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TERAPÊUTICA
MEDICAMENTOSA
EM ODONTOLOGIA
RE SUMO - GU I A
Licenciado para - Lucas - 12080215400 - Protegido por Eduzz.com
1 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, tudo bem? 
Aqui é o Criador da página do Instagram @cirurgiasdaface. 
Que bom ter você por aqui, agradeço por utilizar esse material. Espero muito que o 
conteúdo te ajude na sua Jornada de Estudos. 
 
Esse material surgiu a partir do sonho de um Estudante de Odontologia de passar 
em alguma conceituada Residência em CTBMF. Dessa forma, durante 2 anos de 
estudos, criei uma série de resumos focado completamente no que é cobrado nas 
provas de Concursos e Residência em CTBMF. 
 
Esse material me ajudou a ser aprovado em mais de 70% de todas as provas 
que prestei. Além do enorme conhecimento que adquiri através deste material, no 
fim das contas, pude escolher qual Residência eu iria fazer. 
 
O assunto da Terapêutica Medicamentosa na Prática Odontológica, além de ser 
um tema bastante cobrado em provas de Concursos e Residencia, é algo muito 
utilizado por TODOS na Odontologia e que normalmente causa insegurança na 
maior parte das pessoas. 
 
Agora, disponibilizo esse material EXCLUSIVO a você, e espero de coração que 
contribua muito para você alcançar seus OBJETIVOS. 
 
BONS ESTUDOS! 
 
Att, 
Cirurgias da Face 
@cirurgiasdaface. 
Licenciado para - Lucas - 12080215400 - Protegido por Eduzz.com
2 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
ÍNDICE 
 
1. CONSULTA INICIAL........................................................................................3 
2. FORMAS FARMACÊUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO........................6 
3. FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA..............................................7 
4. SEDAÇÃO MÍNIMA..........................................................................................8 
5. ANESTESIA LOCAL.......................................................................................10 
6. MANEJO DA DOR..........................................................................................12 
7. ANTIBIÓTICOS...............................................................................................15 
8. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS ADVERSAS........................................ 19 
9. INFORMAÇÕES PARA PRESCRIÇÕES........................................................22 
 
PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
10. CIRURGIA ORAL...................................................................................23 
11. PERIODONTIA.......................................................................................24 
12. ENDODONTIA........................................................................................25 
13. IMPLANTODONTIA...............................................................................27 
14. ODONTOPEDIATRIA.............................................................................28 
15. DISTÚRBIOS TEMPOROMANDIBULARES (DTM)..............................30 
 
BÔNUS - MANEJO DO PACIENTE SISTÊMICAMENTE COMPROMETIDO 
16. GESTANTES E LACTANTES...............................................................32 
17. PORTADORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES.....................33 
18. PACIENTES QUE USAM ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS OU 
ANTICOAGULANTES....................................................................................34 
19. DIABÉTICOS E OUTROS DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS.....................35 
20. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA......................................................36 
21. USO DE BISFOSFONATOS..................................................................37 
22. ASMÁTICOS..........................................................................................38 
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3 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
CONSULTA INICIAL 
A anamnese é a base da consulta odontológica inicial, pois permite colher informações úteis sobre o 
paciente, afim de identificar possíveis necessidades de alteração no planejamento e execução dos 
procedimentos. 
Deve-se Classificar os pacientes de acordo com seu estado de saúde e risco médico, segundo o Critério 
ASA (American Society of Anesthesiologists), que distribui os pacientes entre 6 categorias. 
 
• ASA I 
Paciente saudável. História médica sem anormalidade. Pouca ansiedade constatada e boa capacidade de 
tolerar procedimentos odontológicos. 
 
• ASA II 
Portador de doença sistêmica moderada ou de menor tolerância que o ASA I, por apresentar ansiedade. 
Pode exigir algumas alterações de plano de tratamento (menor duração das sessões de atendimento, 
cuidados no posicionamento na cadeira odontológica, protocolo de sedação mínima, menores volumes de 
soluções anestésicas, etc.). 
Enquadram-se aqui os seguintes tipos de pacientes: 
- Extremamente ansioso 
- Mais de 65 anos 
- Obesidade moderada 
- Primeiros 2 trimestres de gestação 
- Hipertensão arterial controlada 
- Diabético tipo II 
- Distúrbios convulsivos controlados 
- Asmático que usa broncodilatador aerossol 
- Tabagista, sem DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) 
- Angina estável, assintomática, exceto em estresse 
- Infarto do Miocardio (IM) a mais de 6 meses 
 
• ASA III 
Portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades. Exige algumas modificações no 
tratamento. Tratamento eletivo não é contra-indicado, porém o risco é maior. 
- Obesidade mórbida 
- Último trimestre de gestação 
- Diabético tipo I controlado 
- Hipertensão 160-194 a 95-99 mmHg 
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4 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
- Episódios frequentes de angina 
- Insuficiência cardíaca congestiva 
- DPOC 
- Convulsões freqüentes ou crise asmática 
- Paciente sob quimioterapia 
- Hemofilia 
- IM há mais de 6 meses, mas ainda com sintomas 
 
• ASA IV 
Portador de doença sistêmica severa, que esta sob constante risco de morte. Procedimentos eletivos 
devem ser adiados até controle da doença e o paciente seja enquadrado na categoria ASA III. 
Emergências devem ser feitas cuidadosamente ou até em hospital. 
- Dor no peito ou falta de ar quando sentados 
- Incapazes de andar ou subir escadas 
- Acordam a noite com dor no peito ou falta de ar 
- Angina que está piorando, mesmo com medicação 
- IM ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) a menos de 6 meses, com PA >200/100 mmHg 
- Necessidade de oxigênio suplementar de forma contínua 
 
• ASA V 
Pacientes em fase terminal, quase sempre hospitalizado, cuja expectativa de vida não é maior que 24h, 
com ou sem cirurgia. Procedimentos eletivos estão contra-indicados e urgências devem receber apenas 
tratamento paliativo (alívio de dor). 
- Doença renal, hepática ou infecciosa em estágio final 
- Câncer terminal 
 
• ASA VI 
Morte cerebral declarada. Sem indicação para qualquer tipo de tratamento odontológico. 
 
Durante a consulta, ao constatar algum problema sistêmico, realizar a Anamnese Dirigida: 
1. Como está o controle atual da sua doença? 
2. Você faz uso diário de algum medicamento? 
3. Você passou por alguma complicação recente? 
4. Você tomou sua medicação hoje? 
 
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5 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
Exame físico 
Pesquisar sinais da doença, às vezes com exames de imagem e outros exames complementares. Utiliza-
se as manobras inspeção, a palpação, a percussão, a auscultação e, eventualmente, a olfação. 
A Inspeção física deve ser Geral e Local. 
 
Avaliação de Sinais Vitais 
Os dados relativos ao pulso carotídeo ou radial, a frequência respiratória, a pressão arterial sanguínea e a 
temperatura devem constar no prontuário clínico. 
Pulso arterial: Na avaliação do pulsoarterial, três indicadores devem ser considerados: qualidade, ritmo e 
frequência (número de pulsações por minuto). 
 
 
Frequência Respiratória: A frequência respiratória (respirações por minuto) anormalmente baixa é 
denominada bradipneia. Ao contrário, quando é anormalmente alta, denomina-se taquipneia. O termo 
dispneia é empregado quando se tem dificuldade respiratória, culminando com apneia para a parada 
respiratória. 
 
 
Pressão Arterial Sanguínea (PA): Certifique-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não 
praticou exercícios físicos, não ingeriu café ou chá, bebidas alcoólicas, alimentos em excesso ou fumou 
até 30 min antes da avaliação. PA em mmHg. 
 
 
Antes de iniciar o tratamento de pacientes classificados como ASA II, II ou IV, é importante referenciá-los 
ao médico que os atende. 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
FORMAS FARMACÊUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Formas Farmacêuticas: 
Sólidas: comprimidos, drágeas, cápsulas e granulados (veja tabela abaixo). 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade. 
Líquidas: Emulsões, suspensões, aerossóis, soluções, xaropes e elixires. 
 
Vias de Administração 
Um fármaco pode ter ação no local de aplicação ou poder ser absorvido e distribuído pelo organismo para 
atingir o sítio de ação. 
Enterais: entram em contato com qualquer um dos segmentos gastrointestinal. 
• Sublinguais: região de grande suprimento sanguíneo com rápida capacidade de absorção. 
• Oral: a mais utilizada. O considerável suprimento sanguíneo do estômago e do duodeno, aliado à 
grande superfície epitelial desses órgãos, propicia a absorção de diferentes tipos de 
medicamentos. Contra-indicado em casos de inconsciencia, náusea e vômitos. 
• Bucal: atua no local de aplicação. Bochechos, pomadas, etc. 
• Retal: O segmento terminal do intestino grosso (reto) é um lugar útil para a absorção de fármacos, 
estando indicado para pacientes inconscientes, que têm vômitos ou que não conseguem deglutir. 
 
