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Direito Constitucional II 1º Bimestre

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Direito Constitucional II 
Laura Basso Brollo 
1º bimestre 
Prof.ª Tanya 
Sala C27 
24/07 (1º aula) 
- Apresentação da professora e da matéria que será trabalhada. 
- Datas das provas marcadas: 
19/09 – Prova 1º bimestre 
21/11 – Prova 2º bimestre 
04/12 – 2º Chamada 
11/12 – Exame Final 
- Biografia 
Curso De Direito Constitucional – Gilmar Mendes 
25/07 
2º Aula 
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
*revisão* 
Vídeo: Receita para lavar palavra suja. 
A linguagem existe para acelerar o método de transmissão do conhecimento 
1. Liberdades públicas: liberdade dos Estados. 
➔ Restritivo: Só aponta para a liberdade. 
➔ Esse título ficou certo, pois os direitos fundamentais se tornaram mais abrangentes do que apenas a 
liberdade do Estado. 
➔ Teria que fazer uma explicação muito complexa para entender o tema. 
2. Direitos humanos: contesto internacional 
➔ Sendo para além do que é necessário. 
➔ Direito humanos e fundamentais, são rótulos diferentes para coisas diferentes. 
➔ Questionamento: O Brasil é preocupado com as condenações de violência ao direito humano. 
➔ Exemplo: Anistia a quem torturou em nome do estado. 
3. Direitos fundamentais: está na Constituição Federal. 
➔ Compromissos que o Estado assume e nós também. (como constituintes do Estado) 
➔ Fundamentalmente: direitos pelos quais sem eles o homem quase não existiria. Positivado em nosso 
ordenamento interno. 
DIMENSÕES 
1º - Liberdade, segurança e individuo (Estado como vilão) 
2º - Justiça social, igualdade material (Particular como vilão) 
Nas duas dimensões a única coisa que mudou foi a inversão dos polos, mas a briga sempre foi entre Público X 
Privado. 
3º - Racionalidade da titularidade do direito, direito a democracia, paz. 
Dimensão ≠ Geração → no fim é tudo a mesma coisa. 
Mas um país pode ter muito bem uma e não ter a outra. 
CARACTERÍSTICAS 
➔ Direitos universais e absolutos (Absolutos por estarem no patamar máximo da hierarquia e de não 
tolerarem restrição. Na qual eles não são totalmente absolutos.) 
➔ Historicidade. 
➔ Inalienabilidade / Indisponibilidade – Inalienável não admite que o seu titular o torne impossível de 
ser exercido para si mesmo. Porque alguém vai querer inalienar se todos tem? 
➔ Imprescritíveis 
31/07 
3º Aula 
CLASSIFICAÇÃO 
Direitos fundamentais do homem: 
➔ Individuo (Art. 5º) 
➔ Membro de uma sociedade (Art. 5º) 
➔ Social (Art. 6º e 193, ss.) 
➔ Nacional (Art. 12) o que posso exigir do Estado em questão de segurança. 
➔ Cidadão (Art.14, ss.) 
DIREITO X GARANTIAS 
Direito – Caráter declarativo. Enuncia proteção jurídica para certo assunto/ interesse. 
Garantias – Carácter instrumental, fornecer meios para a aplicação do direito. 
 *DIREITOS FUNDAMENTAIS* 
➔ DIREITO DO HOMEM INDIVÍDUO – INDIVIDUAIS 
1. DIREITO À VIDA 
Se não há direito a vida plena, então não há outros direitos. 
Art. 5º, caput: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, 
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” 
Direito à vida refere-se à vida integra, sadia, saudável e equilibrada. Não sendo, necessariamente, a qualidade 
de vivo ou morto. 
Só terá sentido no direito à liberdade, se existir vida humana que seja titular da liberdade. A inviolabilidade 
da vida humana proíbe o exercício arbitrário do Estado de matar, por exemplo. 
O Estado deve prestar esse direito, na qual não deve rompe-lo. 
