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Cinético Funcional ANAMNESE

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ANAMNESE 
 
Anamnese nada mais é, do que um questionário que irá 
verificar detalhes do passado e presente do indivíduo, referente ao 
estilo de vida, doenças, acidentes, cirurgias e doenças de seus 
familiares. 
 
1) Identificação do Paciente 
 
2) História Clínica 
a) Queixa Principal (QP) ☛ O paciente relata o que 
mais incomoda, sendo colocado entre aspas e no final o 
SIC e com as palavras do paciente. 
 
b) História da Doença Atual (HDA)☛ O que aconteceu? 
Como? O tempo? O que foi feito? Já fez algum tratamento? 
Se onde mora tem saneamento básico. Verificar a parte 
nutricional do paciente. Verificar as AVDs (Atividades da 
Vida Diária) 
Obs: Nesse item é OBRIGATÓRIO o uso de termos técnicos. 
 
c) História Patológica Pregressa (HPP) ☛ Anota-se as 
patologias que o paciente tem ou já teve e que podem 
influenciar no tratamento. 
 
d) História Familial (H FAL) ☛ Se há alguma doença de 
característica hereditária. 
 
e) História Familiar (H.FAM)☛ Se há alguma doença no 
mesmo convívio familiar. 
 
f) História Social (HS) ☛ Se é etilista (quanto tempo?) 
 Se é tabagista (quantos cigarros fuma por dia e quanto tempo?) 
 Se faz uso de drogas (quanto tempo?) 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO 
 
1) Sinais e Sintomas 
 
2) Análise da Dor 
a) Dor Aguda: dor forte que na maioria das vezes vem 
acompanhada de calor, aumento de volume no local e que 
provoca uma perda de função. 
 
b) Dor crônica: dor constante, não sendo muito forte, 
porém poderá provocar uma interrupção do trabalho. 
 
3) Tipos de Dor 
a) Dor Articular (artralgia): Dor constante? Qual parte do dia 
dói mais? Se aumenta ou diminui? Se a dor é irradiada 
para outro local do corpo? 
OBS: a dor articular tende a melhorar no repouso, porém 
dependendo da patologia com o movimento inicial piora mais 
com a continuidade tende a melhorar. 
 
b) Dor Muscular (mialgia): Normalmente é localizada no 
centro do segmento ou próximo das articulações, mas não 
nela. Possui característica de ser mais superficial, sendo mais 
fácil sua palpação. Tende a piorar no movimento e a melhorar 
no repouso. 
 
c) Dor Óssea periostealgia): Dor mais profunda, podendo 
levar ou não à hipotência funcional (fraturas). 
 
 
d) Dor Periarticular (periartralgia): Dor em estruturas que 
estão próximas a articulação. 
 
Exames de INSPEÇÃO e PALPAÇÃO 
● O que é inspeção? 
● Áreas de observação: 
1. Tumefações​: aumento de volume articular 
➢ Líquido Intra-artucular (hidroartrose e hemartrose): 
edema mole 
➢ Líquido extra-articular (edema linfático): ​edema duro 
2. Deformidades​: Anotar todos os tipos de deformidades 
3. Analise de pele​: 
➢ Coloração da pele- Eritema ou Cianose 
➢ Pele seca 
➢ Análise de cicatrizes 
4. Mobilidade ativa​: Se o paciente consegue realizar 
movimentos sozinho (observar marcha) 
 
● Palpação 
1. Análise da temperatura​: De forma comparativa (baixa 
temperatura há uma deficiência vascular; alta temperatura há um 
quadro inflamatório). 
2. Análise de crepitações​: 
➢ Crepitações articulares 
➢ Crepitações tendinosas​: Quadro álgico por atrito do 
tendão sobre a bainha sinovial ou pelo atrito do tendão 
sobre a superfície óssea 
➢ Crepitações musculares​: deslocamento do músculo 
sobre a fáscea (ocorre no alongamento) 
3. Análise de pontos dolorosos​: No músculo verificar os 
nódulos (miogeloze) 
4. Análise de Cistos ou Tumores​: Cisto se movimento, o 
tumor é fixo. 
5. Mobilização Passiva 
 
 
Exame ÓSSEO 
1. Cotovelos 
➢ Cúbito valgo​: 
➢ Cúbito varo 
➢ Cúbito flexo 
➢ Cúbito recurvato 
2. Joelhos 
➢ Genovalgo 
➢ Genovaro 
➢ Geno flexo 
➢ Geno recurvato 
3. Pés 
➢ Pronado 
➢ Supinado 
➢ Plano 
➢ Cavo 
➢ Caído 
➢ Eqüino 
➢ Hálux valgo 
 
