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Farmacologia Pacientes com necessidades especiais Pacientes que requerem cuidados adicionais Crianças Cuidados especiais em pacientes pediátricos, com relação à seleção da medicação adequada e dosagens corretas. Deve-se levar em consideração que pacientes desse grupo possuem uma certa rejeição a ingestão de medicamentos sólidos, sendo então as fórmulas líquidas e em gotas, boas opções para estes pacientes O contato com o pediatra caso o paciente seja portador de patologias sistêmicas. Como asma, cardiopatias, diabetes entre outros Sedação consciente em odontopediatria Pode ser indicadas em alguns casos (Ex.: Procedimentos cirúrgicos longos em pacientes não cooperativos) Nunca substituir o manejo do comportamento pela terapia farmacológica Benzodiazepínicos ou óxido nitroso (profissionais habilitados) Fármacos utilizados: Diazepam – 0,2 a 0,5mg/kg (Em geral 0,3 mg/kg) A sedação sob utilização desse fármaco ocorre em 45 a 60 minutos. Sua desvantagem é o longo período de eliminação. Midazolam- 0,2 a 0,6mg/kg. O efeito deste fármaco costuma durar entre aproximadamente 2 a 4 horas. Seu efeito começa geralmente em 30 minutos, podendo o paceinte apresentar amnésia retrógrada. Anestésico local Seguros- mas a maior parte dos acidentes fatais ocorrem em crianças (por superdosagem) Volume de sangue menor- cuidado, pois os anestésicos locais atingem altos níveis plasmáticos rapidamente, por isso, nunca se deve utilizar em crianças, doses semelhantes a de adultos Cuidados na técnica anestésica (sempre dê prioridade à técnicas terminais infiltrativas) e se utilizar ansiolíticos, deve-se reduzir a dose. Lidocaína 2% com epinefrina PESO (Kg) N° de tubetes Mg 10 1 44 15 1 ½ 66 20 2 88 25 2 ½ 110 30 3 ½ 132 35 4 154 40 4 ½ 176 Mepivacaína 2% com epinefrina PESO (Kg) N° de tubetes Mg 10 1 44 15 1 ½ 66 20 2 88 25 2 ½ 110 30 3 ½ 132 35 4 154 40 4 ½ 176 CRIANÇAS GESTANTES DIABÉTICOS DESCOMPENSADOS PORTADORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES Prilocaína 3% com felipressina PESO (Kg) N° de tubetes Mg 10 1 60 15 1 ½ 90 20 2 120 25 2 ½ 160 30 3 180 35 3 ½ 210 40 4 240 Calcular a dose tóxica Solução de lidocaína 2% para uma criança de 20 kg e dizer qual o número máximo de tubetes que esta paciente pode receber (DT- 4,4 mg/kg) 𝟏.𝑫𝒐𝒔𝒆 𝒕ó𝒙𝒊𝒄𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒑𝒂𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 4,4𝑚𝑔 − 1𝑘𝑔 𝑥 − 20𝑘𝑔 𝑥 = 88𝑚𝑔 𝟐. 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒈 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒎𝒍 20𝑚𝑔 − 1𝑚𝑙 88𝑚𝑔 − 𝑦 𝑦 = 88 20 𝑦 = 4,4𝑚𝑙 𝟑.𝒏° 𝒅𝒆 𝒕𝒖𝒃𝒆𝒕𝒆𝒔 1 𝑡𝑢𝑏𝑒𝑡𝑒 − 1,8𝑚𝑙 𝑧 − 4,4𝑚𝑙 𝑧 = 4,4 1,8 𝑧 = 2,4 𝑡𝑢𝑏𝑒𝑡𝑒𝑠 Resposta: deve-se arredondar sempre para menos, ou seja, o número de tubetes aplicados com segurança nesta criança seria de 2 tubetes, podendo caso necessário, aplicar-se quantidades adicionais até 0,4ml Escolha dos anestésicos locais 1. Lidocaína 2% com epinefrina (1;100.000 ou 200.000) 2. Mepivacaína 2% com epinefrina (1;100.000) também é segura 3. Prilocaína deve ser utilizada com cuidado por conta dos riscos de metemoglobinemia 4. Evitar a bupivacaína, que é mais potente e por isso dura mais tempo, podendo levar o paciente a se traumatizar mesmo que involuntariamente. Prevenção e controle da dor Paracetamol: (15mg/kg/dose com intervalos de 6/6 horas) 200 mg por ml 1 gota por kg (Max de 35 gotas) Na bula do paracetamol 15 gotas correspondem a 1 ml Cuidados com danos hepáticos Dipirona (10mg/kg/dose com intervalos de 4/4 horas) 500mg por ml Meia gota por kg (Máx de 20 gotas) Na bula do dipirona 20 gotas correspondem a 1 ml. Sabor amargo, por isso pode misturar com suco. Cálculo da dose do Paracetamol Prescreva paracetamol para paciente com 15 kg. Dados: paracetamol (15mg/kg/dose) de 6/6 horas, sendo 200mg para cada 1 ml Na bula do paracetamol 15 gotas correspondem a 1ml 𝟏.