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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA (prescrição de antibióticos, AINS, analgésicos, sedação consciente, profilaxia antibiótica), voltado para odontologia!!

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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA 
 
PROFESSOR RONALDO PÍSPICO - AULA 1 - REVISÃO - ANESTÉSICOS LOCAIS 
 
Os sais utilizados na anestesia geral são os mesmos usados na anestesia local. Quando 
falamos em anestesia local falamos de 90% de óbitos em consultórios odontológicos. No tubete 
anestésico temos: sal anestésico, água destilada, sulfitos, Vasoconstritotores e bacteriostáticos 
(Metil-Parabeno). 
 
*Sais anestésicos no Brasil são 5: 
Amidas: lidocaína, mepivacaína, prilocaína, bupivacaína (metabolizados no fígado) 
Ésteres: articaína (hidrolisada no plasma sanguíneo) 
 
*Vasoconstritores também são 5 no Brasil: 
Adrenérgicos: Adrenalina, Noradrenalina, Fenilefrina, Levonordefrina (Corbadrina) 
Não-adrenérgicos: Felipressina 
 
A Bupivacaína tem uma duração de 8 a 12 horas, dificilmente usado em consultório. Usa-se 
muito em implante com carga imediata. 
 
O que muda quando tem vasoconstritor associado ao anestésico? 
-Aumenta tempo da anestesia 
-Diminui sangramento quando em procedimentos cirúrgicos 
-Ajuda a metabolização graduada do anestésico, já que cai aos poucos na corrente sanguínea, 
diminuindo a toxicidade. 
-Eficácia: o vasoconstritor melhora o efeito da anestesia (aprofunda o efeito anestésico) 
 
A Adrenalina usada na anestesia é infinitamente menor do que a quantidade liberada por via 
endógena frente a dor de um procedimento, ou seja, usar sempre que possível o 
vasoconstritor. 
 
Cuidados: 
-Hipertenso grau I - posso usar até 2 tubetes de Adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes 1:200.000 
-Hipertenso grau II - posso usar de 2 a 3 tubetes de Felipressina (não-adrenérgico) 
-Cardiopatia - usar não-adrenérgico 
-Gestante - não usar Felipressina pois causa contração. Adrenalina também causa só que 
menos. Antigamente usava-se Lidocaína sem vaso (de 5 a 15 minutos de duração) então o 
dentista precisava aplicar vários tubetes pois o efeito é menor. A toxicidade causava mais risco 
do que usando adrenalina numa quantidade menor. Hoje usa-se Lidocaína 2% com Adrenalina 
1:100.000, até dois tubetes por sessão. 
-Insuficiência renal crônica - excreta menos sal anestésico, então quando o paciente é 
insuficiente usar o melhor vasoconstritor para que o anestésico caia bem devagar na corrente 
 
1 
 
 
 
sanguínea e assim dar tempo ao rim prejudicado para excretar. Ou seja, dá pra usar mesmo 
que haja contraindicação relativa. 
 
Sulfito 
Se pegar o sal anestésico e colocar junto com vasoconstritor adrenérgico esse sal oxida e 
perde o efeito em seis meses. Então o fabricante coloca o antioxidante à base de Sulfito. 
Adrenalina - bissulfito de sódio 
Noradrenalina - meta bisulfito de sódio 
Fenilefrina - acetona bisulfito de sódio 
 
Sulfito é extremamente alergênico, então se o paciente apresentar alergia ao Sulfito administrar 
Felipressina, pois é não-adrenérgico portanto não possui sulfito. Quando usamos ​Felipressina 
obrigatoriamente usa-se ​Prilocaína​, associação que não se separa. 
 
-Paciente asmático córtico-dependente: 8% de chance de ter alergia ao Sulfito. 
-Paciente asmático que não usa corticóides: 0,8% de chance de ter alergia ao Sulfito. 
- Riscos iguais, não arriscar. Descobrir na Anamnese (se não souber pedir exame). 
 
Quadro Alérgico 
 
Anafilaxia - tratamento para anafilaxia em quadro alérgico grave não é anti-alérgico é 
Adrenalina 1mg 
1:1000 subcutânea ou intramuscular. No choque anafilático a pressão fica zero por conta da 
dilatação dos vasos sanguíneos. Comprar Adrenalina 1:1000 no consultório. 
 
- Se a paciente estiver grávida e for asmática? 
Descobrir se o paciente realmente é alérgico ao Sulfito. A Felipressina tem contraindicação 
relativa. Mesmo tendo ação ocitócica (contração do útero), em algumas situação, conversar 
com o médico para saber se a gestação não é de risco e usar até 1 tubete por sessão da 
Felipressina. Melhor do que usar anestésico sem vaso. Se não der nenhum desses usar 
Mepivacaína sem vaso para gestante, 1 tubete por sessão, sabendo que tem risco C para 
gestante podendo causar má formação no fígado do bebê. Ver o que for menos prejudicial e se 
o tratamento é realmente necessário. Lidocaína risco B, Prilocaína risco B, Mepivacaína risco 
C, Bupivacaína risco​ ​C. Asmático pode usar Adrenalina pura sem estar no tubete 
Odontológico. 
 
BACTERIOSTÁTICOS 
 
Alguns fabricantes colocam medicamento bacteriostático dentro do tubete para não proliferar 
bactérias (não se guarda tubete anestésico). Esse bacteriostático é a base de Metilparabeno, 
que também é alergênico. Não comprar tubete com Metilparabeno. Alguns fabricantes pela 
insegurança de que a bactéria entra pelo êmbolo pela má vedação, colocam essa substância 
 
2 
 
 
 
para não proliferar bactéria (existe mais no tubete de plástico do que de vidro). Ler a bula para 
respaldo judicial. 
 
 
http://sec.sbq.org.br/cd29ra/resumos/T1756-1.pdf 
 
 
Tempo de Anestesia: 
 
Todo sal anestésico é vasodilatador, portanto o sangramento após a sua administração pura é 
maior. Cada sal tem um nível de dilatação diferente. A escolha do anestésico local ideal pelo 
cirurgião-dentista, deve variar de acordo com cada necessidade, em especial com relação ao 
 
3 
 
 
 
tempo de duração do seu efeito e o procedimento planejado e depende da resposta metabólica 
individual de cada paciente: 
 
Lidocaína - 1h30 anestesia 
Mepivacaína - 1h30 anestesia 
Prilocaína - 1h anestesia 
Articaína - 2h anestesia 
Bupivacaína 8h anestesia 
Usar em meio ácido mepivacaína que tem 33% de base livre de proteína plasmática. 
 
-Bupivacaína é o mais vasodilatador 
-Articaína médio 
-Lidocaína médio 
-Prilocaína médio 
-Mepivacaína menos vasodilatador 
 
Preferência por Mepivacaína se for usar sem vasoconstritor., pois tem um tempo de anestesia 
maior 
 
Lidocaína sem vaso - 5 a 15 (média 10) minutos de anestesia 
Lidocaína com Adrenalina 1:200.000 - 1h30 - bastante diluído (sangra um pouco mais) 
Lidocaína com Adrenalina 1:100.000 - 1h30 - muito diluído (sangra razoável) 
Lidocaína com Adrenalina 1:50.000 - 1h30 - mais concentrado (não sangra) 
Quando se usa vasoconstritor não importa o vaso não muda o tempo 
 
 
 INFILTRATIVA BLOQUEIO 
LIDOCAÍNA 2% (sem vaso) Curta (5 minutos) <10 min 
LIDOCAÍNA 2% + adrenalina 1:50.000 Intermediária(55-60 
minutos) 
80-90 minutos 
LIDOCAÍNA 2% + adrenalina 1:100.000 Intermediária (55-60 min) 80-90 minutos 
MEPIVACAÍNA 3% (sem vaso) Curta (20-30 minutos) 35-45 minutos 
MEPIVACAÍNA 2% + adrenalina 1:100.000 Intermediária(40-60 
minutos) 
60-90 minutos 
MEPIVACAÍNA 2% + levonordefrina 1:20.000 Intermediária(40-60 
minutos) 
60-90 minutos 
PRILOCAÍNA 3% + felipressina 0,03UI/ml Intermediária (40 minutos) 30 a 60 minutos 
 
4 
 
 
 
ARTICAÍNA 4% + adrenalina 1:200.000 Intermediária (60 minutos) ↑ 120 minutos 
BUPIVACAÍNA 0,5% + adrenalina 1:200.000 Longa ( ↑ 7 horas) ↑ 7 horas 
VASOCONSTRITORES 
 
A Adrenalina é o melhor vasoconstritor e existe em 3 concentrações: 
1:200.000 
1:100.000 
1:50.000 
 
Ninguém é alérgico à Adrenalina, pois produzimos via endógena. 
Reações frente à liberação de adrenalina endógena: 
-Batimentos (aumenta força de contração) 
-Sudorese 
-Broncodilatação (aumenta oxigenação pois o músculo estriado esquelético precisa de oxigênio 
para contrair) 
-Adrenalina faz glicogenólise no susto, liberando glicose para energia 
-Dilatação de pupila (midriaze) 
-Palidezpor conta de vasoconstrição periférica (Alfa). Nas artérias coronárias tem receptor 
Beta2 e faz vasodilatação. Então a adrenalina é vasoconstritor periférico e vasodilatador 
coronariano. Tira sangue da periferia e joga no coração. 
 
No sangue, uma pessoa em repouso tem 39 picogramas de Adrenalina, que transformando em 
miligramas fica 0,00000000000039mg. 
 