 
 
Perimetrias 
São medida circunferências que verifica quanto o paciente 
teve de perda ou ganho de massa muscular de um segmento a 
outro. Medindo de 5 em 5 cm. 
1. MMSS (pontos de referência) 
➢ Acrômio 
➢ Olecrano (*) 
➢ I.A.C (*) 
➢ Processo Estilóide 
2. MMII (pontos de referência) 
➢ EIAS 
➢ BSP (*) 
➢ BIP (*) 
➢ IAJ 
➢ Maléolo Interno 
 
Mensurações 
Verifica as medidas de comprimento, ou seja, se há algum 
desnivelamento pélvico ou encurtamento de MMII. 
OBS: não é um exame 100% fidedigno 
1. Pélvis ( CU / EIAS) 
➢ Exame panorâmico de pélvis (100% de exatidão) 
2. MMII 
➢ Exame panorâmico de MMII 
➢ Real (EIAS / MI) 
➢ Aparente (CU / EIAS) 
 (CU / MI) 
 
 
Avaliação Postural 
 
 
1. Anatomia da coluna vertebral 
● Vértebras cervicais (7) 
● Vértebras torácicas (12) 
● Vértebras lombares (5) 
● Vértebras sacrais (5) 
● Disco intervertebral 
 
 
 
 
 
 
Curvaturas fisiológicas da Coluna Vertebral 
 
● Porque existem as curvaturas? 
● Lordose​: tem como característica curvas fisiológicas da 
coluna cervical e lombar com convexidade anterior 
● Cifose​: é uma curvatura fisiológica da coluna torácica e 
sacral, com convexidade posterior. 
 
Patologia das colunas 
● Hiperlordose: aumento da curvatura da região lombar ou 
cervical. 
● Hipercifose:​ Aumento da curvatura da região torácica. 
Obs: A grande maioria das pessoas que têm retificaçõa da cifose 
apresentam uma hiperlordose e vice versa. 
● Escoliose​: é uma curva patológica da coluna vertebral e 
pode ser: 
1. Estrutural​: alteração estrutural na formação da 
coluna vertebral. 
2. Postural​: considerada adquirida, devido a má 
postura. 
 
 
A escoliose pode ser classificada como: 
a) Escoliose sinistra, convexa lombar 
b) Escoliose destra convexa tóraco-lombar 
c) Escoliose destra convexa torácica e sinistra convexa 
lombar 
 
Visualização do Paciente 
1. Vista Anterior: 
● Cabeça (inclinada ou rodada) 
● Ombros (desnivelados) 
● Mamilos (desnivelados) 
● Verificar triângulo de Talis 
● Verificar nivelamento da pelve 
● Joelhos (valgo ou varo) 
● Pés (inversão ou eversão) 
 
2. Vista Lateral 
● Cabeça (anteropulsão ou retropulsão) 
● Ombros (antero ou retro pulsionados) 
● Tronco (se esta rodado) 
● Verificar região lombar e torácica 
● Abdome protuso ou não 
● Joelhos (genoflexo ou genorecurvato) 
● Pés 
 
3. Vista Posterior 
● Verificar os mesmos itens da vista anterior 
● Verificar escápulas 
● Verificar prega glútea 
● Verificar interlinha do joelho 
● Observar tendão de aquílis 
 
 
 
 
Análise de Retificação 
1. Escoliose​​: se for flexível irá se retificar ao teste (paciente em 
flexão de tronco e verificar se os processos espinhos se retificam) 
 
2. Lordose​​: se retifica quando a coluna encosta na parede 
(paciente na parede, com os braços elevados na cabeça, pedir para 
que o mesmo faça uma contração de glúteos e abdomen). 
 
3. Cifose​​: paciente colocará as mãos a nível do cóccix e pedir 
para este fazer uma retro-versão de ombro. 
 
Análise da Gibosidade e Elevação Paraespinhal 
● Há uma rotação do gradil costal junto com o músculo grande 
dorsal. Somente na região torácica. A musculatura lombar se eleva, 
pois esta muito densa (elevação paraespinhal).Demarcação dos Processos Espinhosos 
 
● Marcar os processos espinhosos para visualizar a escoliose. 
Deverá ser feita com o paciente sentado e em flexão de tronco. 
 