Exceção: Poderá ter pena de morte quando houver um estado de guerra declarada, com estrangeiros. Poderá 
pela ideia de preservação da integração da soberania. (Essa exceção é criticada hoje) Art.84, XIX, CF. 
- Inadmissível, nos dias de hoje, pena de morte. 
- O Estado tem direito/ dever de preservar a vida. 
EXEMPLO: Testemunha de Jeová, uma criança morreu por não terem feito uma transfusão de sangue. Os 
médicos estão errados ou certos? Segundo um recurso extraordinário do STF declara que só não poderá fazer 
a transfusão de sangue se houver um tratamento alternativo, no caso se não tiver terá que fazer para salvar 
a vida da pessoa. O médico tem o dever de salvar vidas, não podendo assim deixar a criança morrer por ela 
ser testemunha, sendo que não havia uma alternativa. 
QUESTIONAMENTE: Tratamento jurídico ao aborto, Art. 124, CP. 
“Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (Vide ADPF 54). Pena - 
detenção, de um a três anos.” 
Situação que se pune o aborto: Art. 125 e 126, CP. 
“Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos.” 
“Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54) Pena - reclusão, de um a quatro 
anos. Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é 
alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.” 
No caso do último artigo, a mãe só poderá abortar se a ela mesma houver risco de vida ou se for fruto de 
estupro. 
Necessário: não se pune quando há risco de vida da gestante – salva a vida da mãe. 
Humanitário: em caso de estupro – não tem haver com a integridade da mãe. 
• Questão da Eugenia: (o ordenamento não recebeu de forma legitima) ADPF 54, na qual fala sobre a 
anencefálico. Ideia de que o anencefálico não tem vida, por não ter cérebro, sendo assim se houvesse 
o aborto, não iria ser um aborto, pois aborto é descontinuação dolosa da prenhez, com ou sem 
expulsão do feto, da qual resulta a morte do nascituro, e o anencefálico já está morto na barriga da 
mãe. (HC 124.306) 
• ADPF 442 
Prestar atenção nos seguintes Artigo: Art.124 e 126 – são os que são “criticados”. 
Roe vs. Wade: direito de aborto pois foi estuprada 
Entrevista Barroso ao professor Conrado Hubner Mendes. 
2. PRINCÍPIO DA INSONOMIA 
Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes:” 
Conhecer e respeitar a diferença. 
Diversidade ≠ desigualdade 
LEMBRANDO: o que quer se evitar é a desigualdade. 
Igualdade não é falta de diversidade. 
COMUNIDADE DE VALORES 
“Todos são merecedores de igual consideração e respeito.” 
Adversário ≠ inimigo 
Adversário: membro da sociedade, que são divergentes e que essas diferenças são resolvidas na 
argumentação e voto entre eles. 
O tema tolerância é perigoso pois essa palavra é menor do que respeito, quem tolera não respeita. 
➔ Tratar igualmente os iguais e os desiguais, desiguais, a medida de sua necessidade. 
➔ Exemplo: Art. 7°, incisos XX, XVIII e XIX 
Art. 7º “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
XX - Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX – licença - paternidade, nos termos fixados em lei;” 
(diferença entre o inciso XVIII e o XIX) 
O papel da mulher é totalmente diferente que o do homem. Não é ele quem gesta, que passa pelas mudanças 
físicas e químicas, que irá alimentar, que passará por todas as alterações hormonais que podem levar à casos 
de depressão pós-parto, por exemplo. Ou seja, todas essas mudanças afetam muito mais as mulheres do que 
os homens. A relação de dependência do bebê é com a mãe do que com o pai. Por isso que as duas licenças 
são tratadas diferente. 
No caso de casaishomossexuais, a maternidade será considerada o mesmo tempo de afastamento, por serem 
iguais. Já a reconhecimento de afastamento pela adoção. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 5º Os direitos e deveres referentes 
à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 
➔ Art. 37, II. 