Adrenalina 
 
1:50.000 - paciente com 70 kg ou mais pode tomar até 5,5 tubetes - não usar 
1:100.000 - paciente com 70 kg ou mais pode tomar até 11 tubetes - padrão 
1:200.000 - paciente com 70 kg ou mais pode tomar até 22 tubetes 
 
Esses valores são relativos, pois deve-se levar em consideração que o vasoconstritor estará 
misturado ao sal anestésico dentro do tubete e estes sais anestésicos possuem uma dose 
máxima padronizada: 
 
Dose máxima de sal anestésico para pacientes adultos: 
Lidocaína: - 8,3 tubetes 
Mepivacaína - 8,3 tubetes 
Prilocaína - 7,4 tubetes 
Articaína - 6,9 tubetes 
Bupivacaína - 11 tubetes 
 
5 
 
 
 
 
Embora a literatura permita que usemos 11 tubetes de Adrenalina isso não poderá ser feito 
pois sempre estará associada com o sal anestésico. O único que poderia ser administrado 11 
tubetes seria a Bupivacaína com Adrenalina, mas não existe Bupi com Adrenalina 1:100.000, 
só 1:200.000 e jamais poderíamos administrar 22 tubetes, então usar metade. Sempre 
devemos aplicar 1ml/minuto. Se aplicar Adrenalina direto no vaso temos aumento 70 
batimentos e mercúrio a mais no sangue, podendo causar arritmias. 
 
Noradrenalina 
Tem ¼ da potência da Adrenalina, porém risco maior pois age 90% em receptores Alfa (vasos 
periféricos) e 10% em receptores Beta2 (artérias coronárias). O tempo de vasoconstrição na 
periferia será maior. O risco é porque só age 10% no coração para causar vasodilatação então 
a chance de isquemia e infarto aumentam. Contraindicado para locais pouco vascularizado, 
como por exemplo o palato. Não usar. 
 
Fenilefrina 
Tem 5% da potência da Adrenalina, porém age 95% age em receptores Alfa e só existe em 
concentração 1:2500, ou seja, mesma potência da Adrenalina 1:50.000 e não faz 
vasodilatação coronariana. Não usar. 
 
Levonordefrina ou Corbadrina 
Tem 15% da potência da Adrenalina. Só existe em concentração 1:20.000 - equivale 
Adrenalina 1:100.000 e age 75% em Alfa e 25% em Beta. Bom vasoconstrição, só existe 
associado com Mepivacaína. É a segunda opção se não puder usar Adrenalina. 
 
Felipressina 
0,03UI (Unidades Internacionais) - é um vasoconstritor derivado do hormônio feminino 
Vasopressina, que age na musculatura lisa, mais presente em veias. Faz melhor 
vasoconstrição em veia do que artéria. Para obter hemostasia não é a melhor escolha. 
Promove contração do útero. Por ter ação ocitócica tem contra indicação relativa para 
gestantes. Em últimos casos usar um tubete para grávida. Só existe associação de Felipressina 
com Prilocaína. 
 
Cálculos 
DMR - Dose máxima recomendada, determina quantos mg por peso do paciente poderá usar: 
Ex: Lidocaína 2% - DMR 4,4mg/kg 
 
Dose Absoluta - 300 
 
A partir de 70kg usar Dose Absoluta e esquecer a conta. 
 
Ex: 
 
6 
 
 
 
Paciente de 50kg 
4,4 x 50 = 220mg 
220/20 (2x10) = 11ml 
11/1.8= 6,1 tubetes 
 
 
O que é prejudicado se essa quantidade exceder? 
Sistema nervoso autônomo - respiratório e depois parada cardíaca, pois é tóxico e causa 
depressão do Sistema Nervoso. Anestésicos agem primeiro nas fibras inibitórias (causando 
sonolência, perda de consciência) mas o primeiro sintoma é agitação pois as fibras excitatórias 
potencializam. A Bupivacaína primeiro para o batimento cardíaco e depois causa parada 
respiratória. 
 
Características que devem ter os anestésicos locais: 
-Não ser irritante aos tecidos 
-Bloqueio de condução reversível 
-Baixa toxicidade sistêmica 
-Duração suficiente 
-Latência curta 
-Segurança clínica 
 
 
Dose máxima recomendada (DMR padrão) 
-Lidocaína 4,4 mg/kg 
-Prilocaína 6,0 mg/kg 
-Mepivacaína 4,4 mg/kg 
-Articaína 7,0 mg/kg 
-Bupivacaína 1,3mg/Kg 
 
Concentração do sal anestésico 
-Lidocaína 2% 
-Lidocaína sem vaso 3% (uso restrito) 
-Mepivacaína 2% 
-Mepivacaína sem vaso 3% 
-Prilocaína 3% 
-Articaína 4% 
-Bupivacaína 0,5% 
Peso do paciente 
Há de se respeitar a Dose Absoluta de cada sal anestésico, onde, independente do peso do 
paciente, a mesma não pode ser ultrapassada: 
-Lidocaína: não exceder 300 mg 
-Mepivacaína: não exceder 300 mg 
-Prilocaína: não exceder 400 mg 
-Articaína: não exceder 500 mg 
 
7 
 
 
 
-Bupivacaína: não exceder 90 mg 
 
Segue abaixo uma fórmula para o cálculo do número máximo de tubetes: 
 (DMR X PESO) : (% X 10) ​= 
 1,8 (ml do tubete) 
 Terapêutica Medicamentosa 
Aula2 
Reações resultantes da associação dos vasoconstritores aos anestésicos locais: 
Vantagens 
 
1-​ ​Diminui a perfusão do local da aplicação 
2-​ ​Diminui o tempo de absorção do anestésico para o sistema cardiovascular (toxicidade) 
3-​ ​Aumenta o tempo e a eficácia de ação do anestésico 
4-​ ​Diminui o sangramento local em procedimentos cirúrgicos. 
(As desvantagens são as reações opostas) 
 
Aplicação sob técnica odontológica: 
- 1 tubete de lidocaína/adrenalina 1:100.000 
- A pressão arterial e a frequência cardíaca são minimamente alteradas. 
- Resulta no aumento moderado do débito cardíaco e volume sistólico. 
(isso tudo equivale à prática de exercícios físicos leves ou moderados) 
 
O que se espera com relação ao uso de um anestésico local sem vasoconstritor? 
R: Que o sangramento aumente. Todo sal anestésico na odontologia é um vasodilatador, o 
menor deles é a Mepivacaína. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE EM FUNÇÃO DO ESTADO FÍSICO: 
 
ASA I 
Paciente saudável que, de acordo com a história médica, não apresenta nenhuma 
anormalidade. Mostra pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar muito bem o 
estresse ao tratamento dentário, com risco mínimo de complicações. São excluídos pacientes 
muito jovens ou muito idosos. 
 
ASA II 
Paciente portador de doença sistêmica moderada ou de menor tolerância que o ASA I, por 
apresentar maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento odontológico. Pode exigir certas 
modificações no plano de tratamento, de acordo com cada caso particular (p. ex., troca de 
informações com o médico, menor duração das sessões de atendimento, cuidados no 
posicionamento na cadeira odontológica, protocolo de sedação mínima, menores volumes de 
soluções anestésicas, etc.). Apesar da necessidade de certas precauções, o paciente ASA II 
também apresenta risco mínimo de complicações durante o atendimento. 
São condições para ser incluído nesta categoria: 
 
8 
 
 
 
• Paciente extremamente ansioso, com história de episódios de mal-estar ou desmaio na clínica 
odontológica. 
• Paciente com > 65 anos. 
• Obesidade moderada. 
• Primeiros dois trimestres da gestação. 
• Hipertensão arterial controlada com medicação. 
• Diabético tipo II, controlado com dieta e/ou medicamentos. 
• Portador de distúrbios convulsivos, controlados com medicação. 
• Asmático, que ocasionalmente usa broncodilatador em aerossol. 
• Tabagista, sem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
• Angina estável, assintomática, exceto em extremas condições de estresse. 
• Paciente com história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, sem apresentar 
sintomas. 
 
Exemplode mudança de protocolo para anestesiar paciente ASAII 
No hipertenso usar Ansiolíticos, fazer uma sedação consciente. 
No Diabético, atender no primeiro horário, por conta de menor glicemia no sangue e menor 
stress passado durante o dia. 
 
ASA III 
Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades. Geralmente exige 
algumas modificações no plano de tratamento, sendo imprescindível a troca de informações 
com o médico. O tratamento odontológico eletivo não está contraindicado, embora este 
paciente represente um maior risco durante o atendimento. 
 
São exemplos de ASA III: 
• Obesidade mórbida. 
• Último trimestre da gestação. 
• Diabético tipo I (que faz uso de insulina), com a doença controlada. 
• Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mmHg. 
• História de episódios frequentes de angina do peito, apresentando sintomas após exercícios 
leves. 
• Insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço dos tornozelos. 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou bronquite crônica). 
• Episódios frequentes de convulsão ou crise asmática. 
• Paciente sob quimioterapia. 
• Hemofilia. 
• História de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, mas ainda com sintomas (p. 
ex., dor no peito ou falta de ar). 
 
ASA IV 
Paciente acometido de doença sistêmica severa, que está sob constante risco de morte, ou 
seja, apresenta problemas médicos de grande importância para o planejamento do tratamento 
odontológico. Quando possível, os procedimentos dentais eletivos devem ser postergados até 
que a condição médica do paciente permita enquadrá-lo na categoria ASA III. As urgências 
odontológicas, como dor e infecção, devem ser tratadas da maneira mais conservadora que a 
situação permita. Quando houver indicação inequívoca de pulpectomia ou exodontia, a 
 
9 
 
 
 
intervenção deve ser efetuada em ambiente hospitalar, que dispõe de unidade de emergência e 
supervisão médica adequada. 
São classificados nesta categoria: 
• Pacientes com dor no peito ou falta de ar, enquanto sentados, sem atividade. 
• Incapazes de andar ou subir escadas. 
• Pacientes que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar. 
• Pacientes com angina que estão piorando, mesmo com a medicação. 
• História de infarto do miocárdio ou de acidente vascular encefálico, no período dos últimos 6 
meses, com pressão arterial > 200/100 mmHg. 
• Pacientes que necessitam da administração suplementar de oxigênio, de forma contínua. 
 
