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Fernando Silva Sales OAB/GO 30.145
	Leandro Silva Sales OAB/GO 34.068
 Simone Maria da Silva Rodrigues OAB/GO 47.824
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 	 VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE GOIÂNIA, ESTADO DE GOIÁS, TRT 18ª REGIÃO.
 
XXXXXXXXX, brasileira, casado, eletricista industrial, nascido em XXXXXX, filho de XXXXXXXX e XXXXXXXX, portador da CI RG nº. XXXXXXa – DGPC/GO, inscrito no CPF/MF sob nº. XXXXXXX, residente e domiciliado a XXXXXX, CEP XXXXXX, XXXXX, por seu procurador e advogado que esta subscreve, vem mui respeitosamente à digna presença de V. Exa., propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
c/c Assédio Moral c/c Indenização por dano moral 
pelo rito ordinário, em face de XXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ: XXXXXXX, com sede à Rua XXXXXXX, CEP XXXXXX, XXXXX, pelos motivos de fato e de direito a seguir articulados: 
1. HISTÓRICO DO CONTRATO DE TRABALHO
(Data de admissão; função; carga horária)
O Reclamante foi admitido aos préstimos da Reclamada, em XXXXXXXXXXXXX
2. JORNADA DE TRABALHO
O Reclamante laborava em quadro de escala, sendo XXXXXX
3. DO 13º SALÁRIO 
Que a Reclamada no período contratual trabalhista vigente, também, não honrou integralmente o pagamento ao Obreiro sobre o 13º salário, referente ao ano XXXXXXXX.
4. DAS FÉRIAS INTEGRAIS E PROPORCIONAIS
Que o Obreiro desde a admissão conforme assinatura da CTPS em XXXXXXXX
5. RECOLHIMENTO DO FGTS
A Reclamada durante todo o pacto laboral, deve depositar o FGTS na conta vinculada do reclamante, devendo ainda provar tais depósitos, se não fizer o depósito ou não provar os referidos depósitos deverá regularizar tal obrigação, o referido encontra supedâneo no artigo 818 da CLT.
Observa-se que a iniciativa do rompimento do vínculo empregatício no presente caso se deu pela Reclamada e a dispensa foi sem justa causa, o (a) Reclamante tem direito ao recebimento sobre os valores nunca depositados, mais a multa de 40% sobre as diferenças do FGTS devido, de acordo com o § 1º do art. 18 da Lei n. 8.036/90.
XXXXXXXXX
6. DO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Cabe mencionar que desde a despedida sem justa causa do Reclamante, NADA foi pago ao obreiro.
7. DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT. Dessa forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência.
8. DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º DA CLT
No prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, nada foi pago ao Reclamante, desta forma, se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor do Reclamante, conforme § 8º do mesmo artigo.
9. DO DANO MORAL e MATERIAL
A pretensão do RECLAMANTE ao ressarcimento pelos danos morais e materiais por ele sofridos, encontram se guarida na inteligência no disposto dos artigos 186 e 927, parágrafo único, do Código Civil Brasileiro, que dispõem, verbis:
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar dano a outrem, comete ato ilícito".
"Art. 927 - Aquele que por ato ilícito (at 186 e 187), causar dano outrem fica obrigado a repara-lo.
Parágrafo único: Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem.” (grifo nosso)
Ora, claro está, que a atitude do RECLAMADO, em não efetuar o pagamento dos salários e honrar os demais direitos trabalhistas, desencadeou em diversas consequências na vida do Obreiro, especialmente, quanto ao descontrole financeiro.
Portanto, mesmo que assim não fosse, o presente caso atrai a aplicação da responsabilidade, sem culpa aparente, ou "culpa presumida" prevista no parágrafo único, do art. 927, do Novo Código Civil, aplicado subsidiariamente ao Direito do Trabalho.
O Novo Código Civil adota a teoria do risco, obrigando a reparação do dano, independentemente de culpa, quando a atividade desenvolvida pelo agente (empregador) implicar, por sua natureza, grande risco para os direitos de outrem (empregado). Como ensina Tércio Sampaio Ferraz Júnior, in Introdução ao Estudo do Direito, 2a.ed., São Paulo, Atlas, 1994, p. 163: "É a responsabilidade objetiva, caso em que a prestação se exige não porque pela sua ação o sujeito se compromete ou porque dela resultou um dano, mas porque há um risco potencial na situação. É o risco da própria atividade empresarial que dá origem à responsabilidade”.