Art. 37. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista 
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” 
(Realização da isonomia) 
PODE HAVER DISCRIMINAÇÃO, pois descriminar é para tentar a igualdade. 
Exemplo: Cotas, são uma forma de minimizar a igualdade, por isso não pode ser para sempre, irá existir até o 
problema dá educação ser sanado. 
Exemplo2: Confeitaria que deixou de fazer o bolo de casamento pois o casal é homoafetivo. 
Exemplo3: Um clube fechado, pode ser fechado, mas não pode não permitir a entrada de certas pessoas 
apenas pela orientação sexual dela. Caso do clube que não permitiu que a mulher colocasse sua esposa como 
dependente nela no clube, pois o clube só aceitava filiação de um casal que fosse homem com mulher. 
 
07/08 
5º Aula 
3. LIBERDADE 
A liberdade pode ser, interna (subjetiva) ou externa (objetiva). 
➔ Interna: Corresponde aquele exercício de formação de decisões que praticamos em todo tempo, mas 
que se mantem no nosso interior. Essa liberdade não tem interesse algum ao direito, pois é algo que 
está dentro de você. 
➔ Esterno: Expressão desse querer individual, exteriorização das escolhas. Quando o pensamento 
interno se torna externo, posso pensar em matar alguém, mas se matar vou ser punido. 
Liberdade X legalidade. 
➔ Art. 5°, II – “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” 
➔ Normas perceptivas: São as normas que impõe um comportamento e suas sansões, o que cria deve 
fazer algo que, provavelmente, o sujeito não faria se não fosse exigência legal, exemplo, pagamento 
de tributos. 
➔ Normas proibitivas: É o oposto, são os que elegem determinadas condutas para proibi-las. Não sendo 
necessário essas normas serem de caráter negativo. 
Formas de liberdade externa 
1. LIBERDADE DA PESSOA FÍSICA 
O Estado não pode privar as pessoas de se locomover livremente pelos lugares. 
Tipos: 
1.1. Liberdade de locomoção: Direito de ir e vir ou ficar, livremente. 
Art. 5º, XV – “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, 
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;” 
-Em tempo de paz, posso sair do país, não quer dizer que vá me privar das fiscalizações que existem 
nos aeroportos, rodoviárias e estradas (por quem é responsável pela fronteira). 
- Liberdade de deslocamento dentro do território nacional, e estando podendo sair e retornar 
inclusive com os seus bens, nos termos da Lei. 
 
1.2. Liberdade circulação: direito de se deslocar de um ponto para o outro, usando uma via pública ou 
afetadas pelo uso público. 
- Não é que por ser uma via pública que posso usar de qualquer jeito 
- Afetados pelo uso público: são os espaços que são privados e que, pela necessidade, o poder público 
determina que seja público. Exemplo: passarela da federal, usado para que os alunos transitem 
durante o período de aula, então fica aberto até tal horário. 
- Exemplo: Se o sujeito está de carro em uma via pública, não quer dizer que ele poderá fazer o que 
quiser, pois há regras de circulação. 
-Exemplo: Rodizio em São Paulo de carro, em determinados dias não pode circular determinada 
placa. 
O ESTADO DEVE RESTRINGIR 
2. LIBERDADE DE PENSAMENTO 
Direito de exprimir por qualquer forma o que se pense sobre ciência, religião, arte, futebol, ou o que seja que 
for. HÁ LIMITE. O Estado não deve interferir nos nossos juízos de valor. Trazer ao mundo externo. Compartilhar 
as ideias. 
TIPOS: 
2.1. Liberdade de opinião: 
Art. 5°, IV – “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;” 
CONTEÚDO 
Poder manifestar minha opinião sem que o Estado me restrinja. 
É livre a manifestação de pensamento desde que você se identifique, não será protegido a quem é 
anônimo. 
Na maioria das vezes essa liberdade coloca o Estado como devedor de neutralidade/ não 
interferência. As vezes não basta só a neutralidade, as vezes se faz necessário um incentivo do estado 
para realizar essa liberdade. 
