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* * Jeanne Alencar * * Novos Paradigmas na Assistência ao parto CTI Obstétrico Quartos PPP / LDR (RDC 36- MS) * * 4 Suites PPP com banheira * * Trabalho de parto normal “Contrações uterinas que produzem apagamento e dilatação cervical” “Dilatação cervical de 3cm ou mais e contrações com frequência de pelo menos 3 a cada 10 min.” Quando internar? Pcts hígidas Pcts com fatores de risco (CIUR, pós-datismo, DHEG, DMG etc) * * “Durante esse período é importante fornecer à parturiente suporte emocional adequado, visto que com frequência o TP é acompanhado de angústia e medo... O apoio continuado dado às parturientes pelos profissionais de saúde diminui a necessidade de medicações analgésicas, as taxas de parto operatório, as cesarianas e os índices de Apgar < 7 no 5° min.” (Rotinas em Obstetrícia, 2011) * * DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO presença de contrações uterinas com intervalos regulares e progressivas ao tempo, em termos de freqüência e intensidade. Sendo 2 – 3 contrações em 10min, com duração maxima de 50s, DU=3º 10’ 42” - apagamento do colo e dilatação progressiva formação da bolsa das águas - perda do tampão mucoso. * * MECANISMO DO PARTO * * “ O feto é o móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), impulsionado por um motor ( contração uterina). O TRAJETO -PARTES MOLES: SEGMENTO INFERIOR, CERVICE, VAGINA, REGIÃO VULVOPERINEAL. - PARTE OSSEA: PEQUENA PELVE, PEQUENA BACIA OU ESCAVAÇÃO * * MECANISMO DO PARTO No transcurso através do canal parturitivo, impulsionado pela contratilidade uterina e pelos músculos da parede abdominal, o feto é compelido a executar um certo número de movimentos que se denominam MECANISMO DO PARTO Podem variar de acordo com o tipo de apresentação e a morfologia da pelve TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO INSINUAÇÃO, DESCIDA E DESPRENDIMENTO * * INSINUAÇÃO - É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior, estando no ponto mais baixo da apresentação à altura das espeinhas ciáticas, plano “0” de De Lee. - Pode acontecer antes (poucas semanas) do parto, ou pode ocorrer até após o início do trabalho de parto. * * INSINUAÇÃO Insinuação Estática: processada na gravidez, em mais de 50% das primíparas. Flexão, por aconchego, no segmento inferior e descida, conjuntamente com o útero, por tração dos ligamentos e pressão das paredes abdominais. Insinuação Dinâmica: acontece no fim da dilatação cervical ou no inicio do período expulsivo, nas multíparas. Flexão por contato com o estreito superior da bacia e descida à custas das contrações expulsivas. * * DESCIDA -iniciada desde o principio do trabalho de parto e só termina com a expulsão fetal total, é a penetração rotativa. - a descida ocorre por um ou mais de quatro forças Pressão de LA Pressão direta do fundo sobre a pelve com as contrações Descolamento de esforços para baixo com os músculos abdominais A extensão e indiretamente do corpo fetal * * Marcado por 2 fenômenos: † ROTAÇÃO INTERNA DA CABEÇA: leva a sutura sagital a se orientar no sentido antero-posterior da saída do canal † INSINUAÇÃO DAS ESPÁDUAS: simultaneamente com a rotação interna da cabeça e sua progressão no canal de parto, acontece a penetração das espáduas através do estreito superior da bacia. * * * * DESPRENDIMENTO OU EXPULSÃO - após o movimento de rotação, o desprendimento se processa por movimento de deflexão - rotação externa da cabeça, após a rotação interna, o pólo migra para o exterior, sofrendo novo e ligeiro movimento de flexão, pelo seu próprio peso, executando a rotação, voltando o occiptal para o lado onde se encontra na bacia * * -rotação interna das espáduas: orientação biacromial na direção anteroposterior da saída do canal, onde o ombro anterior vai se colocar sob a arcada púbica; o posterior, em relação com o assoalho pélvico, impelindo para trás o cocix materno. - desprendimento das espáduas: o feto encontra-se com os braços cruzados para diante do tórax, a espádua anterior transpõe a arcada púbica e aparece através do orifício vulvar. Havendo liberação do ombro posterior após o anterior, e o restante do feto não oferece resistência para o nascimento. DESPRENDIMENTO OU EXPULSÃO * * * * 1° período: Dilatação 2° período: Expulsão 3° período: Dequitação 4° período: Primeira hora pós-parto * * Início: entre 30 e 36 sem. Acomodação da apresentação no canal de parto e descida do fundo uterino (2 a 4cm) Contrações uterinas irregulares (Braxton-Hicks) Aumento da secreções vaginais (muco c/ ou s/ raias de sangue) * * Contrações uterinas progressivamente mais intensas Colo dilatando com velocidade menor que 