Esse risco deve ser assumido pelo empregador ao empreender, ao realizar sua atividade empresarial. Não é a sua atividade empresarial que provoca o dano. É o trabalhador que se fere. A responsabilidade tem por base o risco que é um dado objetivo (nem o trabalhador quer ferir-se, nem o empregador quer feri-lo).
Dessa forma, com espeque na "teoria do risco", aquele que se beneficia do empreendimento deve arcar com os ônus respectivos. Sílvio de Salvo Venosa, in Direito Civil: responsabilidade civil, 3a. ed. - São Paulo: Atlas, 2003, excele à f. 12 que: "No vasto campo da responsabilidade civil, o que interessa saber é identificar aquela conduta que reflete na obrigação de indenizar”.
Nesse âmbito, uma pessoa é responsável quando suscetível de ser sancionada, independentemente de ter cometido pessoalmente um ato antijurídico. Nesse sentido, a responsabilidade pode ser direta, se diz respeito ao próprio causador do dano, ou indireta, quando se refere a terceiro, o qual, de uma forma ou de outra, no ordenamento, está ligado ao ofensor". Prossegue o mesmo autor à f. 13, aduzindo que: "Ao analisarmos especificamente a culpa, lembramos a tendência jurisprudencial cada vez mais marcante de alargar seu conceito. Surge, daí, a noção de culpa presumida, sob o prisma do dever genérico de não prejudicar (Direito Civil: parte geral, seção 31.2).
Esse fundamento fez surgir a teoria da responsabilidade objetiva, presente na lei em várias oportunidades, que desconsidera a culpabilidade, ainda que não se confunda a culpa presumida com a responsabilidade objetiva. A insuficiência da fundamentação da teoria da culpabilidade levou a criação da teoria do risco, com vários matizes, que sustenta ser o sujeito responsável por riscos ou perigos que sua atuação promove, ainda que coloque toda diligência para evitar o dano. Trata-se da denominada teoria do risco criado e do risco benefício. O sujeito obtém vantagens ou benefícios e, em razão dessa atividade, deve indenizar os danos que ocasiona.
Assim, a responsabilidade objetiva independe de culpa, pois aquele que, através de sua atividade, cria um risco de dano, é obrigado a repará-lo ainda que não se apure ação culposa. Destarte, restando demonstrada que a atividade desenvolvida pelo empregado é perigosa, a empregadora deve responder pelo risco, à luz da teoria da responsabilidade patronal objetiva, dado que o empregador assume os riscos da atividade econômica, como já salientado. Portanto, tem-se que a Reclamada deve ser responsabilizada quanto à reparação do dano moral sofrido pelo empregado.
Contudo, Ana Paola Santos Machado Diniz, em obra de 2003: “À luz do Código Civil de 2002, diz que a regra geral da responsabilidade subjetiva cede espaço à teoria objetiva naqueles setores da atividade empresarial identificáveis como de risco à saúde do trabalhador. À míngua de legislação delimitando-os, caberá ao magistrado estabelecê-lo nas situações concretas trazidas a juízo”.
Não obstante, na Carta Magna de 1988 tem previsão nesse contexto, o que vem a confirmar o mandamento do texto infraconstitucional, além de ampliar as hipóteses de imputação de responsabilidade na medida em que dispensou até mesmo a demonstração da culpa grave, sabiamente criticada face o subjetivismo de sua conceituação,dificultando sua demonstração no caso concreto, conforme se infere do inteiro teor do inciso XXVIII de seu artigo 7°,. Vejamos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
No sentido de excluir a necessidade de prova da culpa grave, o renomado mestre Aníbal Fernandes observa que "é absolutamente inovadora a nova Carta ao admitir a concomitância da reparação pela seguridade com a responsabilidade civil do empregador nos casos de dolo ou culpa, sendo certo que não faz referência à gradação desta" (Ltr. 52/1429).
