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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA PROFESSOR RONALDO PÍSPICO - AULA 1 - REVISÃO - ANESTÉSICOS LOCAIS Os sais utilizados na anestesia geral são os mesmos usados na anestesia local. Quando falamos em anestesia local falamos de 90% de óbitos em consultórios odontológicos. No tubete anestésico temos: sal anestésico, água destilada, sulfitos, Vasoconstritotores e bacteriostáticos (Metil-Parabeno). *Sais anestésicos no Brasil são 5: Amidas: lidocaína, mepivacaína, prilocaína, bupivacaína (metabolizados no fígado) Ésteres: articaína (hidrolisada no plasma sanguíneo) *Vasoconstritores também são 5 no Brasil: Adrenérgicos: Adrenalina, Noradrenalina, Fenilefrina, Levonordefrina (Corbadrina) Não-adrenérgicos: Felipressina A Bupivacaína tem uma duração de 8 a 12 horas, dificilmente usado em consultório. Usa-se muito em implante com carga imediata. O que muda quando tem vasoconstritor associado ao anestésico? -Aumenta tempo da anestesia -Diminui sangramento quando em procedimentos cirúrgicos -Ajuda a metabolização graduada do anestésico, já que cai aos poucos na corrente sanguínea, diminuindo a toxicidade. -Eficácia: o vasoconstritor melhora o efeito da anestesia (aprofunda o efeito anestésico) A Adrenalina usada na anestesia é infinitamente menor do que a quantidade liberada por via endógena frente a dor de um procedimento, ou seja, usar sempre que possível o vasoconstritor. Cuidados: -Hipertenso grau I - posso usar até 2 tubetes de Adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes 1:200.000 -Hipertenso grau II - posso usar de 2 a 3 tubetes de Felipressina (não-adrenérgico) -Cardiopatia - usar não-adrenérgico -Gestante - não usar Felipressina pois causa contração. Adrenalina também causa só que menos. Antigamente usava-se Lidocaína sem vaso (de 5 a 15 minutos de duração) então o dentista precisava aplicar vários tubetes pois o efeito é menor. A toxicidade causava mais risco do que usando adrenalina numa quantidade menor. Hoje usa-se Lidocaína 2% com Adrenalina 1:100.000, até dois tubetes por sessão. -Insuficiência renal crônica - excreta menos sal anestésico, então quando o paciente é insuficiente usar o melhor vasoconstritor para que o anestésico caia bem devagar na corrente 1 sanguínea e assim dar tempo ao rim prejudicado para excretar. Ou seja, dá pra usar mesmo que haja contraindicação relativa. Sulfito Se pegar o sal anestésico e colocar junto com vasoconstritor adrenérgico esse sal oxida e perde o efeito em seis meses. Então o fabricante coloca o antioxidante à base de Sulfito. Adrenalina - bissulfito de sódio Noradrenalina - meta bisulfito de sódio Fenilefrina - acetona bisulfito de sódio Sulfito é extremamente alergênico, então se o paciente apresentar alergia ao Sulfito administrar Felipressina, pois é não-adrenérgico portanto não possui sulfito. Quando usamos Felipressina obrigatoriamente usa-se Prilocaína, associação que não se separa. -Paciente asmático córtico-dependente: 8% de chance de ter alergia ao Sulfito. -Paciente asmático que não usa corticóides: 0,8% de chance de ter alergia ao Sulfito. - Riscos iguais, não arriscar. Descobrir na Anamnese (se não souber pedir exame). Quadro Alérgico Anafilaxia - tratamento para anafilaxia em quadro alérgico grave não é anti-alérgico é Adrenalina 1mg 1:1000 subcutânea ou intramuscular. No choque anafilático a pressão fica zero por conta da dilatação dos vasos sanguíneos. Comprar Adrenalina 1:1000 no consultório. - Se a paciente estiver grávida e for asmática? Descobrir se o paciente realmente é alérgico ao Sulfito. A Felipressina tem contraindicação relativa. Mesmo tendo ação ocitócica (contração do útero), em algumas situação, conversar com o médico para saber se a gestação não é de risco e usar até 1 tubete por sessão da Felipressina. Melhor do que usar anestésico sem vaso. Se não der nenhum desses usar Mepivacaína sem vaso para gestante, 1 tubete por sessão, sabendo que tem risco C para gestante podendo causar má formação no fígado do bebê. Ver o que for menos prejudicial e se o tratamento é realmente necessário. Lidocaína risco B, Prilocaína risco B, Mepivacaína risco C, Bupivacaína risco C. Asmático pode usar Adrenalina pura sem estar no tubete Odontológico. BACTERIOSTÁTICOS Alguns fabricantes colocam medicamento bacteriostático dentro do tubete para não proliferar bactérias (não se guarda tubete anestésico). Esse bacteriostático é a base de Metilparabeno, que também é alergênico. Não comprar tubete com Metilparabeno. Alguns fabricantes pela insegurança de que a bactéria entra pelo êmbolo pela má vedação, colocam essa substância 2 para não proliferar bactéria (existe mais no tubete de plástico do que de vidro). Ler a bula para respaldo judicial. http://sec.sbq.org.br/cd29ra/resumos/T1756-1.pdf Tempo de Anestesia: Todo sal anestésico é vasodilatador, portanto o sangramento após a sua administração pura é maior. Cada sal tem um nível de dilatação diferente. A escolha do anestésico local ideal pelo cirurgião-dentista, deve variar de acordo com cada necessidade, em especial com relação ao 3 tempo de duração do seu efeito e o procedimento planejado e depende da resposta metabólica individual de cada paciente: Lidocaína - 1h30 anestesia Mepivacaína - 1h30 anestesia Prilocaína - 1h anestesia Articaína - 2h anestesia Bupivacaína 8h anestesia Usar em meio ácido mepivacaína que tem 33% de base livre de proteína plasmática. -Bupivacaína é o mais vasodilatador -Articaína médio -Lidocaína médio -Prilocaína médio -Mepivacaína menos vasodilatador Preferência por Mepivacaína se for usar sem vasoconstritor., pois tem um tempo de anestesia maior Lidocaína sem vaso - 5 a 15 (média 10) minutos de anestesia Lidocaína com Adrenalina 1:200.000 - 1h30 - bastante diluído (sangra um pouco mais) Lidocaína com Adrenalina 1:100.000 - 1h30 - muito diluído (sangra razoável) Lidocaína com Adrenalina 1:50.000 - 1h30 - mais concentrado (não sangra) Quando se usa vasoconstritor não importa o vaso não muda o tempo INFILTRATIVA BLOQUEIO LIDOCAÍNA 2% (sem vaso) Curta (5 minutos) <10 min LIDOCAÍNA 2% + adrenalina 1:50.000 Intermediária(55-60 minutos) 80-90 minutos LIDOCAÍNA 2% + adrenalina 1:100.000 Intermediária (55-60 min) 80-90 minutos MEPIVACAÍNA 3% (sem vaso) Curta (20-30 minutos) 35-45 minutos MEPIVACAÍNA 2% + adrenalina 1:100.000 Intermediária(40-60 minutos) 60-90 minutos MEPIVACAÍNA 2% + levonordefrina 1:20.000 Intermediária(40-60 minutos) 60-90 minutos PRILOCAÍNA 3% + felipressina 0,03UI/ml Intermediária (40 minutos) 30 a 60 minutos 4 ARTICAÍNA 4% + adrenalina 1:200.000 Intermediária (60 minutos) ↑ 120 minutos BUPIVACAÍNA 0,5% + adrenalina 1:200.000 Longa ( ↑ 7 horas) ↑ 7 horas VASOCONSTRITORES A Adrenalina é o melhor vasoconstritor e existe em 3 concentrações: 1:200.000 1:100.000 1:50.000 Ninguém é alérgico à Adrenalina, pois produzimos via endógena. Reações frente à liberação de adrenalina endógena: -Batimentos (aumenta força de contração) -Sudorese -Broncodilatação (aumenta oxigenação pois o músculo estriado esquelético precisa de oxigênio para contrair) -Adrenalina faz glicogenólise no susto, liberando glicose para energia -Dilatação de pupila (midriaze) -Palidezpor conta de vasoconstrição periférica (Alfa). Nas artérias coronárias tem receptor Beta2 e faz vasodilatação. Então a adrenalina é vasoconstritor periférico e vasodilatador coronariano. Tira sangue da periferia e joga no coração. No sangue, uma pessoa em repouso tem 39 picogramas de Adrenalina, que transformando em miligramas fica 0,00000000000039mg. Adrenalina 1:50.000 - paciente com 70 kg ou mais pode tomar até 5,5 tubetes - não usar 1:100.000 - paciente com 70 kg ou mais pode tomar até 11 tubetes - padrão 1:200.000 - paciente com 70 kg ou mais pode tomar até 22 tubetes Esses valores são relativos, pois deve-se levar em consideração que o vasoconstritor estará misturado ao sal anestésico dentro do tubete e estes sais anestésicos possuem uma dose máxima padronizada: Dose máxima de sal anestésico para pacientes adultos: Lidocaína: - 8,3 tubetes Mepivacaína - 8,3 tubetes Prilocaína - 7,4 tubetes Articaína - 6,9 tubetes Bupivacaína - 11 tubetes 5 Embora a literatura permita que usemos 11 tubetes de Adrenalina isso não poderá ser feito pois sempre estará associada com o sal anestésico. O único que poderia ser administrado 11 tubetes seria a Bupivacaína com Adrenalina, mas não existe Bupi com Adrenalina 1:100.000, só 1:200.000 e jamais poderíamos administrar 22 tubetes, então usar metade. Sempre devemos aplicar 1ml/minuto. Se aplicar Adrenalina direto no vaso temos aumento 70 batimentos e mercúrio a mais no sangue, podendo causar arritmias. Noradrenalina Tem ¼ da potência da Adrenalina, porém risco maior pois age 90% em receptores Alfa (vasos