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06/05/2018 1 Aeroportos e Ferrovias Prof. Ms Livia Fortes Merighi Livia.merighi@anhembi.br Aeroportos Orientação de pistas de pouso e decolagem Meteorologia Aeroportuária 4 2 06/05/2018 2 06/05/2018 3 Aeroporto de Congonhas GRU Airport Saída Rápida 06/05/2018 4 Número e Orientação das Pistas Fatores que afetam a orientação, posição e número de pistas: • fator de utilização ou cobertura de vento - fator dos ventos: as condições ideais para pouso e decolagem são aquelas em que a direção do vento é a mesma da pista, inexistindo, portanto, os ventos laterais. Assim sendo, a pista deve ser orientada segundo os ventos predominantes, minimizando, desta maneira, os efeitos dos ventos laterais. As aeronaves mais afetadas pelos ventos são as de pequeno porte. Tipos de vento: • vento de través: quando a direção da velocidade do vento é perpendicular à direção da pista; • vento de frente ou de cauda: quando a direção da velocidade do vento é paralela à direção da pista; O número de pista e orientação deverão ser tais que por um tempo maior ou igual a 95%, haja, pelo menos uma pista na qual a componente superficial de velocidade do vento, perpendicular ao seu eixo longitudinal, não impeça o pouso ou a decolagem das aeronaves a cujo serviço se destina o aeródromo. Ou em outras palavras, a cobertura de vento ou fator de utilização (% do tempo em que a operação é considerada segura, quando a componente do vento de través é menor que o limite fixado) é de no mínimo 95% do total de horas de observações meteorológicas realizadas no local. 06/05/2018 5 ATLANTA GRU Airport PISTA PRINCIPAL PISTA AUXILIAR 06/05/2018 6 PISTA SECUNDÁRIA SALVADOR - BA PISTA SECUNDÁRIA PISTA SECUNDÁRIA PISTA PRINCIPAL 06/05/2018 7 Pode-se muitas vezes obter os dados relativos a observações de ventos na Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV) ou no Serviço de Meteorologia da Região. Caso estes dados não puderem ser obtidos para a localidade, pode-se proceder a análise dos dados de uma estação mais próxima ou em última instância pode-se recorrer a avaliação da velocidade e direção do vento através de informações locais. Se estas informações não estabelecerem um padrão de vento definido, deve-se acrescentar às mesmas as observações de um anemômetro instalado no local durante um ano, tomando-se o cuidado para que a limitação de dados não leve à conclusões errôneas quanto à predominância de ventos. DEFINIÇÕES Direção do vento: azimute verdadeiro de onde ele sopra. Calmaria (CLM): quando a velocidade do vento é menor que 2,0 m/s. OBTENÇÃO DE DADOS A direção e velocidade do vento é obtida com a utilização do anemômetro, com coletas de dados de hora em hora; ou anemógrafo, com o registro contínuo das informações desejadas. Dentre os instrumentos de medição do vento citaremos três que são bastante empregados: • Catavento tipo Wild, • anemômetro de canecas e • anemógrafo universal. 06/05/2018 8 Direção Velocidade Anemômetro 16 http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/4/81anemometro.jpg Direção Velocidade Anemômetro 06/05/2018 9 O anemômetro de canecas dá uma medida precisa da velocidade horizontal do vento. O vento gira as canecas, gerando uma fraca corrente elétrica, que é calibrada em unidades de velocidade. A velocidade é indicada num mostrador. Anemômetro O anemógrafo universal registra tanto a direção como a velocidade do vento 06/05/2018 10 O catavento tipo Wild mede a direção e a velocidade do vento. A direção é dada por uma haste horizontal orientada por um par de aletas em relação a quatro hastes fixas que indicam os pontos cardeais. O catavento é instalado