Parenterais: todas as outras vias que não acessam segmentos gastrointestinais: 
• Percutânea (pomadas), 
• Respiratória ou Inalatória. Ex: Sedação com oxido nitroso, 
• Endodôntica (via intracanal), 
• Submucosa, 
• Intra-articular: medicações injetadas no interior da cápsula articular, 
• Intramuscular, 
• Intravenoso: não depende de absorção. Início de ação imediato, 
• Subcutâneo e Intradérmica. 
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7 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA 
 
Farmacocinética 
Movimento dos fármacos pelo organismo após administração. Envolve os processos de absorção, 
distribuição, biotransformação (metabolismo) e excreção. 
Absorção: quando o fármaco é transferido do local de aplicação para a corrente sanguínea. A 
biodisponibilidade determina a quantidade e velocidade de absorção. Quanto maior a biodisponibilidade do 
fármaco, mais rápida sua resposta terapêutica. 
Biodisponibilidade é decrescente conforme a apresentação das formas farmacêuticas: 
solução > emulsão > suspensão > cápsula > comprimido > drágea. 
Meia-vida: Representa o tempo gasto para que a concentração plasmática original de um fármaco no 
organismo se reduza à metade. 
Concentração plasmatica máxima (C Max): maior concentração atingida do fármaco após administração. 
Distribuição: após absorção os fármacos são distribuidos aos tecidos do organismo. O teor e rapidez 
dependem da ligação às proteinas plasmáticas (albumina e alfa-globulinas). A fração do fármaco ligada às 
proteínas plasmáticas não apresenta ação farmacológica, ou seja, somente a fração livre do fármaco é 
responsável pelo seu efeito. Conforme a fração livre se distribui aos tecidos, uma quantidade de proporção 
igual da fração ligada às proteínas se torna livre no plasma, tendo ação farmacológica. 
Biotransformação: ações enzimáticas que transformam o fármaco em um composto diferente. O fígado é 
o principal local, podendo ser também na mucosa intestinal, pulmão, pele e plasma sanguíneo. 
Alguns fármacos sofrem grande diminuição da sua biodisponibilidade devido ao metabolismo de primeira 
passagem (ou pré-sistêmica), quando os fármacos passam pelo fígado. 
Eliminação: após biotransformação os fármacos são eliminados para o meio externo, em geral através 
dos rins, podendo também ser excretados pelos pulmões, pela bile, pelas fezes, pelo suor, pelas lágrimas, 
pela saliva e pelo leite materno. 
 
Farmacodinâmica 
Estuda os mecanismos de ação e os efeitos do fármaco no organismo. 
A Ação é o local que ele age, e o Efeito o resultado dessa ação. Anti-inflamatório Age na castaca de 
inflamação (que interfere em outros processos fisiológicos) e tem efeito de previnir inflamação em um local 
de injúria tecidual. A Ação se da quando o fármaco interage com receptores. 
A intensidade do efeito de um fármaco geralmente aumenta de acordo com o aumento da dose 
administrada, mas em alguns atinge um nível e não aumenta mais (efeito platô). Por ex. dar 1,5g de 
Dipirona de uma única vez, não terá efeito superior se tivesse dado 1g. 
A dose de um fármaco, necessária para produzir um efeito desejado em 50% dos indivíduos, é chamada 
de dose eficaz mediana e a dose capaz de matar 50% dos animais em um determinado experimento é 
chamada de dose letal. Lembrar: a diferença entre remédio e veneno é a DOSE. 
Um fármaco pode apresentar um efeito não desejável (efeito adverso). Podem ser efeitos colaterais, 
teratogênicos, secundários e de superdosagem. 
Alguns efeitos também pode ser dependentes do organismo como hiperssensibilidade, idiossíncrasia, 
dependência e efeito paradoxal. 
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8 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
SEDAÇÃO MÍNIMA 
 
O limiar de dor de pacientes ansiosos tende a ser menor que o de não ansiosos. Por isso o controle da 
ansiedade é imprescindível para uma realização de procedimentos odontológicos de forma tranquila e não 
traumática, tanto para o dentista quanto para o paciente. 
Fatores que geram ansiedade 
• Experiências negativas anteriores, 
• Intercorrências negativas relatadas por parentes ou amigos, 
• Visão do instrumental (seringa tipo “carpule”, agulha, fórceps, cureta, etc.), 
• A anestesia local, 
• Visão de sangue (pode gerar síncope), 
• Sons produzidos por instrumentos, 
• Uso de força ou movimentos bruscos por parte do profissional, 
• Sensação inesperada de dor, talvez o mais importante dos fatores estressores. 
Métodos de conversa, explicação detalhada dos procedimentos para condicionamento psicológico podem 
funcionar. Caso não, optar por métodos de sedação mínima, moderada (anestesista) ou anestesia geral. 
 
SEDAÇÃO MÍNIMA 
A mais utilizada por cirurgião dentistas. Normamente é utilizada por via oral através do uso de 
Benzodiazepínicos ou por inalação pelo uso de Óxido Nitroso. 
Indicado: 
- Quando métodos não farmacológicos para controle da ansiedade falhar 
- Procedimentos muito invasivos (mesmo em pacientes tranquilos e colaboradores). 
- Pacientes com problemas cardiovasculares, asma, episódios convulsivos – minimizar resposta ao 
estresse cirúrgico. 
Benzodiazepínicos (BZD) 
Atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) através da facilitação da ação do neurotransmissor GABA 
(gama aminobutírico), o inibitor primário do SNC. Há diminuição de impulsos excitatórios. Os BZD além do 
efeito sedativo, diminuem fluxo salivar, reflexo do vômito e relaxa a musculatura. 
Efeito colateral: causa sonolência. Amnésia anterógrada (não se lembra do procedimento – não é ruim). 
Deve-se usar com precaução em casos de: 
- Uso concomitante de outros fármacos depressores do SNC, pelo risco de potencialização dos efeitos 
- Insuficiência respiratória leve- Doença hepática ou renal 
- Insuficiência cardíaca congestiva 
- Gravidez (2º trimestre) e durante a lactação. 
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9 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
Contra-indicações do uso: 
• Portadores de insuficiência respiratória grave 
• Portadores de glaucoma de ângulo estreito 
• Portadores de miastenia grave 
• Gestantes (primeiro trimestre e ao final da gestação) 
• Crianças com comprometimento físico ou mental severo 
• História de hipersensibilidade aos benzodiazepínicos 
• Apnéia do sono 
• Etilistas: além de potencializar o efeito depressor dos benzodiazepínicos sobre o SNC, o álcool etílico 
pode induzir maior metabolização hepática desses compostos. 
Tipos de medicações e doses normalmente utilizadas: 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade. 
 
Sedação Mínima com Óxido Nitroso: Eleva limiar de dor, mas não substitui anestesia local. Torna o 
paciente mais tranquilo e calmo. Necessita monitoramento de saturação de O2 constante. Contra-indicada 
para pacientes com respiração bucal ou obstrução nasal, nos portadores de doença pulmonar obstrutiva 
crônica (enfisema, bronquite severa), na presença de infecções respiratórias agudas. 
Vantagens: tempo curto de administração e recuperação da sedação, duração e intensidade da sedação é 
controlada pelo profissional. 
Sedação Mínima com Fitoterápicos: A Valeriana promove redução da ansiedade, se comparada ao 
diazepam e ao etanol. Geralmente 100mg. A Passiflora também é indicada como ansiolítico natural - 
500mg. 
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10 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
ANESTESIA LOCAL 
Nota do Autor: O Assunto Anestesia Local é explicado de forma detalhada no Resumo COMPLETO de 
Anestesia Local, disponível no LINK DA BIO do Instagram: @cirurgiasdaface. 
 
Os anestésicos locais suprimem a condução do estímulo nervoso de forma reversível. 
LIDOCAÍNA: Ação vasodilatadora, quando junto com vasoconstritor, promove 40-60 minutos de anestesia 
pulpar. Em tecidos moles 120-150 min. Metabolizada no fígado e eliminada pelos rins. 
MEPIVACAÍNA: Início de ação em 1,5 - 2 min, discreta vasodilatação. Pode ser usado sem vasoconstrictor 
a uma concentração de 3%. Metabolização hepática e excreção renal. 
PRILOCAÍNA: Início de ação em 2 – 4 min. Baixa vasodilatação, por isso pode ser usada sem vaso 
constrictor a 4%, e quando usado com, é a Felipressina. Metabolizada mais rapidamente que a lidocaína, 
no fígado e pulmões. 
ARTICAÍNA: Inicio de ação em 1 – 2 min. Potência 1,5x maior que a lidocaína. Apresenta baixa 
solubilidade e alta taxa de ligação protéica. Metabolizada no fígado e no plasma. Eliminação mais rápida 
pelos rins. Maior difusão tecidual devido ao anel tiofeno. Estudos mais recentes mostram que as 
ocorrências de parestesia em bloqueio de Nervo Alveolar Inferior está mais associado à trauma mecânico 
do que com neurotoxicidade do sal anestésico. 
BUPIVACAÍNA: 4 x mais potente que lidocaína. Cardiotoxicidade também é 4x maior. Por isso é usada na 
concentração 0,5%. Ação vasodilatadora maior em relação às outras. Junto à epinefrina, latência de 10 – 
16 min. Longa duração de ação: 4h de anestesia puplar, e 12h em tecidos moles (risco de trauma em 
tecidos moles acidentais). Metabolização hepática e eliminação renal. 
 
Além das condições sistêmicas do paciente, a solução anestésica local deve ser escolhida em função do 
tempo de duração da anestesia pulpar e do grau de hemostasia exigidos para um determinado 
procedimento. 
 
Convém lembrar que os anestésicos locais têm propriedades vasodilatadoras, quando administrados na 
forma pura, sendo absorvidos mais rapidamente para a corrente circulatória. Muitas vezes, na tentativa de 
se obter uma anestesia de duração mais prolongada com essas soluções, podem-se atingir níveis 
plasmáticos tóxicos com maior facilidade, especialmente em crianças. 
 
VASOCONSTRITORES 
Grupos das aminas simpatomiméticas (epinefrina, norepinefrina, levoefedrina). Agem sobre os 
receptores adrenérgicos alfa 1 e 2 e beta 1, 2 e 3. A ação vasoconstritora é exercida pela interação com os 
receptores alfa. 
Vantagem: associação de vasoconstritores aos sais anestésicos produz uma interação farmacológica 
desejável, pois essa ação vasoconstritora faz com que o sal anestésico fique por mais tempo em contato 
com as fibras nervosas, prolongando a duração da anestesia e reduzindo o risco de toxicidade sistêmica. 
 
