Buscar

Folículos Ovarianos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTOLOGIA 
 
 
No ovário identificamos duas porções distintas: a medula do ovário, que é constituída 
por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sangüíneos, célula hilares (intersticiais), e 
acórtex do ovário, rica em folículos ovarianos, corpo lúteo e células intersticiais. Na 
região cortical predominam os folículos ovarianos, os quais são formados por ovócitos 
envolvidos por células epiteliais (células foliculares ou da granulosa). A superfície do 
ovário é revestida por um epitélio (de origem celomática) que varia do tipo 
pavimentoso ao cilíndrico simples (denominado impropriamente de epitélio 
germinativo). Logo abaixo deste epitélio há uma camada de tecido conjuntivo denso, 
a túnica albugínea. O estroma do ovário, entre as estruturas medulares e corticais, 
possui algumas células fusiformes, denominadas de células intersticiais ou de 
Leydig. Estas últimas respondem aos estímulos das gonadotrofinas e produzem 
hormônios sexuais, principalmente androgênios. A hiperplasia destas células pode ser 
vista em afecções ovarianas relacionadas ao hiperandrogenismo (hirsutismo), como 
na síndrome dos ovários policísticos. Na região cortical, dependendo da fase e da idade, 
podem-se identificar: foliculos ovarianos, corpo lúteo e corpos albicantes. 
 
 
 
 
Folículos ovarianos 
 
 
O número total de folículos nos dois ovários da criança recém-nascida é de, 
aproximadamente 650.000, porém, a maioria, com o decorrer do tempo, desaparecerá 
devido a um processo de morte celular programada (apoptose), a atresia folicular, 
sendo que na menarca existem ao redor de 400.000. Deve-se mencionar que os 
folículos formam-se somente na vida embrionária; assim, após o nascimento não se 
formam mais folículos. O foliculo ovariano, ou seja, a unidade funcional dos 
ováriosé formada pelo ovócito e as células foliculares que o rodeiam. Os foliculos 
são separados do tecido conjuntivo adjacente por uma lâmina basal. 
Os ovócitos são oriundos das células germinativas primordiais e as células 
foliculares do epitélio superficial, daí o nome de epitélio germinativo, pois 
acreditava-se que os ovócitos eram oriundos do epitélio superficial do ovário. 
A partir da menacme, são recrutados, em cada ciclo menstrual, cerca de 1.000 folículos 
para amadurecimento, porém, em geral apenas um ovócito é liberado a cada ciclo, 
sendo que os outros degeneram. Desse modo, ocorre um esgotamento dos foliculos 
ovarianos com o decorrer da idade. Os folículos são classificados em primordiais, 
primários (unilamelar), secundários (multilamelares ou em crescimento) 
e maduros(de De Graaf). 
Enquanto os folículos ovarianos se diferenciam (primordiais, primários, secundários), os 
ovócitos encontram-se na primeira divisão meiótica; constituem os ovócitos 
primários. Nos ovócitos dos folículos ovarianos maduros inicia-se a segunda divisão 
meiótica, que só termina após a ovulação e a fertilização (ovócitos secundários). 
O determinismo do processo do recrutamento dos folículos ovarianos ainda é 
desconhecido. Acredita-se que este processo se inicia em ciclos ovulatórios anteriores. 
Alguns autores referem que os folículos demoram quase um ano para iniciarem o 
processo de crescimento e desenvolvimento folicular. Também o processo de seleção 
não tem todos os seus mecanismos elucidados. Isto traz um grande desafio para os 
programas de reprodução humana, visto que não se consegue ainda otimizar o 
processo de indução de ovulação e, conseqüentemente, obter a fertilização de todos os 
ovócitos capturados após a estimulação folicular com gonadotrofinas. 
 