ASA V 
Paciente em fase terminal, quase sempre hospitalizado, cuja expectativa de vida não é maior 
do que 24 h, com ou sem cirurgia planejada. Nesta classe de pacientes, os procedimentos 
odontológicos eletivos estão contraindicados; as urgências odontológicas podem receber 
tratamento paliativo, para alívio da dor. 
Pertencem à categoria ASA V: 
• Pacientes com doença renal, hepática ou infecciosa em estágio final. 
• Pacientes com câncer terminal. 
 
ASA VI 
Paciente com morte cerebral declarada, cujos órgãos serão removidos com propósito de 
doação. Não há indicação para tratamento odontológico de qualquer espécie. 
 
 Como ter sucesso na anestesia local: 
 
-Sabendo as condições sistêmicas do paciente e o tempo do procedimento. 
-Decidir qual sal anestésico será utilizado. Sem vasoconstritor ou com vasoconstritor. 
-Se for com vasoconstritor, se vai ser adrenérgico ou não-adrenérgico Prilocaina 
/Felipressina(octapressin). E sendo adrenérgico, qual a concentração. 
 
Obs: Como primeira opção usamos a Adrenalina, como segunda opção a Levonordefrina 
(Corbadrina). De preferência não utilizar, mas como terceira opção a Fenilefrina e como quarta 
opção a Noradrenalina. 
 
 Anestésico Local: 
- Normal até 12/8 
- Hipertensos Grau1 (PA de 130 x 10 até 159 x 99 mmHg): 
(utilizar até 2 tubetes de anestésico com adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes 1:200.000) 
Se com sensibilidade ao sulfito (Prilocaina/Felipressina no máximo 2 à 3 tubetes ou anestésico 
sem vasoconstritor (Mepivacaina). 
- Hipertensos Grau 2 ou 3 (PA acima de 160/100 mmHg) 
(está contraindicado o uso de vasoconstritores adrenérgicos e encaminhar o paciente para 
tratamento médico) 
Em caso de Tratamento de Urgência utilizar somente vasoconstritor não adrenérgico 
(Prilocaina/Felipressina no máximo 2 à 3 tubetes ou anestésico sem vasoconstritor 
(Mepivacaina). 
 
10 
 
 
 
 
Contraindicação dos Vasoconstritores Adrenérgicos: 
Contraindicações do uso da Adrenalina/epinefrina: 
Como já dito, a adrenalina é o vasoconstritor mais eficaz e seguro para uso odontológico. 
Todavia, como qualquer outro fármaco, também possui limitações e contraindicações. 
Recomenda-se que as soluções anestésicas locais com adrenalina (ou qualquer outro 
vasoconstritor adrenérgico) não sejam empregadas em pacientes nas seguintes condições: 
• Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg). 
• História de infarto agudo do miocárdio, sem liberação para atendimento odontológico por 
parte do cardiologista. 
• Período < 6 meses após acidente vascular encefálico. 
• História de alergia a sulfitos (maior prevalência em asmáticos). 
• Hipertireoidismo não controlado. 
•Usuários de cocaína e derivados (24 horas) drogas ilícitas (cocaína, crack, óxi, 
metanfetaminas, ecstasy). 
•Cirurgia recente de ponte de artéria coronária ou colocação de stents. 
•Angina do peito instável (história de dor no peito ao mínimo esforço). 
•Algumas arritmias cardíacas, mesmo com tratamento adequado (p. ex., síndrome de 
Wolff-Parkinson-White). 
•Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlada (descompensada). 
•Pacientes que fazem uso contínuo de derivados das anfetaminas (femproporex, anfepramona, 
etc.), empregados nas “fórmulas naturais” de regimes de emagrecimento, atualmente proscritos 
pela ANVISA, mas adquiridos por pacientes como produtos de importação ilegal. 
•Feocromocitoma. 
•Interações medicamentosas: Inibidores da MAO, Antidepressivos Tricíclicos, B-Bloqueadores 
não seletivos. 
 
Cloridrato de Mepivacaina: 
-Classificação: Amida 
-Metabolização Hepática 
-Excreção: Renal (1 a 16% inalterada) 
-Propriedade Vasodilatadora: Leve (***​Entre os anestésicos odontológicos sem vasoconstritor é 
a de menor vaso dilatação​) 
-Potência anestésica: similar a Lidocaína 
-Latência: Rápida (1,5 a 2min) 
-***O anestésico que possui maior quantidade de base livre (30%mais, melhor para áreas 
inflamadas. 
-Concentração odontológica eficaz: 2% com Vasoconstritor e 3% sem vasoconstritor 
-Meia vida 2Hs 
-Dose máxima recomendada na literatura: 4,4 mg/Kg 
-Não exceder ______mg 
-Gravidez: Risco C (Pode causar má formação do fígado no feto) 
-Segurança durante amamentação: Seguro 
-Reação alérgica: rara 
-Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência 
e parada respiratória) 
 
 
11 
 
 
 
Cloridrato de Bupivacaína: 
- Classificação: Amida 
-Metabolização Hepática (4 x menos tóxica que a Lidocaína) 
-Excreção: Renal (16% inalterada) 
-Propriedade Vasodilatadora: Maior que todas as outras. 
-Potência anestésica: Alta, 4 x da Lidocaína 
-Latência: Demorada (6 a 10min) 
-Concentração odontológica eficaz: 0.5% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor 
-Meia vida:----------------- 
-Dose máxima recomendada na literatura: 1,3 mg/Kg 
-Não exceder ______mg 
-Gravidez: Risco C (o risco não pode ser afastado) 
-Segurança durante amamentação: Seguro 
-Reação alérgica: rara 
-Superdosagem:Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência 
e parada respiratória) 
 
 ​Cloridrato de Lidocaína: 
-Classificação: Amida 
-Metabolização Hepática 
-Excreção: Renal (10% inalterada) 
-Propriedade Vasodilatadora: Maior que a Prilocaina e Mepivacaina. 
-Potência anestésica: Baixa 10mim 
-Latência: Rápida (2 a 4min) 
-Concentração odontológica eficaz: 2% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor 
-Meia vida:----------------- 
-Dose máxima recomendada na literatura: 4,4 mg/Kg 
-Não exceder ______mg 
-Gravidez: Risco B (não há evidência de risco em humano Não descartar o risco, deve usar a 
menor dose eficaz pelo menor tempo possível) 
-Segurança durante amamentação: Seguro 
-Reação alérgica: rara 
-Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência 
e parada respiratória) 
 
Cloridrato de Articaína: 
- Classificação: Ester (contém grupamento Amida) 
-Metabolização: principalmente no Plasma e Hepática 
-Excreção: Renal (5 a 10% inalterada) 
-Propriedade Vasodilatadora: Maior que a Prilocaina e Mepivacaina. 
-Potência anestésica: 1,5 x mais que Lidocaína 
- Excelente difusão pelos tecidos, podendo pegar uma aréa um pouco maior que o normal. 
-Latência: Rápida (3min) 
-Concentração odontológica eficaz: 4% com Vasoconstritor e sem vasoconstritor 
-Meia vida:----------------- 
-Dose máxima recomendada na literatura: 7,0 mg/Kg 
-Não exceder ______mg 
 
12 
 
 
 
-Gravidez: Risco Desconhecido 
-Segurança durante amamentação: Desconhecido 
-Reação alérgica: Mais risco a alergia (pacientes que já possuem mais de uma alergia pode 
haver um risco maior, o que não quer dizer que vá ter) 
-Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência 
e parada respiratória) 
-Contra indicado para pacientes que apresentam alergia a medicamentos que contenham 
Enxofre(Sulfas) Ex Bactrim. 
-Pode ocorrer Metemoglobinemia se acidentalmente for aplicada Intra Venosa. 
-Deve ser evitado em crianças até 4 anos. 
-Parestesia do Nervo Lingual. (Controverso, Malamed diz que independente do anestésico local 
a parestesia ocorre quando o nervo é lesado.) 
 
Cloridrato de Prilocaína (somente associada à Felipressina) : 
- Classificação: Amida 
-Metabolização Hepática e Pulmonar (40% menos toxica que Lidocaína) 
-Excreção: Renal 
-Propriedade Vasodilatadora: Em segundo lugar depois da Mepivacaína 
-Potência anestésica: Baixa, similar a Lidocaína 
-Latência: Rápida (2 a 4min) 
-Concentração odontológica eficaz: 4%, mas no Brasil essa concentração é de 3% com 
Vasoconstritor e sem vasoconstritor 
-Meia vida:----------------- 
-Dose máxima recomendada na literatura: 6,0 mg/Kg 
-Não exceder ______mg 
-Gravidez: Risco B (não há evidência de risco em humano) 
-Segurança durante amamentação: Desconhecida 
-Reação alérgica: rara 
-Superdosagem: Estimulação seguida de depressão do CNC (sonolência, perda da consciência 
e parada respiratória) 
-Pode ocorrer Metemoglobinemia em pacientes que já apresentem Anemias, Insuficiência 
cardíaca ou respiratória evidenciada por hipóxia e pacientes em uso de 
Acetaminofeno(paracetamol) e ou Fenacetina. 
​- Por conta da Felipressina à Dose máxima recomendada em Paciente com doença 
cardiovascular clinicamente significativa (ASA III ou IV) Utilizar no máximo de 2 a 3 tubetes com 
Felipressina 0,03 Unidades Internacionais 
-Por conta da Felipressina o uso em Gestantes é contra-indicado por conta da exitação da 
ocitocina que causa contrações uterinas. 
 ​Qual apresenta menos sangramento, Mepivacaína sem vaso ou Prilocaína/Felipressina? 
R: 
 
13 
 
 
 
 
 
Obs: Classificação de medicamentos com Risco para gravidas: 
Risco A – Os medicamentos foram testados em animais e seres humanos sem causar 
nenhuma alteração. 
Risco B – Os medicamentos foram testados em animais sem causar alteração, mas não foram 
comprovados em seres humanos. (O risco não pode ser descartado) 
Risco C – Os medicamentos foram testados em animais e causaram alteração, mas não foram 
comprovados em seres humanos. 
Risco D – Foram comprovados alterações em seres humanos. 
Risco X – Proibido Uso 
 
Obs: Posso misturar Sais Anestésicos diferentes sem problema. Em uma situação extrema que 
precisaria usar um bom vasoconstritor, mas não posso usar adrenalina... Manipular a 
Prilocaína/Felipressina + Mepivacaína 3% sem vaso constritor, mas para não pode contaminar. 
 