periféricos) e 10% em receptores Beta2 (artérias coronárias). O tempo de vasoconstrição na periferia será maior. O risco é porque só age 10% no coração para causar vasodilatação então a chance de isquemia e infarto aumentam. Contraindicado para locais pouco vascularizado, como por exemplo o palato. Não usar. Fenilefrina Tem 5% da potência da Adrenalina, porém age 95% age em receptores Alfa e só existe em concentração 1:2500, ou seja, mesma potência da Adrenalina 1:50.000 e não faz vasodilatação coronariana. Não usar. Levonordefrina ou Corbadrina Tem 15% da potência da Adrenalina. Só existe em concentração 1:20.000 - equivale Adrenalina 1:100.000 e age 75% em Alfa e 25% em Beta. Bom vasoconstrição, só existe associado com Mepivacaína. É a segunda opção se não puder usar Adrenalina. Felipressina 0,03UI (Unidades Internacionais) - é um vasoconstritor derivado do hormônio feminino Vasopressina, que age na musculatura lisa, mais presente em veias. Faz melhor vasoconstrição em veia do que artéria. Para obter hemostasia não é a melhor escolha. Promove contração do útero. Por ter ação ocitócica tem contra indicação relativa para gestantes. Em últimos casos usar um tubete para grávida. Só existe associação de Felipressina com Prilocaína. Cálculos DMR - Dose máxima recomendada, determina quantos mg por peso do paciente poderá usar: Ex: Lidocaína 2% - DMR 4,4mg/kg Dose Absoluta - 300 A partir de 70kg usar Dose Absoluta e esquecer a conta. Ex: 6 Paciente de 50kg 4,4 x 50 = 220mg 220/20 (2x10) = 11ml 11/1.8= 6,1 tubetes O que é prejudicado se essa quantidade exceder? Sistema nervoso autônomo - respiratório e depois parada cardíaca, pois é tóxico e causa depressão do Sistema Nervoso. Anestésicos agem primeiro nas fibras inibitórias (causando sonolência, perda de consciência) mas o primeiro sintoma é agitação pois as fibras excitatórias potencializam. A Bupivacaína primeiro para o batimento cardíaco e depois causa parada respiratória. Características que devem ter os anestésicos locais: -Não ser irritante aos tecidos -Bloqueio de condução reversível -Baixa toxicidade sistêmica -Duração suficiente -Latência curta -Segurança clínica Dose máxima recomendada (DMR padrão) -Lidocaína 4,4 mg/kg -Prilocaína 6,0 mg/kg -Mepivacaína 4,4 mg/kg -Articaína 7,0 mg/kg -Bupivacaína 1,3mg/Kg Concentração do sal anestésico -Lidocaína 2% -Lidocaína sem vaso 3% (uso restrito) -Mepivacaína 2% -Mepivacaína sem vaso 3% -Prilocaína 3% -Articaína 4% -Bupivacaína 0,5% Peso do paciente Há de se respeitar a Dose Absoluta de cada sal anestésico, onde, independente do peso do paciente, a mesma não pode ser ultrapassada: -Lidocaína: não exceder 300 mg -Mepivacaína: não exceder 300 mg -Prilocaína: não exceder 400 mg -Articaína: não exceder 500 mg 7 -Bupivacaína: não exceder 90 mg Segue abaixo uma fórmula para o cálculo do número máximo de tubetes: (DMR X PESO) : (% X 10) = 1,8 (ml do tubete) Terapêutica Medicamentosa Aula2 Reações resultantes da associação dos vasoconstritores aos anestésicos locais: Vantagens 1- Diminui a perfusão do local da aplicação 2- Diminui o tempo de absorção do anestésico para o sistema cardiovascular (toxicidade) 3- Aumenta o tempo e a eficácia de ação do anestésico 4- Diminui o sangramento local em procedimentos cirúrgicos. (As desvantagens são as reações opostas) Aplicação sob técnica odontológica: - 1 tubete de lidocaína/adrenalina 1:100.000 - A pressão arterial e a frequência cardíaca são minimamente alteradas. - Resulta no aumento moderado do débito cardíaco e volume sistólico. (isso tudo equivale à prática de exercícios físicos leves ou moderados) O que se espera com relação ao uso de um anestésico local sem vasoconstritor? R: Que o sangramento aumente. Todo sal anestésico na odontologia é um vasodilatador, o menor deles é a Mepivacaína. CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE EM FUNÇÃO DO ESTADO FÍSICO: ASA I Paciente saudável que, de acordo com a história médica, não apresenta nenhuma anormalidade. Mostra pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar muito bem o estresse ao tratamento dentário, com risco mínimo de complicações. São excluídos pacientes muito jovens ou muito idosos. ASA II Paciente portador de doença sistêmica moderada ou de menor tolerância que o ASA I, por apresentar maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento odontológico. Pode exigir certas modificações no plano de tratamento, de acordo com cada caso particular (p. ex., troca de informações com o médico, menor duração das sessões de atendimento, cuidados no posicionamento na cadeira odontológica, protocolo de sedação mínima, menores volumes de soluções anestésicas, etc.). Apesar da necessidade de certas precauções, o paciente ASA II também apresenta risco mínimo de complicações durante o atendimento. São condições para ser incluído nesta categoria: 8 • Paciente extremamente ansioso, com história de episódios de mal-estar ou desmaio na clínica odontológica. • Paciente com > 65 anos. • Obesidade moderada. • Primeiros dois trimestres da gestação. • Hipertensão arterial controlada com medicação. • Diabético tipo II, controlado com dieta e/ou medicamentos. • Portador de distúrbios convulsivos, controlados com medicação. • Asmático, que ocasionalmente usa broncodilatador em aerossol. • Tabagista, sem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). • Angina estável, assintomática, exceto em extremas condições de estresse. • Paciente com história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, sem apresentar sintomas. Exemplode mudança de protocolo para anestesiar paciente ASAII No hipertenso usar Ansiolíticos, fazer uma sedação consciente. No Diabético, atender no primeiro horário, por conta de menor glicemia no sangue e menor stress passado durante o dia. ASA III Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades. Geralmente exige algumas modificações no plano de tratamento, sendo imprescindível a troca de informações com o médico. O tratamento odontológico eletivo não está contraindicado, embora este paciente represente um maior risco durante o atendimento. São exemplos de ASA III: • Obesidade mórbida. • Último trimestre da gestação. • Diabético tipo I (que faz uso de insulina), com a doença controlada. • Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mmHg. • História de episódios frequentes de angina do peito, apresentando sintomas após exercícios leves. • Insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço dos tornozelos. • Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou bronquite crônica). • Episódios frequentes de convulsão ou crise asmática. • Paciente sob quimioterapia. • Hemofilia. • História de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, mas ainda com sintomas (p. ex., dor no peito ou falta de ar). ASA IV Paciente acometido de doença sistêmica severa, que está sob constante risco de morte, ou seja, apresenta problemas médicos de grande importância para o planejamento do tratamento odontológico. Quando possível, os procedimentos dentais eletivos devem ser postergados até que a condição médica do paciente permita enquadrá-lo na categoria ASA III. As urgências odontológicas, como dor e infecção, devem ser tratadas da maneira mais conservadora que a situação permita. Quando houver indicação inequívoca de pulpectomia ou exodontia, a 9 intervenção deve ser efetuada em ambiente hospitalar, que dispõe de unidade de emergência e supervisão médica adequada. São classificados nesta categoria: • Pacientes com dor no peito ou falta de ar, enquanto sentados, sem atividade. • Incapazes de andar ou subir escadas. • Pacientes que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar. • Pacientes com angina que estão piorando, mesmo com a medicação. • História de infarto do miocárdio ou de acidente vascular encefálico, no período dos últimos 6 meses, com pressão arterial > 200/100 mmHg. • Pacientes que necessitam da administração suplementar de oxigênio, de forma contínua. ASA V Paciente em fase terminal, quase sempre hospitalizado, cuja expectativa de vida não é maior do que 24 h, com ou sem cirurgia planejada. Nesta classe de pacientes, os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados; as urgências odontológicas podem receber tratamento paliativo, para alívio da dor. Pertencem à categoria ASA V: • Pacientes com doença renal, hepática ou infecciosa em estágio final. • Pacientes com câncer terminal. ASA VI Paciente com morte cerebral declarada, cujos órgãos serão removidos com propósito de doação. Não há indicação para tratamento odontológico de qualquer espécie. Como ter sucesso na anestesia local: -Sabendo as condições sistêmicas do paciente e o tempo do procedimento. -Decidir qual sal anestésico será utilizado. Sem vasoconstritor ou com vasoconstritor. -Se for com vasoconstritor, se vai ser adrenérgico ou não-adrenérgico Prilocaina /Felipressina(octapressin). E sendo adrenérgico, qual a concentração. Obs: Como primeira opção usamos a Adrenalina, como segunda opção a Levonordefrina (Corbadrina). De preferência não utilizar, mas como terceira opção a Fenilefrina e como quarta opção a Noradrenalina. Anestésico Local: - Normal até 12/8 - Hipertensos Grau1 (PA de 130 x 10 até 159 x 99 mmHg): (utilizar até 2 tubetes de anestésico com adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes 1:200.000) Se com sensibilidade ao sulfito (Prilocaina/Felipressina no máximo 2 à 3 tubetes ou anestésico sem vasoconstritor (Mepivacaina). - Hipertensos Grau 2 ou 3 (PA acima de 160/100 mmHg) (está contraindicado o uso de vasoconstritores adrenérgicos e encaminhar o paciente para tratamento médico) Em caso de Tratamento de Urgência utilizar somente vasoconstritor não adrenérgico (Prilocaina/Felipressina no máximo 2 à 3 tubetes ou anestésico sem vasoconstritor (Mepivacaina). 