 
Cálculo do ângulo de Cobb 
 
● Material​​: radiografia em PA, lápis, régua e um transferidor 
 
Ferguson 
 
● O material é igual ao item anterior 
 
Análise de Marcha 
● Conceito 
● Fases: - Apoio (apoio do calcâneo, apoio de base de quinto e 
apoio de base de primeiro) 
-Oscilação ou balanceio (deslocamento do membro sem o 
pé no chão) 
Obs 1​: para que haja um equilíbrio correto na marcha, é necessário 
que estas fases estejam em sincronia. 
Obs 2​: a impulsão é dada com a perna que esta de apoio. 
 
FASES DA MARCHA 
1ª FASE: fase de balanço: começa quando o pé deixa o chão e 
termina quando o calcanhar do mesmo pé toca o chão(40%). 
2ª FASE: apoio de calcâneo: 
3ª FASE: transferência para o meio do pé 
4ª FASE: saída dos artelhos 
 
Marcha Normal 
1. Alinhamento 
2. Movimentos grosseiros: os membros com dissociação de 
cinturas, com mesma velocidade e mesma distância 
3. Comprimento da passada: distância entre o toque do 
calcanhar de um membro e seu toque subseqüente. = ao ciclo 
da marcha 
4. Comprimento do passo: distância entre o toque do calcanhar 
de uma perna e o toque da perna contra lateral. 
Obs: cada passada contém dois passos 
5. Largura da passada: distância entre a linha média de um pé e 
a linha média do outro pé 
6. Velocidade do andar: nº de passos dado por minuto 
 
 
 
 
 
Movimentos musculares e articulares 
1ª Fase: flexão de coxofemural com leve rotação medial, flexão de 
joelho com rotação medial de tíbia e fíbula, dorso flexão de 
tornozelo com inversão 
2ª Fase: semiflexão de joelho, começa a estender coxofemural, 
começa a estender os joelhos e leve inversão. 
3ª Fase: transferência do peso corporal para a base de 5º, depois 
para base de 1º, flexão plantar de tornozelo, extensão de 
coxofemural e joelhos. 
4º Fase: extensão maior de coxofemural, começa a fazer flexão de 
joelho e em seguida começa a fazer uma nova flexão de 
coxofemural 
 
Marcha Patológica 
 
M. Parkinsoniana​: chamada de marcha Petit Pass, faz uma leve 
flexão de ombro e de tronco, arrasta os pés e quanto mais fletido o 
tronco mais rápido irá andar. Antes de andar faz um fenômeno 
chamado de festilação 
 
M. Parética​: (marcha do soldado) ocorre por seqüelas de paralisia 
do nervo fibular. Desenvolve pé caído, a tendência do pé é prender 
no chão, pois não consegue fazer a dorso flexão 
M. Espástica​: também chamada de M. Ceifante, Helicoidal ou de 
Todd. Ocorre como seqüela de um AVE, usa o quadrado lombar 
para elevar a pelve para poder oscilar a perna, pé eqüino. 
 
M. Atáxica​: também chamada de marcha tabética ou 
coreocoatetosica. Característica da patologia tabes dorsales que dá 
alteração de movimentos atingindo o corno posterior da medula. 
Paciente não tem sensibilidade e nem noção de profundidade dfo 
chão, andando com os calcanhares e com a base de apoio 
aumentada. 
Obs: coreocoatetosica os movimentos rápidos, de grande amplitude 
e sem definição. 
 
M.Vestibular​: comum em pessoas que têm lesão no sistema 
vestibular ou lano nível do laberinto. Não consegue andar na linha 
média e cai para o lado da lesão 
 
M. Cerebelar ou Ebriosa: lesão no cerebelo, pessoa anda com se 
estivesse bêbado. 
M de Trendelemburg​: fraqueza de glúteo médio ao ponto de não dar 
estabilidade a pelve 
M. de Pato​: Comum em crianças portadoras de DMP tipo Duchene, 
há um aumento da lordose lombar, os ombros sofrem uma 
retropulsão. 
 
M. em Saudação​: comum em pessoas com seqüelas de 
poliomielite. 
 
Avaliação do Movimento 
 
A analise do movimento se divide em: movimentos passivos, 
assistidos, ativos e resistidos 
Movimentos Passivos​: quando o terapeuta executa o movimento 
sem ajuda do paciente. 
 
