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FAMÍLIA STRONGYLIDAE Família Strongylidae Características gerais: Cavidade oral bem desenvolvida e circundada por coroa radiada; Corpo espesso; Adultos – parasitas do trato digestivo – ceco e cólon; Infecção passiva – L3 encapsulada; Ciclo evolutivo direto; Subfamílias: Strongylinae, Cyathostominae e Oesophagostominae. SUBFAMÍLIA STRONGYLINAE Gênero Strongylus: Extremidade anterior truncada; Orifício oral circundado por coroa radiada; Cápsula bucal – no fundo pode haver ou não dentes; Espículos iguais, bolsa copuladora trilobada; Vulva no terço posterior do corpo. Gênero Strongylus Coloração avermelhada – sucção de sangue da mucosa intestinal; Parasitos de equinos e asininos; Conhecidos como “grandes estrôngilos de equinos”. S. vulgaris S. equinus S. edentatus Strongylus edentatus Cabeça mais larga e distinta do corpo – constrição; Presença de coroa radiada; Cápsula bucal em forma de taça sem dentes na base; Dimensões: 23-28mm; 33-44mm; Hospedeiros: equinos e asininos; Localização: Adultos – ceco e cólon; Larvas – diversos órgãos. Ciclo Evolutivo Ciclo Evolutivo – S. edentatus L3 – Fígado (11 a 18 dias) - pelos ligamentos hepáticos; 3 meses em nódulos hemorrágicos – região peritonial do flanco dorsal direito; Mesentério – Ceco e cólon – Adultos. PPP: 320 dias. Quadro Clínico e Patogenia Cólica e anemia – pelos nódulos formado abaixo do peritônio; Diarreia e morte – pela presença dos estrôngilos na cavidade peritonial – líquido sanguinolento; Necropsia – peritonite, inflamação do baço; Diarreia ocorre pela absorção de líquido da cavidade peritonial – decorrente de reação proliferativa inflamatória crônica – migração das larvas. Strongylus equinus Espécie grande, mais espessa na região anterior; Coloração cinza escuro ou castanho avermelhada; Orifício oral – vários anéis quitinosos – internos sustentam pequenos dentes; Cápsula bucal oval – presença de 2 dentes grandes e 2 menores na base; Espécie menos comum no Brasil. Dimensões: 26-35mm; 38-55mm; Hospedeiros: equinos e asininos; Localização: Adultos – mucosa do ceco, raramente do cólon; Larvas – fígado, pâncreas, pulmões, tecido conjuntivo, parênquimas. Ciclo Evolutivo – S. equinus L3 – ceco e cólon – subserosa – em nódulos (11 dias); Cavidade peritonial; Fígado, pâncreas, rins – cavidade peritonial; Ceco e cólon – Adultos. PPP: 260 dias. Quadro Clínico e Patogenia Espécie que menos migra, porém prejuízos causados à parede intestinal são consideráveis; Perturbações hepática, pancreática, renal – quando invasão for maciça. Strongylus vulgaris Corpo retilíneo e rígido, coloração cinza escuro; Orifício oral – coroa radiada externa franjada; Cápsula bucal – 2 dentes grandes na base; Dimensões: 12-16mm; 20-25mm; Hospedeiros: equinos e asininos; Localização: Adultos – IG (ceco) Larvas – circulação arterial, gânglios linfáticos e nódulos da submucosa do intestino. Ciclo Evolutivo – S. vulgaris L3 – paredes intestinais – mucosa e submucosa ID – ceco e cólon – L4 (7 dias); Arteríolas da submucosa; Ramos da artéria mesentérica – 120 dias; CÓLICA – dependendo do nível de obstrução; Luz arterial – IG – L5; Em nódulos parasitários na seroa do órgão; Adultos. Quadro Clínico e Patogenia Espécie mais patogênica; Depende – nº de helmintos, idade do equino e estado físico – nutricional; Animais mais velhos – mais resistentes do que potros. Quadro Clínico e Patogenia Larvas: febre; perda apetite, queda de peso; depressão, apatia; diarreia ou constipação; cólica – morte em 14 a 20 dias. Hemorragia na cavidade peritonial – pela ruptura de nódulos causados pelas larvas – morte de potros; Arterite grave – pela presença de S. vulgaris; Formação de trombos – diminui aporte sanguíneo ao intestino – cólica e oclusão intestinal. Diagnóstico Identificação de ovos em exame parasitológico de fezes – Método Flutuação; Adultos no IG de equinos – Necropsia.