Assim, podemos dizer que a reparação do dano aferido, está respaldada em todos os requisitos e pressupostos da responsabilidade do agente patronal (o dano, o nexo causal e a culpa do empregador).
É cediço que ao empregador incumbe bem selecionar, capacitar e proteger seus empregados - a uma porquê lhe conferia mais competitividade e a duas, porquê prevenirá possíveis danos que certamente lhes serão atribuídos em razão da condição de elemento "diretor" das atividades empresariais, sendo isso o que infere, verbi gratia, do disposto no artigo da Lei n° 7.036/76.
“todo empregador é obrigado a proporcionar a seus empregados máxima segurança e higiene do trabalho, zelando pelo cumprimento dos dispositivos legais a respeito, protegendo-os especialmente, contra imprudências gue possam resultar do exercício habitual da profissão,” (grifamos).
No que toca ao DANO MORAL, não subsistem dúvidas quanto ao direito de vê-lo ressarcido, em casos como o presente. A Carta Política de 1988 previu em seu artigo 05 inciso V o direito de reparação do dano moral ao dispor, in verbis: 
"Art. 5° Todos são iguais perante a lei, .....................
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; (...) (grifamos).
Vale ressaltar que o dano moral não é meio de valoração da lesão em si, que certamente não tem preço, mas de compensar a dor sofrida, que vira minorar as agruras da vítima e de seus familiares, pois dificilmente será mantido no emprego após o término da estabilidade, portanto terá alguma dificuldade arrumar outro emprego.
Assim, diante da situação, terá/tem enormes dificuldades, até mesmo de readaptação, para impor o que foi perdido, tirando as fortes dores e tudo isso almejando uma melhor situação econômica que sirva de lenitivo para outros interesses na vida, e até mesmo esquecendo um pouco a tristeza pelo dano irreversível, servindo de estímulo para novos interesses. Por outro lado estimulara a coletividade em geral, para que tenha maior consideração com a integridade humana, procurando evitar a indenização e acautelando-se mais nos meios de evitar tais danos.
Assim, podemos dizer que o trabalho é um meio de ganhar e não de perder a vida.
A reparação que obriga o ofensor a pagar e permite ao ofendido receber é princípio de Justiça, com feição, punição e recompensa, dentro do princípio jurídico universal, demonstrando que ninguém deve lesar ninguém."Todo e qualquer dano causado à alguém ou ao seu patrimônio, deve ser indenizado, de tal obrigação não se excluindo o mais importante deles, que é o dano moral, que deve automaticamente ser levado em conta." (V.R. Limongi França, "Jurisprudência da Responsabilidade Civil, Ed. RT, 1988).
Insta salientar, que em decorrência do descumprimento contratual pela Reclamada o Obreiro gerou dívidas perante inúmeras pessoas e instituições bancárias, desencadeando em atrasos nos compromissos ora firmados.
Contudo, diante de tais situações, o Obreiro era submetido diuturnamente a cobrança pelas dívidas atrasadas, tanto pelo banco credor, bem como, pelos órgãos terceirizados, não havendo nem como justificar por não ter outra fonte de renda que lhe pudesse honrar a obrigação, e por não ter previsão real de recebimento de seus salários.
Assim, ao longo do período laborado o Reclamante, sofreu com estas humilhações diariamente, devido a falta de compromisso do empregador, o que lhe trouxe reflexos em sua vida emocional e psicológica.
Por fim, não se pode deixar de favorecer compensações MATERIAL e MORAL ao ofendido, haja vista, que o descumprimento contratual pela Reclamada lhe trouxe consequências irreparáveis em sua vida pessoal, familiar, financeira, profissional, assim obtendo a legítima reparação satisfatória, poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alívios, ainda que incompletos, para o sofrimento. Já que, dentro da natureza das coisas, não pode o que sofreu lesão moral recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurídico imaterial, da honra, da moral, da auto-estima agredidos, não podendo deixá-lo desprotegido, enquanto o reclamado se quedaria na imunidade da sanção. No sistema capitalista, a consecução de recursos pecuniários sempre é motivo de satisfação pelas coisas que podem propiciar ao homem.