Movimentos Assistidos​: quando o terapeuta executa o movimento 
com ajuda do paciente 
 
Movimentos Ativos​: quando o paciente executa o movimento sem 
ajuda do terapeuta 
 
Movimentos Resistidos​: paciente executa o movimento sem ajuda 
do terapeuta com auxílio de carga 
 
Contrações Musculares 
 
Se dividem em: isométrica, isotônica e isocinética 
Contração Isométrica​: quando há uma contração muscular sem a 
movimentação do membro, fadiga muito rapidamente a 
musculatura. 
 
Contração Isotônica​: contração muscular com movimentação do 
membro 
a) Concêntrica​: há aproximação dos fusos musculares 
b) Excêntrica​: há um afastamento dos fusos musculares 
 
Contração Isocinética​: tipo de contração em que você regula tempo, 
amplitude de movimento e resistência (ex: bicicleta ergométrica) 
 
 
 
 
 
Teste de Força Muscular Manual 
Objetivo​: verifica a capacidade de força muscular do paciente, 
utilizando a resistência manual e posicionamentos adequados. 
GRAUS % NOMINAL CARACTERÍSTICAS 
5 100% Muito bom AMC, ↑g, ↑grande 
resistência 
4 75% Bom AMC, ↑g, ↑pequena 
resistência 
3 50% Regular AMC, ↑g 
2 25% Fraco AMC, g 
1 10% Vestígios Traços de contração 
0 0% Zero Nulo 
 
 Gravidade tem 
que ser eliminada 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de Força Muscular Manual (continuação) 
➢ Escápulo-Umeral 
1. Flexão​: fibras anteriores de deltóide, coracobraquial e 
existe trabalho grande das fibras da porção longa do 
bíceps. Paciente sentado (paciente em DL para eliminar 
a gravidade) 
2. Extensão​: fibras posteriores de deltóide, grande dorsal e 
redondo maior. Paciente em DV (paciente em DL para 
eliminar a gravidade) 
3. Abdução​: supra espinhoso e fibras laterais e médias de 
deltóide. Paciente sentado (para eliminar a gravidade 
paciente em DD) 
4. Adução​: peitoral maior. Paciente sentado (em DD 
gravidade eliminada) 
5. Rotação interna​:sub-escapular, grande dorsal, peitoral 
maior e redondo maior. Paciente em DV (em grau 2 
paciente sentado com o cotovelo fletido) 
6. Rotação externa​: cabeça do úmero, infra-escapular e 
redondo maior. 
 
 
 
➢ Movimentos de cotovelo 
1. Flexão​: braquiorradial, braquial anterior, bíceps braquial. 
Paciente sentado (grau 2 paciente em DL) 
2. Extenção​: tríceps braquial e ancônio 
3. Supinação​: longo supinador e bíceps braquial. Paciente 
sentado com cotovelo fletido a 90º(pronação p/ 
supinação) 
4. Pronação​: quadrado e redondo pronador. 
 
➢ Movimentos de Punho 
1. Flexão dorsal​: extensor radial e ulnar do carpo. 
Paciente com braço pronado (em grau 2 paciente em DL) 
2. Flexão palmar​: flexor ulnar e radial do carpo e palmar 
longo. Paciente com braço supinado 
3. Desvio radial​: extensor radial do carpo 
4. Desvio ulnar​: flexor ulnar do carpo 
Obs​: grau 2 em posição neutra 
 
➢ Movimento dos dedos 
1. Flexão dos dedos​: flexor comum dos dedos, flexor 
superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos 
2. Extesão dos dedos​: extensor comum dos dedos, 
extensor do polegar e extensordo dedo mínimo 
OBS​: grau 2 em posição neutra 
 
➢ Movimento de MMII 
1. Flexão de coxofemural​: íliopsoas e reto femural 
OBS​: estabilizar a pelve com o paciente em DD. Paciente em DL – 
gravidade eliminada 
2. Extensão de coxofemural​: glúteo máximo e ísquios 
tibiais 
OBS​: paciente em DV contra a ação da gravidade com as pernas 
esticadas, porém para obter maior ação do glúteo máximo, 
flexiona os joelhos. Paciente em Dl- gravidade nula 
3. Abdução de coxofemural​: glúteo médio e tensor da 
fáscia lata. 
Obs​: paciente em DL contra a ação da gravidade, dobrar os joelhos 
do mesmo e estabilizar a pelve. DD para gravidade nula 
4. Adução de coxofemural​: adutor longo, curto, magno, 
pectíneo e grácil. 
OBS​: paciente em DL, com a perna flexionada e estabiliza a pelve. 
DD gravidade nula 
5. Rotação medial​: glúteo mínimo 
OBS​: paciente sentado, com os joelhos à 90, colocar resistência 
lateral 
6. Rotação lateral​: abdutor interno e externo, gêmio 
superior e inferior, quadrado femural e piriforme 
OBS​: paciente sentado, com os joelhos à 90, colocar resistência 
medial 
● Gravidade nula com o paciente em DD e resistência 
no calcanhar 
 