10 Contraindicação dos Vasoconstritores Adrenérgicos: Contraindicações do uso da Adrenalina/epinefrina: Como já dito, a adrenalina é o vasoconstritor mais eficaz e seguro para uso odontológico. Todavia, como qualquer outro fármaco, também possui limitações e contraindicações. Recomenda-se que as soluções anestésicas locais com adrenalina (ou qualquer outro vasoconstritor adrenérgico) não sejam empregadas em pacientes nas seguintes condições: • Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg). • História de infarto agudo do miocárdio, sem liberação para atendimento odontológico por parte do cardiologista. • Período < 6 meses após acidente vascular encefálico. • História de alergia a sulfitos (maior prevalência em asmáticos). • Hipertireoidismo não controlado. •Usuários de cocaína e derivados (24 horas) drogas ilícitas (cocaína, crack, óxi, metanfetaminas, ecstasy). •Cirurgia recente de ponte de artéria coronária ou colocação de stents. •Angina do peito instável (história de dor no peito ao mínimo esforço). •Algumas arritmias cardíacas, mesmo com tratamento adequado (p. ex., síndrome de Wolff-Parkinson-White). •Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlada (descompensada). •Pacientes que fazem uso contínuo de derivados das anfetaminas (femproporex, anfepramona, etc.), empregados nas “fórmulas naturais” de regimes de emagrecimento, atualmente proscritos pela ANVISA, mas adquiridos por pacientes como produtos de importação ilegal. •Feocromocitoma. •Interações medicamentosas: Inibidores da MAO, Antidepressivos Tricíclicos, B-Bloqueadores não seletivos. Cloridrato de Mepivacaina: -Classificação: Amida -Metabolização Hepática -Excreção: Renal (1 a 16% inalterada) -Propriedade Vasodilatadora: Leve (***Entre os anestésicos odontológicos sem vasoconstritor é a de menor vaso dilatação) -Potência anestésica: similar a Lidocaína -Latência: Rápida (1,5 a 2min) -***O anestésico que possui maior quantidade de base livre (30%mais, melhor para áreas inflamadas. -Concentração odontológica eficaz: 2% com Vasoconstritor e 3% sem vasoconstritor -Meia vida 2Hs -Dose máxima recomendada na literatura: 4,4 mg/Kg -Não exceder ______mg -Gravidez: Risco C (Pode causar má formação do fígado no feto) -Segurança durante amamentação: Seguro -Reação alérgica: rara -Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência e parada respiratória) 11 Cloridrato de Bupivacaína: - Classificação: Amida -Metabolização Hepática (4 x menos tóxica que a Lidocaína) -Excreção: Renal (16% inalterada) -Propriedade Vasodilatadora: Maior que todas as outras. -Potência anestésica: Alta, 4 x da Lidocaína -Latência: Demorada (6 a 10min) -Concentração odontológica eficaz: 0.5% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor -Meia vida:----------------- -Dose máxima recomendada na literatura: 1,3 mg/Kg -Não exceder ______mg -Gravidez: Risco C (o risco não pode ser afastado) -Segurança durante amamentação: Seguro -Reação alérgica: rara -Superdosagem:Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência e parada respiratória) Cloridrato de Lidocaína: -Classificação: Amida -Metabolização Hepática -Excreção: Renal (10% inalterada) -Propriedade Vasodilatadora: Maior que a Prilocaina e Mepivacaina. -Potência anestésica: Baixa 10mim -Latência: Rápida (2 a 4min) -Concentração odontológica eficaz: 2% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor -Meia vida:----------------- -Dose máxima recomendada na literatura: 4,4 mg/Kg -Não exceder ______mg -Gravidez: Risco B (não há evidência de risco em humano Não descartar o risco, deve usar a menor dose eficaz pelo menor tempo possível) -Segurança durante amamentação: Seguro -Reação alérgica: rara -Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência e parada respiratória) Cloridrato de Articaína: - Classificação: Ester (contém grupamento Amida) -Metabolização: principalmente no Plasma e Hepática -Excreção: Renal (5 a 10% inalterada) -Propriedade Vasodilatadora: Maior que a Prilocaina e Mepivacaina. -Potência anestésica: 1,5 x mais que Lidocaína - Excelente difusão pelos tecidos, podendo pegar uma aréa um pouco maior que o normal. -Latência: Rápida (3min) -Concentração odontológica eficaz: 4% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor -Meia vida:----------------- -Dose máxima recomendada na literatura: 7,0 mg/Kg -Não exceder ______mg 12 -Gravidez: Risco Desconhecido -Segurança durante amamentação: Desconhecido -Reação alérgica: Mais risco a alergia (pacientes que já possuem mais de uma alergia pode haver um risco maior, o que não quer dizer que vá ter) -Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência e parada respiratória) -Contra indicado para pacientes que apresentam alergia a medicamentos que contenham Enxofre(Sulfas) Ex Bactrim. -Pode ocorrer Metemoglobinemia se acidentalmente for aplicada Intra Venosa. -Deve ser evitado em crianças até 4 anos. -Parestesia do Nervo Lingual. (Controverso, Malamed diz que independente do anestésico local a parestesia ocorre quando o nervo é lesado.) Cloridrato de Prilocaína (somente associada à Felipressina) : - Classificação: Amida -Metabolização Hepática e Pulmonar (40% menos toxica que Lidocaína) -Excreção: Renal -Propriedade Vasodilatadora: Em segundo lugar depois da Mepivacaína -Potência anestésica: Baixa, similar a Lidocaína -Latência: Rápida (2 a 4min) -Concentração odontológica eficaz: 4%, mas no Brasil essa concentração é de 3% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor -Meia vida:----------------- -Dose máxima recomendada na literatura: 6,0 mg/Kg -Não exceder ______mg -Gravidez: Risco B (não há evidência de risco em humano) -Segurança durante amamentação: Desconhecida -Reação alérgica: rara -Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência e parada respiratória) -Pode ocorrer Metemoglobinemia em pacientes que já apresentem Anemias, Insuficiência cardíaca ou respiratória evidenciada por hipóxia e pacientes em uso de Acetaminofeno(paracetamol) e ou Fenacetina. - Por conta da Felipressina à Dose máxima recomendada em Paciente com doença cardiovascular clinicamente significativa (ASA III ou IV) Utilizar no máximo de 2 a 3 tubetes com Felipressina 0,03 Unidades Internacionais -Por conta da Felipressina o uso em Gestantes é contra-indicado por conta da exitação da ocitocina que causa contrações uterinas. Qual apresenta menos sangramento, Mepivacaína sem vaso ou Prilocaína/Felipressina? R: 13 Obs: Classificação de medicamentos com Risco para gravidas: Risco A – Os medicamentos foram testados em animais e seres humanos sem causar nenhuma alteração. Risco B – Os medicamentos foram testados em animais sem causar alteração, mas não foram comprovados em seres humanos. (O risco não pode ser descartado) Risco C – Os medicamentos foram testados em animais e causaram alteração, mas não foram comprovados em seres humanos. Risco D – Foram comprovados alterações em seres humanos. Risco X – Proibido Uso Obs: Posso misturar Sais Anestésicos diferentes sem problema. Em uma situação extrema que precisaria usar um bom vasoconstritor, mas não posso usar adrenalina... Manipular a Prilocaína/Felipressina + Mepivacaína 3% sem vaso constritor, mas para não pode contaminar. Diabético: A quantidade de adrenalina no sangue endógena é de 39 picogramas. Adrenalina 1:100.000 aumenta 39 picogramas de adrenalina no sangue a cada tubete. Para alterar a glicemia do paciente a concentração no sangue precisa passar de 150 picogramas, ou seja, 39 normal no sangue, mais dois tubete = 120, no terceiro tubete entramos em 160 picogramas de adrenalina no sangue. 