Por estes fatos V. Exa., é que se impõe o acolhimento dos pleitos em sua integralidade, única forma de restituir-se ao reclamante o status anterior à lesão sofrida, em prestigio do princípio do restitutio in integrum.
10. DA JUSTIÇA GRATUITA 
Esclarece o reclamante, que é pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não estando em condições de demandar, sem sacrifício do sustento próprio e de seus familiares, motivo pelo qual, pede que a Justiça do Trabalho lhe conceda os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos das Leis n.º. 5.584/70 e 1.060/50, com a redação que lhe deu a Lei n.º 7.510/86, conforme Declaração, anexo. 
11. DOS PEDIDOS:
Assim, ante ao exposto, R E C L A M A:
1 - Preliminarmente: O Obreiro requer através da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, c/c PEDIDO LIMINAR c/c TUTELA DE URGÊNCIA, 
2 - Verbas Rescisórias			
2.1.1 - Saldo de Salário 
2.1.2 – ref. ao mês de outubro/2017						
	Total
	 R$ XXXXX
2.2.1 - aviso prévio indenizado = 						
	Total
	 R$ XXXXX
2.3.1 - 13º salário integral 								
	Total
	 R$ XXXXX
2.4.1 - férias integral + 1/3 constitucional							
	Total
	 R$ XXXXX
2.5 - Multa do art. 477 da CLT = 
	Total
	R$ XXXXX
	Obs: admite a dedução dos valores vales efetuados antes de sua demissão.
	
3 - FGTS (art. 15 da lei 8.036/90) segunda reclamada
3.1- Deve a reclamada comprovar com a defesa os recolhimentos mensais corretos, sob pena de pagar ao autor 8% (oito por cento) de toda a remuneração paga ou devida e não recolhida, mais multa de 40%, requerendo a liberação FGTS (código 01), bem como, a juntada da prova de quitação sob pena de ser apurada via cálculo judicial c/ acréscimo de multa
3.2- multa (40%)= R$ XXXXX
	Total 
	 R$ XXXXX
	
	
3.3 - FGTS / ano 2016	= R$ XXXXX
3.4 - FGTS / ano 2017	= R$ XXXXX
	Total
	 R$ XXXX
Obs: admite a dedução dos valores depositados.
4 - MULTA DO ARTIGO 467, CLT
	Total
	R$ À calcular
				
5 - Reclama ainda:								
a) Quitação das parcelas incontroversas na primeira audiência, sob pena de multa (50%);
	
b) Juntada das cópias dos recibos de pagamento, sob pena de prevalecer à média ora noticiada, acrescida de horas extras e outras parcelas de natureza salarial;
c) Em razão da precária situação financeira, inclusive de ordem alimentar, postula à Assistência Judiciária, nos termos da Lei;		
d) Produção de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, sob pena de confesso;	
e) Citação à Reclamada, para querendo, apresentar defesa, sob pena de revelia; 
f) Intimação das Testemunhas para comparecerem na audiência trabalhista;
g) Procedência dos pedidos aqui formulados, requerendo a condenação das parcelas acrescidas de juros e correção monetária, no que couber;	
h) A condenação da Reclamada por DANOS MORAL e MATERIAL, com fundamento no Princípio da Segurança Jurídica no âmbito trabalhista em perceber os direitos pactuados na relação de trabalho, bem como, os transtornos advindos da inadimplência da relação contratual com o Obreiro = R$ 5.000,00
i) a condenação da reclamada na responsabilidade solidária da presente ação.
OBS: Para evitar o enriquecimento ilícito e a litigância de má-fé, o obreiro requer a dedução de todos os valores por ventura pagos a igual título e devidamente comprovados nos autos.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ XXXXXX (XXXXXX), para os efeitos legais.	
Termos em que,
Pede deferimento.
Goiânia-Goiás (quinta-feira), 09 de novembro de 2017.
�
 Assinatura Advogado
OAB/GO XXXX
��Rua 06, n. 515, Sl. 16, Ed. Parthenon Center, Centro - CEP 74.023-030, Goiânia-GO
� HYPERLINK "http://www.saleseadvogados.com.br" �www.saleseadvogados.com.br� | � HYPERLINK "mailto:saleseadvogados@gmail.com" �saleseadvogados@gmail.com�

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