a 6 m de altura. http://www.ufjf.br/labcaa/equipamentos/ 06/05/2018 11 Com estes dados é formulada a "Rosa dos Ventos", segundo o procedimento: 1º) determinar as predominâncias diárias em % e as velocidades médias em cada direção: N; NNE; NE; ENE; E; ESE; SE; SSE; S; SSW; SW; WSW; W; WNW; NW; NNW; 2º) ao final de cada mês, determinar a média mensal de cada direção e preencher a tabela; 3º) com os dados da tabela, plota-se a "Rosa Dos Ventos". DIREÇÃO DOS VENTOS 2,0 a 6,7 m/s 6,7 a 14 m/s 14 a 21 m/s Acima de 21 m/s TOTAL N NNE NE ENE E ESSE SE SSE S SSW SW WSW W WNW NW NNW CLM TOTAL 06/05/2018 12 ROSA DOS VENTOS É a representação gráfica dos dados sobre o vento, em termos de velocidade e direção. Ela possui: . 16 linhas radiais cujas bissetrizes coincidem com as direções do vento; . círculos concêntricos que representam os limites superiores das faixas de velocidades de vento, sendo que os seus raios são proporcionais aos valores limitantes: 2,0 m/s (4,5 mph); 6,7 m/s (15 mph); 14,0 m/s (31,5 mph) e 21 m/s (47 mph). . o círculo central (raio de velocidade igual a 2,0 m/s) delimita a área de calmaria. . a escala externa indica o azimute verdadeiro. . as grandezas indicadas no interior das área delimitadas pelos círculos e radiais, indicam o percentual de vento naquela direção e velocidade. 06/05/2018 13 DETERMINAÇÃO GRÁFICA DA ORIENTAÇÃO DA PISTA • Utilizar um papel transparente com três paralelas igualmente espaçadas de 6,7 m/s (15 mph), ou seja, as paralelas externas tangenciam o círculo de diâmetro igual a velocidade do vento de 6,7 m/s (15 mph) da rosa dos ventos, sendo que a reta central representa o eixo da pista. • Girar o papel até a posição onde as porcentagens entre as linhas laterais sejam máximas, sendo que a soma das porcentagens entre as linhas laterais determinadas deste modo, representam a porcentagem do tempo e que a componente do vento de través será menor que 6,7 m/s (15 mph ou 24 km/h). • Escolher a posição correspondente a uma cobertura mínima de 95%. Nota: Os dados da "Rosa dos Ventos" são obtidos tendo o Norte verdadeiro como referência e a designação da pista deve ser feita pelo azimute magnético múltiplo de 10. Pode-se converter utilizando- se a declinação magnética obtida das cartas aeronáuticas. Exemplo azimute de 100º - Cabeceiras 10 e 28. 06/05/2018 14 Direção do Vento Porcentagem dos Ventos 4-15 MPH 15-31 MPH 31-47 MPH TOTAL N 7,0 1,0 - 8,0 NNE 2,6 0,2 0,1 2,9 NE 5,1 0,3 - 5,4 ENE 1,6 1,0 - 2,6 E 2,0 1,4 - 3,4 ESE 2,7 4,2 - 6,9 SE 3,9 7,2 0,2 11,3 SSE 3,5 4,3 - 7,8 S 4,0 0,5 0,1 4,6 SSW 3,0 0,7 - 3,7 SW 8,8 0,5 0,1 9,4 WSW 3,2 0,7 - 3,9 W 2,6 0,8 - 3,4 WNW 3,0 2,9 0,1 6,0 NW 6,0 2,0 0,1 8,1 NNW 6,6 2,9 0,2 9,7 CALMARIA 2,9 A porcentagem de ventos de calmaria é a diferença para 100% 06/05/2018 15 Ex. 2 Determinar o azimute, o fator de utilização e o número das cabeceiras da pista de pouso/decolagem (melhor opção): Direção do Vento Porcentagem dos Ventos 4-15 MPH 15-31 MPH 31-47 MPH TOTAL N 6.3 0.1 - NNE 3.5 0 - NE 2.3 0.1 - ENE 3.8 0.1 - E 2.6 0 - ESSE 2.9 0 - SE 6.8 0.1 - SSE 5.8 0 - S 4.9 0 - SSW 5.9 0.1 - SW 2.8 0 - WSW 1.1 0 - W 7.3 0.1 - WNW 2.1 0 - NW 7.6 0.1 - NNW 3.1 0 - CALMARIA A porcentagem de ventos de calmaria é a diferença para 100% 6,4 3,5 2,4 3,9 2,6 2,9 6,9 5,8 4,9 6,0 2,8 1,1 7,4 2,1 7,7 3,1 30,5 06/05/2018 16 31 6,33,5 2,3 3,8 2,6 2,9 6,8 5,8 3,17,6 2,1 7,3 1,1 2,8 5,9 0 0 0,1 0 0 0,1 0,1 00,10 0,1 0 0,1 0 0 0,1 Azimute = 120º Cobertura =100-( 0,08+0,1+0,08+0,1+0,05) =99,6% portanto somente 1 pista Cabeceira 12 Cabeceira 30 Obrigada Livia.Merighi@anhembi.br Eng.Civile Eng. Ambiental e Sanitária
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