Aquele que fere o direito do outro não merece proteção. A proteção se da em face do conteúdo, 
quando há o anonimato não irá mais configurar mais o direito à liberdade de pensamento. 
 
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6º Aula 
2.2. Liberdade religiosa: 
Art. 5º, VI – “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício 
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;” 
Compartilhar crenças e convicções religiosas. Separar Estado de religião. 
 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir 
prestação alternativa, fixada em lei; 
A. Crença → liberdade de escolher ter uma religião, escolher não ter, trocar ou não crer em uma. 
B. Culto → permite a aproximação de pessoas com este mesmo fim em locais públicos. Estado deve 
respeitar esse exercício. Já houve decisões proibindo a pratica de determinadas cultos religiosos 
(como no caso das religiões africanas), mas não é mais admissível isso. 
C. Organização religiosa → relação entre o Estado e a Igreja. Três formas desse convívio entre o 
Estado e a religião: 1. O Estado se confunde com a religião (Islã, Vaticano), 2. O Estado está ligado 
a uma igreja e coloca uma religião oficial, 3. O estado é laico, no caso do Brasil. 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I -Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embarcar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma 
da lei, a colaboração de interesse público; 
→ QUESTIONAMENTO: Crucifixo em repartições públicas, sacrifício de animais em cultos religiosos. 
→ As vezes para garantir a liberdade o Estado precisa tomar um lado: exemplo: O cara é chamado 
para o exército e a religião dele não permite que ele pegue em armas, sendo assim o Estado da a ele 
uma alternativa, trabalhar no sistema administrativo, na faxina, etc. Se ele não aceitar a alternativa 
terá um problema. 
2.3. Liberdade de expressão (canal) 
Art. 5º, IX – “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença;” 
Tutela os meios para que ela seja compartilhada. 
Exemplo: Novela, combina a liberdade de expressão com a liberdade artística. Geralmente ela coloca um 
tema específico em pauta, o que carrega uma forte carga de opinião do autor, bem como do próprio ator. 
O que não se quer é a intervenção do Estado na definição dessa pauta. 
O homem vive em comunidade, se relaciona, há necessidade de troca de ideias. Democracia: diversidade, 
pluralidade. 
Stuart Mill: propõe livre confronto de pensamento. Melhor isso a ter um Estado que filtre ou censure. Mas 
haver limites.2.4. Liberdade de comunicação(canal) 
Art. 5°, XII - “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;” 
Art. 220. “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, 
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.” 
Formar o conteúdo sem a intervenção do Estado ele é compartilhado. O modo como tal conteúdo é 
compartilhado é o que é tutelado pelo Direito. 
Telenovela → Antes, na ditadura havia censura nas novelas e na música. Hoje em dia não há mais. 
→ QUESTIONAMENTO: Exibição no museu, na qual o Santander tirou de exibição pois um cliente muito 
forte religioso falou “Tire de exibição ou tiro minhas contas desse banco”, o mesmo ficou obrigado pelo 
Ministério Público a fazer mais 3 (três) exibições. Por que esse grupo pode censurar? 
Autocensura, perigoso. 
2.5. Liberdade de informação 
É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessária ao 
exercício profissional. Trata-se do direito de informar e ser informado. 
→ Liberdade de informação jornalística → não existira democracia sem isso. Toda informação jornalística 
tem duas partes: notícia e crítica. 
NOTÍCIA: Tem que se verdadeira, para que assim possa criticar informações que sejam verdadeiras. Forma 
não insidiosa, aquela informação necessária para mostrar a notícia, sem violar a privacidade de alguém, 
exemplo, capa veja do casal morto em um crime na década de 90. Interesse jornalístico. 
Após criticar alguém a mesma tem direito de resposta. 
PROBLEMA → Quem deve exercer essa liberdade e delimitar somos nós, na qual o Estado não tem direito 
de decidir por mim. 
Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando 
necessário ao exercício profissional; 
14/08 
7º Aula 
Fato New York Times X Sullivam 
Trata-se de um fato em que o jornal NY TIMES escreveu sobre um ocorrido policial, criticando as autoridades, 
um dos policiais Sullivam se sentiu ofendido por, segundo ele, focar evidente a ofensa a ele mesmo. Foi 
decidido que o jornal estaria “certo” pois notícias tratando autoridades públicas são de interesse jornalístico 
e como policiais devem se submeter a críticas, por serem servidores públicos. Apenas não será aceito essas 
noticias caso o jornal agir de má-fé. 
3. LIBERDADE DE EXPRESSÃO COLETIVA 
TIPO: 
3.1. Direito de reunião 
Art. 5º, XVI – “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;” 
➔ Confronto de ideias, pacificamente, por isso não precisa de armas. 
➔ Em locais públicos → para que esse direito não seja uma desculpa para invadir a propriedade 
provada. Praça, espaço público, pois é na ágora que tem discussão, convivência. 
➔ Independe de autorização → o governo não pode intervir em manifestação. (Manifestação Deborah 
Duprat, MPF, marcha da liberdade) 
➔ Precisa apenas notificar → para verificar se alguém não tenha pedido antes, para não acontecer um 
conflito. Depende também do tamanho do evento precisa-se fechar a rua, colocar políticas. Exemplo: 
2015/16, marcha contra o impeachment e a favor → um de um lado da cidade e outro para o outro 
lado em horários diferentes. (QUEM PEDIR PRIMEIRO ESCOLHE) 
➔ Objetivo comum → realizável pelo direito de reunião. 
➔ Necessário ter consciência na adesão, ou seja, a pessoa deve querer se reunir. Não é aquilo que 
acontece por acaso. Há necessidade de um elemento que faz com que só um grupo reunido atinja o 
objetivo da reunião. 
➔ Temporariedade (caráter temporário), tempo não significativo. Em certo tempo, o objetivo se 
concretiza e todos voltam para casa. É inexistente o vínculo jurídico entre os participantes. O ESTADO 
NÃO MEDIADOR DO QUE CENHA A SER FALADO. 
3.2. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO 
Art. 5º, XVII – “é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;” 
Direito unificado: é preciso que os participantes queiram a mesma coisa, objetivos em comum. 
Caráter permanente: objetivo demanda mais tempo para ser realizado. Não quer dizer que é para sempre. 
Quem participa do que. 
➔ Uma empresa não pode, por exemplo, ter caráter paramilitar, apenas quem pode fazer isso e o Poder 
público. 
Art. 5º, XVIII – “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, 
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;” 
➔ O conteúdo da base estatuária, do regulamente, do contrato é definido livremente pelas partes, na 
qual o Estado só pode criar bases mínimas. 
➔ Quando alguém quer abrir uma empresa o Estado não deve decidir se a mesma vai abrir ou não. 
➔ Na abertura da empresa, pede-se que haja um registro social da empresa, para, no caso de 
inadimplemento, o Estado sabe de quem cobrar. 
Art. 5º, XIX – “as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas 
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;” 
Art. 5º, XX – “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;” (DESNECESSÁRIO) 
Art. 5º, XXI – “as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;” 
3.3. Liberdade de ação profissional 
Art. 5º, XIII – “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer;” 
Enquanto uma determinada profissão não tem determinado delimitação de quem pode exercer o mesmo, 
esse será exercido livremente. 
Eficácia normativa plena (leis que já regulam o exercício dos direitos), limitada (a constituição outorga o 
direito, mas o exercício se dá na forma e/ou nos termos da lei, enquanto não há lei, o exercício se torna 
prejudicado) e contida (quando essas leis nascem, elas são de eficácia plena, o exercício do direito se dá de 
forma completa, porém admitem que o legislador depois diminua o campo de aplicação, por meio de lei se 
produz uma contenção). 
Exemplo: Antes de 90 havia muitas maneiras de se tornarem advogados, na qual mão tinha muitas restrições, 
depois desse ano surgiu o Estatuto do advogado, que veio a OAB. 