14 Então em um paciente diabético podemos aplicar 2 tubetes de adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes de adrenalina 1:200.000 não apresentando alteração na glicemia do paciente. O problema é que o paciente estressado por natureza, ou por conta do procedimento odontológico, já não está no nível normal de 39 picogramas de adrenalina na corrente sanguínea, estará com mais, portanto, a aplicação de 2 tubetes já passariam da concentração de 150 picogramas e alteraria a concentração de glicemia no sangue. Nesses casos podemos fazer a sedação mínima, mantendo o paciente em 39 picogramas. No caso de não ser cirúrgico tendo sanguamento, em uma carie por exemolo que nem for tão profunda, onde o nível de dor não será alto, melhor opção Prilocaina/Felipressina. Hipertireoidismo: - Paciente compensado pode ser usado até dois tubetes de adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes de adrenalina 1:200.000 - Pacientes não compensado o uso é proibido. Angina: Sintomas- Queimação, azia, dor no peito, dor no braço principalmente esquerdo. Arritmia Cardíaca: Batimentos normais é entre 60/80. Com batimentos em 160 melhor usar Prilocaina/Felipressina Em quanto chega os batimentos cardíacos em uma arritmia? R: 400 até 600. Gestantes: - No primeiro e segundo trimestre Corticoide Risco D e passa para risco B no Terceiro trimestre. - No terceiro trimestre é AINE sendo risco C (podendo fechar prematuramente o ducto arterioso e causando hipertensão pré-pulmonar e também inibe a ocitocina, atrasando o parto), mas sendo risco B no primeiro e segundo trimestre. Podemos usar um AINE para dor nesse período prescrito apenas por dois dias. - Tetraciclina Risco X - Clindamissina Risco X - Protocolo de anestesia para gestante: Lidocaína 2% com Adrenalina 1:100.000 Até 2 tubetes por cessão ou 4 tubetes de Adrenalina 1:200.000 Insuficiência Renal: Diminuir 25% da dose anestésica Para consulta de bulas de medicamentos: http://portal.anvisa.gov.br/bulario-eletronico1 Ansiolíticos: Como fazer uma sedação consciente? Onde estão os Protocolos? 15 Em caso de crise hipertensiva utilizar um diurético injetável. Em caso de pressão baixa usar soro para aumentar volume sanguíneo. Sintomas de aumento de adrenalina na corrente sanguínea se aplicado dentro de um vaso sanguíneo: - Tremor - Sudorese - Dor de cabeça - Palidez - Taquicardia Contra indicações Relativas e absolutas: Algumas deles podem depender da gravidade do quadro clínico do paciente. Bloqueio Troncular e Bloqueio Regional, o bloqueio de tuber é consideradoregional e o de mandíbula é considerado Troncular? _________________________________________________ Terminação nervosa (Nociceptores) Neurotransmissores: Adrenalina, Noradrenalina, Serotonina, Dopamina A infusão de cálcio faz com que o neurotransmissor seja liberado na fenda sináptica. A chegada do estímulo até o cérebro é pela via aferente (sensorial-retorna o estimulo)?? Via eferente(motora-leva o estimula)?? Estímulos para dor: pressão, temperatura e química. Químico faz parte do processo inflamatório com mediadores químicos. Quando uma célula sofre uma lesão, seu citoplasma libera substâncias que causam ativação da fosfolipase A2 que é o gatilho para a inflamação. Com a Fosfolipase A2 ativada ela vai estimular que o ácido Aracdônico vá para o meio intracelular das células, formando as enzimas Lipoxigenase LOX e Cicloxigenase COX (COX I e COX II) O aumento de Prostaglandina no meio extracelular começa a desencadear o processo inflamatório, com o primeiro sinal de vasodilatação e aumentando a permeabilidade do vaso sanguíneo. As primeiras células a extravasam são os neutrófilos, que fagocitam de 8 a 12 bactérias e morrem por apoptose, formando a supuração. Com a morte dos neutrófilos, sua mediadores químicos recrutam os macrofagos que produzem citocinas e vão manter os níveis de citocinas no local da inflamação. Se a agressão não ficar crônica e caminhar para a reparação tecidual, o macrofago vai terminar de fagocitar alguma bacteria que tenha sobrado, restos de tecido necrosado, células mortas e suas citocinas vão promover a chegada de células mesenquimais indiferenciadas para se diferenciar em fibroblastos por exemplo que vão produzir colágeno promover e desenvolver o reparo tecidual. 16 Tempo de sangramento de uma pessoa saudável tem O TC (tempo de coagulação) é de 3 a 5min. Uma pessoa saudável quando sofre um corte, para de sangrar por conta dos tromboxanos liberados pelas plaquetas que vão formar botões plaquetários. Obs: A linfadenopatia é a inflamação dos nódulos linfáticos por conta de uma inflamação crônica. Em um exemplo prático, clínico, se a agressão ao tecido for leve, a quantidade de Prostaglandina pode não ser suficiente para causar dor, pois a inflamação vai ser muito pequena, deixando o local apenas mais sensível, mas lembrando que um analgésico, vai diminuir a dor, mas não ao ponto de não ter nem sensibilidade. Essa inflamação Leve ou até Moderada é importante para a reparação tecidual. Mas a inflamação Severa destrói muitas células, e o acúmulo dessas membranas glicoproteicas são enzimas que desnaturam proteínas, que no caso pode ser o colágeno e isso interfere negativamente no processo de reparação tecidual. Em um procedimento cirúrgico mais invasivo, a produção de Prostaglandina será maior, podendo causar uma inflamação moderada ou severa. Por isso usamos anti inflamatórios, para Modular o Processo Inflamatório, para não inibi-la totalmente e também não ser excessiva. Se tenho uma inflamação Moderada, usamos AINE, para transformar a inflamação em Leve. Se tenho uma inflamação Severa, Usamos AIE que é mais potente, para transformar a inflamação em Leve. Então não usamos em um trauma Leve, para a inflamação não desaparecer. 36 Horas depois o paciente atinge o auge da inflamação, que deve ir regredindo até 72 Horas depois. Enquanto o pico da Dor será entre 6 a 8 Horas após a cirurgia. A duração da dor é diferente do tempo do processo inflamatório, pois a dor ocorre com o extravasamento da ATP e Potássio das células lesadas que entram em contato com os nociceptores causando a despolarização, e não somente a sensibilizando. E também principalmente pela própria manipulação dos nociceptores. Obs: A dor da manipulação dos nociceptores é menor que a dor do processo inflamatório Onde temos somente a sensibilização dos nociceptores.. Com Isso teremos dois picos de dor, o da Dor de 6 a 8 horas e da inflamação no pico das 36 horas com a sensibilização máxima dos nociceptores. Começar a prescrição com a via de administração: Uso interno: Via Oral (Via enteral, pela via gastrointestinal) comprimidos ingeridos e supositórios. Uso externo: Via intravenosa, subcutânea e outras (via Parenteral) SubLingual tem autores que consideram interno e tem autores que consideram externo. A Dipirona é um analgésico que inibe a infusão de cálcio dentro do neurônio, fazendo com que a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica e condução do estimulo não aconteça. Analgésicos de ação periférica: Prescrição: (trauma leve) Uso interno Dipirona monohidratada 500mg...............................................12 comp. 17 Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. Prescrição: (Trauma moderado) Uso interno Dipirona monohidratada 500mg...............................................12 comp. Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, se houver dor. *** Escrever na prova: Obs: Assim que acabar o procedimento deve ser ministrado a primeira dose pelo dentista. (analgesia preventiva) Prescrição: (Trauma intenso) Uso interno Dipirona monohidratada 500ml...............................................12 comp. Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. ***Prova Obs: Ministrar pelo dentista a dose dobrada assim que acabar o procedimento (analgesia preventiva) e + dobrar a dose do analgésico no primeiro dia até ir dormir (pode ser também de 6 em 6hs, de 5 em 5 ou de 4 em 4hs). VERIFICAR COM PROFESSOR Dipirona Contra indicação: imunudeprimidos (HIV somente se não tratado), pacientes com agranulocitose, grávidas e pacientes que fazem uso crônico de corticóides. Paracetamol – hepatopatas e não exceder 4g por dia. Pacientes que usam Varfarina. Mais seguro para gestantes e lactantes. ***Por que não podemos prescrever o medicamento por mais de três dias? R: Pois após os 3 dias, se a dor persistir, o paciente deve retornar para uma reavaliação, pois se temos que o processo inflamatório deve regredir em 3 dias (72Hs), podemos ter o começo de uma infecção. ____________________________________________________________________________ Controle de edema com AINE e AIE Efeito colateral na Farmacologia é o efeito indesejado esperado pelo fármaco. Efeito ou reação adversa é o efeito do fármaco não esperado. AINE vai agir inibindo a produção das COXs, mas ainda produz o Ácido Araquidônico. Temos fármacos AINE divididos em 3 grupos: - Não seletivos ou Convencional (Agem em COXI e COXII igualmente- Diclofenaco, Ibuprofeno, cetorolaco) - Convencional Parcialmente seletivos (Agem mais em COXII, mas também em COXI) - Seletivos ou Específicos (Agem em COXII – Eterocoxibe e Celecoxibe) (Contra indicações para os AINES seletivos: Pós infarto, Pós AVE, paciente Hipertenso, com obstrução de vasos, Histórico de trombose) AIE vai sintetizar no núcleo da célula uma enzima chamada Lipocortina que inibe a produção da Fosfolipase A2, não gerando Ácido Araquidônico. Com isso ele inibe a produção das COXs. Mas inibe também a produção da COXI? E por que ele não inibe a Prostaciclina causando trombose assim como o VIOX fazia? Também inibe a produção daLOX? 