 
 
Diabético: 
A quantidade de adrenalina no sangue endógena é de 39 picogramas. 
Adrenalina 1:100.000 aumenta 39 picogramas de adrenalina no sangue a cada tubete. 
Para alterar a glicemia do paciente a concentração no sangue precisa passar de 150 
picogramas, ou seja, 39 normal no sangue, mais dois tubete = 120, no terceiro tubete entramos 
em 160 picogramas de adrenalina no sangue. 
 
14 
 
 
 
Então em um paciente diabético podemos aplicar 2 tubetes de adrenalina 1:100.000 ou 4 
tubetes de adrenalina 1:200.000 não apresentando alteração na glicemia do paciente. 
O problema é que o paciente estressado por natureza, ou por conta do procedimento 
odontológico, já não está no nível normal de 39 picogramas de adrenalina na corrente 
sanguínea, estará com mais, portanto, a aplicação de 2 tubetes já passariam da concentração 
de 150 picogramas e alteraria a concentração de glicemia no sangue. Nesses casos podemos 
fazer a sedação mínima, mantendo o paciente em 39 picogramas. 
No caso de não ser cirúrgico tendo sanguamento, em uma carie por exemolo que nem for tão 
profunda, onde o nível de dor não será alto, melhor opção Prilocaina/Felipressina. 
 
Hipertireoidismo: 
- Paciente compensado pode ser usado até dois tubetes de adrenalina 1:100.000 ou 4 tubetes 
de adrenalina 1:200.000 
- Pacientes não compensado o uso é proibido. 
 
Angina: 
Sintomas- Queimação, azia, dor no peito, dor no braço principalmente esquerdo. 
 
Arritmia Cardíaca: 
Batimentos normais é entre 60/80. 
Com batimentos em 160 melhor usar Prilocaina/Felipressina 
Em quanto chega os batimentos cardíacos em uma arritmia? 
R: 400 até 600. 
 
Gestantes: 
- No primeiro e segundo trimestre Corticoide Risco D e passa para risco B no Terceiro 
trimestre. 
- No terceiro trimestre é AINE sendo risco C (podendo fechar prematuramente o ducto arterioso 
e causando hipertensão pré-pulmonar e também inibe a ocitocina, atrasando o parto), mas 
sendo risco B no primeiro e segundo trimestre. Podemos usar um AINE para dor nesse período 
prescrito apenas por dois dias. 
- Tetraciclina Risco X 
- Clindamissina Risco X 
- Protocolo de anestesia para gestante: Lidocaína 2% com Adrenalina 1:100.000 Até 2 tubetes 
por cessão ou 4 tubetes de Adrenalina 1:200.000 
 
Insuficiência Renal: 
Diminuir 25% da dose anestésica 
 
 
Para consulta de bulas de medicamentos: 
http://portal.anvisa.gov.br/bulario-eletronico1 
 
 
Ansiolíticos: Como fazer uma sedação consciente? 
Onde estão os Protocolos? 
 
 
15 
 
 
 
Em caso de crise hipertensiva utilizar um diurético injetável. 
Em caso de pressão baixa usar soro para aumentar volume sanguíneo. 
 
Sintomas de aumento de adrenalina na corrente sanguínea se aplicado dentro de um vaso 
sanguíneo: 
- Tremor 
- Sudorese 
- Dor de cabeça 
- Palidez 
- Taquicardia 
 
Contra indicações Relativas e absolutas: 
Algumas deles podem depender da gravidade do quadro clínico do paciente. 
 
Bloqueio Troncular e Bloqueio Regional, o bloqueio de tuber é consideradoregional e o de 
mandíbula é considerado Troncular? 
 
 
_________________________________________________ 
 
 
Terminação nervosa (Nociceptores) 
Neurotransmissores: Adrenalina, Noradrenalina, Serotonina, Dopamina 
A infusão de cálcio faz com que o neurotransmissor seja liberado na fenda sináptica. 
A chegada do estímulo até o cérebro é pela via aferente (sensorial-retorna o estimulo)​?? 
Via eferente(motora-leva o estimula)​?? 
 
Estímulos para dor: pressão, temperatura e química. 
Químico faz parte do processo inflamatório com mediadores químicos. 
Quando uma célula sofre uma lesão, seu citoplasma libera substâncias que causam ativação 
da fosfolipase A2 que é o gatilho para a inflamação. 
Com a Fosfolipase A2 ativada ela vai estimular que o ácido Aracdônico vá para o meio 
intracelular das células, formando as enzimas Lipoxigenase LOX e Cicloxigenase COX (COX I 
e COX II) 
O aumento de Prostaglandina no meio extracelular começa a desencadear o processo 
inflamatório, com o primeiro sinal de vasodilatação e aumentando a permeabilidade do vaso 
sanguíneo. 
As primeiras células a extravasam são os neutrófilos, que fagocitam de 8 a 12 bactérias e 
morrem por apoptose, formando a supuração. 
Com a morte dos neutrófilos, sua mediadores químicos recrutam os macrofagos que produzem 
citocinas e vão manter os níveis de citocinas no local da inflamação. 
Se a agressão não ficar crônica e caminhar para a reparação tecidual, o macrofago vai terminar 
de fagocitar alguma bacteria que tenha sobrado, restos de tecido necrosado, células mortas e 
suas citocinas vão promover a chegada de células mesenquimais indiferenciadas para se 
diferenciar em fibroblastos por exemplo que vão produzir colágeno promover e desenvolver o 
reparo tecidual. 
 
 
16 
 
 
 
Tempo de sangramento de uma pessoa saudável tem O TC (tempo de coagulação) é de 3 a 
5min. Uma pessoa saudável quando sofre um corte, para de sangrar por conta dos 
tromboxanos liberados pelas plaquetas que vão formar botões plaquetários. 
 
Obs: A linfadenopatia é a inflamação dos nódulos linfáticos por conta de uma inflamação 
crônica. 
 
Em um exemplo prático, clínico, se a agressão ao tecido for leve, a quantidade de Prostaglandina pode 
não ser suficiente para causar dor, pois a inflamação vai ser muito pequena, deixando o local apenas 
mais sensível, mas lembrando que um analgésico, vai diminuir a dor, mas não ao ponto de não ter nem 
sensibilidade. 
Essa inflamação Leve ou até Moderada é importante para a reparação tecidual. 
Mas a inflamação Severa destrói muitas células, e o acúmulo dessas membranas glicoproteicas são 
enzimas que desnaturam proteínas, que no caso pode ser o colágeno e isso interfere negativamente no 
processo de reparação tecidual. 
 
Em um procedimento cirúrgico mais invasivo, a produção de Prostaglandina será maior, podendo causar 
uma inflamação moderada ou severa. 
Por isso usamos anti inflamatórios, para Modular o Processo Inflamatório, para não inibi-la totalmente e 
também não ser excessiva. 
 
Se tenho uma inflamação Moderada, usamos AINE, para transformar a inflamação em Leve. 
Se tenho uma inflamação Severa, Usamos AIE que é mais potente, para transformar a inflamação em 
Leve. 
Então não usamos em um trauma Leve, para a inflamação não desaparecer. 
 
36 Horas depois o paciente atinge o auge da inflamação, que deve ir regredindo até 72 Horas depois. 
 
Enquanto o pico da Dor será entre 6 a 8 Horas após a cirurgia. 
A duração da dor é diferente do tempo do processo inflamatório, pois a dor ocorre com o extravasamento 
da ATP e Potássio das células lesadas que entram em contato com os nociceptores causando a 
despolarização, e não somente a sensibilizando. 
E também principalmente pela própria manipulação dos nociceptores. 
 
Obs: A dor da manipulação dos nociceptores é menor que a dor do processo inflamatório Onde temos 
somente a sensibilização dos nociceptores.. 
 
Com Isso teremos dois picos de dor, o da Dor de 6 a 8 horas e da inflamação no pico das 36 horas com 
a sensibilização máxima dos nociceptores. 
 
Começar a prescrição com a via de administração: 
Uso interno: Via Oral (Via enteral, pela via gastrointestinal) comprimidos ingeridos e supositórios. 
Uso externo: Via intravenosa, subcutânea e outras (via Parenteral) 
SubLingual tem autores que consideram interno e tem autores que consideram externo. 
 
A Dipirona é um analgésico que inibe a infusão de cálcio dentro do neurônio, fazendo com que a 
liberação de neurotransmissores na fenda sináptica e condução do estimulo não aconteça. 
 
Analgésicos de ação periférica: 
Prescrição: (trauma leve) 
Uso interno 
Dipirona monohidratada 500mg...............................................12 comp. 
 
17 
 
 
 
Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. 
 
 
Prescrição: (Trauma moderado) 
Uso interno 
Dipirona monohidratada 500mg...............................................12 comp. 
Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, se houver dor. 
*** Escrever na prova: Obs: Assim que acabar o procedimento deve ser ministrado a primeira dose pelo 
dentista. (analgesia preventiva) 
 
Prescrição: (Trauma intenso) 
Uso interno 
Dipirona monohidratada 500ml...............................................12 comp. 
Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. 
***Prova Obs: Ministrar pelo dentista a dose dobrada assim que acabar o procedimento (analgesia 
preventiva) e + dobrar a dose do analgésico no primeiro dia até ir dormir (pode ser também de 6 em 6hs, 
de 5 em 5 ou de 4 em 4hs). 
VERIFICAR COM PROFESSOR 
 
Dipirona Contra indicação: imunudeprimidos (HIV somente se não tratado), pacientes com 
agranulocitose, grávidas e pacientes que fazem uso crônico de corticóides. 
Paracetamol – hepatopatas e não exceder 4g por dia. Pacientes que usam Varfarina. Mais seguro para 
gestantes e lactantes. 
 