➢ Joelhos 
1. Flexão​: ísquios tibiais, bíceps femural, semitendíneo, 
semimembranáceo. 
OBS​: paciente em DV 
2. Extensão​: quadríceps femural 
OBS​: paciente sentado 
● Gravidade nula paciente em DL 
 
 
 
➢ Tornozelo 
1. Flexão dorsal​: tibial anterior 
OBS​: paciente sentado (contra gravidade) 
2. Flexão plantar​: sóleo e gastrocnemio 
OBS​: paciente em DV com os pés para fora da maca (contra a 
gravidade) 
● Gravidade nula em DV 
 
Teste Articular (goniometria) 
Tem o objetivo de verificar as amplitudes articulares, feita com 
o auxílio do goniômetro. 
 
● Escápula-umeral 
1. Flexão: ​​coloca-se lateralmente o goniômetro e o 
movimento vai de 0º a 90º e de 90º a 180º 
2. Extensão: coloca-se lateralmente o goniômetro 
lateralmente e o movimento vai de 0º a 40/45º 
3. Abdução: coloca-se medialmente o goniômetro e o 
movimento vai de 0º a 90º e de 90º a 180º 
4. Adução: ​​0º a 75º 
5. Abdução Horizontal: ​​de 130º a 0º 
6. Adução Horizontal:​​ de 0º a 130º 
Obs:​​ a parte fixa é a de cima 
 
➢ Cotovelo 
1. Flexão com amplitude que vai de 0 a 120/140 
2. Extensão que vai de 140/120 a 0 
Obs: o goniômetro é colocado lateralmente ao cotovelo, paciente 
sentado 
3. Pronação e supinação deve ser com o cotovelo fletido à 
90. Mãos fechadas com o parafuso a nível da 
articulação metacarpofalangeana do 3 dedo, indo de 0 a 
90 (supinação) e de 90 a 0 (pronação) 
Obs: paciente deve ficar deitado 
 
➢ Punho 
1. Flexão dorsal ou extensão de punho, vai de 0 a 90 
2. Flexão palmar ou flexão de punho vai de 0 a 80 
3. Desvio radial vai de o a 20 
4. Desvio ulnar vai de 0 a 40 
Obs: paciente sentado com os cotovelos apoiados e em 90, ou 
paciente em DD, com o goniômetro colocado lateralmente 
 
➢ Dedos 
1. Flexão de dedos vai de 0 a 90 
2. Extensão de dedos 0 a 25/40 
Obs: punho em posição neutra 
 
 
 
➢ Coxo fumeral 
1. Possui duas amplitudes na flexão de coxo femural, vai 
de 0 a 90 com os joelhos entendidos, e da 0 a 120 com 
os joelhos em flexão 
2. Na extensão, vai de 0 a 30 
Obs: paciente em DL, com o goniômetro colocado lateralmente 
3. Abdução vai de 0 a 45 
4. Adução vai de 0 a 30 
Obs: paciente em DD, com o goniômetro colocado acima da 
articulação 
5. Rotação lateral e medial vai de 0 a 45 
Obs: a rotação lateral pode chegar até 60, paciente sentado com os 
joelhos a 90 e goniômetro acima da articulação dos joelhos 
 
➢ Joelhos 
1. Flexão vai de 0 a 140/160 
2. Extensão vai de 160/140 a 0 
Obs: paciente em DV com o goniômetro colocado lateralmente 
 
➢ Tornozelo 
1. Flexão dorsal vai de 0 a 30/45 
2. Flexão plantar vai de 0 a 45/60 
Obs: colocar o pé apoiado lateralmente na maca, com o goniômetro 
colocado medialmente 
3. Eversão vai de 0 a 20 
4. Inversão vai de 0 a 40 
 
 
 
Testes Específicos de Articulações Periféricas 
 
Supra-Espinhoso 
 
● Teste para tendinite do Supra-espinhoso 
Paciente sentado, pedir para que o mesmo faça uma abdução 
de braço à 90º, e em seguida vencer sua resistência. 
Obs: ocasionará tensão no músculo deltóide e no músculo e 
tendão do supra-espinhoso. 
 