 
Licenciado para - Lucas - 12080215400 - Protegido por Eduzz.com
https://linktr.ee/cirurgiasdaface
https://www.instagram.com/cirurgiasdaface/
11 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
Epinefrina: O mais utilizado, normalmente na concentração de 1:100 000. Age nos receptores alfa1 
(vasoconstrição), Beta1 no coração (aumenta Frequência Cardíaca, força de contração e consumo de 
oxigênio pelo miocárdio), também dilata as artérias coronárias. Receptores Beta 2 (dilatação dos vasos da 
musculatura esquelética). Por isso, deve-se limitar o uso em pacientes com doença cardiovascular. 
Promove vasoconstricção satisfatória, e boa hemostasia. Atenção à vasoconstricção “rebote” ao final do 
efeito, que pode causar certo sangramento. 
 
CONTRAINDIDAÇÕES DO USO DA EPINEFRINA 
-Hipertensos (PA>160 ou >100) 
- AVC a menos de 6 meses 
- Stents ou ponte de safena recentes 
- Angina instável e arritmias 
- Insuficiência cardíaca congestiva não tratada 
- Hipertireoidismo não controlado 
- Feocromocitoma 
- Alergia a sulfitos 
- Usuários de anfetaminas e drogas ilícitas 
Norepinefrina: Quase não é utilizado. Age nos receptores alfa (90%) e beta. Não apresenta vantagens 
sobre a epinefrina, tendo 25% da potência desta. 
Corbadrina (Levoefedrina): estimulação direta dos receptores alfa, com alguma atividade no Beta. 15% 
da ação da epinefrina. Muito pouco utilizado também, sem vantagens sobre a Epinefrina. 
Fenilefrina: Alfa estimulador por excelência, apenas 5% da potencia da epinefrina. 
Além das Aminas Simpatomiméticas, outro Grupo de vasoconstrictor utilzado é o da Felipressina. 
É um análogo sintético da vasopressina (hormônio diurético). Utilizado normalmente junto da Prilocaína. 
Vasoconstrição é decorrente da sua ação sobre os receptores V1 da vasopressina, presentes no músculo 
liso das paredes dos vasos. Tem valor mínimo no controle da hemostasia por não atuar em artérias, 
somente em veias (receptor V1). 
Exemplo de cálculo de quantidade máxima de tubetes anestésicos: 
 Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
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12 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
MANEJO DA DOR 
Na rotina odontológica a dor invariavelmente é de caráter inflamatório, e pode ser classificada como 
aguda, quando é de curta duração, ou crônica, de curso mais prolongado, em geral relacionada a certos 
tipos de distúrbios da articulação temporomandibular. 
Todo procedimento que gera qualquer injúria tecidual > inflamação > dor. O nível de dor, depende do grau 
de inflamação, que depende da complexidade do trauma tecidual causado. 
Nociceptores são os receptores que enviam os sinais que causam a percepção da dor. Se há estímulo 
dele > dor. A dor Alodínia é aquela que é gerada por um estímulo que em condições normais não causaria 
dor. Se os receptores se torna mais sensíveis a estímulos, se dá a Hiperalgesia. 
São eventos bioquímicos > maior entrada de íons calcio nos nociceptores > impulso nervoso > sensação 
dolorosa. As prostaglandinas e leucotrienos (produtos da metabolização do ácido araquidônico) tornam os 
nociceptores mais permeáveis a entrada de íons calcio. Essa metabolização do Ácido Araquidônico é 
iniciada a partir da (A PARTIR DA LESÃO TECIDUAL) da ativaçãoda Fosfolipase A2, que irá liberar Ácido 
Araquidônico no citosol. O ácido araquidônico por ser instável sofre ação de lipoxigenase e cicloxigenase, 
produzindo os Autacóides, responsável pela hiperalgesia. 
 
Pelas vias da Cicloxigenase, a COX-1 se forma de forma fisiológica, sem indução por processo 
inflamatorio. A COX-2 (a pró-inflamatória) é formada quando há processo inflamatório induzido. As 
prostaglandinas aumentam a permeabilidade vascular gerando edema. 
No geral o processo inflamatório é um mecanismo de defesa, e essencial para início da reparação 
tecidual. Não é interessante portanto inibir completamente o processso inflamatório. Entretanto, em 
intensidades elevadas, pode se transformar em um fenômeno agressivo e destrutivo aos tecidos, além de 
geração de dor exacerbada. 
 
Analgesia preemptiva: tem início antes do estímulo nocivo. São empregados fármacos que previnem a 
hiperalgesia, que pode ser complementada pelo uso de anestésicos locais de longa duração. 
Analgesia preventiva: o regime tem início imediatamente após a lesão tecidual, porém antes do início da 
sensação dolorosa. Em termos práticos, a primeira dose do fármaco é administrada ao final do 
procedimento seguida pelas doses de manutenção no pós-operatório, por curto prazo. (O mais IDEAL). 
Analgesia perioperatória: o regime é iniciado antes da lesão tecidual e mantido no período pós-operatório 
imediato. 
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Fármacos que inibem a síntese da COX 
São os Anti-inflamatórios não Esteroidais (AINEs). No passado os AINEs inibiam COX-1 e COX-2, que 
trazia diversos efeitos não desejados, pois a COX-1 participa de importantes mecanismos fisiológicos 
(irritação de mucosa gástrica e alteração da função renal). Deu-se início ao uso dos Coxibes, que são 
inibidores seletivos da COX-2. Essa via de inflamação, além de participar dos processos patológicos, 
também tem influência em alguns fisiológicos, como regulação renal da excreção de sal através da renina, 
a homeostasia da pressão arterial e o controle da agregação plaquetária. Assim, o uso crônico de coxibes 
pode aumentar o risco de eventos cardiovasculares como IM, AVC, hipertensão arterial e falência 
cardíaca. Por isso, os coxibes devem ser evitados em hipertensos, cardiopatas ou que tiveram AVC. 
 
- Inibidores não seletivos da COX -2: Ibuprofeno, cetoprofeno, diclofenaco, cetorolaco, piroxicam, 
tenoxicam. 
- Inibidores seletivos da COX-2: Etoricoxibe, celecoxibe, meloxicam, nimesulida. 
 
O ideal do uso de AINES é na analgesia preventiva e também pode ser útil na dor já instalada, decorrente 
de processo inflamatorio agudo. Duração com período máximo de 48 a 72 horas, pois dor após esse 
período pode significar outros eventos que não o principal (infecção). 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
O uso concomitante de piroxicam, ibuprofeno (e provavelmente outros AINEs) com a varfarina, um 
anticoagulante, pode potencializar o efeito anticoagulante desta e provocar hemorragia. 
 
Fármacos que inibem a ação da fosfolipase A2 
São os Corticóides. Ação inibitória da enzima fosfolipase A2 (do esquema acima), e reduz a 
disponibilidade de ácido araquidônico liberado das membranas das células que participam da resposta 
inflamatória, e por isso haverá menor produção de prostaglandinas e leucotrienos. 
Os corticosteróides são indicados para prevenir a hiperalgesia e controlar o edema inflamatório, 
decorrentes de intervenções odontológicas eletivas, como a exodontia de inclusos, as cirurgias 
periodontais, a colocação de implantes múltiplos, as enxertias ósseas. 
Dexametasona (4 a 8mg) e Betametasona, na forma de analgesia preemptiva (1h antes do procedimento) 
é a maneira mais adequada. 
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Vantagens: 
• Não produzem efeitos adversos clinicamente significativos. 
• Não interferem nos mecanismos de hemostasia, ao contrário de alguns AINEs, que pela ação 
antiagregante plaquetária aumentam o risco de hemorragia pós-operatória. 
• Reduzem a síntese dos leucotrienos, liberada em muitas das reações alérgicas (pois age também 
na lipoxigenase). 
• Mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes, bem como em pacientes 
hipertensos, diabéticos, nefropatas ou hepatopatas, com a doença controlada. 
Contraindicações dos Corticosteróides: doenças fúngicas sistêmicas, herpes simples ocular, doenças 
psicóticas, tuberculose ativa, ou historia de alergia aos fármacos desse grupo. 
 
Analgésicos 
Os mais utilizados são a Dipirona e Paracetamol (ação periférica). A dipirona costuma ser melhor pois ela 
atua a dor instalada, enquanto que o paracetamol so atua previnindo instalar mais dor. O Ibuprofeno em 
doses menores (200mg) também pode ser utilizado. AAS (Ácido Acetil Salicílico) é pouco usado devido 
sua ação antiagregante plaquetária. 
- O uso da Dipirona deve ser evitado nos 3 primeiros meses e nas últimas 6 semanas de gravidez. Mesmo 
fora desses períodos, administrar somente em casos de extrema necessidade. Pode-se usar o 
paracetamol em alternativa. 
- Paracetamol: pode causar danos ao fígado, evitar superdosagem. Evitar uso concomitante com álcool. 
-Ibuprofeno: contra-indicado para pacientes com gastrite ou úlcera péptica, hipertensão, ou doença renal. 
Evitar alérgicos ao AAS, por risco de alergia cruzada. 
Analgésicos de Ação Central: em caso de dor intensa ou refratária aos analgésico de ação periférica pode-
se usar os opióides. Os mais usados são a codeína e Tramadol (50mg). Efeitos adversos, como náuseas e 
constipação intestinal, vômito, alterações de humor, sonolência e depressão respiratória, limitam a 
utilização da codeína e do tramadol. 
Tabela com os principais analgésicos utilizados, sua concentração e posologia: 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
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ANTIBIÓTICOS (ATB) 
As infecções bacterianas de origem endodôntica ou periodontal contam com a participação de 
microrganismos aeróbios, anaeróbios facultativos e anaeróbios estritos. As infecções bucais somente se 
manifestam na presença de fatores predisponentes. Na presença de infecções os antibióticos atuam como 
coadjuvantes, sendo ineficaz a sua utilização se não houver remoção da causa de infecção. 
Pacientes imunocompetentes não tem risco de infecções à distancia na maioria dos casos, não 
necessitando profilaxia ATB. 
Sobre a clorexidina: Possui ação bactericida por desagregar a membrana plasmática da bactéria, 
provocando a perda do conteúdo celular. Age contra bactérias aeróbias facultativas e anaeróbias, gram-
positivas e negativas, além de fungos e leveduras. 
- 1 bochecho (1 min) reduz de 22-40% dos microorganismos viáveis após 1h. 6 a 8h depois volta ao 
normal. 
- 3 dias de bochechos a 0,2% elimina 99,99% das microorganismos viáveis. Após 8h, volta ao normal. 
 
