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HELOISA CARVALHO ALVES
	
O PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
Trabalho apresentado à matéria de Ética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, da aluna do 3º período de Psicologia do turno diurno.
Dr. Valdir Borges.
CURITIBA
2017
O princípio da responsabilidade
Hans Jonas apresenta uma nova perspectiva da ética, porém as características essenciais, apresentam limites para ser validada na praticidade moderna. Ele diz que como a sociedade mudou, a ética também deve ser mudada e transfromada de maneira que se adapte a nova era. É verdade que a ética tradicional trouxe um campo para a criação do ethos humano, mas não considerou o caráter mutável da natureza das pessoas e nem superou as categorias do espaço e tempo imediato. Suas fundamentações eram baseadas “em determinada constante da natureza e da situação humana como tal” (JONAS, 2006, 37).
Enquanto dependermos da natureza e do planeta terra, mesmo tratando como interesse moral, sempre será tratado de maneira antropocêntrica da ética clássica. Logo, uma nova teoria deve ser pensada perante esse assunto. Ao mesmo tempo, desde o início da civilização, existe uma mescla entre admiração pela natureza e a necessidade de domínio sobre ela e em quem a habita, a diferença é que no início o humano era apenas uma extensão da natureza. A maneira correta de se aproveitar a natureza, seria servir-se do que é essencial e fundamental para a sobrevivência, porém não é real, por conta dessa necessidade de se impor. Mudar a sorte humana usando o saber para dominio da natureza é algo antiético e desumano, gerando uma superprodução e excessivo consumo. Então para Jonas é preciso haver uma pausa nessa produção e “apelar” para fins mais modestos. Sobre o que a população pensa, Jonas diz: 
Uma população estática poderia em determinado momento dizer: “Basta!”, mas uma população crescente obriga-se a dizer: “Mais!”. Hoje começa a se tornar assustadoramente evidente que o êxito biológico não só coloca em questão o êxito econômico, reconduzindo-nos do efêmero banquete da abundância para o quotidiano crônico da miséria, mas ameaça levar-nos a uma catástrofe aguda da humanidade e da natureza, de proporções gigantescas (JONAS, 2006, 236).
Por isso é uma nova ética sendo levantada, assumindo uma nova postura, de controle responsável diante dessa situação, sendo uma área do conhecimento que abrange questões bioéticas. É preciso ser responsabilidade de todos questões do mundo animal, vegetal, mineral, biosfera e estratosfera. Ele mostra ser contrário ao sistema capitalista e comunista baconiano, dizendo:
Por causa das paixões desencadeadas em diferentes direções, relacionadas a esse grande shibboleth de nosso tempo, necessitamos aqui de uma paciência especial. O que nos facilita a tarefa é o fato de que não pretendemos comparar as vantagens intrínsecas dos sistemas [capitalista e marxista] de vida como tal, mas simplesmente a sua capacidade para dar conta de um objetivo estranho a ambos, isto é, impedir uma catástrofe humanitária ao refrear o ímpeto tecnológico do qual ambos os sistemas são adeptos. (JONAS, 2006, 241).
Segundo ele, ambos não consideram as mudanças que occoreram durante o século XX. Ambos possuem problemas, pois no capitalismo existe uma desigualdade social e uma exploração imensa da natureza e no comunismo a prática dessa política não é equivalente a sua teoria, sendo utópica, apesar dos grandes benefícios que poderia causar. Jonas propõe uma ordem racional para um agir coletivo como um bem público e não individual. Certas questões antropocêntricas não podem ser levadas em consideração na contemporâneidade, pois já está em seu prazo de válidade. Além disso, esse período está afastado da responsabilidade nos atos intencionais, que lhe têm imposto. Hans Jonas segue dizendo:
A natureza como uma responsabilidade humana é seguramente um novum sobre o qual uma nova teoria ética deve ser pensada. Que tipo de deveres ela exigirá? Haverá algo mais do que o interesse utilitário? É simplesmente a prudência que recomenda que não se mate a galinha dos ovos de ouro, ou que não se serre o galho sobre o qual se está sentado? Mas este que aqui se senta e que talvez caia no precipício quem é? E qual é no meu interesse no seu sentar ou cair? (JONAS, 2006, p. 39).
A psicologia, por possuir muitas áreas de atuação, pode causar um grande impacto. Na moda, ao buscar alternativas sintéticas ao invés de animais em marcas famosas e não famosas, no social, buscando intervenções que busquem uma maior sustentabilidade e menor degradação, na propaganda, ao vender produtos reutilizáveis e duradouros, entre outros. Não só como psicólogos, mas como pessoas que estão inseridas em uma sociedade e que vivem em um planeta finito, buscando reciclar o lixo, economizando a água, consumindo o necessário, sem compactuar com a desvalorização animal, achando meios naturais de se viver, lutando contra empresas que não estão de acordo com o bem estar do planeta. 
Referência
JONAS, Hans. O Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Trad. de Marijane Lisboa;Luiz Barros Montez. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora da PUC-Rio, 2006. p. 27-61.

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