***Por que não podemos prescrever o medicamento por mais de três dias? 
R: Pois após os 3 dias, se a dor persistir, o paciente deve retornar para uma reavaliação, pois se temos 
que o processo inflamatório deve regredir em 3 dias (72Hs), podemos ter o começo de uma infecção. 
 
____________________________________________________________________________ 
 
 
Controle de edema com AINE e AIE 
 
Efeito colateral na Farmacologia é o efeito indesejado esperado pelo fármaco. 
Efeito ou reação adversa é o efeito do fármaco não esperado. 
 
AINE vai agir inibindo a produção das COXs, mas ainda produz o Ácido Araquidônico. 
Temos fármacos AINE divididos em 3 grupos: 
- Não seletivos ou Convencional (Agem em COXI e COXII igualmente- Diclofenaco, Ibuprofeno, 
cetorolaco) 
- Convencional Parcialmente seletivos (Agem mais em COXII, mas também em COXI) 
- Seletivos ou Específicos (Agem em COXII – Eterocoxibe e Celecoxibe) 
(Contra indicações para os AINES seletivos: Pós infarto, Pós AVE, paciente Hipertenso, com obstrução 
de vasos, Histórico de trombose) 
 
AIE vai sintetizar no núcleo da célula uma enzima chamada Lipocortina que inibe a produção da 
Fosfolipase A2, não gerando Ácido Araquidônico. 
Com isso ele inibe a produção das COXs. 
Mas inibe também a produção da COXI? E por que ele não inibe a Prostaciclina causando trombose 
assim como o VIOX fazia? Também inibe a produção daLOX? 
 
 
18 
 
 
 
Efeitos colaterais dos AIEs: possui muitas alterações sistêmicas, Aumenta Glicemia, aumenta PA, 
imunossupressor, síndrome de cuschin, entre outros... 
Mas AIEs não causa alergia, os AINEs causam. 
 
 
Para uma inflamação Leve Não se usa anti-inflamatório, pois atrapalha a cicatrização. 
Para uma inflamação Moderada usamos um AINE para modular a inflamação de moderada para leve, 
40min antes do procedimento. 
Para uma inflamação Intensa usamos um AIE que é mais potente para modular a inflamação de intensa 
para leve, 60min antes do procedimento. 
 
 
Para pacientes com problemas gastrointestinais não deve ser usado medicamentos do grupo Não 
seletivo e nem do grupo parcialmente seletivo. 
Nesse caso optar pelos seletivos. 
 
 
Prescrição de AIE: 
Uso interno 
Dexametasona 4mg__________________________________2 comprimidos. 
Tomar por via oral dois (2) comprimidos uma hora (1h) antes da cirurgia, em dose única. 
 
Prescrição para AINE: 
Uso Interno 
Diclofenaco 50mg..........................................................9 comp. 
Tomar por via Oral 1 comp. de 8 em 8h durante no máximo por 3 dias. 
Obs: Tomar a primeira dose 40min antes do procedimento cirúrgico. 
 
Obs: Não usar AINE se você usou AIE. Mas se tiver tomado o AIE e no dia seguinte tiver edema é 
porque o AIE não foi suficiente, talvez por conta de ter errado a dose, nesse caso não tomar mais AIE, e 
sim entrar com o AINE. 
 
 
19 
 
 
 
Por isso é importante ligar para o paciente no dia seguinte: 
-Caso o AIE não tenho feito efeito esperado, entrar com AINE para conter o edema. 
-Caso no dia seguinte ele não sinta absolutamente nada, pode tomar só mais esse dia (em trauma 
intenso). 
-Caso no de ter tomado um AINE antes do procedimento que esperava-se no planejamento ser 
moderado e tiver sido leve, suspender as demais doses. 
-Pois se o paciente ligar somente após 36hs que é o pico do edema, não adianta entrar com 
medicamento, pois fisiologicamente o edema a partir desse momento começará a regredir. 
 
 
 
 
 
 
 
A) Em se tratando de um paciente gênero masculino, 25 anos, 60Kg que será submetido a 
extração do elemento 38 em retenção mesioangular (trauma moderado) e tempo cirúrgico de 
60min. 
Escolha a solução anestésica ideal e calcule o número máximo de tubetes. 
R: Mepivacaína 2% com adrenalina 1:100.000 
 
(DMR x Peso) : (% x 10) 
____________________= 
 1,8 (mls do tubete) 
 
(4,4 x 60) : (2% x 10) 
____________________= Obs:Não exceder a Dose absoluta 300mg 
 1,8 (mls do tubete) 
 
 (264) : (20) 
____________________= 
 1,8 (mls do tubete) 
 
 (13,2) 
____________________= 7,333333= 7Tubetes 
 1,8 (mls do tubete) 
 
 
 
B) É correto indicar um analgésico? 
R: Para o paciente não ter o desconforto com a dor, é correto prescrever um analgésico nessa 
situação de trauma moderado para modularmos a dor ao nível da dor Leve. 
 
Uso interno 
Dipirona monohidratada 500ml...............................................12 comp. 
Tomar por via oral 1 comp. de 6 em 6h durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. 
Obs: Assim que acabar o procedimento deve ser ministrado a primeira dose pelo dentista. (analgesia 
preventiva) 
 
C) É correto indicar um anti-inflamatório? 
 
20 
 
 
 
R: Para modulação da inflamação para intensidade de trauma Leve É correto indicar um 
anti-inflamatório com uma classe de AINE. 
 
Uso Interno 
Diclofenaco 50mg..........................................................9 comp. 
Tomar por via Oral 1 comp. de 8 em 8h durante no máximo por 3 dias. 
 Obs: Tomar a primeira dose 40min antes do procedimento cirúrgico. 
 
 
Livro : Yagiela 
 
_____________________________________________________ 
 
Terapia Antimicrobiana 
Antibióticos: 
 
Por quantos dias se prescreve antibióticos? 
R: 
Não precisa ser prescrito para qualquer tipo de infecção bacteriana. 
 
Resistencia bacteriana é o maior problema em fazer uso de antibióticos. 
 
 
As infecções bacterianas de origem endodôntica ou periodontal contam com a participação de 
microrganismos aeróbios, anaeróbios facultativos e anaeróbios estritos 
 
Na ausência de sinais de infecção, em pacientes imunocompetentes e que não apresentam risco 
de complicações infecciosas à distância, a profilaxia antibiótica não é recomendada na maioria 
dos casos. 
 
No que diz respeito ao tratamento das infecções bacterianas já estabelecidas, o cirurgião-dentista 
deve ter em mente que a principal conduta é a remoção da causa. A prática clínica mostra que o 
emprego de antibióticos, de forma exclusiva, é praticamente ineficaz quando não se intervém na 
fonte da infecção, seja por meio da remoção de cálculos grosseiros, da descontaminação do 
sistema de canais radiculares ou da drenagem dos abscessos. 
 
Portanto, os antibióticos devem ser considerados apenas como auxiliares na terapêutica das 
infecções, destruindo os microrganismos (ação bactericida) ou apenas impedindo sua 
reprodução (ação bacteriostática). Qualquer dessas ações irá somente limitar o processo, criando 
condições para que o hospedeiro possa eliminar os agentes causais de maneira mais rápida e 
eficaz, por meio dos mecanismos de defesa imunológica. 
 
ANTISSÉPTICOS O controle de infecções no consultório odontológico é feito por meio de 
barreiras, esterilização, desinfecção e antissepsia. A antissepsia é um procedimento simples e 
prático que pode reduzir o número de microrganismos presentes na cavidade bucal, na 
proporção de 75 a –99,9%, além de diminuir a contaminação pelo aerossol proveniente das 
turbinas de alta rotação. 
As bactérias podem ganhar o caminho da corrente sanguínea, provocando bacteremias 
transitórias, de menor ou maior significado clínico. 
 
Classificação: Os antibióticos podem ser classificados com base em diferentes critérios, sendo 
aqui abordados os de maior importância clínica: ação biológica, espectro de ação e mecanismo 
 
21 
 
 
 
de ação. 
Ação similar contra bactérias gram-positivas e gram-negativas: ampicilina, amoxicilina, 
cefalosporinas, tetraciclinas. 
 
De acordo com o mecanismo de ação, os antibióticos de uso odontológico podem ser divididos 
em três grupos: os que atuam na parede celular, na síntese de proteínas ou na síntese de ácidos 
nucleicos 
 
O antibiótico atuará não somente nas bactérias patogênicas sensíveis que se deseja combater, 
mas também contra as inócuas, geralmente comensais. Os antibióticos podem causar grandes 
desequilíbrios nos ecossistemas e microbiomas bacterianos, muitas vezes com transtornos 
inesperados e indesejáveis. Isso ocorre porque o equilíbrio é mantido basicamente pela 
competição entre as bactérias. A eliminação das bactérias sensíveis pode criar melhores 
condições para a proliferação das mais resistentes. 
 
Antibióticos concentração-dependentes e tempo-dependentes ??? 
Concentração Inibitória Mínima (CIM) 
 
Na bula de algumas formas farmacêuticas de amoxicilina, consta a orientação para o tratamento 
de abscessos dentários: “duas doses de 3g com um intervalo de 8 h entre as doses” 
 
Como contribuir para minimizar a resistência bacteriana: 
Antes de se fazer a profilaxia antibiótica em pacientes imunocompetentes, deve-se avaliar se o 
benefício dessa conduta (auxiliar o sistema imune do paciente a evitara infecção) é maior do que 
o risco potencial de se provocar reações adversas, além do custo do tratamento. Da mesma 
forma, quando se for tratar uma infecção bacteriana bucal, é preciso analisar criteriosamente se 
os procedimentos de descontaminação local, por si só, não seriam suficientes para resolver o 
problema, pois têm prioridade absoluta sobre a utilização de qualquer medicamento. Se for 
tomada a decisão de empregar o antibiótico, independentemente do agente escolhido, o princípio 
de uso é sempre o mesmo, ou seja, doses maciças pelo menor espaço de tempo possível. Para 
isso, é importante que o profissional mantenha contato direto com o paciente, para que possa 
monitorar o curso da infecção a cada 24 ou 48 h e ter sucesso na terapia. 
 
