ● Teste de Estabilidade Lateral Paciente em DD, pegar o pé e invertê-lo passivamente. Se houver um espaçamento pós trauma, suspeitar de uma ruptura do ligamento talofibular anterior e/ ou ligamento calcaneofibular. ● Teste de Estabilidade Medial Paciente em DD, pegar o pé e evertê-lo passivamente. Se houver um espaçamento pós trauma, suspeitar de uma ruptura do ligamento deltóide (lig. Tibiofibular posterior, tibiocalcaneo, tibiotalar e tibionavicular). ● Teste de Thompson Verifica ruptura do tendão de Aquilis. Paciente em DV, se faz uma compressão do tendão ou paciente em DV, pedir para flexionar o joelho e espremer os músculos da panturrilha de encontro à tíbia e a fíbula. Se houver lesão, o paciente não irá realizar uma flexão plantar. Avaliação da Espasticidade Escala Modificada de Ashworth Graus 0 Sem aumento de tônus 1 Leve aumento do tônus muscular manifestando-se com um resistir e ceder ou por mínima resistência na extensão máxima do movimento passivo 1+ Leve aumento do tônus muscular manifestando-se com uma resistência que persiste de maneira discreta através da extensão do movimento remanescente (menos que a metade deste) 2 Aumento do tônus mais acentuado durante a maioria da extensão do movimento, mas com facilidade de se mover o segmento acometido 3 Aumento considerável do tônus muscular com dificuldade na movimentação passiva 4 O segmento acometido esta rígido em flexão, extensão, abdução, adução (etc) Fonte: CARVALHO et al., 2000 Avaliação Neurológica Testes Cervicais ● Teste de Tração Paciente sentado, colocar a mão espalmada no queixo do paciente, enquanto a outra mão será colocada na região occipital. Em seguida realizar a tração. Se o paciente sentir alívio do quadro álgico, há provável compressão nervosa. ● Teste de Compressão Paciente sentado pressione para baixo o topo da cabeça. Poderá ocorrer aumento do quadro álgico. ● Manobra de Vassalva Paciente sentado, peça para prender a respiração e fazer força como se fosse evacuar. Se houver aumento do quadro álgico, peça para descrever a localização, o que indicará uma provável compressão discal. ● Teste de Adson Paciente sentado, verificar em ambos os lados a pulsação. Abduzir o braço à mais ou menos 45º, fazer uma roptação com a cabeça e elevar o queixo, pedir para o paciente inspirar profundamente e prender a respiração. Realizar bilateralmente. Obs: se for positivo a pulsação do paciente diminui ou some por completa.Caso isso ocorra, indicará uma provável compressão da artéria subclávia e do feixe nervoso, pelo músculo escaleno anterior espástico ou hipertrofiado, presença de uma costela cervical ou um tumo. Avaliação Neurológica Lombo-sacra Reflexos Neurológicos 1. Reflexo Patelar: é um reflexo profundo no qual se avalia os nervos oriundos da raiz de L2, L3 e L4, mas predominantemente L4. Percutir o tendão infra-patelar. 2. Reflexo de Aquileu: reflexo profundo mediado pelo gastrognêmio. Percutir o tendão de Aquiles. 3. Reflexo Abdominal Superficial: paciente em DD,utilizando a parte mais aguda do martelo de exame percutir cada quadrante do abdômen, observando se a CU se desvia em direção ao ponto que foi percutido. Ausência de reflexo indica lesão neuronal. 4. Reflexo Cremastérico superficial: utilizando a parte mais aguda do martelo, percutir a face interna da porção superior da coxa. Se estiver normal, a bolsa escrotal do lado que foi realizado o teste irá se elevar. 5. Sinal de Babinski: percorres a superfície plantar desde o calcâneo até a porção anterior do pé, com a porção afiada do martelo. Sinal negativo haverá uma flexão de dedos. Caso seja positivo, haverá uma abdução com flexão dos dedos e extensão do hálux. Testes Lombares ● Teste de Laségue Verifica se o paciente é portador de uma neuralgia do nervo isquiático. Paciente em DD, realizar passivamente uma flexão de coxofemural com extensão de joelho no membro em que há parestesia. Só é considerado positivo se houver aumento do quadro álgico de 45º a 60º de flexão. ● Teste de Bragard Confirmação de Laségue. Há um aumento do quadro álgico. Paciente em DD, realizar passivamente uma flexão de coxofemural, com extensão de joelho e uma dorso flexão do pé no membro em que há parestesia. ● Sinal da Ponta e do Calcanhar Verifica se o paciente é portador de uma hérnia de disco lombar entre L4 e L5 (da ponta) e L5 e S1 (do calcanhar). ● Teste de Milgram Verifica se o paciente é portador de uma hérnia de disco. Paciente em DD, instruí-lo para elevar as pernas até que elas estejam em torno de 45º. O teste será positivo se o paciente não conseguir permanecer 30 segundos na posição. ● Teste de Hoover Verifica se o paciente esta simulando não conseguir levantar a perna. Paciente em DD, apóie a mão no calcanhar da perna contra-lateral ao qual você quer testar, e se ele tiver tentando elevar mesmo a perna, realizará uma pressão com o calcanhar na sua mão.
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