Classificação: 
Ação biológica: os ATB podem ser Bactericidas (destrói os microorganismos) ou Bacteriostáticos 
(impedem sua multiplicação). 
Espectro de ação: 
1 - Principalmente Bactérias gram-positivas: penicilina G, penicilina V, eritromicina, claritromicina, 
axitromicina, clindamicina, vancomicina. 
2 – Principalmente Bactérias gram-negativas: quinolonas (ciprofloxacina, levofloxacina) e aminoglicosídeos 
(gentamicina). 
3 – Ação similar contra gram-positivas e gram-negativas: ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, 
tetraciclinas. 
4 – Ação contra bactérias anaeróbias: penicilinas, clindamicina, tetraciclinas, metronidazol. 
5 – Ação contra espiroquetas: penicilinas, cefalosporinas e Tetraciclinas. 
6 – Fungos: nistatina,anfotericina B, cetoconazol, itraconazol 
7 – Outros microorganismos: tetraciclinas e clorafenicol 
 
Mecanismo de ação: o antibiótico ideal seria aquele com máxima toxicidade seletiva, isto é, que exerceria 
sua ação atingindo apenas o microrganismo invasor, sem causar dano ao hospedeiro. 
1 – Atuam na parede celular: penicilinas e cefalosporinas. Grande toxicidade seletiva. Atuam no momento 
que as bactérias estão em divisão celular, não destroem a parece celular já formada. 
2 – Atuam na síntese de proteínas: tetraciclinas, lincosaminas, macrolídeos, aminoglicosídeos. Interferem 
na tradução do material genetico e na formação de cadeias de protéinas defeituosas. 
3 - Atuam na síntese de ácidos nucléicos: metronidazol. Libera radicais tóxicos no interior da célula, 
interrompendo a síntese de DNA (bactericida). 
 
Alguns ATB tem ação dependendo apenas da sua concentração no organismo, enquanto que outros 
dependendem do tempo em que é mantido a concentração inibitória mínima. 
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Sobre Resistência Bacteriana: Um dos princípios da resistência bacteriana é a pressão seletiva, isto é, a 
mudança das condições do ambiente que forçam as bactérias a se modificarem. As mais adaptadas 
sobrevivem, gerando, portanto, descendentes mais adaptados. O uso indiscriminado (ou errôneo) de 
antibióticos é apontado como um dos maiores agentes de pressão seletiva sobre microrganismos. 
Ex: Microorganismos Multiresistêntes, as chamadas “superbactérias” (p. ex., Klebsiella pneumoniae 
carbapenemase [KPC]) –, que atacam principalmente pessoas com imunidade muito baixa e que estão 
hospitalizadas, levando-as rapidamente à morte. 
Ideal: Utilizar antibióticos até que se tenha 48 horas sem evolução de sinais e sintomas. Para isso é 
determinante, acompanhar o paciente a cada 48h para saber quando cessar o tratamento. 
 
Uso Odontológico 
 
BETALACTÂMICOS: 
Constituem 4 grandes classes: penicilinas, cefalosporinas, clavulanato de potássio e carbapenêmicos. 
Penicilinas 
São bactericidas. Efeitos adversos: tontura, dor abdominal, náusea, vômito, diarréia. 
Penicilinas Naturais – penicilina G potássica cristalina, penicilina G procaína, e penicilina G benzatina. São 
mal absorvidas via oral, por isso, via parenteral é mais indicada. Pouco utilizada na prática odontologica. 
Penicilinas semissintéticas - penicilina V, ampicilina, amoxicilina são as mais usadas. Por não sofrer 
inativação do suco gástrico, podem ser usadas Via Oral (VO). 
 
Algumas bacterias produzem uma enzima chamada Betalactamase, que inativa a ação dos betalatâmicos. 
Por isso para usar a Ampcilina deve-se associar com Sulbactam e para a Amoxicilina deve-se associar 
com o Clavulanato de Potássio, que basicamente inativa a ação das Betalactamases. 
 
CEFALOSPORINAS 
São bactericidas, com espectro de ação pouco maior que as penicilinas, mais resistentes às 
betalactamases. Efeitos adversos: nefrotóxicas se empregadas em altas doses e por longo tempo. A 3ª 
geração está relacionada à colite pseudomembranosa. 
-1ª geração: cefadroxil, cefalexina, cefalotina, cefalozina 
-2ª geração: cefaclor, cefuroxima, cefoxitina 
-3ª geração: ceftriaxona, ceftazidima 
-4ª geração: cefepima, cefpiroma 
 
MACROLÍDEOS 
Eritromicina, espiramicina, claritromicina e roxitromicina. A azitromicina pertense à classe dos azalídeos, 
considerados parentes próximos dos macrolídeos. Espectro de ação similar ao das penicilinas. 
Bacteriostáticos, resistentes à betalactamase. Efeitos adversos: baixa toxicidade. Pode ocorrer icterícia 
colestática, sinal de toxicidade hepática. 
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Eritromicina e Claritromicina: evitar usar junto com bloqueadores de canais de cálcio (hipertensão), 
digitálicos (insuficiência cardíaca congestiva), anticonvulsivantes (carbamazepina), estatinas 
(hipercolestromia), ciclosporina (imunossupressor), opióides, varfarina, cisaprida (refluxo) e midazolam. 
 
Clindamicina: apresentando a propriedade de penetrar no interior dos macrófagos e leucócitos 
polimorfonucleares, o que explica sua alta concentração em abcessos. Biotransformada pelo fígado e 
excretada na bile. Bacteriostática, espectro de ação semelhante às penicilinas com a diferença que 
atingem o Staphylococcus aureus e outras bactérias produtoras de penicilinases. 
Reações adversas: diarréia, colite pseudomembranosa. 
 
Tetraciclinas: Doxiciclina e minocilina. 
Espectro de ação mais amplo do que as penicilinas e macrolídeos. Bacteriostáticas. Agem em infecções 
causadas por Actinomyces, Actinobacillus, Fusobacterium, Clostridium, Propionibacterium, Eubacterium e 
Peptococcus. 
Reações adversas: distúrbios gastrintestinais, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, ulcerações na boca e 
irritação perianal. Podem provocar superinfecções, devido ao seu amplo espectro. Se depositam sob 
forma de ortofosfato nos ossos e dentes, durante o desenvolvimento, provocando manchas marrons e 
hipoplasia de esmalte. Logo, não podem ser administradas durante a gravidez e devem ser evitadas no 
estágio de desenvolvimento. Antiácidos a base de alumínio, cálcio ou magnésio, preparações com ferro ou 
bismuto, além do leite e seus derivados, podem prejudicar ou até mesmo inibir a absorção das 
tetraciclinas. 
 
Metronidazol: Indicado para tratamento de doenças gengivais como a Gengivite Necrosante. É distribuído 
na saliva e fluido gengival. É bactericida e seu espectro de ação atinge praticamente todos os bacilos 
anaeróbios gram-negativos. Não age contra bactérias aeróbias e microaerófilas. 
Reações adversas: gosto metálico, dor estomacal, náusea e vômitos. Pode causar neuropatia periférica, e 
efeito dissulfiram. 
 
Quinolonas: As quinolonas são indicadas para tratamento de infeções do trato urinário e algumas afecções 
respiratórias. Deste grupo temos a levofloxacina e ciprofloxacina. Acredita-se que gera resistência 
bacteriana para infecções bucais. Os mais comuns para uso odontológico são ciprofloxacina e 
levofloxacina. 
 