Ampicilina e amoxicilina – São discretamente menos ativas do que a penicilina V com relação aos 
cocos gram-positivos, mas, em compensação, seu espectro é estendido aos cocos e bacilos 
gram-negativos. 
As principais diferenças entre a ampicilina e a amoxicilina (derivada da própria ampicilina) são 
farmacocinéticas. 
A amoxicilina é mais bem absorvida por via oral e não sofre modificações no organismo. Cerca de 
90% da dose usual de amoxicilina são absorvidos, mesmo na presença de alimentos no trato 
digestório. Suas concentrações no soro e nos tecidos são quase duas vezes maiores do que as 
da ampicilina, o que permite seu emprego em intervalos de 8 h em vez de 6 h. 
Mas se for injetável intramuscular ou intravenosa a Ampicilina é melhor. 
 
QUANDO PRESCREVER OS ANTIBIÓTICOS? O emprego dos antibióticos na clínica odontológica 
está indicado em duas situações totalmente distintas: no tratamento ou na prevenção das 
infecções. Assim, a resposta a essa pergunta será desenvolvida em dois tópicos, que irão tratar 
do uso terapêutico ou profilático dos antibióticos. 
 
Tratamento das infecções: 
determinadas doenças periodontais ou infecções de origem endodôntica. Quando a 
descontaminação do local, por si só, não surte o efeito desejado, e há sinais e sintomas que 
 
22 
 
 
 
indicam a disseminação da infecção, o uso de antibióticos é recomendado, visando reduzir a 
população bacteriana e, dessa forma, auxiliar os sistemas de defesa do hospedeiro. 
Já foi demonstrado, em pacientes portadores de abscessos dentoalveolares agudos, que a 
terapia antibiótica com penicilina V 250 mg, a cada 6 h, por 5 dias, surte o mesmo efeito se 
comparada ao regime composto por apenas duas doses de 3 g de amoxicilina, administradas com 
intervalo de 8h. 
Nem sempre a terapia antibiótica ajuda. Em um estudo no qual foi avaliado o possível benefício 
do emprego da penicilina em pacientes com abscessos periapicais localizados, ficou 
demonstrado que, após a drenagem do abscesso, o tempo para a cura da infecção foi o mesmo 
em relação ao grupo tratado com placebo, ou mesmo aquele que não recebeu qualquer 
tratamento medicamentoso. O melhor critério para se decidir sobre o uso de antibióticos, como 
medida complementar à descontaminação local, diz respeito à presença ou não de sinais e 
sintomas de disseminação da infecção. Atualmente é aceito que a antibioticoterapia, em 
odontologia, é uma conduta importante apenas quando o paciente apresentar sinais como edema 
pronunciado (celulite), limitação da abertura bucal, linfadenite, febre, taquicardia, falta de apetite, 
disfagia (dificuldade de deglutir) ou mal-estar geral, indicativos de que as defesas imunológicas 
do hospedeiro não estão conseguindo, por si só, controlar a infecção. 
Na prática odontológica, isso significa dizer que, no tratamento de um processo infeccioso 
bacteriano localizado, delimitado, sem sinais locais de disseminação ou manifestações 
sistêmicas, o uso coadjuvante de antibióticos não é necessário. Isso é válido para as infecções 
bacterianas agudas de cunho endodôntico ou periodontal. 
 
Espectro de ação é a quantidade de bactérias diferentes que o antibiótico consegue atingir. 
Não quer dizer que o antibiótico seja mais forte ou fraco. 
 
**Critérios para prescrição: 
Febre 
Gânglios infartados inflamatórios (Linfoadenopatia) 
Prostração (apatia geral) 
Ou se a bactéria for muito agressiva e o abcesso está muito volumoso em um espaço curto de 
tempo, mostrando que não deu tempo do sistema imunológico reagir. 
Ex: Se a febre estiver fraca, com Linfoadenopatia e bem disposto, não precisa entrar com 
antibiótico. 
 
** Não deve mandar o paciente embora com foco de infecção. 
O tratamento de abcesso em odontologia é a descontaminação. 
A anestesia precisa instalar. 
Se não instalar, usar sedação consciente. 
Se não der certo, encaminhar para internação e bucomaxilo. 
 
Uso Interno 
AMOXICILINA 500mg_____________________21cápsulas 
Tomar por via oral 1 capsula a cada 8hs, durante sete dias. 
OBS: fazer dose de ataque (2 capsulas) retornar para avaliação depois de 24hs 
Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de 
retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) 
 
 
 
 
Uso Interno 
METRONIDAZOL 250mg_______________________21comprimidos 
 
23 
 
 
 
Tomar por via oral 1 comprimido a cada 8hs, durante 7dias. 
OBS: fazer dose de ataque (2 comprimidos) retornar para avaliação depois de 24hs 
Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de 
retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) 
 
Uso Interno 
CLINDAMICINA 300mg_______________________21capsulas 
Tomar por via oral 1 capsula a cada 8hs, durante 7dias. 
OBS: fazer dose de ataque (2 capsulas) retornar para avaliação depois de 24hs 
Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de 
retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) 
 
Uso Interno 
AMOXICILINA 500mg + ÁCIDO CLAVULÂNICO 125mg_____________________21cápsulas 
Tomar por via oral 1 capsula a cada 8hs, durante sete dias. 
OBS: Interromper a Amoxicilina prescrita anteriormente. 
Fazer dose de ataque (2 capsulas) 
Retornar para avaliação depois de 24hs. 
Interromper a antibioticoterapia assim que o sistema imunológico estiver em condições de 
retomar o controle da infecção. (ausência de sinais e sintomas) 
 
Não existe uma substância-padrão que sirva para todas as infecções em todos os pacientes. As 
penicilinas são primeira escolha para o tratamento das infecções bucais bacterianas. 
A fenoximetilpenicilina (penicilina V), a ampicilina ou a amoxicilina ainda são bastante eficazes 
contra cocos aeróbios gram-positivos e bacilos anaeróbios gram-negativos, isolados das 
infecções de origem endodôntica ou periodontal. 
 
** Após a prescrição da Amoxicilina, se no retorno após 24hs não houver melhora, pode ser um 
grupo de bactérias anaeróbicas gram-negativa não susceptíveis a amoxicilina. 
Associa-se o Metronidazol. Retornar em 24hs. 
Se não houver melhora do quadro pode ser o grupo das bactérias que produzem a 
Beta-Lactamase. 
Associa-se a Amoxicilina o Ácido Clavulânico e continua com o Metronidazol. 
Se ele voltar pior, precisa fazer encaminhamento para exame de antibiograma em hospital. 
 
Se nesses casos ele voltar melhor, continua retornos em 24hs para reavaliações e assim que 
sumirem os sinais e sintomas da infecção, interromper o antibiótico. 
 
**Pacientesalérgicos a Penicilina: 
Usar Clindamicina. 
Usar Clindamicina mesmo quando o paciente não for alérgico, quando o caso for grave. 
(quando o abcesso tiver ligação extra oral) 
Se não melhorar com Clindamicina, deve-se pedir direto o antibiograma, pois ele já faz o papel do 
Metronidazol e do Ácido Clavulânico. 
 
_______________________________________________________ 
 
Paciente gênero feminino pesando 50Kg com 19 anos e apresentando um quadro clínico de hipertensão 
Grau I (130 sistólica/80 diastólica)​???(ele ditou 130/80, mas hipertenso grau I é 130/10) e sensibilidade 
ao sulfito. 
Será submetida a exodontia do elemento 28. Tempo de procedimento será de 40 min com trauma 
cirurgico moderado. 
 
24 
 
 
 
Responda: 
1- 
A) Qual a melhor solução anestésica e calcule o número máximo de tubetes. 
R: Prilocaína com Felipressina 1:100.000 por ter sensibilidade ao sulfito. 
 
50 x 6 = 300 
300/30 = 10 
10/1.8 = 5,55 
 
Embora com pequeno número de voluntários, foram avaliadas as alterações hemodinâmicas promovidas 
por várias doses de felipressina em pacientes com hipertensão essencial, concluindo que a dosagem 
clinicamente segura desse vasoconstritor para hipertensos é de 0,18 UI. Tal quantidade é equivalente ao 
contido em 6 mL de uma solução de prilocaína 3% com 0,03 UI/mL de felipressina (~ 3½ tubetes). 
Embora não tenha ocorrido nenhum episódio isquêmico nesse estudo, os autores recomendam cuidados 
adicionais para se prevenir a isquemia do miocárdio em pacientes com hipertensão arterial não 
controlada. 
 
hipertensão essencial 
Definições da Web 
A hipertensão arterial essencial ou hipertensão arterial idiopática ou hipertensão primária é a 
forma de hipertensão que não tem uma causa atribuível e identificável. É o tipo mais comum de 
hipertensão e afecta cerca de 95% dos hipertensos. 
 
 
B) É correto prescrever um analgesico? Se não, por que?. Se sim, prescreva. 
R: Uso Interno 
Dipirona MonoHidratada 500mg_____________________________12 Comprimidos 
Tomar por via Oral 1 comp. De 6 em 6Hs durante no máximo por 3 dias, Se houver dor. 
Obs: Fazer analgesia preventiva assim que acabar o procedimento. 
 
C) É correto prescrever um antiinflamatorio? Se não, por que?. Se sim, prescreva. 
R: Uso Interno 
Meloxicam (Melocox) 15mg______________________________3 Comprimidos 
Tomar por via Oral 1 comp. de 24 em 24hs (um por dia) durante no máximo por 3 dias. 
OBS: Tomar a primeira dose 40 min antes da cirurgia. 
 
D) É correto prescrever um antibiótico? Se não, por que?. Se sim, prescreva. ​??? 
 