 
 
 
Folículo ovariano primordial 
 
 
Após o nascimento, todos os folículos já estão formados e presentes nos ovários, sendo 
que os ovócitos ficam parados na primeira divisão meiótica (ovócitos primários). 
Estes folículos não respondem aos hormônios gonadotróficos (hormônio folículo - 
estimulante - FSH e hormônio luteinizante - LH) e são denominados de primordiais, 
estando presentes desde o nascimento até a menopausa, predominando na criança 
pré-púbere. Didaticamente, os folículos primordiais podem ser considerados como o 
estágio inicial do desenvolvimento folicular. São constituídos por uma célula haplóide 
(ovócito) que está na prófase da primeira divisão meiótica, envolta por uma camada de 
células epiteliais (denominadas foliculares), de formato pavimentoso, assentadas sobre 
uma lâmina basal. O ovócito é o gameta feminino, pois, contém as informações gênicas 
provenientes da mãe. É uma célula volumosa (40 µm de diâmetro), com citoplasma 
bem desenvolvido, contendo núcleo grande com cromatina frouxa e nucléolo bem 
evidente. Deve-se ressaltar que, neste período, grande parte dos foliculos ovarianos 
sofre um processo de degeneração por apoptose. 
 
 
 
 
Folículos ovarianos primários 
 
 
Com o início da puberdade, pode-se identificar o aparecimento de outros tipos de 
folículos ovarianos: primários, secundários e maduros. Os folículos primários são 
constituídos por um ovócito primário circundado por uma única camada de células 
foliculares (unilamelar) de forma cúbica, ou uma mistura de pavimentosas com cúbicas. 
Ao redor destes folículos organizam-se células do estroma, formando uma camada, 
ateca interna. As células desta camada diferenciam-se em células secretoras de 
esteróides que se continuam mais externamente com o tecido conjuntivo frouxo (teca 
externa). As células que formam a teca interna produzem esteróides a partir do 
colesterol, cuja via de síntese na primeira fase do ciclo menstrual é: colesterol – 
progestagênios e androgênios. Grande parte dos androgênios migra para o interior das 
células foliculares e estas os convertem em estrogênios, sendo estes últimos liberados 
nos vasos sangüíneos a teca interna. Em cada ciclo menstrual, vários folículos 
primordiais entram em processo de maturação, sob o efeito do hormônio folículo-
estimulante (FSH). A teca externa representa o estroma ovariano, onde se observam 
numerosas células e fibras do tecido conjuntivo, além de vasos sangüíneos. O limite 
entre a teca interna e as células foliculares é bem evidente, pois, estão separadas por 
uma lâmina basal, porém, o mesmo não pode ser observado entre as duas tecas. 
 
 
 
 
Folículos ovarianos ovarianos secundários (multilamelares ou em 
crescimento) 
 
 
Durante cada ciclo ovariano, vários folículos entram em crescimento, mas geralmente 
somente um atinge a maturidade completa. O crescimento começa com o aumento 
volumétrico do ovócito primário, surgindo à sua volta uma camada glicoproteíca, 
homogênea e acelular, denominada de zona pelúcida. Esta, no início da sua formação, 
é rica em proteínas, visto ser corada em róseo pela eosina (acidófila); posteriormente, 
com a agregação de grande quantidade de glicídeos, não é mais corada pela eosina. 
Esta região é produzida pelo ovócito e pelas células foliculares ao seu redor (corona 
radiata). Algumas das glicoproteínas presentes nesta zona são receptores específicos 
da espécie no momento da fertilização. À medida que o folículo cresce, devido à intensa 
atividade mitótica que ocorre nas células foliculares, surgem acúmulos de líquido rico 
emácido hialurônico entre elas. Nestes folículos, a teca interna acha-se bem 
desenvolvida e revela intensa atividade de síntese hormonal. 
 
 
 
 
Folículos ovarianos maduro 
 
O folículo maduro ou pré-ovulatório é o mais volumoso dos folículos, contendo grande 
quantidade de líquido folicular. Próximo da ovulação, atinge o diâmetro máximo de 2 a 
2,5 cm, fazendo saliência na superfície do ovário, sendo facilmente detectado ao ultra-
som. Nesse local, o epitélio superficial do ovário sofre alterações morfológicas que 
levam à maior varredura das fímbrias e da tuba uterina. O ovócito fica preso à 
parede do folículo por um pedículo constituído por células foliculares, o cumulus 
oophorus. As células foliculares próximas da teca interna formam uma camada 
denominada estrato granuloso ou membrana granulosa. Já as célulasfoliculares 
que envolvem e estão presas na zona pelúcida recebem o nome de corona radiata, 
que é a camada de células que acompanha o ovócito após a ruptura folicular. Há 
também o desenvolvimento do ovócito, que completa a primeira fase da meiose e inicia 
a segunda divisão meiótica, sendo então designado de ovócito secundário; forma-se 
o primeirocorpúsculo polar. No entanto, estaciona na segunda divisão meiótica (a 
segunda fase da meiose só termina com o estímulo do espermatozóide). O folículo 
maduro é bem volumoso e a ovulação geralmente ocorre 10 a12 horas após o pico do 
hormônio luteinizante (LH). 
 