● Teste Apley de Coçar 
Paciente sentado, pedir para que o mesmo coloque sua mão no 
ângulo superior da escápula oposta ao lado afetado. Ou pedir para 
que o paciente coloque a mão na borda inferior da escápula do lado 
oposto da lesão. 
 
Tendinite Bicipital 
 
● Teste de Speed 
Paciente sentado, com o braço em extensão e fletido para 
frente à 45º, colocar os dedos no sulco bicipital e a mão opsto no 
punho do paciente e pedir para o mesmo fazer o movimento de 
flexão vencendo sua resistência 
 
Instabilidade Glenoumeral Anterior 
 
● Teste de Gaveta Anterior 
Paciente em DD, estabilizar a mão do mesmo abaixo de sua 
axila, e com a sua mão oposta pegar a escápula posterior e colocar 
o polegar sobre o processo coracóide. O seu braço que seta 
apoiando o braço do paciente fará uma tração do úmero para frente. 
Obs: movimentos anormais ou crepitações na região indica 
uma instabilidade. 
 
● Teste de Apreensão Anterior 
Paciente sentado, fazer uma rotação lateral do braço e forçar 
essa rotação lentamente. 
Obs: a dor localizada indicará luxação anterior crônica do 
ombro 
 
● Teste de Rockwood 
É uma variação do teste da gaveta anterior. Realizar o teste 
com o paciente sentado, rodar externamente o braço em posição 
neutra e em seguida repetir o mesmo movimento com o braço em 
45º, 90º e em 120º. 
 
● Teste de Dugas 
Paciente sentado, pedir para que o mesmo toque com a sua 
mão o ombro do lado oposto e tracionar o cotovelo para a parede 
torácica. 
 
Instabilidade Glenoumeral Posterior 
 
● Teste de Gaveta Posterior 
Paciente em DD, apoiar o antebraço do paciente, flexionar o 
cotovelo, o ombro em abdução. Com a mão oposta sobre a 
escápula, fazer uma tração posterior acima do ombro do paciente. 
 
● Teste Apreensão Posterior 
Paciente em DD, flexionar para frente o ombro e o cotovelo e 
com a sua mão oposta realizar uma tração posterior no ombro. 
 
Instabilidade Tendinosa 
 
● Teste de Yergason 
Verifica tendinite na porção longa do bíceps. Paciente sentado 
com o cotovelo fletido à 90º, o terapeuta deverá colocar seus dedos 
acima da porção longa do bíceps e forçar uma rotação lateral. 
Sentirá aumento do quadro algico. 
 
● Teste da queda do Braço 
Paciente sentado, abduzir o braço à 90º instruir para que o 
mesmo abaixe o braço lentamente. 
 
Epicondilite Lateral (cotovelo de tenista) 
 
● Teste de Cozen 
Paciente sentado com o cotovelo fletido à 90º, com o braço 
pronado, colocar uma resistência acima do dorso da mão e pedir 
para que o mesmo faça uma flexão dorsal de punho. 
 
Epicondilite Medial (cotovelo de Golfista) 
 
● Teste para cotovelo de golfista 
Paciente sentado, com o braço à 90º e supinado, colocar umaresistência na palma da mão e pedir para que o mesmo vença a 
resistência 
Neurite / Neuroma 
 
● Sinal de Tinel 
Verifica uma neurite ou um neuroma do nervo ulnar. Paciente 
sentado, percurtir o sulco entre o processo do olecrano e o 
epicôndilo medial. Aumentará a sensação parestésica. 
 
Testes de Punho e Mão 
 
Síndrome do Túnel do Carpo 
● Teste de Phalen 
Flexionar ambos os punhos e aproximar o dorso um do outro. 
Manter por 60 segundos, com isso o paciente sentirá parestesia e 
quadro álgico provocados pela compressão do nervo mediano. 
 
● Teste de Phalen Invertido 
Flexionar ambos os punhos e aproximar a palma das mãos uma 
da outra “saudação de budista”. Manter por mais de 60 segundos. 
 
Síndrome do Túnel Ulnar 
● Tríade Túnel Ulnar 
Inspecionar e palpar o punho do paciente, procurando quadro 
álgico em cima do túnel ulnar, garra do dedo anular e atrofia 
hipotenar que serão indicativos de compressão do túnel ulnar. 
 
Tenossinovite Estenosante 
● Teste de FInkelstein 
Verifica se o paciente é portador de uma tenossinovite 
estenosante de De Quervain. Pedir para o paciente colocar o 
polegar na palma da mão, fechar os dedos sobre o polegar e com o 
braço esticado pedir para que o mesmo faça um desvio ulnar. 
 