2- Citar as contra indicações dos vasoconstritores adrenérgicos:. 
- História de Infarto Agudo do Miocárdio sem liberação do cardiologista. 
- Hipertensão não compensada acima de 16/10. 
- Hipertireoidismo não compensado. 
- Periodo menor que 6 meses após Acidente Vascular Encefálico 
- Paciente que faz uso de Anfetamina 
- Angina instável com dor ao mínimo esforço. 
- Algumas Arritmias Cardíacas. 
- Insuficiência Cardíaca Congestiva descompensada. 
- Interações Medicamentosas: 
a) Antidepressivos Inibidores da MonoAmina Oxidase. 
b) Antidepressivos Tricíclicos 
c) B-bloqueadores não seletivos 
- Feocromocitoma 
 
25 
 
 
 
- Usuário de cocaína e derivados nas últimas 24Hs. 
- Cirurgias recentes: Ponte de Artéria ​coronária / colocação de stents. 
- Sensibilidade a Sulfitos. 
__________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula dia 04/10/2017 
ANTISSEPSIA 
 
O novo conceito de antissepsia passa a ser mais importante que a própria profilaxia antibiótica. 
Uma vez que reduzindo o número de microrganismos na área operatória, os riscos de 
bacteremias diminuem expressivamente. 
 
O antibiótico não é a prevenção para infecção no local da cirurgia, e sim a Antissepsia. 
O que não dá infecção no local é o antisséptico e não o antibiótico. 
Ou seja, o uso de antibióticos quando necessário vai prevenir as infecções sistêmicas a 
distância, como coração, cérebro, pulmão etc... 
E o antisséptico que sempre deve ser feito vai prevenir as infecções locais, mas também vai 
prevenir as infecções sistêmicas diminuindo a entrada de microrganismos para a corrente 
sanguínea. 
 
A antissepsia é a descontaminação de regiões vivas do paciente, dentista e auxiliar. 
A antissepsia é feita na cavidade oral, da pele peri-oral e das mãos e dos braços de dentista e 
auxiliar. 
Solução aquosa Degermante é uma solução que possui surfactantes (detergentes) que retira 
as bactérias por suspenção, eliminando a camada de oleosidade da pele junto com as 
bactérias. 
Sendo eles o IodoPolvidona ou a clorexidina. 
Pode ser feita a antissepsia do rosto do paciente, a das mãos e braços. (mas no rosto do 
paciente, deixa a pele dele muito escorregadia, podendo atrapalhar em ações que precisamos 
tracionar o lábio do paciente por exemplo.) 
Solução aquosa pode ser feita antissepsia do rosto e região intra oral. 
 
 
26 
 
 
 
Limitaçõa do IodoPolvidona: 
- Ração alérgica, 0,4% tem alergia a iodo 
-Tempo de ação precisa esperar 10 minutos 
-Exelente antisséptico 
-Manchamento, mas enxergo por onde foi passado. 
IodoPolvidona a 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo 
 
Digluconato de Clorexidina: 
 
-Tomar cuidado com os olhos do paciente. 
- Antes da cirurgia o bochecho deve ser vigoroso durante 1min. 
(em procedimentos mais invasivos pode ser orientado para fazer os bochechos de 2 a 3 dias 
antes do procedimento) 
-Após a cirurgia o bochecho deve ser enxaguatório. 
-Escovar os dentes e a língua com clorexidina. 
 
Prescrição para manipulação: 
Digluconato de Clorexidina.............................2% 
Água destilada, quantidade suficiente para (q.s.p)................250ml 
 
Para intra oral bochechos diários - concentração de 0,12% para uso diário. 
Digluconato de Clorexidina.............................0,12% 
Água mentolada, quantidade suficiente para (q.s.p)................250ml 
 
Para Pré-cirúrgico uso intra oral uma única vez antes da cirurgia (ou qualquer procedimento 
invasivo, como raspagem periodontal) pode ser usado a concentração de 0,2%. 
Digluconato de Clorexidina.............................0,2% 
Água mentolada, quantidade suficiente para (q.s.p)................250ml 
 
Para uso extra oral usa-se a concentração de 2% 
 
Se o paciente fizer uso de sabonetes, cremes, maquiagens e creme dental antes da cirurgia, 
uma subistancia, Luril Sulfato de Sódio pode inibir a eficácia do Digluconato de Clorexidina. 
 
Sutura é feita para manter o coágulo e aproximar os bordos. 
De preferencia deve remover a sutura entre 3 a 4 dias, para não manter bactérias nas linhas de 
sutura e contando que após 48hs já se tem as redes de fibrilas formadas. 
Mas o paciente deve fazer os bochechos com clorexidina, até a epitelização do local. 
Diferente de uma cirurgia onde juntamos as bordas e a cicatrização será por primeira intenção, 
nesse caso o paciente só usará a clorexidina durante os 3 a 4 dias que ficar com a sutura. 
 
 PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 
 
27 
 
 
 
 
Deve-se fazer profilaxia antibiótica para procedimentos cirúrgicos odontológicos invasivos que 
envolvam a manipulação de tecido gengival ou região apical ou perfuração da mucosa oral. 
 
- Pacientes imunodebilitados, imunodeprimidos, imunocomprometidos e imunosuprimidos 
Pede-se hemograma, 
Granulócitos 
< 3.500/mm3 ou < 1.000/mm3 
Acima de 3.500 não precisa de antibiótico 
Abaixo de 1.000 é obrigatório o uso de antibióticosEntre esses valores o dentista pode decidir levando em consideração os riscos, se quer usar ou 
não. 
Exemplo: 
O Diabético (que for também imunodeprimido) e o HIV descompensado, já estão 
imunodeprimidos, com o uso de antibióticos, o risco de uma candidíase oportunista é maior que 
a infecção bacteriana e poderá leva-lo a óbito, então para esses casos entre os valores 
mencionados não faria a profilaxia. E no caso de uma infecção após, ai entra com antibióticos. 
Já no caso de pacientes que possuem uma prótese de fêmur por exemplo, que entram na 
indicação por possuir um nicho para bactérias, o granulócitos entre os valores mencionados 
pode ser feito, pois uma infecção em uma prótese cardíaca ou de fêmur por exemplo seria 
muito mais grave. 
Obs: O Diabético não é Imunodeprimido. 
 
- Para o paciente Diabético não compensado e não imunocomprometido: pede-se o exame de 
hemoglobina Glicada, que te dá um histórico de 6meses se o paciente desconpensou alguma 
vez ou não. 
Se ele for descompensado ou tem o risco de descompensar, deve-se fazer a profilaxia 
antibiótica. 
*Para esse paciente a profilaxia antibiótica será diferente dos demais casos, sendo prescrito 
uma dose de 1g de Amoxicilina. 
 
- Um exemplo de pacientes que tem insuficiência renal e faz hemodiálise, não são indicação 
para profilaxia antibiótica. 
Se for um insuficiente renal, que fez transplante de rins, e seus granulócitos estiverem acima 
de 3.500 não precisa fazer, mas se estiver entre 3.500 e 1.000, seria indicado fazer. 
 
 
- Pacientes que possuem nichos que favorecem a bactéria se instalar: 
 
 
· ​Portadores de próteses Articulares Totais nos dois primeiros anos de cirurgia, após 
esse tempo não precisa mais. 
 
28 
 
 
 
Porém, se após esses dois anos esse paciente apresentar antes da cirurgia algum fator 
agravante como: ( A profilaxia antibiótica deve ser feita ) 
Estar Imunodeprimido abaixo de 3.500 granulócitos, pois não pode correr o risco de causar 
infecção e esse paciente ter que voltar para uma cirurgia tão agressiva. 
Ter Diabétes tipo I insulino dependente, pois em caso de ocorrer uma infecção esse paciente 
possui um alto risco no processo cirúrgico para remoção da prótese infectada 
Ser hemofílico (não coagula), no mesmo sentido do diabético tipo I, não é por ele ter mais 
chance de ter infecção, mas se ela ocorrer, passa a ser um alto risco na mesa de cirurgia. 
Ter tido histórico de infecção na prótese colocada. 
·​ ​Valvas cardíacas protéticas (qualquer tipo) 
·​ ​Endocardite Infecciosa prévia 
·​ ​Receptores de transplante cardíaco com comprometimento valvar. 
·​ ​Doenças cardíacas congênitas somente nas seguintes categorias: 
- Doenças cardíacas congênitas cianóticas não reparadas incluindo as tratadas 
paliativamente. 
- Doenças cardíacas congênitas completamente reparadas com prótese ou dispositivo 
que tenha sido colocado cirurgicamente ou por cateter, durante os primeiros seis meses 
da intervenção. 
- Doenças cardíacas congênitas reparadas que apresente defeito residual no local ou 
adjacente ao local da prótese ou dispositivo (o qual iniba a epitelização) 
 
Profilaxia padrão: 
Uso interno 
Amoxicilina 500mg​__________________________________4 comprimidos. 
Tomar por via oral quatro (4) comprimidos uma hora (1h) antes da cirurgia, em dose única. 
 
Pacientes alérgicos a penicilina: 
Clíndamicina 300mg.......................... 600mg (2 comprimidos) 
Azitromicina 500mg............................ 500mg (1 comprimido) 
Cefalexina 500mg................................2g (4 comprimidos) 
Claritromicina 500mg............................500mg (1 comprimido) 
 
 
 
 
 
Observações extras: 
-Lavar os machucados com clorexidina, ótimo antisséptico 
-Passar clorexidina nos pés combate e evita frieiras 
-Dar uma escova nova para o paciente após a cirurgia e orientar para não guardar no banheiro 
até completa cicatrização. 
___________________________________________________________________________ 
 
 
29 
 
 
 
 
 
SEDAÇÃO CONSCIENTE ou SEDAÇÃO MÍNIMA - COM BENZODIAZEPÍNICOS 
(medicamentos ansiolíticos) 
 
É a mínima depressão do nível de consciência do paciente que não afeta a habilidade de 
respirar de forma automática e independente. 
Mantendo-o consciente para cooperação com o dentista. 
O objetivo da sedação mínima é minimizar o estresse físico e psicológico do paciente, 
mantendo-o calmo e relaxado. 
 