Quando usar o ATB? 
Casos de infecção local que não houve resolução com descontaminação local e apresenta sinais de 
disseminação. Quando o paciente apresentar sinais como edema pronunciado (celulite), limitação da 
abertura bucal, linfadenite, febre, taquicardia, falta de apetite, disfagia ou mal-estar geral, indicativos de 
que as defesas imunológicas do hospedeiro não estão conseguindo, por si só, controlar a infecção. 
Antigamente preconizava 5 a 10 dias de terapia, hoje a tendência é tratamentos com doses maciças e 
tempo restrito (bata duro e rápido). 
Penicilinas são a primeira escolha (amoxicilina), podendo associar-se com clavulanato ou metronidazol. 
Não utilizar essas associações como primeira escolha, mas sim para casos em que não há resposta 
satisfatória somente com a Amoxicilina. Cefalosporinas é uma opção (para alérgicos), mas não a primeira 
escolha, pois apesar de ter espectro maior, o mesmo não coincide com o das infecções bucais. 
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Caso a alergia às penicilinas seja do tipo anafilática, as cefalosporinas são contra-indicadas pois pode 
haver reação alergica cruzada. Nesses casos pode-se utilizar a Clindamicina, de forma isolada. 
Para casos de celulite aguda, pericoronarite, abcessos periapicais e gengivite necrosante o metronidazol é 
uma otima opção. A associação do metronidazol à amoxicilina mostra um importante sinergismo contra o 
Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa), a principal espécie associada às periodontites agressivas. 
Recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose de ataque, no mínimo o dobro das doses de 
manutenção. A concentração plasmáticado antibiótico deve exceder a Concentração Inibitória Mínima 
(CIM) em 2-8 vezes, de acordo com o fármaco, para compensar a passagem pelas barreiras teciduais que 
restringem o acesso do antibiótico ao sítio infectado. O princípio de doses maciças por curto período de 
tempo, além de propiciar níveis elevados do antibiótico na corrente sanguínea e nos tecidos infectados, 
reduz a toxicidade e a seleção de microrganismos resistentes. A Tabela a seguir mostra os principais ATB 
utilizados, sua concentração e posologia: 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
A terapia com ATB não tem um curso ou ciclo a ser completado. O uso prolongado não diminui a chance 
de criar resitência e muito menos diminui a reincidencia da infecção. A reincidencia ocorre se a causa não 
for removida. O tempo de uso do ATB é até que as defesas imunológicas do hospedeiro reassumiram o 
controle da infecção – observado pelo exame clínico. 
Atenção: 
• As tetraciclinas e o estolato de eritromicina são contraindicados em qualquer período da gestação, 
enquanto o metronidazol deve ser evitado apenas no 1o trimestre da gravidez. 
• Na presença de doença hepática severa, as doses de metronidazol e de eritromicina devem ser 
diminuídas. 
• As cefalosporinas só devem ser empregadas após troca de informações com o nefrologista. As 
tetraciclinas estão contraindicadas na presença de doença renal. 
Prevenção de Infecções: (profilaxia) uso de ATB em pacientes que não apresentam sinais de infecção com 
o intuito de previnir a colonização de bacterias e suas complicações. Assunto muito controverso. 
O uso da profilaxia ATB de feridas cirurgicas pode fazer sentido nos casos de: (LOCAL) 
- Infecção é remota, mas se acontecer tem alto indice de Mortalidade. 
- Procedimentos cirúrgicos associados a alta taxa de infecção. 
- Implantação de material protético. 
Profilaxia de infecções à distância: indicada para pacientes com determinadas cardiopatias que podem 
predispor à endocardite infecciosa ou os portadores de próteses ortopédicas recentemente implantadas e 
os pacientes imunossuprimidos ou que apresentam alterações metabólicas importantes, como o diabetes 
(não controlado) e a insuficiência renal. 
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INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS ADVERSAS 
 
Interações são alterações na intensidade e duração da resposta de um fármaco, podendo potencializar ou 
reduzir sua ação. Pode ser por injestão simultânea de outro fármaco, álcool ou alguns alimentos. Nem 
sempre essa interação é maléfica. Existem algumas desejáveis, que são realizadas de forma intencional 
(anestésico local + vasoconstrictor). 
Atenção sempre à anamneses, onde se identifica as medicações que o paciente faz uso. 
 
Classificações: 
• Antagonismo: Interação que um fármaco diminui a ação do outro. 
• Potencialização: Um fármaco aumenta a resposta do outro. 
• Inesperada: reação não esperada quando da administração de 2 fármacos. 
• Somação: Resposta aumentada que ocorre quando fármacos com ações e efeitos similares são 
administrados em conjunto. 
• Sinergismo: resposta exagerada, que não seria obtida caso os 2 fármacos fossem administrados 
separadamente. 
 
NÃO DESEJÁVEIS: 
INTERAÇÕES COM VASOCONSTRITORES 
Betabloqueadores: geralmente usados como antihipertensivos, antiarrítmico e antianginoso. 
São classificados em: 
 - não seletivos: bloqueiam adrenérgicos beta1 (miocárdio) e beta2 (vasos, pulmões, musculo liso e outros 
órgãos). Ex: propanolol, nadolol, timolol, pindolol. 
- cardioseletivos: bloqueiam apenas beta1 adrenergicos (coração). Ex: atenolol, metoptolol. 
- ação vasodilatadora: antagonismo ao receptor alfa1 periférico. Ex: carvedilol e labetalol. 
A epinefrina causa vasoconstrição dos vasos arteriais em muitos órgãos pela estimulação dos receptores 
alfa-adrenérgicos, e vasodilatação das arteríolas nos músculos esqueléticos por estimulação beta-
adrenérgica. Atua nos beta 1 adrenérgicos no coração, provocando taquicardia. Injeção intravascular em 
pacientes usando betabloqueadores não seletivos pode causar elevação da PA, e consequentemente 
bradicardia reflexa. 
Antidepressivos: os de maior interesse para a odontologia são os inibidores da recaptação de serotonina e 
noradrenalina, que podem ser seletivos ou não seletivos. Os vasoconstritores adrenérgicos podem ter seu 
efeito potencializado em pacientes que usam antidepressivos tricíclicos (imioramina e amitriptilina). Isso 
causa aumento da PA. 
Anfetaminas e derivados: femproporex, mazindol, anfepramona. Provocam maior liberação de 
catecolaminas. Quando se injeta epinefrina intravascular ou em grandes doses, pode ocorrer taquicardia e 
aumento da PA. 
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Cocaína: a injeção acidental de vasoconstritor adrenérgico causa aumento brusco de PA e taquicardia, 
seguida de fibrilação ventricular, IM, eventual parada cardíaca e óbito. Suspender tratamento caso o uso 
tenha sido feito nas últimas 48 horas. 
Fenotiazínicos: psicotrópicos usados no tratamento de doenças psicóticas de maior gravidade. Ex: 
clorpromazina. Injeção intravascular com epinefrina pode potencializar a hipotensão em geral associada 
ao uso dos fenotiazínicos. 
Detalhe: Muitas dessa interações acontencem na prática clínica odontológica e o profissional não tem 
conhecimento pois não tem o costume de monitorizar o paciente. E pior, quando o dentista percebe, é por 
que o paciente já está apresentando sinais de uma interação com gravidade maior. 
 
INTERAÇÕES COM ANSIOLÍTICOS 
Depressores do SNC: hipnóticos, analgésicos centrais, neurolépticos e anticonvulsivantes. Administração 
conjunta de benzodiazepínicos pode potencialiar o efeito depressor do SNC e possível risco de depressão 
respiratória. 
Etanol: essa interação provoca depressão do SNC, ainda mais se for usado grande número de tubetes 
anestésicos (todo sal anestésico também é depressor do SNC). 
 
INTERAÇÕES COM ANALGÉSICOS 
Paracetamol não pode ser usado com etanol (hepatotóxico), nem antibióticos hepatotóxicos como 
eritromicina e clavulanato de potássio. 
Nimesulida também pode ser hepatotóxica, e deve-se evitar usar junto com paracetamol. 
Paracetamol + Varfarina – pode provocar aumento do efeito anticoagulante. 
 
INTERAÇÕES COM AINES 
Anticoagulantes: O mais usado é a Varfarina. Os AINEs competem com a varfarina pelas proteínas do 
plasma, deslocando-a e potencializando seus efeitos, deixando-as livre no plasma em maior quantidade. 
Há aumento do risco de hemorragia durante e após procedimentos cirúrgicos odontológicos. 
Antiagregantes plaquetários: os AINEs por si só são inibidores reversíveis da síntese de tromboxanas das 
plaquetas (através da sua ação numa das fases da cascata do Ácido Araquidônico) o que diminui 
agregação plaquetária. Deve-se evitar prescrição de AINEs ou paracetamol para pacientes com uso de 
varfarina ou clopidogrel, em alternativa podemos usar os corticosteróides. 
Anti-hipertensivos: reação adversa dos AINEs com: 
1 - Inibidores da ECA: captopril, enalapril 
2 - Diuréticos: furosemida e hidroclorotiazida 
3 - Beta bloqueadores: propanolol, nadolol, metoprolol 
Os AINEs reduzem a produção de prostaciclinas (esses medicamentos dependem delas), interferindo na 
homeostasia renal e provocando aumento da PA. 
Hipoglicemiantes orais: por possuírem alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, os AINEs podem 
deslocar as sulfoniluréias de seus sítios de ligação à albumina – causa hipoglicemia. 
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INTERAÇÕES COM ANTIBIÓTICOS 
Alcool: estimula aumento da produção de ácido cloridrico e movimentos peristálticos doestômago. Faz 
com que o fármaco tenha passagem mais rápida e menos absorção. Ele não atua diretamente nas 
moléculas do ATB. Além disso, em associação com ATB hepatotóxido, pode aumentar chances de 
hepatotoxicidade. O aumento na durese, promove maior excreção dos medicamentos, diminuindo sua 
concentração no organismo. 
Efeito Dissulfiram: Fármacos que possuem composição de nitrogênio inibem a enzima acetaldeíno 
desidrogenase. O Acetaleído é um produto da metabolização do etanol. O uso de antibióticos com 
nitrogênio na sua composição, aumentam a quantidade de acetaldeído no organismo, provocando uma 
sensação iminente de morte (palpitações, queda da pressão, dor no peito, dificuldade respiratória, náusea 
e vômitos). O metronidazol, ampicilina e algumas cefalosporinas podem causar esse problema. 
Anticoncepcionais: assunto controverso. Muitas teorias explicam, mas nenhuma confirma. O recomendado 
é prescrever o ATB se houver necessidade, mas alertar o paciente do risco de interação e ocorrência de 
uma gravidez não desejada (termo assinado). 
Carbonato de Lítio: evitar tetratciclina e metronidazol. Pode aumentar níveis do Lítio e causar toxicidade. 
Digoxina: (digitálicos) o uso concomitante de eritromicina ou claritromicina pode promover a diminuição da 
microbiota intestinal, elevando os níveis sanguíneos da digoxina e causando toxicidade no paciente. 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
INFORMAÇÕES PARA PRESCRIÇÕES 
Receita Comum: a maioria dos remédios. Os que não estão sujeitos a controle da ANVISA. 
Receita Especial: medicações a base de substâncias sujeitas à controle especial. 
Deve ter: 
• Nome e endereço do paciente 
• Escrita do medicamento e sistema de pesos e medidas oficiais 
• Descrição do modo de usar o medicamento 
• Data, assinatura, número do CRO e endereço do profissional. 
 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
CIRURGIA ORAL 
Nota do Autor: O Assunto CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL é explicado de forma detalhada no Resumo 
Princípios da Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, disponível no LINK DA BIO do Instagram: @cirurgiasdaface. 
 