𝑫𝒐𝒔𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒑𝒂𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒆𝒎 𝒎𝒈 1,5𝑚𝑔 − 1𝑘𝑔 𝑥 − 15𝑘𝑔 𝑥 = 225𝑚𝑔 𝟐. 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒈 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒎𝒍 200𝑚𝑔− 1𝑚𝑙 225𝑚𝑔 − 𝑦 𝑦 = 225 200 𝑦 = 1,125𝑚𝑙 𝟑.𝑪𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒍 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒈𝒐𝒕𝒂 1𝑚𝑙 − 15 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 1,125𝑚𝑙 − 𝑧 𝑧 = 16, 8 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 Tratamento de infecções bacterianas 1ª escolha: Penicilinas por sua eficácia e baixa toxicidade 2ª escolha: Em casos de alergia -> Eritromicina, azitromicina e claritromicina Amoxicilina Suspensão (250mg/5ml ou 125mg/5ml)- 60mg/kg/dia a ser fracionado de 8/8 horas. Para pacientes menores de 3 anos, pode-se utilizar a de menor concentração, ou seja, 125mg/5ml, administrando 5ml de 8/8 horas. Por 7 dias. Para pacientes entre 3 e 12 anos, pode-se utilizar a maior concentração, ou seja, 250mg/5ml, administrando 5ml de 8/8 horas por 7 dias Eritromicina 40mg/ kg/ dia deve ser fracionada de 6 em 6 horas Azitromicina 40 mg/dia a cada 24 horas. Gestantes É necessário estar sempre muito atento à anamnese, pois algumas pacientes não sabem da gravidez. É necessário estar atento as mudanças físicas como: Alongamento dos quadris Aumento da parte inferior do abdome Relaxamento dos ligamentos da cintura pélvica. Aumento dos seios Pressão sobre a bexiga e estômago Diafragma assume posição mais superior Diminuição do retorno venoso. Existem também algumas mudanças fisiológicas que as pacientes podem relatar como: Aumento da freqüência cardíaca, o que pode consequentemente levar ao aumento da pressão arterial. Algumas pacientes relatam fadiga no metabolismo de carboidratos Maior exigência de insulina Hipoglicemia (por conta do aumento da demanda metabólica do feto) Enjôos (aumento das gonadotronias coriônicas e hipoglicemia) Alterações psicológicas Preocupação com o tratamento odontológico Preocupação com a anestesia local Preocupação com as medicações Alterações bucais: Gengivite gravídica Granuloma piogênico Gravidez NÃO causa descalcificação dentária É importante informar e esclarecer as pacientes sobre os riscos de prematuridade e baixo peso no caso de doença periodontal. Desenvolvimento fetal 1° trimestre – organogênese Maioria dos defeitos ocorrem nesse período Maior risco de abortamentos espontâneos Lábio leporino, fissura palatal, manchas por tetraciclinas Teratogênese – defeito genético (+ comum), devido ingestão de medicamentos Principais medicações em odontolgia são os anestésicos locais, antibióicos, AINES e BDZ que atravessam a barreira placentária Não estão associados de modo geral com a teratogênese As administrações devem ser limitadas. Tipos de procedimento 2° Trimestre é o mais indicado para a realização de tais procedimentos. Em caso de urgências, podem ser feitos em qualquer período, desde que se tomem os cuidados e medidas necessárias. As consultas devem ser curtas e de preferência realizadas no período da manhã (quando os enjôos são menos freqüentes) EXODONTIAS NÃO COMPLICADAS TRATAMENTO PERIODONTAL DENTÍSTICA PRÓTESE ENDODONTIA Exame radiográfico pode ser realizado, desde que se avalie a real necessidade deste, devendo ser feito com avental de chumbo para proteção do feto e da paciente. Devendo-se utilizar filmes ultra-rápidos e evitar erros técnicos. Deve-se EVITAR sedação consciente. Anestésicos locais Controverso todos atravessam a barreira placentária, por isso a