Pois o estresse psicológico durante o atendimento vai liberar mais adrenalina no paciente, o 
que não seria interessante em dois grupos: 
- Hipertensos (pois a adrenalina aumenta a PA) 
- Diabéticos (pois a adrenalina aumenta a glicemia) 
 
Mesmo assim, a sedação mínima pode ser usada para qualquer tipo de procedimento, mesmo 
para realização de uma restauração Classe I, desde que a ansiedade e agitação do paciente 
atrapalhe o procedimento. 
Ou seja, indicada para qualquer paciente que o dentista não consiga fazer o procedimento de 
forma adequada por conta da agitação e ansiedade. 
 
Mas antes de fazer uso desses medicamentos, precisamos esgotar todas as alternativas não 
farmacológicas de controle e adequação do paciente. 
Mostrar segurança para o paciente, explicando de uma forma que não assuste o paciente o 
que vai ser feito e que aquilo é um procedimento comum para você. 
 
Indicações para a sedação farmacológica em odontologia: 
• Quando o quadro de ansiedade aguda não for controlável apenas por meio de métodos não 
farmacológicos. 
• Nas intervenções mais invasivas (drenagem de abscessos, exodontia de inclusos, cirurgias 
periodontais, perirradiculares ou implantodônticas, etc.), mesmo em pacientes normalmente 
cooperativos ou que aparentarem estar calmos e tranquilos. 
• No atendimento de pacientes portadores de doença cardiovascular, asma brônquica ou com 
história de episódios convulsivos, com a doença controlada, com o objetivo de minimizar as 
respostas ao estresse cirúrgico. Obs.: Nesses casos, sempre que possível, deve-se entrar em 
contato com o médico que trata do paciente, para troca de informações e avaliação conjunta 
dos riscos e benefícios da sedação mínima por via oral ou inalatória. 
• Logo após traumatismos dentários acidentais, situações que requerem pronto atendimento, 
muitas vezes em ambiente ambulatorial. 
• Pacientes com incapacidade de compreensão (Distúrbios Mentais) 
 
 
30 
 
 
 
Como identificar o paciente que apresenta ansiedade aguda? 
Pelos sinais físicos como: 
- Inquietação na cadeira odontológica 
- Dilatação das pupilas 
- Palidez 
- Transpiração, suor 
- Aumento da frequência respiratória 
- Palpitação 
- Sensação de tremores nas extremidades 
 
Também são fatores positivos da sedação como: relaxamento da musculatura estriada 
esquelética e redução do fluxo salivar. 
Mas também temos fatores negativos como diminuir o reflexo de tosse, o que seria bom, 
quando algo chega perto da garganta do paciente e pelo reflexo de tosse ele será expelido e 
não deglutido. 
Assim como a amnésia, por isso, sempre o CD deve estar acompanhado de uma pessoa na 
sala de cirurgia quando esses medicamentos forem usados. 
 
 
 
Fatores que geram ansiedade na clínica odontológica: 
• Experiências negativas do próprio paciente em consultas anteriores. 
• Intercorrências negativas relatadaspor parentes ou amigos. 
• Visão do operador paramentado (gorro, máscara, luvas, óculos de proteção, etc.). 
• Visão do instrumental (seringa tipo “carpule”, agulha, fórceps, cureta, etc.). 
• O ato da anestesia local. 
• Visão de sangue, que pode levar ao desmaio. 
• Vibrações e sons provocados pelos motores/turbinas de baixa ou alta rotação. 
• Comportamentos ríspidos ou movimentos bruscos por parte do profissional. 
• Sensação inesperada de dor, talvez o mais importante dos fatores estressores. 
 
Mecanismo de ação: 
A identificação de receptores específicos para os benzodiazepínicos nas estruturas do sistema 
nervoso central (SNC), principalmente no sistema límbico, possibilitou a compreensão do seu 
mecanismo de ação. 
Ao se ligarem a esses receptores, os benzodiazepínicos facilitam a ação do ácido gama – 
amino butírico (GABA), o neurotransmissor inibitório primário do SNC. 
A ativação específica dos receptores GABA induz à abertura dos canais de cloreto (Cl -) da 
membrana dos neurônios, amplificando o influxo deste ânion para dentro das células, o que 
resulta, em última análise, na diminuição da excitabilidade e na propagação de impulsos 
excitatórios. 
 
31 
 
 
 
Isso explica a segurança clínica do uso dos benzodiazepínicos, pois sua ação ansiolítica se dá 
pela potencialização dos efeitos inibitórios de um neurotransmissor (GABA), produzido pelo 
próprio 
organismo. 
Tomando como exemplo o Diazepam, suas doses tóxicas (250-400 mg) são muito maiores se 
comparadas às doses terapêuticas em adultos (5-10 mg). 
Além de controlar a ansiedade, tornando o paciente mais cooperativo ao tratamento dentário, 
os benzodiazepínicos apresentam outras vantagens, como a redução do fluxo salivar e do 
reflexo do vômito e o relaxamento da musculatura esquelética. 
Além disso, quando empregados como pré-medicação em pacientes hipertensos, ajudam a 
manter a pressão arterial em níveis seguros. E quando empregado em pacientes Diabéticos 
ajuda a manter os níveis de açúcar, caso esse paciente apresente ansiedade. 
Também são úteis para prevenir intercorrências em pacientes com história de asma brônquica 
ou distúrbios convulsivos. 
 
São medicamentos que são depressores do SNC, onde a maior preocupação desses efeitos é 
a frequência respiratória. 
Por conta disso deve-se ter no consultório um balão de oxigênio manual. (Ambu) 
Assim como um oxímetro de dedo. 
Observar cianose nas extremidades. 
Os níveis considerados normais para a saturação de oxigênio situam-se entre 90% e 100%. 
Valores abaixo de 80%podem causar danos cerebrais irreversíveis. 
 
Benzodiazepínicos: usos com precaução: 
• Pacientes tratados concomitantemente com outros fármacos depressores do sistema nervoso 
central (anti-histamínicos, antitussígenos, barbitúricos, anticonvulsivantes, analgésicos de ação 
central etc.), pelo risco de sinergismo de potencialização do efeito depressor 
• Portadores de insuficiência respiratória de grau leve 
• Portadores de doença hepática ou renal 
• Portadores de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 
• Na gravidez (2o trimestre) 
• Durante a lactação 
Nota: Sempre que possível, deve-se entrar em contato com o médico que trata do paciente, 
para troca de informações e avaliação conjunta dos riscos e benefícios do uso dos 
benzodiazepínicos 
 
Além dos cuidados que devem ser tomados com as quantidades dos sais anestésicos, que 
também podem potencializar a depressão do SNC 
 
Benzodiazepínicos: contraindicações do uso: 
• Portadores de insuficiência respiratória grave 
• Portadores de glaucoma de ângulo estreito 
 
32 
 
 
 
• Portadores de miastenia grave 
• Gestantes (primeiro trimestre e ao final da gestação) 
• Crianças com comprometimento físico ou mental severo 
• História de hipersensibilidade aos benzodiazepínicos 
• Apneia do sono 
• Etilistas: além de potencializar o efeito depressor dos benzodiazepínicos sobre o SNC, o 
álcool etílico pode induzir maior metabolização hepática desses compostos 
 
 
 
(Fazer o mais conservador) 
Midazolam - Duração do efeito de 1 á 3 horas com início de ação de 30 à 60 minutos. 
**Primeira opção 
Uso interno 
Midazolam 7,5mg______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 
24hs. 
 
Uso interno 
Midazolam 15mg______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 
 
Diazepam – duração do efeito de 20 á 50 horas com início de ação de 45 à 60 minutos 
Uso interno 
Diazepam 5mg______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 
 
Uso interno 
Diazepam 10mg______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 
 
**Lorazepam – Primeira opção para idosos. 
Duração do efeito de 12 á 20 horas com início de ação de 60 à 120 minutos. 
Uso interno 
Lorazepam 1mg (idoso)______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 2 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 
24hs. 
 
33 
 
 
 
 
Uso interno 
Lorazepam 1 à 2mg (adulto)______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 2 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 
 
Quando a ANVISA liberar o Triazolam, esse será a melhor opção para idosos. 
 
Alprazolam - duração do efeito de 12 á 15 horas com de ação de 45 à 60 minutos 
Uso interno 
Alprazolam 0,5 à 0,75mg (para adultos)______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 
 
Alprazolam 0,25 à 0,5mg (para idoso)______________________________1comprimido 
Tomar por via oral 1 comprimido 1 hora antes do procedimento. 
Obs: O paciente deve estar acompanhado e não deve dirigir nem operar máquinas por 24hs. 
 
____________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
Analgésicos opióides para quando a dor considerada leve não for suficiente para a Dipirona. 
Nesse caso a dor é classificada como moderada: 
 
Em um trauma Leve consideramos que o paciente não terá dor. 
Em um trauma moderado, consideramos que o paciente vá ter dor Leve. 
Em um trauma intenso, ainda consideramos que o paciente vá ter dor Leve. 
Mas em alguns casos de trauma intenso, a dor pode chegar a moderada, o que não surtiria 
mais efeito o tratamento com analgésicos para dor leve como a Dipirona e o Paracetamol, 
mesmo nas suas posologias mais altas com o dobro da dose de 4 em 4hs. 
A dor intensa é tratada somente em hospitais com Morfina. 
 
(Melhor opção para odontologia) 
Uso Interno 
Cloridrato de Tramadol (Tramal) 50mg_________________________12 cápsulas 
Tomar por via oral, 1 cápsula de 6 em 6hs, por no máximo 3 dias, se houver dor. 
Obs: Não se deve usar doses maiores que 400mg/dia (correspondente a 8 cápsulas de 
50mg) 
 
 
34 
 
 
 
Uso Interno 
Codeína 30mg + Paracetamol 500mg (Tylex)______________12 comprimidos 
Tomar por via oral, 1 comprimido

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