Cirurgias por via alveolar e pequenas cirurgias de tecido mole tendem a ter desconforto leve, sendo 
indicado utilizar analgesia preventiva. 
- Dipirona Sódica 500mg a 1g no término do procedimento, ou paracetamol 750mg ou ibuprofeno 200mg. 
Com orientação de tomar por mais 2 a 3 dias se houver dor. 
Cirurgias de dentes inclusos, com manipulação óssea, extenso descolamento, etc tendem a ter 
desconforto moderado. Uso de sedação minima pode ser útil. Profilaxia antibiótica somente se houver 
indicação (imunodeficientes, pericoronarite prévia, endocardite, etc). O risco de infecção pós-operatória 
também é baixo, e a literatura não mostra aumento significante de infecções após esses procedimentos, 
na ausência de antibiótico. Muito do que é prescrito de antibiótico em cirurgias como essa é mais um 
sistema de defesa do dentista (ele fica mais tranquilo) do que uma indicação real para o paciente. 
Nesses casos pode considerar uso de anti-inflamatorios esteroidais (dexametasona 4mg) antes e depois 
do procedimento ou AINEs (nimesulida, ibuprofeno, cetorolaco) no pós operatório. 
Dor do tipo pulsátil após o procedimento, e refratário a analgésicos, pode ser alveolite, portanto é 
interessante investigar. 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
Parestesias: não é consenso na literatura que o uso de Complexo B (Citoneurim ou ETNA) produzem 
resultados siginificativos na melhora da reparação nervosa, entretanto, é protocolo de quase todos os 
profissionais prescrever essas medicações em caso de alteração de sensibilidade. O uso de laser de baixa 
potência, acupuntura tambem são utilizados, mas sem comprovação científica. 
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https://linktr.ee/cirurgiasdaface
https://www.instagram.com/cirurgiasdaface/
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
PERIODONTIA 
O uso sistêmico de antibióticos pode aumentar os efeitos da terapia mecânica periodontal, por meio da 
raspagem e do alisamento radicular em conjunto com medidas que melhorem substancialmente as 
condições de higiene bucal, principalmente pacientes imudeficientes, tabagistas, diabéticos. 
DOENÇAS PERIODONTAIS AGUDAS 
Gengivite Necrosante 
Instalação repentina e apresenta curta duração, causa ulceração e necrose da margem gengival, e 
destruição das papilas interdentais (necrose papilar, exclusiva desta doença). Formação de 
pseumembrana amarelo-acinzentada, tendência ao sangramento gengival espontâneo, dor gengival 
intensa, mal estar, febre, linfadenite e hálito fétido. Fatores predisponentes secundários: fumo, álcool, 
estresse, má nutrição, diminuição da quimiotaxia de leucócitos, higiene oral pobre. A periodontite 
ulcerativa necrosante (PUN) afeta 2 a 6% dos HIV positivos, causa destruição rápida e generalizada do 
periodonto de inserção e do osso alveolar, às vezes expondo crista alveolar ou septo interdentário. Dor 
severa, sangramento gengival espontâneo, necrose de tecido mole e rápida destruição do ligamento 
periodontal. 
Tratamento: anestesia; remoção de depósitos de placa e cálculo por instrumentação suave, irrigação com 
soro fisiológico, prescrever bochechos de clorexidina e analgésicos.. Na presença de linfadenite, febre e 
mal-estar geral, o metronidazol parece ser efetivo para melhora dos sintomas, 250mg 8/8h ou 400mg 
12/12h, por 3-5 dias. Após alivio dos sintomas, proceder para tratamento definitivo, com RAR (raspagem e 
alisamento radicular) e controle de placa. 
 
DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS 
Os antibióticos podem ser prescritos com base na necessidade de futuros tratamentos, testes 
microbiológicos, estado sistêmico do hospedeiro, e na medicação de uso contínuo que o paciente faz. 
Periodontites agressivas: O tratamento geralmente é benéfico pelo uso sistêmico de antibióticos, sendo 
recomendado amoxicilina + metronidazol. 
Periodontite crônica: O efeito terapêutico da doxiciclina e outras tetraciclinas nas doenças periodontais 
envolve mecanismos não relacionados com sua atividade antimicrobiana. A doxiciclina 20mg promove 
redução da atividade da colagenase no fluido do sulco gengival e reduzindo a perda óssea periodontal. 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
Cirurgias Periodontais eletivas: Profilaxia antibiótica não é normalmente utilizada. Cuidados pré e pós 
operatórios e uso de sedação mínima são os mesmos citados acima para cirurgias de dentes inclusos. 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
ENDODONTIA 
Procedimentos Eletivos: 
- Tratamentos endodônticos de dentes permanentes (com polpa viva ou necrosada), assintomáticos, cuja 
anatomia não ofereça maiores dificuldades para a instrumentação. 
Pode apresentar desconforto leve a moderado. Interessante utilizar analgesia preventiva. Dipirona, 
paracetamol ou Ibuprofeno. 
- Tratamentos ou retratamentos endodônticos de dentes permanentes, assintomáticos, quando existem 
complexidades anatômicas em razão de atresias, curvaturas, presença de nódulos pulpares ou 
calcificações que dificultam a instrumentação dos canais radiculares. 
Indicado utilizar analgesia perioperatória a fim de previnir hiperalgesia. 
Pré-operatório: Dexametasona 4 mg (1 compr.) ou betametasona 4 mg (2 compr.de 2 mg). 
Pós-operatório: Dipirona sódica – 500 mg a 1 g, a cada 4h, ou ibuprofeno 200 mg, a cada 6h, por 24-48h. 
 
Procedimentos de urgência: 
- Pulpites irreversíveis sintomáticas: Interessante considerar uso de sedação mínima com BZP ou Oxido 
Nitroso. Utilizar anestesia profunda e efetiva, optando por bloqueios ao invés de infiltrações locais. Utilizar 
medicação pós-operatória padrão. 
- Necroses pulpares sem envolvimento periapical: Idem acima. 
- Necroses pulpares com envolvimento periapical: 
• Periodontites apicais agudas (Pericementites): 
- Sem envolvimento pulpar (ex: trauma oclusal): tratar com ajuste oclusal e analgésicos. 
- Com envolvimento pulpar (necrose): paciente relata que o dente parece extruído. Geralmente dor 
espontânea moderada e suportável, mas severa ao contato. Tratamento é endodôntico. 
Medicação analgésica indicada como padrão citado acima. 
• Abscessos apicais agudos: 
A dor é atribuída à liberação de prostaglandinas e leucotrienos pelas células fagocitárias, à queda do pH 
na região inflamada e à pressão mecânica exercida pelo exsudato purulento, que estimulam diretamente e 
sensibilizam as terminações nervosas locais. 
Tratamento: descontaminação local, tratando o efeito (abscesso) depois a causa (dente). Considerar 
sedação mínima. 
-Abscessos intraósseos: a formação purulenta ocorre na região periapical, e é possível drenar via canal 
radicular. 
-Abscessos superiósteos ou submucosos: o exsudato está na superfície da mucosa oral. Inicialmente o 
pus se concentra abaixo do periósteo, e posteriormente abaixo do epitélio mucoso. Nesses casos a 
drenagem é cirúrgica através de incisão dos tecidos moles com bisturi, seguida da instalação de dreno. 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
- Abscessos “fênix”: reagudização de um processo periapical crônico intraósseo (granuloma ou cisto). Dor 
espontânea severa e contínua, sem aumento de volume e assintomática à palpação na região do fundo de 
sulco gengival. Prevalência maior na mandíbula. 
 
USO DE ANTIBIÓTICOS 
Geralmente quando o paciente apresenta sinais de que não está conseguindo combater a infecção 
sozinho, ou quando possui alguma alteração sistêmica que indique o uso (diabetes, imunossupressão, 
idade avançada). O uso de antibióticos é recomendado quando há sinais locais de disseminação (limitação 
de abertura, linfadenite, celulite) e manifestações sistêmicas (febre, taquicardia, falta de apetite, disfagia e 
mal-estar geral). É recomendado administrar uma dose de ataque, no mínimo, o dobro da dose de 
manutenção, 30 min antes do procedimento. A literatura mostra que a duração média do tratamento dos 
abscessos apicais agudos é de 3-5 dias. 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
 
Sobre a Injeção submucosa acidental de hipoclorito de sódio: Acidente perioperatório que causa dor 
intensa, edema profuso na região e podendo causar hemorragia via endodôntica. 
Protocolo de tratamento: 
- Administrar corticóide – 1 ampola de betametasona 4mg/ml via intramuscular. 
- Administrar 1 g de amoxicilina (ou clindamicina 300 mg aos alérgicos às penicilinas), em dose única, para 
prevenir infecção secundária. 
- Orientar compressas frias nas primeiras 24h. 
- Analgesia com dipirona 500mg ou 1g. 
- Monitorar o paciente para controle de dor e possibilidade de infecção secundária. 
 