4. DIREITO DE PROPRIEDADE 
A. Fundamentos constitucionais 
Art. 5º, XXII - é garantido o direito de propriedade; 
Art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
O direito de propriedade não é mais um direito individual, apenas é garantido ao cidadão o direito de ter uma 
propriedade. O poder público agira na propriedade quando for um meio para atingir a função social, fim da 
sociedade. Potência para gerar riquezas para a sociedade. 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto 
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios 
de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicaçãoou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como 
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim 
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
II - Propriedade privada; 
III - função social da propriedade; 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes 
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes. 
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação 
da cidade expressas no plano diretor. 
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, 
nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que 
promova seu adequado aproveitamento (...). 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco 
anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o 
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que 
não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com 
cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua 
emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
 
I - A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; 
II - A propriedade produtiva. 
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o 
cumprimento dos requisitos relativos à sua função social. 
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios 
e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
I - Aproveitamento racional e adequado; 
II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; 
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
Art. 191. “Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a 
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.” 
15/08 
8º Aula 
B. Função social 
Art. 186. “A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios 
e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
I - Aproveitamento racional e adequado; 
II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; 
III - Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.” PROPRIEDADE RURAL. 
Art. 182. “A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes 
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes.” PROPRIEDADE URBANA. 
Quando a propriedade não cumpre a função social ocorre a desapropriação. 
Muitas vezes a função social conflita como interesse individual do proprietário, são interesses antagônicos. 
O Estado tem que garantir o direito da propriedade, ele assume o ônus de garantir esse direito e restabelecer 
ele em caso de violação, o Estado se comprometeu a restabelecer o direito quando violado, ele “faz justiça”. 
➔ Função meio para atingir um fim 
Exemplo: Eu tenho uma propriedade no pantanal em um lugar relativamente alto essencial para pouso de 
aeronaves de pequeno porte, o governo, em época de cheia, toma posse dessa propriedade para pousar a 
aeronave para que assim possa levar ajuda ao povo que está sofrendo com a enchente. 
Utilizar a propriedade sem permissão e sem pagar, se houver algum dano a propriedade o governo pagará 
para o mesmo. 
Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
Desapropriação é a transferência compulsória, ou seja, não é compra e venda, é uma decisão unilateral do 
Poder Público, mas mediante processo onde o particular pode se insurgir contrariamente à decisão, há uma 
indenização para o particular. 
i. Parte geral de desapropriação 
Desapropriação: transferência compulsória de um bem do patrimônio privado para o público mediante justa 
e prévia indenização em dinheiro. 
Art. 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, 
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
JUSTA 
PRÉVIA 
DINHEIRO 
ii. Desapropriação – sanção 
Quando não atende a função social. 
Para propriedade urbana → Art. 182, § 4º, III e Art. 184. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes 
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, 
nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que 
promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada 
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, 
assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que 
não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com 
cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua 
emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
Aqui trata de uma situação na qual o proprietário está sendo sancionado por não cumprir a função social da 
propriedade – medida punitiva.Estado pode conceber assa desapropriação-sanção das seguintes formas: 
• Quantum indenizatório: incide no valor da indenização, desconto pelo poder público do valor venal 
da propriedade; proprietário pode discutir na justiça caso venha a discordar deste valor. 
• Forma da indenização: escolhida pelo legislador. 
iii. Expropriação 
Perda da propriedade. 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais 
de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas 
SEMPRE HÁ INDENIZAÇÃO 
à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. 
EXTREMAMENTE GRAVE 
→Propriedade imaterial: Não da para pensar apenas na função social – como por exemplo, os laboratórios 
fazem o remédio e o Estado fala “todo mundo está precisando do remédio, então vou me apropriar dele” 
então ele pega e não paga, isso em longo prazo isso seria um tiro no pé. Houve isso uma vez, mas não é 
esperto, apenas quando necessário. 