18 Efeitos colaterais dos AIEs: possui muitas alterações sistêmicas, Aumenta Glicemia, aumenta PA, imunossupressor, síndrome de cuschin, entre outros... Mas AIEs não causa alergia, os AINEs causam. Para uma inflamação Leve Não se usa anti-inflamatório, pois atrapalha a cicatrização. Para uma inflamação Moderada usamos um AINE para modular a inflamação de moderada para leve, 40min antes do procedimento. Para uma inflamação Intensa usamos um AIE que é mais potente para modular a inflamação de intensa para leve, 60min antes do procedimento. Para pacientes com problemas gastrointestinais não deve ser usado medicamentos do grupo Não seletivo e nem do grupo parcialmente seletivo. Nesse caso optar pelos seletivos. Prescrição de AIE: Uso interno Dexametasona 4mg__________________________________2 comprimidos. Tomar por via oral dois (2) comprimidos uma hora (1h) antes da cirurgia, em dose única. Prescrição para AINE: Uso Interno Diclofenaco 50mg..........................................................9 comp. Tomar por via Oral 1 comp. de 8 em 8h durante no máximo por 3 dias. Obs: Tomar a primeira dose 40min antes do procedimento cirúrgico. Obs: Não usar AINE se você usou AIE. Mas se tiver tomado o AIE e no dia seguinte tiver edema é porque o AIE não foi suficiente, talvez por conta de ter errado a dose, nesse caso não tomar mais AIE, e sim entrar com o AINE. 19 Por isso é importante ligar para o paciente no dia seguinte: -Caso o AIE não tenho feito efeito esperado, entrar com AINE para conter o edema. -Caso no dia seguinte ele não sinta absolutamente nada, pode tomar só mais esse dia (em trauma intenso). -Caso no de ter tomado um AINE antes do procedimento que esperava-se no planejamento ser moderado e tiver sido leve, suspender as demais doses. -Pois se o paciente ligar somente após 36hs que é o pico do edema, não adianta entrar com medicamento, pois fisiologicamente o edema a partir desse momento começará a regredir. A) Em se tratando de um paciente gênero masculino, 25 anos, 60Kg que será submetido a extração do elemento 38 em retenção mesioangular (trauma moderado) e tempo cirúrgico de 60min. Escolha a solução anestésica ideal e calcule o número máximo de tubetes. R: Mepivacaína 2% com adrenalina 1:100.000 (DMR x Peso) : (% x 10) ____________________= 1,8 (mls do tubete) (4,4 x 60) : (2% x 10) ____________________= Obs:Não exceder a Dose absoluta 300mg 1,8 (mls do tubete) (264) : (20) ____________________= 1,8 (mls do tubete) (13,2) ____________________= 7,333333= 7Tubetes 1,8 (mls do tubete) B) É correto indicar um analgésico? R: Para o paciente não ter o desconforto com a dor, é correto prescrever um analgésico nessa situação de trauma moderado para modularmos a dor ao nível da dor Leve. Uso interno Dipirona monohidratada 500ml...............................................12 comp. Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. Obs: Assim que acabar o procedimento deve ser ministrado a primeira dose pelo dentista. (analgesia preventiva) C) É correto indicar um anti-inflamatório? 20 R: Para modulação da inflamação para intensidade de trauma Leve É correto indicar um anti-inflamatório com uma classe de AINE. Uso Interno Diclofenaco 50mg..........................................................9 comp. Tomar por via Oral 1 comp. de 8 em 8h durante no máximo por 3 dias. Obs: Tomar a primeira dose 40min antes do procedimento cirúrgico. Livro : Yagiela _____________________________________________________ Terapia Antimicrobiana Antibióticos: Por quantos dias se prescreve antibióticos? R: Não precisa ser prescrito para qualquer tipo de infecção bacteriana. Resistencia bacteriana é o maior problema em fazer uso de antibióticos. As infecções bacterianas de origem endodôntica ou periodontal contam com a participação de microrganismos aeróbios, anaeróbios facultativos e anaeróbios estritos Na ausência de sinais de infecção, em pacientes imunocompetentes e que não apresentam risco de complicações infecciosas à distância, a profilaxia antibiótica não é recomendada na maioria dos casos. No que diz respeito ao tratamento das infecções bacterianas já estabelecidas, o cirurgião-dentista deve ter em mente que a principal conduta é a remoção da causa. A prática clínica mostra que o emprego de antibióticos, de forma exclusiva, é praticamente ineficaz quando não se intervém na fonte da infecção, seja por meio da remoção de cálculos grosseiros, da descontaminação do sistema de canais radiculares ou da drenagem dos abscessos. Portanto, os antibióticos devem ser considerados apenas como auxiliares na terapêutica das infecções, destruindo os microrganismos (ação bactericida) ou apenas impedindo sua reprodução (ação bacteriostática). Qualquer dessas ações irá somente limitar o processo, criando condições para que o hospedeiro possa eliminar os agentes causais de maneira mais rápida e eficaz, por meio dos mecanismos de defesa imunológica. ANTISSÉPTICOS O controle de infecções no consultório odontológico é feito por meio de barreiras, esterilização, desinfecção e antissepsia. A antissepsia é um procedimento simples e prático que pode reduzir o número de microrganismos presentes na cavidade bucal, na proporção de 75 a –99,9%, além de diminuir a contaminação pelo aerossol proveniente das turbinas de alta rotação. As bactérias podem ganhar o caminho da corrente sanguínea, provocando bacteremias transitórias, de menor ou maior significado clínico. Classificação: Os antibióticos podem ser classificados com base em diferentes critérios, sendo aqui abordados os de maior importância clínica: ação biológica, espectro de ação e mecanismo 21 de ação. Ação similar contra bactérias gram-positivas e gram-negativas: ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, tetraciclinas. De acordo com o mecanismo de ação, os antibióticos de uso odontológico podem ser divididos em três grupos: os que atuam na parede celular, na síntese de proteínas ou na síntese de ácidos nucleicos O antibiótico atuará não somente nas bactérias patogênicas sensíveis que se deseja combater, mas também contra as inócuas, geralmente comensais. Os antibióticos podem causar grandes desequilíbrios nos ecossistemas e microbiomas bacterianos, muitas vezes com transtornos inesperados e indesejáveis. Isso ocorre porque o equilíbrio é mantido basicamente pela competição entre as bactérias. A eliminação das bactérias sensíveis pode criar melhores condições para a proliferação das mais resistentes. Antibióticos concentração-dependentes e tempo-dependentes ??? Concentração Inibitória Mínima (CIM) Na bula de algumas formas farmacêuticas de amoxicilina, consta a orientação para o tratamento de abscessos dentários: “duas doses de 3g com um intervalo de 8 h entre as doses” Como contribuir para minimizar a resistência bacteriana: Antes de se fazer a profilaxia antibiótica em pacientes imunocompetentes, deve-se avaliar se o benefício dessa conduta (auxiliar o sistema imune do paciente a evitara infecção) é maior do que o risco potencial de se provocar reações adversas, além do custo do tratamento. Da mesma forma, quando se for tratar uma infecção bacteriana bucal, é preciso analisar criteriosamente se os procedimentos de descontaminação local, por si só, não seriam suficientes para resolver o problema, pois têm prioridade absoluta sobre a utilização de qualquer medicamento. Se for tomada a decisão de empregar o antibiótico, independentemente do agente escolhido, o princípio de uso é sempre o mesmo, ou seja, doses maciças pelo menor espaço de tempo possível. Para isso, é importante que o profissional mantenha contato direto com o paciente, para que possa monitorar o curso da infecção a cada 24 ou 48 h e ter sucesso na terapia. Ampicilina e amoxicilina – São discretamente menos ativas do que a penicilina V com relação aos cocos gram-positivos, mas, em compensação, seu espectro é estendido aos cocos e bacilos gram-negativos. As principais diferenças entre a ampicilina e a amoxicilina (derivada da própria ampicilina) são farmacocinéticas. A amoxicilina é mais bem absorvida por via oral e não sofre modificações no