Teste de Quadril 
 
● Teste de Ortolani 
Verifica se a criança possui luxação de quadril. Paciente em DD, 
faz uma flexão de coxofemural, rotação lateral e abdução de MMII. 
Depois fazer uma adução e rotação medial, nesse instante ocorrerá 
um estalito. 
 
● Teste de Thomas 
Verifica contratura de quadril. Paciente em DD, instruí-lo para 
aproximar os joelhos do tórax, um de cada vez. Palpar os músculos 
do quadríceps na perna não flexionada. 
 
● Teste de Ober 
Paciente em DL, abduzir a perna e bem seguida soltá-la. Verifica 
se há contratura do tensor da fáscia lata. 
 
● Teste de Trendelenburg 
Paciente em pé, colocar os polegares sobre a EIPS e pedir para 
o paciente flexionar uma perna de cada vez. 
Teste positivo: paciente sentirá dor ou a pelve oposta cai. 
 
 
 
 
 
Instabiliade dos Meniscos 
 
● Teste de Compressão de Apley 
Verifica se há lesão de menisco. Paciente em DV, com o joelho 
fletido faz-se uma compressão da tíbia com rotação medial (lesão 
de menisco lateral), já a compressão com rotação lateral verifica 
lesão de menisco medial. 
 
● Teste de McMurray 
Paciente em DD, joelhos fletidos, colocamos a mão em cima do 
menisco e força-se uma rotação lateral de tíbia e em seguida uma 
rotação medial. Paciente sentirá dor e haverá estalito no local. 
 
● Sinal de Gaveta Anterior 
Verifica instabilidade no LCA. Paciente em DD, com a perna 
flexionada e apoiada na maca, coloca-se os dedos na IAJ e os 
polegares na região sub-patelar e estabiliza o pé. Em seguida puxa 
a perna para frente. 
 
● Sinal de Gaveta Posterior 
Verifica lesão no LCP. Idem ao anterior só que ao invés de puxar 
iremos tracionar. 
 
 
 
 
 
 
 
● Teste de Distração de Apley 
Verifica se há alguma instabilidade nos ligamentos colaterais. 
Paciente em DV, flexionar a perna 90º, estabilizar a coxa do 
paciente e puxar o pé ao mesmo tempo realizando uma rotação 
medial e lateral. Se houver lesão, o tornozelo sofre um 
deslocamento. 
 
● Teste de Rechaço Patelar 
Verifica se há presença de líquido no joelho. Com uma mão, 
circundar e colocar pressão para baixo em cima da BSP, e com a 
outra, empurrar a patela de encontro ao fêmur com o seu dedo. 
 
● Teste de Lachman 
Verifica lesões no LCA ou no LCP e é usado na face aguda do 
quadro álgico. Paciente em DD, joelho em 30º de flexão, estabiliza o 
joelho e a tíbia e realizar movimentos para cima (testa o LCA) e 
para baixo (testa LCP). 
 
● Sinal de Homan 
Verifica se o paciente apresenta o quadro de TVP. Paciente em 
DD, colocamos o dedo no meio do gastrocnêmio, fazendo uma 
pressão local e forçamos uma dorseflexão 
 
Tornozelo 
 
● Teste de Estabilidade Lateral 
Paciente em DD, pegar o pé e invertê-lo passivamente. Se 
houver um espaçamento pós trauma, suspeitar de uma ruptura do 
ligamento talofibular anterior e/ ou ligamento calcaneofibular. 
● Teste de Estabilidade Medial 
Paciente em DD, pegar o pé e evertê-lo passivamente. Se 
houver um espaçamento pós trauma, suspeitar de uma ruptura do 
ligamento deltóide (lig. Tibiofibular posterior, tibiocalcaneo, tibiotalar 
e tibionavicular). 
 
● Teste de Thompson 
Verifica ruptura do tendão de Aquilis. Paciente em DV, se faz 
uma compressão do tendão ou paciente em DV, pedir para flexionar 
o joelho e espremer os músculos da panturrilha de encontro à tíbia 
e a fíbula. Se houver lesão, o paciente não irá realizar uma flexão 
plantar. 
 