escolha deve ser aquele que lhe propicie uma melhor anestesia. Devem conter vasoconstrictores Deve-se evitar prilocaína associada a felipressina por conta de seus efeitos como a estimulação da contração uterina, o que pode levar ao aborto. Deve-se avaliar o grau deligação à PP, pois só atravessa a placenta se estiver na forma livre, logo, quanto maior grau de ligação, maior a proteção fetal. Lidocaína (64%) Mepivacaína (77%) -> Preferência Bupivacaína (95%) _DEVE SER EVITADA por conta de seu longo período de ação. Seja qual for a solução anestésica (2 tubetes e injeção lenta após aspiração negativa) AINEs Dor – deve tentar sempre remover a causa. Paracetamol 500 ou 750mg de 8/8 horas por tempo restrito Dipirona- Risco X Beneficio deve ser sempre avaliado, devendo-se evitar durante o último trimestre (por recomendações do fabricante) Evitar os demais AINEs Pode empregar betametasona ou dexametasona em dose única de 2 a 4 mg. Antibióticos Remover causa da infecção Penicilinas – doses habituais, sendo sempre a primeira escolha No caso de alergia a penicilina pode-se utilizar a azitromicina ou eritomicina Não utilizar tetraciclinas Diabéticos Condutas no atendimento Anamnese- avaliar qual o tipo de diabetes, se é controlada, se paciente apresnta algum tipo de complicações Ajuste da dose de insulina e regime de alimentação em diabetes tipo 1 em pacientes que irão se submeter a procedimentos pode ser demorado. Benzodiazepínicos- pode-se utilizar com tranqüilidade, pois o aumento da ansiedade, induz o aumento da liberação de catecolaminas e consequente aumento no nível glicêmico do paciente Anestésicos locais- Epinefrina (controvérsias) – hormônio hiperglicêmico As reações vão sempre depender do tipo de diabetes e do controleda doença. Pacientes controlados- Indica-se lidocaína a 2 % com epinefrina 1;100.000 Pacientes não controlados- Indica-se encaminhamento ao médico, ou no máximo 2 tubetes de anestésico, não podendo ultrapassar essa dose. AINEs Evitar o uso de AAS, pois pode potencializar a ação das sulfonorréias Geralmente não há problemas com outros AINES, devendo suas doses serem administradas na forma convencional e por um curto período de tempo. Paracetamol e dipirona são seguros em doses convencionais. Betametasona e Dexametasona – 4mg em dose única adultos. Antibióticos Preferir cobertura antibiótica no caso de pacientes descompensado Controle da doença periodontal Considerar possibilidade de candídiase se o uso for prolongado. Doença cardiovascular PA mais elevada que 140/90mmHg Atendimento eletivo PA 160/100mmHg Anestésico local Pode-se fazer uso de vasoconstrictor adrenérgico (2 tubetes) Pode-se optar por felipressina (3 tubetes) Benzodiazepínico Recomenda-se o uso em pacientes ansiosos (diazepam ou midazolam) Observações Pacientes com PA maior que 160/100mmHg Deve-se adiar o procedimento e solicitar uma avaliação médica, se urgência, avaliar o atendimento hospitalar Doença cardíaca isquêmica Obstrução das coronárias (Risco de IAM) Angina Instável encaminhar para médico Tratamento eletivo em pacientes infartados (após 6 meses) Pode-se indicar protocolo de sedação consciente Anestésicos locais- Prilocaína ou felipressina 2 tubetes Procedimentos curtos Observar o uso de anticoagulantes Doença cardíaca valvar Estenose (abertura incompleta) e regurgitação (fechamento incompleto) causa mais comum de anormalidades é a endocardite bacteriana (hereditária, por traumas, sífilis e aterosclerose) Profilaxia antibiótica ajuda a prevenir bacteremia Recomendações de higiene bucal Intervalo de 10 a 15 dias para uma nova profilaxia (o máximo de procedimentos devem ser realizados em cada sessão) Observar o uso de anticoagulantes orais..
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