Cirurgias parendodonticas recebem protocolo medicamentoso semelhante ao de cirurgias de dentes 
inclusos. 
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PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
IMPLANTODONTIA 
Protocolos bastante semelhante ao de cirurgias odontológicas, com exceção que na maioria dos casos 
são pacientes de idade mais avançadas que pode apresentar doenças sistêmicas. 
Realizar sempre condicionamento emocional do paciente – sedação mínima. 
Sobre o uso de corticóides, não há na literatura comprovação que eles afetam a osseointegração dos 
implantes, em contrapartida, promovem controle da dor e inflamação de forma significativa. 
Uso de antibióticos: 
Assunto amplamente discutido, porém sem consenso entre os profissionais. 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
Implantes unitários com mínimo descolamento: desconforto esperado leve. Indica-se protocolo 
semellhante a um procedimento de exodontia por via alveolar, com o adicional de considerar controle da 
ansiedade com sedação mínima, e cuidados com uso da anetesia local em relação existência de 
problemas cardiovasculares. 
Inserção de implantes com descolamento tecidual extenso: desconforto esperado moderado. Semelhante 
a cirurgia de dentes inclusos. Considerar controle de ansiedade, profilaxia antibiótica, analgesia 
perioperatória (dexametasona 4-8mg) e analgesia preventiva (dipirona 500mg) no PO imediato. 
Inserção de implantes complementada por biomateriais de preenchimento ou regeneradores, com 
envolvimento ou não dos seios maxilares: Dor moderada a intensa. Realizar tudo idem acima com 
adicional de considerar analgesia de ação central, se necessário. 
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PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
ODONTOPEDIATRIA 
 
SEDAÇÃO MÍNIMA 
O diazepam e o midazolam são os mais indicados para crianças. O diazepam tem doses recomendadas 
0,2- 0,5 mg/kg. Tem maior duração de ação ansiolítica (6-8h), e longo periodo de eliminação, e isso são 
desvantagens.O midazolam é o benzodiazepínico mais usado em pediatria e as dosagens recomendadas 
são 0,25 – 0,5 mg/kg. Tem rápido início e menor tempo de duração de ação, geralmente provoca amnésia 
anterógrada. 
 
ANESTÉSICO LOCAL 
Atenção à dosagem pois níveis plasmáticos elevados de anestésico local ocorrem facilmente na criança, 
pois seu volume de sangue corporal é menor. Os anestésicos são depressores do SNC. Portanto, quando 
for considerada a sedação mínima na criança, o volume da solução anestésica local deve ser menor do 
que o usual, pois a criança é mais sensível à ação dos fármacos depressores. 
Usa-se, normalmente, mepivacaína + epinefrina, lidocaina + epinefrina ou articaina + epinefrina (não 
recomendada para menores de 4 anos). Anestésicos de longa duração predispõem a complicações como 
trauma por mordedura acidental de lingua e lábios (não utilizar bupivacaína). Alérgicos a sulfitos, utilizar 
prilocaína com felipressina. 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
 
ANALGÉSICOS 
Dipirona gotas: 15mg/kg com intervalos de 4h. ½ gota por kg de peso, até o máximo de 20 gotas. 
Paracetamol gotas: 1 gota/kg, até o máximo de 35 gotas. Não exceder 5 administrações diárias, pois isso 
pode causar dano hepático. 
Ibuprofeno gotas: 50mg/ml (cada gota tem 5mg): Dose é 10-15 mg/kg/dose. 1 gota/kg a cada 6 ou 8h. Não 
exceder 40 gotas (200mg). 
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ANTI-INFLAMATÓRIOS 
Para prevenção da hiperalgesia e controle do edema pós-operatório, administrar betametasona solução 
oral “gotas” (0,5 mg/mL), na dosagem de 0,025-0,05 mg/kg de peso corporal, em dose única, 30 min antes 
do procedimento. Como regra prática, empregar 1-2 gotas da solução/kg de peso corporal, de acordo com 
o tipo de intervenção. 
Os AINEs são pouco indicados, com exceção do ibuprofeno (acima de 400mg). Diclofenaco sódico e 
potássico são contra-indicados em < de 14 anos, assim como o nimesulida. 
 
ANTIBIÓTICOS 
A amoxicilina é o mais indicado para infecções iniciais. Para as avançadas, pode-se adicionar o 
metronidazol àterapia. Em caso de alergia às penicilinas, indica-se de estearato de eritromicina como 2ª 
opção, sendo que claritromicina e azitromicina são usadas para as infecções mais avançadas. 
Profilaxia (quando indicado): Amoxicilina 50 mg/kg por via oral, 1 h antes do procedimento ou em caso de 
alergias usar Cefalexina ou cefradoxil 50 mg/kg. 
Em casos de infecção: 
 
Dica: Quando não se sabe o peso da criança e não tem balança, utilizar a fórmula: Peso = (idade x2) + 9. 
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PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS EM ESPECIALIDADES DA 
ODONTOLOGIA 
DISTURBIOS TEMPOROMANDIBULARES (DTM) 
Dividido entre dor miofascial, distúrbios internos da ATM e doenças degenerativas da ATM. 
As DTM apresentam sinais e sintomas clínicos objetivos e subjetivos. Os sintomas subjetivos são de difícil 
diagnóstico, como o relato de perda de audição, alterações de equilíbrio postural, náuseas e, 
particularmente, aqueles vinculados à dor, como dor localizada ou difusa, cefaléias, dor com 
características fibromiálgicas e dor neuropática. 
A dor pode ser aguda (<30 dias) ou crônica (>30 dias). Pode ser em três tipos: de predomínio nociceptivo; 
de predomínio neuropático; e dor mista. 
A dor de predomínio nociceptivo, ou simplesmente dor nociceptiva, ocorre por ativação fisiológica dos 
receptores da dor e está relacionada com lesões de tecido ósseo, muscular ou ligamentar – responde bem 
a analgésicos e AINEs. 
A dor neuropática é definida como a “dor iniciada ou causada por uma lesão ou disfunção que 
compromete, primariamente, os componentes do sistema nervoso” – não responde bem a analgésicos e 
AINES, sendo mais indicados fármacos de ação central como amitriptilina e propanolol. 
Primeira frente de tratamento: orientações ao paciente para mudança comportamental: fisioterapia, comer 
alimentos macios, evitar movimentos bruscos com a mandíbula, procurar diminuir estresse e compressas. 
Protocolos farmacológicos: 
- dor miofascial: infiltrar 1ml de lidocaína 2% sem vasoconstrictor nas áreas de ponto de gatilho. Controlar 
dor residual com analgésicos (dipirona). 
- dor facial crônica: Amitripitilina 25mg/dia durante 14 dias apresenta bons resultados no controle da dor. 
ÚLCERA AFTOSA RECORRENTE (UAR) OU AFTA 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
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CANDIDOSES BUCAIS 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
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BÔNUS - MANEJO DO PACIENTE SISTÊMICAMENTE COMPROMETIDO 
GESTANTES E LACTANTES 
Ocorrem muitas mudanças físicas (rearranjos dos orgãos), alterações fisiológicas (aumento de FC), 
alterações hormonais e psicológicas. 
As principais transformações embriológicas ocorrem no primeiro trimestre. Fármacos como anestésicos 
locais, os ansiolíticos, os analgésicos, os anti-inflamatórios e os antibióticos, passam até com certa 
facilidade da fase materna para a fase fetal, por serem moléculas de baixo peso molecular e lipossolúveis 
– importante conhecer bem quais tem potencial teratogênico. 
O 1o trimestre de gestação não é um período adequado para o tratamento odontológico – eletivos devem 
ser adiados. O 2o trimestre de gestação constitui-se na melhor época para o atendimento das gestantes – 
atenção somente ao periodo de hipotensão postural (feto faz pressão sobre as veias abdominais). O 3o 
trimestre de gravidez, particularmente nas últimas semanas, também não é o período ideal para um 
tratamento prolongado. 
Urgências odontológicas (pulpites, abscessos), o tratamento não pode ser adiado, independente do 
período gestacional, pois as consequências da dor e da infecção podem ser muito mais maléficas à mãe e 
ao feto do que aquelas decorrentes do tratamento odontológico. 
Sedação mínima: Os benzodiazepínicos se enquadram na categoria D de risco fetal. O óxido nitroso e 
oxigênio é um método seguro para uso na gravidez. 
Anestesia local: grávidas podem desenvolver anemia durante a gestação, tornando-se mais suscetíveis à 
metemoglobinemia, por isso a prilocaína deve ser utilizada com precaução, além de que a felipressina 
(que é associada a prilocaína) pode induzir contrações uterinas. A mais indicada é a Lidocaína 2% + 
epinefrina 1:100 000 – se PA não controlada utilizar mepivacaína 3% sem vasoconstrictor. 
Analgesia: Paracetamol (risco B) é o fármaco de escolha. Dipirona é risco C. Quando houver necessidade 
do uso de um anti-inflamatório, empregar a dexametasona ou betametasona, em dose única de 2-4 mg, 
pois há evidências de que os corticosteróides (categoria C) não apresentam riscos de teratogenicidade em 
humanos. 
Antibióticos: Amoxicilina é a primeira escolha, podendo associar ao metronidazol quando indicado. 
Alergicos, optar pelo Estearato de Eritromicina. A Tetraciclina esta contra-indicada durante toda a 
gestação. A Tabela abaixo mostra a classificação de medicamentos em relação ao risco de teratogenia. 
Na Lactação a maioria das medicações que são seguras para uso na gestação, também são na lactação. 
O interessante é programar o horário de administração do fármaco à mãe, evitando que o período de 
concentração máxima no sangue e no leite materno coincida com o horário da amamentação. Em geral, a 
exposição do lactente ao fármaco pode ser diminuída se o mesmo for empregado pela mãe imediatamente 
antes ou após a amamentação. 
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BÔNUS - MANEJO DO PACIENTE SISTÊMICAMENTE COMPROMETIDO 
PORTADORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
A epinefrina aumenta a PA, FC e força de contração ventricular. Mas é importante ter em mente que em 
situações de estresse (dor) o paciente pode liberar as catecolaminas pelas adrenais em quantidade 40x o 
nível basal, podendo alcançar niveis muito maiores do que há em um tubete de anestésico, por isso ao 
contatar o médico do paciente utilizar essas informações a favor de utilizar (com cautela) anestésicos com 
vasoconstrictor. O maior objetivo no atendimento odontológico de pacientes com doença cardiovascular é 
reduzir a liberação endógena de catecolaminas, por isso considerar o uso de sedação mínima como 
forma de protetor cardiovascular é interessante. 
Ao contrário do que muitos pensam, o emprego de soluções anestésicas com epinefrina (nas menores 
concentrações) pode ser benéfico aos pacientes hipertensos ou portadores da maioria das cardiopatias, 
com a doença controlada. A dose máxima recomendada de uso de epinefrina é 0,04mg por sessão de 
atendimento, o que equivale a 2 tubetes na diluição 1: 100 000. 
Hipertensão Estágio I: Considerar sedação mínima, utilizar anestésicos com felipressina (3 tubetes) ou 
epinefrina (2 tubetes), evitar AINEs, monitorar PA durante atendimento. 
Hipertensao Estágio II: Procedimentos eletivos são contra-indicados até que haja controle da PA. Em 
urgências o mais importante é o pronto alívio da dor. Utilizar prilocaína 3% + felipressina (3 tubetes), 
utilizar sedação mínima e realizar atendimentos curtos (30 min). 
Casos de Angina e IM: Se o paciente estiver fazendo uso de um vasodilatador coronariano, argumente 
com o cardiologista sobre a conveniência de se administrar uma dose profilática de dinitrato de isossorbida 
2,5-5 mg (Isordil®), por via sublingual, 1-2 min antes do início do atendimento. Em caso de uso contínuo 
de anticoagulantes como a varfarina devem ter a razão normalizada internacional (RNI) avaliada 
preferencialmente em período < 24 h antes de procedimentos que causem sangramento, para evitar o 
risco de hemorragia.Considerar sedação mínima e procedimentos curtos. Utilizar pequenos volumes de 
uma solução de lidocaína 2% com epinefrina 1:200.000 ou prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL. 
Arritmias Cardíacas: Fazer contato sempre com cardiologista. Investigar uso de anticoagulantes, marca-
passos. Considerar sempre sedação mínima. Em casos de arritmias estáveis e bem controladas (assim 
informadas pelo médico), podem ser empregados pequenos volumes de soluções anestésicas contendo 
epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000. Soluções contendo felipressina 0,03 UI/mL podem ser empregadas 
quando não houver expectativa de sangramento. Em casos severos e não controlados, evitar uso da 
epinefrina. 
Sobre prevenção de endocardites (protocolo de profilaxia antibiótica já mencionado): 
 