Avaliação da Espasticidade 
 
Escala Modificada de Ashworth 
Graus 
 
 
0 
 
Sem aumento de tônus 
 
1 
 
Leve aumento do tônus muscular manifestando-se com um resistir e 
ceder ou por mínima resistência na extensão máxima do movimento 
passivo 
 
 
1+ 
 
Leve aumento do tônus muscular manifestando-se com uma 
resistência que persiste de maneira discreta através da extensão do 
movimento remanescente (menos que a metade deste) 
 
2 
 
Aumento do tônus mais acentuado durante a maioria da extensão do 
movimento, mas com facilidade de se mover o segmento acometido 
 
 
3 
 
Aumento considerável do tônus muscular com dificuldade na 
movimentação passiva 
 
 
4 
O segmento acometido esta rígido em flexão, extensão, abdução, 
adução (etc) 
Fonte: CARVALHO et al., 2000 
 
 
 
Avaliação Neurológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Testes Cervicais 
 
● Teste de Tração 
Paciente sentado, colocar a mão espalmada no queixo do 
paciente, enquanto a outra mão será colocada na região occipital. 
Em seguida realizar a tração. Se o paciente sentir alívio do quadro 
álgico, há provável compressão nervosa. 
 
● Teste de Compressão 
Paciente sentado pressione para baixo o topo da cabeça. Poderá 
ocorrer aumento do quadro álgico. 
 
● Manobra de Vassalva 
Paciente sentado, peça para prender a respiração e fazer força 
como se fosse evacuar. Se houver aumento do quadro álgico, peça 
para descrever a localização, o que indicará uma provável 
compressão discal. 
 
● Teste de Adson 
Paciente sentado, verificar em ambos os lados a pulsação. 
Abduzir o braço à mais ou menos 45º, fazer uma roptação com a 
cabeça e elevar o queixo, pedir para o paciente inspirar 
profundamente e prender a respiração. Realizar bilateralmente. 
Obs: se for positivo a pulsação do paciente diminui ou some por 
completa.Caso isso ocorra, indicará uma provável compressão da 
artéria subclávia e do feixe nervoso, pelo músculo escaleno anterior 
espástico ou hipertrofiado, presença de uma costela cervical ou um 
tumo. 
 
Avaliação Neurológica Lombo-sacra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexos Neurológicos 
1. Reflexo Patelar: é um reflexo profundo no qual se avalia os 
nervos oriundos da raiz de L2, L3 e L4, mas predominantemente L4. 
Percutir o tendão infra-patelar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Reflexo de Aquileu: reflexo profundo mediado pelo 
gastrognêmio. Percutir o tendão de Aquiles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Reflexo 
Abdominal Superficial: paciente em DD,utilizando a parte mais 
aguda do martelo de exame percutir cada quadrante do abdômen, 
observando se a CU se desvia em direção ao ponto que foi 
percutido.​ ​​Ausência de reflexo indica lesão neuronal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Reflexo Cremastérico superficial: utilizando a parte mais 
aguda do martelo, percutir a face interna da porção superior da 
coxa. Se estiver normal, a bolsa escrotal do lado que foi realizado o 
teste irá se elevar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Sinal de Babinski: percorres a superfície plantar desde o 
calcâneo até a porção anterior do pé, com a porção afiada do 
martelo. Sinal negativo haverá uma flexão de dedos. Caso seja 
positivo, haverá uma abdução com flexão dos dedos e extensão do 
hálux. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Testes Lombares 
 
● Teste de Laségue 
Verifica se o paciente é portador de uma neuralgia do nervo 
isquiático. Paciente em DD, realizar passivamente uma flexão de 
coxofemural com extensão de joelho no membro em que há 
parestesia. Só é considerado positivo se houver aumento do quadro 
álgico de 45º a 60º de flexão. 
 
● Teste de Bragard 
Confirmação de Laségue. Há um aumento do quadro álgico. 
Paciente em DD, realizar passivamente uma flexão de coxofemural, 
com extensão de joelho e uma dorso flexão do pé no membro em 
que há parestesia. 
 
● Sinal da Ponta e do Calcanhar 
Verifica se o paciente é portador de uma hérnia de disco lombar 
entre L4 e L5 (da ponta) e L5 e S1 (do calcanhar). 
 
● Teste de Milgram 
Verifica se o paciente é portador de uma hérnia de disco. 
Paciente em DD, instruí-lo para elevar as pernas até que elas 
estejam em torno de 45º. O teste será positivo se o paciente não 
conseguir permanecer 30 segundos na posição. 
 
● Teste de Hoover 
Verifica se o paciente esta simulando não conseguir levantar a 
perna. Paciente em DD, apóie a mão no calcanhar da perna 
contra-lateral ao qual você quer testar, e se ele tiver tentando elevar 
mesmo a perna, realizará uma pressão com o calcanhar na sua 
mão.

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