Desde o início do ciclo menstrual até a ovulação, os hormônios liberados pelos ovários 
para a circulação sistêmica são estrogênios e androgênios, sendo estes últimos 
convertidos, perifericamente, em estrogênios. Aproximadamente cinqüenta por cento 
dos androgênios produzidos pelas células da teca interna são convertidos pela 
enzimaaromatase presente nas células foliculares em estrogênios, e o restante vai 
para a circulação, onde sofre a conversão periférica em estrogênios, pela mesma 
enzima presente em vários órgãos tais como: pele, músculos, tecido adiposo, tecido 
nervoso e fígado. Estes hormônios atuam em todo o corpo da mulher; são potentes 
agentes mitogênicos (aumentam a atividade mitótica), estimulam a síntese de 
glicosaminoglicanos, apresentam ação trófica sobre os neurônios do sistema nervoso 
central, além de outros efeitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ovulação ou ruptura folicular 
 
A ovulação é um processo que culmina com a ruptura da parede folicular e 
descontinuidade do epitélio superficial que reveste o ovário. O ovócito secundário se 
despreende junto com as células da corona radiata. É haplóide (N) e é liberado 
juntamente com o primeiro corpúsculo polar. Na primeira fase meiótica da 
ovogênese formam-se duas células, cujo tamanho é bem diferente, isto é, forma-se 
uma de tamanho normal e outra bem pequena, denominada de corpúsculo polar. 
Como esse corpúsculo é oriundo da primeira divisão meiótica, é denominado de 1º 
corpúsculo polar. A ovulação ocorre aproximadamente 14 dias antes da menstruação 
(na mulher com ciclo com duração de 28 dias, seria no meio do ciclo menstrual), com a 
liberação de um ovócito secundário, que é captado pelas fímbrias da tuba uterina. 
Entretanto, pode haver casos em que mais de um ovócito é liberado pelos ovários, na 
espécie humana. As células remanescentes da teca interna e das células foliculares 
remodelam-se e formam o corpo lúteo (corpo amarelo), que constitui importante 
fonte de esteróides, principalmente progestagênios e estrogênios (hormônios essenciais 
para preparar o endométrio para a implantação do concepto). 
Deve-se lembrar que o nível plasmático dos estrogênios depende dos folículos 
ovarianos em processo de maturação naquele ciclo, ou seja, representa à somatória da 
produção hormonal de todos os folículos. Outro fato relevante é que a teca interna 
secreta androgênios e que a presença das células foliculares e a conversão hormonal 
periférica é que torna possível a transformação desses hormônios em estrogênios. 
Com a ovulação, os folículos que se encontram, naquele ciclo, em processo de 
maturação entram em degeneração, pela falta de estímulos tróficos do FSH. 
 
 
 
 
 
 
Corpo lúteo 
 
O corpo lúteo é uma estrutura temporária formada pelas células granulosas ou 
foliculares (grânulo-luteínicas) e da teca interna (teco-luteínicas) que 
secretamprogestagênios e estrogênios. Estes hormônios estimulam o crescimento e 
a atividade secretória do endométrio (camada interna do útero), essencial à preparação 
deste tecido para a implantação do embrião em desenvolvimento. É considerado um 
órgão endócrino e, na ausência da implantação, mantém sua atividade por cerca de 12 
dias (10 a 14 dias), entrando em degeneração. Quando ocorre a implantação, as 
gonadotrofinas coriônicas que são, inicialmente, produzidas pelo trofoblasto 
(sinciciotrofoblasto) e, posteriormente, pela placenta, irão estimular a persistência do 
corpo lúteo, que passa a ser chamado corpo lúteo gravídico. O corpo lúteo é 
essencial para a manutenção da gravidez; no entanto, com a produção hormonal pela 
placenta entra em degeneração, processo que ocorre ao redor do 4º mês na mulher. 
Quando ocorre a degeneração do corpo lúteo (luteólise), forma-se no local um tecido 
hialino amorfo, denominado de corpo albicante.

Continue navegando