organismo. Cerca de 90% da dose usual de amoxicilina são absorvidos, mesmo na presença de alimentos no trato digestório. Suas concentrações no soro e nos tecidos são quase duas vezes maiores do que as da ampicilina, o que permite seu emprego em intervalos de 8 h em vez de 6 h. Mas se for injetável intramuscular ou intravenosa a Ampicilina é melhor. QUANDO PRESCREVER OS ANTIBIÓTICOS? O emprego dos antibióticos na clínica odontológica está indicado em duas situações totalmente distintas: no tratamento ou na prevenção das infecções. Assim, a resposta a essa pergunta será desenvolvida em dois tópicos, que irão tratar do uso terapêutico ou profilático dos antibióticos. Tratamento das infecções: determinadas doenças periodontais ou infecções de origem endodôntica. Quando a descontaminação do local, por si só, não surte o efeito desejado, e há sinais e sintomas que 22 indicam a disseminação da infecção, o uso de antibióticos é recomendado, visando reduzir a população bacteriana e, dessa forma, auxiliar os sistemas de defesa do hospedeiro. Já foi demonstrado, em pacientes portadores de abscessos dentoalveolares agudos, que a terapia antibiótica com penicilina V 250 mg, a cada 6 h, por 5 dias, surte o mesmo efeito se comparada ao regime composto por apenas duas doses de 3 g de amoxicilina, administradas com intervalo de 8h. Nem sempre a terapia antibiótica ajuda. Em um estudo no qual foi avaliado o possível benefício do emprego da penicilina em pacientes com abscessos periapicais localizados, ficou demonstrado que, após a drenagem do abscesso, o tempo para a cura da infecção foi o mesmo em relação ao grupo tratado com placebo, ou mesmo aquele que não recebeu qualquer tratamento medicamentoso. O melhor critério para se decidir sobre o uso de antibióticos, como medida complementar à descontaminação local, diz respeito à presença ou não de sinais e sintomas de disseminação da infecção. Atualmente é aceito que a antibioticoterapia, em odontologia, é uma conduta importante apenas quando o paciente apresentar sinais como edema pronunciado (celulite), limitação da abertura bucal, linfadenite, febre, taquicardia, falta de apetite, disfagia (dificuldade de deglutir) ou mal-estar geral, indicativos de que as defesas imunológicas do hospedeiro não estão conseguindo, por si só, controlar a infecção. Na prática odontológica, isso significa dizer que, no tratamento de um processo infeccioso bacteriano localizado, delimitado, sem sinais locais de disseminação ou manifestações sistêmicas, o uso coadjuvante de antibióticos não é necessário. Isso é válido para as infecções bacterianas agudas de cunho endodôntico ou periodontal. Espectro de ação é a quantidade de bactérias diferentes que o antibiótico consegue atingir. Não quer dizer que o antibiótico seja mais forte ou fraco. **Critérios para prescrição: Febre Gânglios infartados inflamatórios (Linfoadenopatia) Prostração (apatia geral) Ou se a bactéria for muito agressiva e o abcesso está muito volumoso em um espaço curto de tempo, mostrando que não deu tempo do sistema imunológico reagir. Ex: Se a febre estiver fraca, com Linfoadenopatia e bem disposto, não precisa entrar com antibiótico. ** Não deve mandar o paciente embora com foco de infecção. O tratamento de abcesso em odontologia é a descontaminação. A anestesia precisa instalar. Se não instalar, usar sedação consciente. Se não der certo, encaminhar para internação e bucomaxilo. Uso Interno AMOXICILINA 500mg_____________________21cápsulas Tomar por via oral 1 capsula a cada 8hs, durante sete dias. OBS: fazer dose de ataque (2 capsulas) retornar para avaliação depois de 24hs Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) Uso Interno METRONIDAZOL 250mg_______________________21comprimidos 23 Tomar por via oral 1 comprimido a cada 8hs, durante 7dias. OBS: fazer dose de ataque (2 comprimidos) retornar para avaliação depois de 24hs Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) Uso Interno CLINDAMICINA 300mg_______________________21capsulas Tomar por via oral 1 capsula a cada 8hs, durante 7dias. OBS: fazer dose de ataque (2 capsulas) retornar para avaliação depois de 24hs Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) Uso Interno AMOXICILINA 500mg + ÁCIDO CLAVULÂNICO 125mg_____________________21cápsulas Tomar por via oral 1 capsula a cada 8hs, durante sete dias. OBS: Interromper a Amoxicilina prescrita anteriormente. Fazer dose de ataque (2 capsulas) Retornar para avaliação depois de 24hs. Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) Não existe uma substância-padrão que sirva para todas as infecções em todos os pacientes. As penicilinas são primeira escolha para o tratamento das infecções bucais bacterianas. A fenoximetilpenicilina (penicilina V), a ampicilina ou a amoxicilina ainda são bastante eficazes contra cocos aeróbios gram-positivos e bacilos anaeróbios gram-negativos, isolados das infecções de origem endodôntica ou periodontal. ** Após a prescrição da Amoxicilina, se no retorno após 24hs não houver melhora, pode ser um grupo de bactérias anaeróbicas gram-negativa não susceptíveis a amoxicilina. Associa-se o Metronidazol. Retornar em 24hs. Se não houver melhora do quadro pode ser o grupo das bactérias que produzem a Beta-Lactamase. Associa-se a Amoxicilina o Ácido Clavulânico e continua com o Metronidazol. Se ele voltar pior, precisa fazer encaminhamento para exame de antibiograma em hospital. Se nesses casos ele voltar melhor, continua retornos em 24hs para reavaliações e assim que sumirem os sinais e sintomas da infecção, interromper o antibiótico. **Pacientesalérgicos a Penicilina: Usar Clindamicina. Usar Clindamicina mesmo quando o paciente não for alérgico, quando o caso for grave. (quando o abcesso tiver ligação extra oral) Se não melhorar com Clindamicina, deve-se pedir direto o antibiograma, pois ele já faz o papel do Metronidazol e do Ácido Clavulânico. _______________________________________________________ Paciente gênero feminino pesando 50Kg com 19 anos e apresentando um quadro clínico de hipertensão Grau I (130 sistólica/80 diastólica)???(ele ditou 130/80, mas hipertenso grau I é 130/10) e sensibilidade ao sulfito. Será submetida a exodontia do elemento 28. Tempo de procedimento será de 40 min com trauma cirurgico moderado. 24 Responda: 1- A) Qual a melhor solução anestésica e calcule o número máximo de tubetes. R: Prilocaína com Felipressina 1:100.000 por ter sensibilidade ao sulfito. 50 x 6 = 300 300/30 = 10 10/1.8 = 5,55 Embora com pequeno número de voluntários, foram avaliadas as alterações hemodinâmicas promovidas por várias doses de felipressina em pacientes com hipertensão essencial, concluindo que a dosagem clinicamente segura desse vasoconstritor para hipertensos é de 0,18 UI. Tal quantidade é equivalente ao contido em 6 mL de uma solução de prilocaína 3% com 0,03 UI/mL de felipressina (~ 3½ tubetes). Embora não tenha ocorrido nenhum episódio isquêmico nesse estudo, os autores recomendam cuidados adicionais para se prevenir a isquemia do miocárdio em pacientes com hipertensão arterial não controlada. hipertensão essencial Definições da Web A hipertensão arterial essencial ou hipertensão arterial idiopática ou hipertensão primária é a forma de hipertensão que não tem uma causa atribuível e identificável. É o tipo mais comum de hipertensão e afecta cerca de 95% dos hipertensos. B) É correto prescrever um analgesico? Se não, por que?. Se sim, prescreva. R: Uso Interno Dipirona MonoHidratada 500mg_____________________________12 Comprimidos Tomar por via Oral 1 comp. De 6 em 6Hs durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. Obs: Fazer analgesia preventiva assim que acabar o procedimento. C) É correto prescrever um antiinflamatorio? Se não, por que?. Se sim, prescreva. R: Uso Interno Meloxicam (Melocox) 15mg______________________________3 Comprimidos Tomar por via Oral 1 comp. de 24 em 24hs (um por dia) durante no máximo por 3 dias. OBS: Tomar a primeira dose 40 min antes da cirurgia. D) É correto prescrever um antibiótico? Se não, por que?. Se sim, prescreva. ??? 