Fonte: Terapeutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo Dias de Andrade 
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BÔNUS - MANEJO DO PACIENTE SISTÊMICAMENTE COMPROMETIDO 
PACIENTES QUE USAM ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS OU ANTICOAGULANTES 
 
ANTIAGREGANTES: Ácido Acetil Salicílico (AAS), Dipiridamol, Clopidogrel, Ticlopidina. 
Nesses pacientes o Tempo de Sangramento é alongado (até o dobro). Simples medidas locais de 
hemostasia são suficientes para controlar o sangramento transoperatório, sem a necessidade da 
interrupção da terapia com o AAS (100mg). 
A interrupção do uso do AAS ou do clopidogrel pode aumentar o risco de trombose do stent e, por 
consequência, de infarto do miocárdio, por isso conclui-se que esses medicamentos não devem ser 
descontinuados antes de procedimentos dentários que causam sangramento. Da mesma forma, pacientes 
fazendo uso de clopidogrel não devem ter a dosagem da medicação alterada. 
 
ANTICOAGULANTES: São os medicamentos que previnem formação de coágulos intravascular. 
Heparina sódica e seus derivados (clexane), Varfarina e femprocumona. 
Exames laboratoriais para controle da via extrinseca: TAP e RNI. Valor normal é 1, 2 – 4 é o intervalo que 
fica com o uso de anticoagulantes. 
Alguns medicamentos podem interagir com a Varfarina, potencializando ou reduzindo sua ação. Os que 
aumentam sua ação, são: ANALGÉSICOS (AAS e Paracetamol), ANTI-INFLAMATÓRIOS (Não esteroides 
e Corticosteróides) e ANTIBIÓTICOS (Cefalosporinas, Eritromicina, Azitromicina, Metronidazol, 
Tetraciclinas e Ciprofloxacina). 
 
Suspender ou não a Varfarina: Para pacientes com RNI ≤ 3,5 não precisa suspender, porém deve-se 
usar medidas locais criteriosas de hemostasia (hemospon, ácido tranexâmico). Pacientes com RNI ≥ 3,5 
devem ser encaminhados ao médico para que este possa considerar o possível ajuste da dose de 
varfarina, em caso de procedimentos invasivos que causam sangramento. No período pós-operatório, a 
prescrição de bochechos com uma solução de ácido tranexâmico 4,8%, por dois dias, pode dar maior 
estabilidade ao coágulo sanguíneo. 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface cirurgias.face@gmail.com 
BÔNUS - MANEJO DO PACIENTE SISTÊMICAMENTE COMPROMETIDO 
DIABÉTICOS 
As medicações mais utilizadas por esses pacientes são os hipoglicemiantes orais, dentre eles as 
sulfoniluréias (clorpropamida e glibenclamida) para não obesos, e a metformina, antidiabético oral, mais 
usado para pacientes acima do peso. Pacientes não respondem bem a esse tratamento, tambem podem 
fazer uso de insulina. 
Conduzir Anamnese dirigida para obter detalhes e controle da doença. 
Atenção a procedimentos cirúrgicos que podem causar dificuldade de alimentação. Nesses casos o 
médico deverá ser consultado para ajuste da dieta e medicação hipoglicemiante, a fim de evitar quadros 
de hipoglicemia. 
Considerar sedação minima: estresse > liberação de catecolaminas > glicogenólise hepática > 
hiperglicemia. 
 
Analgésicos e AINEs: 
- Dipirona e Paracetamol para dor leve. 
- Intervenções mais invasivas – dexametasona 
- AINEs: pode potencializar a ação hipoglicemiante das sulfonilreias. 
 
A profilaxia antibiótica está indicado para casos descompensados, com presença de cetoacidose 
sanguínea e cetonúria. 
Padrão: 1g de Amoxicilna 1h antes, ou clindamicina 600mg para alérgicos. 
 
HIPERTIREOIDISMO 
Casos com complicações podem apresentar osteoporose, pressão alta, arritmia cardíaca, fibrilação atrial e 
infarto do miocárdio. 
Doença não tratada: evitar procedimentos cirúrgicos. Não utilizar epinefrina, preferir Felipressina. Se bem 
controlada, o tratamento odontológico pode ser realizado normalmente. 
 
HIPOTIREOIDISMO 
Casos não tratado são sensíveis à ação de narcóticos, barbitúricos e ansiolíticos ou sedativos. 
Doença não tratada: evitar procedimentos cirúrgicos. Evitar a prescrição de depressores do SNC, que 
podem provocar efeitos exagerados. 
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BÔNUS - MANEJO DO PACIENTE SISTÊMICAMENTE COMPROMETIDO 
 
INSUFICIENCIA RENAL CRÔNICA 
Hipertensão arterial é comumente encontrada nesses pacientes. Podendo tambem apresentar anemia, 
agregação plaquetária anormal, maio predisposição à infecções, doenças periodontais e infecções bucais. 
Pacientes transplantados renais são normalmente imunossuprimidos. 
Deve-se sempre fazer contato com o nefrologista para obter informações sobre o estágio atual da doença, 
bem como sobre a suficiência do seu controle metabólico. Pedir sempre hemograma e o coagulograma 
completo, para avaliar se os mecanismos de hemostasia estão preservados. 
Toda infecção provoca hemólise, aumento da produção de cortisol e hiperglicemia, contribuindo 
diretamente para a progressão e o agravamento da condição renal do paciente, por isso combate às 
infecções deve ser feito de maneira agressiva, por meio de medidas de ordem local, e complementado 
pelo uso sistêmico de antibióticos. 
Uso de anti-inflamatórios: evitar o uso de anti-inflamatórios não esteroides, que podem aumentar a 
retenção de sódio e interagir com os anti-hipertensivos e diuréticos, causando brusco aumento da pressão 
arterial. Podem também interferir negativamente na agregação plaquetária. Dar preferência ao uso dos 
corticosteróides. 
Todo paciente submetido à hemodiálise recebe heparina, anticoagulante que permite ao sangue passar 
pelo equipamento de diálise sem coagular. Como a heparina possui meia-vida plasmática curta (~ 2-4 h), é 
recomendado que os procedimentos odontológicos que causam sangramento sejam agendados no dia 
seguinte às sessões de diálise, para evitar o risco de hemorragia. 
Pacientes fazendo uso crônico de corticosteróides podem requerer suplementação do corticosteroide. 
 
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USO DE BISFOSFONATOS (BFs) 
São uma classe de medicamentos que diminuem a reabsorção óssea pelos osteoclastos, propiciando um 
tecido ósseo de alta densidade. Agem também interferindo no processo de remodelação óssea, os BFs 
também promovem efeitos inibitórios sobre mediadores da inflamação, influenciando no processo de 
reparo de lesões ósseas (osteonecrose). São utilizados no tratamento de doenças que afetam o 
metabolismo ósseo em associação com excessiva reabsorção, como a osteoporose pós-menopausa e a 
doença de Paget, e nos casos de hipercalcemia maligna ou metástases ósseas osteolíticas. 
Em pacientes que fizeram uso de BFs intravenosos, por mais de três anos, a cirurgia dentoalveolar deve 
ser evitada. 
Periodontia: Tratamento conservador, com descontaminação dos sítios infectados, por meio de 
instrumentação mecânica. As cirurgias de acesso e outros procedimentos cirúrgicos periodontais podem 
ser realizadas se o benefício superar o risco. 
Cirurgia Bucal e Maxilofacial: Em casos de insucesso com

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