1cm/h Multíparas 14h Primíparas 20h Transição gradativa p/ fase ativa do trabalho de parto * * Conceito Fase latente + fase ativa Dilatação cervical > ou = 3cm e colo apagado DU > ou = 2 contrações/10’ Duração Primíparas: 10 a 12h (apagamento dilatação) Multíparas: 6 a 8h (apagamento + dilatação) * * * * * * Rotura da bolsa das águas Tricotomia Enteróclise Qualquer ato que se caracterize como violência obstétrica Acesso venoso sem indicação Restrição da dieta Devem ser evitadas * * Dieta livre Infusão venosa de fluidos e glicose, somente se necessário. TP disfuncional Deambulação Permitido * * Posição Evitar decúbito dorsal (compressão aortocava bradicardia fetal/ hipotensão materna) Cateterização vesical (evitar) Se necessário * * Toque vaginal Avalia progressão do apagamento e da dilatação, orientação, consistência, altura da apresentação, variedade de posição, presença de assinclitismo, bolsa das águas Assepsia adequada, lavagem das mãos, luvas estéreis ou luvas de procedimento, delicadeza Evitar toques desnecessários Frequência deve ser avaliado caso a caso 1/1h ou 2/2h Excesso infecção puerperal * * Bem-estar fetal BCFs (estetoscópio de Pinard ou sonar Doppler) a cada 30 min antes, durante e após contração uterina Cardiotocografia fetal intraparto Não usar de rotina Gestantes de alto risco (HAS, CIUR, Mecônio, DMG...) Desacelerações suspeitas (tardias) Bradicardia persistente (FC < 100bpm por tempo > ou = a 3min) * * Bem-estar materno Sinais vitais ( 1/1h) Conforto físico e psicológico NÃO instruir a “fazer força” (puxos) nesse período Bolsa das águas Amniotomia (6 a 7cm de dilatação) se necessário Reduz tempo de progressão do TP em 1 a 2h Reservada p/ progressão anormal do TP * * Drogas Ocitocina Correção da distorcia funcional Efeitos adversos: hiperestimulação uterina (taquissistolia), sofrimento fetal Suspensão da droga * * Analgesia peridural contínua Oferecer à parturiente sempre que possível se adequada evolução do TP (atividade uterina coordenada, colo dilatado > 4cm, apresentação fetal insinuada e adaptada à cervice) * * Gráfico de acompanhamento da evolução clínica do 1° período do TP” Preenchimento do partograma Fase ativa do TP IG> ou = 34 sem, feto único, apresentação cefálica fletida * * * * Conceito Duração Até 2h em primíparas e até 1h em multíparas Pico de contrações uterinas 5 em 10’/60 a 70’ Esforços expulsivos e desejo de defecar Agitação e dores intensas * * Bem-estar fetal BCFs A cada 15min antes, durante e após contrações uterinas De 5 em 5 min em gestações de alto risco Cardiotocografia, oximetria de pulso fetal * * Posição ideal para o parto Litotomia Cócoras Evitar posições horizontalizadas * * Episiotomia Não deve ser realizada rotineiramente Indicações: parto operatório, períneos rígidos, exaustão materna, feto grande, ICC materna, sofrimento fetal agudo... Mediana x médio-lateral direita Momento ideal Antes de distensão acentuada do períneo Precoce: aumento das perdas sanguíneas maternas Tardia: não efetiva * * * * * * Manobra de Ritgen modificada * * Manobra de Kristeller EVITAR!!! Circular de cordão Se frouxa: reduzir Se apertada: pinçar e seccionar Aspiração das VA do feto Desprendimento dos ombros Evitar tração sobre o pescoço * * Desprendimento dos ombros Evitar tração sobre o pescoço Distócia de espáduas ou ombros (ALSO) Manobra de McRoberts Pressão suprapúbica * * Após a saída do feto Mantê-lo abaixo ou na altura do introito vaginal com a face p/ baixo ou p/ o lado Entregar o RN para a genitora Clampear o cordão a 10cm do RN Clampeamento precoce ou tardio? * * Conceito Duração 10 a 20 min após o período expulsivo Prolongado > 30 min Pinçamento do cordão próximo à vulva (sinal de Ahlfeld) Sinais de descolamento da placenta Fabre * * Conduta ativa Ocitocina 10U IM após expulsão fetal Clampeamento precoce e tração controlada do cordão Manobra de Harvey (compressão leve na região do segmento inferior uterino) Auxiliar na descida da placenta Manobra de Jacob-Dublin Leve tração e torção anexial da placenta * * Hemorragia ou retenção placentária Extração manual da placenta sob anestesia Após a saída da placenta Assepsia da genitália externa Revisão do canal de parto Episiorrafia e sutura de lacerações * * * * Conceito Hemostasia do sítio de inserção placentário Miotamponagem Trombotamponagem Indiferença miouterina Contração uterina “fixa” Atenção Hemorragias por atonia uterina e lacerações do trajeto * * Atenção Hemorragias por atonia uterina e lacerações do trajeto Sangramento por retenção de restos placentários ou de membranas Perda sanguínea média Parto normal: 500ml Cesariana: 1000ml * *
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