2- Citar as contra indicações dos vasoconstritores adrenérgicos:. - História de Infarto Agudo do Miocárdio sem liberação do cardiologista. - Hipertensão não compensada acima de 16/10. - Hipertireoidismo não compensado. - Periodo menor que 6 meses após Acidente Vascular Encefálico - Paciente que faz uso de Anfetamina - Angina instável com dor ao mínimo esforço. - Algumas Arritmias Cardíacas. - Insuficiência Cardíaca Congestiva descompensada. - Interações Medicamentosas: a) Antidepressivos Inibidores da MonoAmina Oxidase. b) Antidepressivos Tricíclicos c) B-bloqueadores não seletivos - Feocromocitoma 25 - Usuário de cocaína e derivados nas últimas 24Hs. - Cirurgias recentes: Ponte de Artéria coronária / colocação de stents. - Sensibilidade a Sulfitos. __________________________________________________________________________ Aula dia 04/10/2017 ANTISSEPSIA O novo conceito de antissepsia passa a ser mais importante que a própria profilaxia antibiótica. Uma vez que reduzindo o número de microrganismos na área operatória, os riscos de bacteremias diminuem expressivamente. O antibiótico não é a prevenção para infecção no local da cirurgia, e sim a Antissepsia. O que não dá infecção no local é o antisséptico e não o antibiótico. Ou seja, o uso de antibióticos quando necessário vai prevenir as infecções sistêmicas a distância, como coração, cérebro, pulmão etc... E o antisséptico que sempre deve ser feito vai prevenir as infecções locais, mas também vai prevenir as infecções sistêmicas diminuindo a entrada de microrganismos para a corrente sanguínea. A antissepsia é a descontaminação de regiões vivas do paciente, dentista e auxiliar. A antissepsia é feita na cavidade oral, da pele peri-oral e das mãos e dos braços de dentista e auxiliar. Solução aquosa Degermante é uma solução que possui surfactantes (detergentes) que retira as bactérias por suspenção, eliminando a camada de oleosidade da pele junto com as bactérias. Sendo eles o IodoPolvidona ou a clorexidina. Pode ser feita a antissepsia do rosto do paciente, a das mãos e braços. (mas no rosto do paciente, deixa a pele dele muito escorregadia, podendo atrapalhar em ações que precisamos tracionar o lábio do paciente por exemplo.) Solução aquosa pode ser feita antissepsia do rosto e região intra oral. 26 Limitaçõa do IodoPolvidona: - Ração alérgica, 0,4% tem alergia a iodo -Tempo de ação precisa esperar 10 minutos -Exelente antisséptico -Manchamento, mas enxergo por onde foi passado. IodoPolvidona a 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo Digluconato de Clorexidina: -Tomar cuidado com os olhos do paciente. - Antes da cirurgia o bochecho deve ser vigoroso durante 1min. (em procedimentos mais invasivos pode ser orientado para fazer os bochechos de 2 a 3 dias antes do procedimento) -Após a cirurgia o bochecho deve ser enxaguatório. -Escovar os dentes e a língua com clorexidina. Prescrição para manipulação: Digluconato de Clorexidina.............................2% Água destilada, quantidade suficiente para (q.s.p)................250ml Para intra oral bochechos diários - concentração de 0,12% para uso diário. Digluconato de Clorexidina.............................0,12% Água mentolada, quantidade suficiente para (q.s.p)................250ml Para Pré-cirúrgico uso intra oral uma única vez antes da cirurgia (ou qualquer procedimento invasivo, como raspagem periodontal) pode ser usado a concentração de 0,2%. Digluconato de Clorexidina.............................0,2% Água mentolada, quantidade suficiente para (q.s.p)................250ml Para uso extra oral usa-se a concentração de 2% Se o paciente fizer uso de sabonetes, cremes, maquiagens e creme dental antes da cirurgia, uma subistancia, Luril Sulfato de Sódio pode inibir a eficácia do Digluconato de Clorexidina. Sutura é feita para manter o coágulo e aproximar os bordos. De preferencia deve remover a sutura entre 3 a 4 dias, para não manter bactérias nas linhas de sutura e contando que após 48hs já se tem as redes de fibrilas formadas. Mas o paciente deve fazer os bochechos com clorexidina, até a epitelização do local. Diferente de uma cirurgia onde juntamos as bordas e a cicatrização será por primeira intenção, nesse caso o paciente só usará a clorexidina durante os 3 a 4 dias que ficar com a sutura. PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 27 Deve-se fazer profilaxia antibiótica para procedimentos cirúrgicos odontológicos invasivos que envolvam a manipulação de tecido gengival ou região apical ou perfuração da mucosa oral. - Pacientes imunodebilitados, imunodeprimidos, imunocomprometidos e imunosuprimidos Pede-se hemograma, Granulócitos < 3.500/mm3 ou < 1.000/mm3 Acima de 3.500 não precisa de antibiótico Abaixo de 1.000 é obrigatório o uso de antibióticosEntre esses valores o dentista pode decidir levando em consideração os riscos, se quer usar ou não. Exemplo: O Diabético (que for também imunodeprimido) e o HIV descompensado, já estão imunodeprimidos, com o uso de antibióticos, o risco de uma candidíase oportunista é maior que a infecção bacteriana e poderá leva-lo a óbito, então para esses casos entre os valores mencionados não faria a profilaxia. E no caso de uma infecção após, ai entra com antibióticos. Já no caso de pacientes que possuem uma prótese de fêmur por exemplo, que entram na indicação por possuir um nicho para bactérias, o granulócitos entre os valores mencionados pode ser feito, pois uma infecção em uma prótese cardíaca ou de fêmur por exemplo seria muito mais grave. Obs: O Diabético não é Imunodeprimido. - Para o paciente Diabético não compensado e não imunocomprometido: pede-se o exame de hemoglobina Glicada, que te dá um histórico de 6meses se o paciente desconpensou alguma vez ou não. Se ele for descompensado ou tem o risco de descompensar, deve-se fazer a profilaxia antibiótica. *Para esse paciente a profilaxia antibiótica será diferente dos demais casos, sendo prescrito uma dose de 1g de Amoxicilina. - Um exemplo de pacientes que tem insuficiência renal e faz hemodiálise, não são indicação para profilaxia antibiótica. Se for um insuficiente renal, que fez transplante de rins, e seus granulócitos estiverem acima de 3.500 não precisa fazer, mas se estiver entre 3.500 e 1.000, seria indicado fazer. - Pacientes que possuem nichos que favorecem a bactéria se instalar: · Portadores de próteses Articulares Totais nos dois primeiros anos de cirurgia, após esse tempo não precisa mais. 28 Porém, se após esses dois anos esse paciente apresentar antes da cirurgia algum fator agravante como: ( A profilaxia antibiótica deve ser feita ) Estar Imunodeprimido abaixo de 3.500 granulócitos, pois não pode correr o risco de causar infecção e esse paciente ter que voltar para uma cirurgia tão agressiva. Ter Diabétes tipo I insulino dependente, pois em caso de ocorrer uma infecção esse paciente possui um alto risco no processo cirúrgico para remoção da prótese infectada Ser hemofílico (não coagula), no mesmo sentido do diabético tipo I, não é por ele ter mais chance de ter infecção, mas se ela ocorrer, passa a ser um alto risco na mesa de cirurgia. Ter tido histórico de infecção na prótese colocada. · Valvas cardíacas protéticas (qualquer tipo) · Endocardite Infecciosa prévia · Receptores de transplante cardíaco com comprometimento valvar. · Doenças cardíacas congênitas somente nas seguintes categorias: - Doenças cardíacas congênitas cianóticas não reparadas incluindo as tratadas paliativamente. - Doenças cardíacas congênitas completamente reparadas com prótese ou dispositivo que tenha sido colocado cirurgicamente ou por cateter, durante os primeiros seis meses da intervenção. - Doenças cardíacas congênitas reparadas que apresente defeito residual no local ou adjacente ao local da prótese ou dispositivo (o qual iniba a epitelização) Profilaxia padrão: Uso interno Amoxicilina 500mg__________________________________4 comprimidos. Tomar por via oral quatro (4) comprimidos uma hora (1h) antes da cirurgia, em dose única. Pacientes alérgicos a penicilina: Clíndamicina 300mg.......................... 600mg (2 comprimidos) Azitromicina 500mg............................ 500mg (1 comprimido) Cefalexina 500mg................................2g (4 comprimidos) Claritromicina 500mg............................500mg (1 comprimido) Observações extras: -Lavar os machucados com clorexidina, ótimo antisséptico -Passar clorexidina nos pés combate e evita frieiras -Dar uma escova nova para o paciente após a cirurgia e orientar para não guardar no banheiro até completa cicatrização. ___________________________________________________________________________ 29 SEDAÇÃO CONSCIENTE ou SEDAÇÃO MÍNIMA - COM BENZODIAZEPÍNICOS (medicamentos ansiolíticos) É a mínima depressão do nível de consciência do paciente que não afeta a habilidade de respirar de forma automática e independente. Mantendo-o consciente para cooperação com o dentista. O objetivo da sedação mínima é minimizar o estresse físico e psicológico do paciente, mantendo-o calmo e relaxado. Pois o estresse psicológico durante o atendimento vai liberar mais adrenalina no paciente, o que não seria interessante em dois grupos: - Hipertensos (pois a adrenalina aumenta a PA) - Diabéticos (pois a adrenalina aumenta a glicemia) Mesmo assim, a sedação mínima pode ser usada para qualquer tipo de procedimento, mesmo para realização de uma restauração Classe I, desde que a ansiedade e agitação do paciente atrapalhe o procedimento. Ou seja, indicada para qualquer paciente que o dentista não consiga fazer o procedimento de forma adequada por conta da agitação e ansiedade. Mas antes de fazer uso desses medicamentos, precisamos esgotar todas as alternativas não farmacológicas de controle e adequação do paciente. Mostrar segurança para o paciente, explicando de uma forma que não assuste o paciente o que vai ser feito e que aquilo é um procedimento comum para você. Indicações para a sedação farmacológica em odontologia: • Quando o quadro de ansiedade aguda não for controlável apenas por meio de métodos não farmacológicos. • Nas intervenções mais invasivas (drenagem de abscessos, exodontia de inclusos, cirurgias periodontais, perirradiculares ou implantodônticas, etc.), mesmo em pacientes normalmente cooperativos ou que aparentarem estar calmos e tranquilos. • No atendimento de pacientes portadores de doença cardiovascular, asma brônquica ou com história de episódios convulsivos, com a doença controlada, com o objetivo de minimizar as respostas ao estresse cirúrgico. Obs.: Nesses casos, sempre que possível, deve-se entrar em contato com o médico que trata do paciente, para troca de informações e avaliação conjunta dos riscos e benefícios da sedação mínima por via oral ou inalatória. • Logo após traumatismos dentários acidentais, situações que requerem pronto atendimento, muitas vezes em ambiente ambulatorial. • Pacientes com incapacidade de compreensão (Distúrbios Mentais) 30 Como identificar o paciente que apresenta ansiedade aguda? Pelos sinais físicos como: - Inquietação na cadeira odontológica - Dilatação das pupilas - Palidez - Transpiração, suor - Aumento da frequência respiratória - Palpitação - Sensação de tremores nas extremidades Também são fatores positivos da sedação como: relaxamento da musculatura estriada esquelética e redução do fluxo salivar. Mas também temos fatores negativos como diminuir o reflexo de tosse, o que seria bom, quando algo chega perto da garganta do paciente e pelo reflexo de tosse ele será expelido e não deglutido. Assim como a amnésia, por isso, sempre o CD deve estar acompanhado de uma pessoa na sala de cirurgia quando esses medicamentos forem usados. Fatores que geram ansiedade na clínica odontológica: • Experiências negativas do próprio paciente em consultas anteriores. • Intercorrências negativas relatadaspor parentes ou amigos. • Visão do operador paramentado (gorro, máscara, luvas, óculos de proteção, etc.). • Visão do instrumental (seringa tipo “carpule”, agulha, fórceps, cureta, etc.). • O ato da anestesia local. • Visão de sangue, que pode levar ao desmaio. • Vibrações e sons provocados pelos motores/turbinas de baixa ou alta rotação. • Comportamentos ríspidos ou movimentos bruscos por parte do profissional. • Sensação inesperada de dor, talvez o mais importante dos fatores estressores. Mecanismo de ação: A identificação de receptores específicos para os benzodiazepínicos nas estruturas do sistema nervoso central (SNC), principalmente no sistema límbico, possibilitou a compreensão do seu mecanismo de ação. Ao se ligarem a esses receptores, os benzodiazepínicos facilitam a ação do ácido gama – amino butírico (GABA), o neurotransmissor inibitório primário do SNC. A ativação específica dos receptores GABA induz à abertura dos canais de cloreto (Cl -) da membrana dos neurônios, amplificando o influxo deste ânion para dentro das células, o que resulta, em última análise, na diminuição da excitabilidade e na propagação de impulsos excitatórios. 31 Isso explica a segurança clínica do uso dos benzodiazepínicos, pois sua ação ansiolítica se dá pela potencialização dos efeitos inibitórios de um neurotransmissor (GABA), produzido pelo próprio organismo. Tomando como exemplo o Diazepam, suas doses tóxicas (250-400 mg) são muito maiores se comparadas às doses terapêuticas em adultos (5-10 mg). Além de controlar a ansiedade, tornando o paciente mais cooperativo ao tratamento dentário, os benzodiazepínicos apresentam outras vantagens, como a redução do fluxo salivar e do reflexo do vômito e o relaxamento da musculatura esquelética. Além disso, quando empregados como pré-medicação em pacientes hipertensos, ajudam a manter a pressão arterial em níveis seguros. E quando empregado em pacientes Diabéticos ajuda a manter os níveis de açúcar, caso esse paciente apresente ansiedade. Também são úteis para prevenir intercorrências em pacientes com história de asma brônquica ou distúrbios convulsivos. São medicamentos que são depressores do SNC, onde a maior preocupação desses efeitos é a frequência respiratória. Por conta disso deve-se ter no consultório um balão de oxigênio manual. (Ambu) Assim como um oxímetro de dedo. Observar cianose nas extremidades. Os níveis considerados normais para a saturação de oxigênio situam-se entre 90% e 100%. Valores abaixo de 80%podem causar danos cerebrais irreversíveis. Benzodiazepínicos: usos com precaução: • Pacientes tratados concomitantemente com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (anti-histamínicos, antitussígenos, barbitúricos, anticonvulsivantes, analgésicos de ação central etc.), pelo risco de sinergismo de potencialização do efeito depressor • Portadores de insuficiência respiratória de grau leve • Portadores de doença hepática ou renal • Portadores de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) • Na gravidez (2o trimestre) • Durante a lactação Nota: Sempre que possível, deve-se entrar em contato com o médico que trata do paciente, para troca de informações e avaliação conjunta dos riscos e benefícios do uso dos benzodiazepínicos Além dos cuidados que devem ser tomados com as quantidades dos sais anestésicos, que também podem potencializar a depressão do SNC Benzodiazepínicos: contraindicações do uso: • Portadores de insuficiência respiratória grave • Portadores de glaucoma de ângulo estreito 32 • Portadores de miastenia grave • Gestantes (primeiro trimestre e ao final da gestação) • Crianças com comprometimento físico ou mental severo • História de hipersensibilidade aos benzodiazepínicos • Apneia do sono • Etilistas: além de potencializar o efeito depressor dos benzodiazepínicos sobre o SNC, o álcool etílico pode induzir maior metabolização hepática desses compostos (Fazer o mais conservador) Midazolam - Duração do efeito de 1 á 3 horas com início de ação de 30 à 60 minutos. **Primeira opção Uso interno Midazolam 7,5mg______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. Uso interno Midazolam 15mg______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. Diazepam – duração do efeito de 20 á 50 horas com início de ação de 45 à 60 minutos Uso interno Diazepam 5mg______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. Uso interno Diazepam 10mg______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. **Lorazepam – Primeira opção para idosos. Duração do efeito de 12 á 20 horas com início de ação de 60 à 120 minutos. Uso interno Lorazepam 1mg (idoso)______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 2 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 33 Uso interno Lorazepam 1 à 2mg (adulto)______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 2 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. Quando a ANVISA liberar o Triazolam, esse será a melhor opção para idosos. Alprazolam - duração do efeito de 12 á 15 horas com de ação de 45 à 60 minutos Uso interno Alprazolam 0,5 à 0,75mg (para adultos)______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. Alprazolam 0,25 à 0,5mg (para idoso)______________________________1comprimido Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. ____________________________________________________________________________ Analgésicos opióides para quando a dor considerada leve não for suficiente para a Dipirona. Nesse caso a dor é classificada como moderada: Em um trauma Leve consideramos que o paciente não terá dor. Em um trauma moderado, consideramos que o paciente vá ter dor Leve. Em um trauma intenso, ainda consideramos que o paciente vá ter dor Leve. Mas em alguns casos de trauma intenso, a dor pode chegar a moderada, o que não surtiria mais efeito o tratamento com analgésicos para dor leve como a Dipirona e o Paracetamol, mesmo nas suas posologias mais altas com o dobro da dose de 4 em 4hs. A dor intensa é tratada somente em hospitais com Morfina. (Melhor opção para odontologia) Uso Interno Cloridrato de Tramadol (Tramal) 50mg_________________________12 cápsulas Tomar por via oral, 1 cápsula de 6 em 6hs, por no máximo 3 dias, se houver dor. Obs: Não se deve usar doses maiores que 400mg/dia (correspondente a 8 cápsulas de 50mg) 34 Uso Interno Codeína 30mg + Paracetamol 500mg (Tylex)______________12 comprimidos Tomar por via oral, 1 comprimido
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