5. DIREITOS SOCIAIS 
Nessa situação o Estado começa a intervir e isso é bom. 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição. (INDICAÇÕES GENÉRICAS) 
A. Noções gerais 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça 
sociais. 
Não tem como separar direitos sociais de direito econômico. 
Não existe um Estado que não interferem na economia, nem o grau de interversão. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: (...). (DIREITOS INDIVIDUAIS) 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...) e SS. (DIREITOS COLETIVOS) 
I - A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas; 
IV - A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada 
em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente 
da contribuição prevista em lei; 
V - Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção 
ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos 
em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante 
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 
Direito de greve→ Todos têm direito a greve. (Art. 9º) Prerrogativa dos trabalhadores de buscarem a defesa 
dos interesses por eles definidos como relevantes por meio da paralisação do trabalho. Mecanismo de 
pressão. A categoria não precisa avisar previamente o momento da greve. Pode escolher o momento 
livremente. Há regulamentação específica para a greve. 
Liberdade de associação sindical. → Necessidade de tutelar e fortalecer a categoria dos trabalhadores. O 
sindicato dos empregadores não precisa de tutela do poder público. As relações de trabalho são 
materialmente desiguais, que apresentam um desequilíbrio, em desfavor do empregado. 
Não há como permitir que todos os funcionários da coleta de lixo, por exemplo, entrem em greve. Deve-se 
deixar uma quantidade adequada para que não comprometa, neste caso, a saúde pública. 
6. DIREITOS DE NACIONALIDADE 
A. Noção 
Não existe Estado sem povo > elemento humano. 
Vínculo jurídico que se estabelece entre o indivíduo e determinado Estado que o reconhece como integrante 
de seu povo. 
Povo (conjunto de nacionais) ≠ população (nacionais, estrangeiros e os apátridas) 
Nacionais e estrangeiros → depende dá onde estou falando 
Apátrida → sujeito que não é de nenhum lugar (PROBLEMA). 
Estrangeiro → nacional de outro estado. Ex: Italiano. 
TIPOS 
I. Nacionalidade originária (primária) 
➔ É uma nacionalidade atribuída, o sujeito nasce em certas circunstancias que o faz nacional, o Estado 
soberano que irá dizer para o sujeito “você é meu nacional”. 
➔ Unilateral. 
➔ Se o sujeito não quiser essa nacionalidade ele não à usa, à invoca. 
➔ Decorre do nascimento. 
O Estado terá dois critérios: 
a. Jus solis (Territorial): O Estado que adota esse critério afirma que quem nascer em seu território 
soberano é pertencente a esse território, ao povo. 
b. Jus sanguinis (Ascendência): Filho de nacional, nacional é. O filho tem a nacionalidade dos pais, e não 
do lugar onde nasceu. 
➔ A utilização isolada de um destes dois pode gerar apátrida 
BRASIL: 
Não adotou nenhum dos dois em sua totalidade. O Brasil adotou uma combinação entre critérios. 
21/08 
9º Aula 
Rol: Exaustivo – completa todas as hipóteses. (Número de clausulas) 
 Exemplificativo (Número apertus) 
➔ Critério mitigado, nascer em território, mas colocar como opção por ascendência. → da uma 
cobertura maior abrangência, proteção. 
Pacto de São José da Costa Rica: 
Artigo 20. Direito à nacionalidade: 
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 
2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito a 
outra. 
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de mudá-la. 
Art. 12. São brasileiros: 
I - Natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não 
estejam a serviço de seu país; (CRITÉRIO TERRITORIAL) 
→ Se o país de origem adotar exclusivamente o critério territorial, o Brasil verá essa criança como seu 
nacional, se não ela será um apátrida. 
→ Exceção: Se uma criança nascer de pais estrangeiros que estiverem a serviço deste país estrangeiro, essa 
criança é nacional deste país e não do Brasil. 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço 
da RepúblicaFederativa do Brasil; (CRITÉRIO DA ASCENDENCIA) → Embaixador, militares, diplomatas, etc.) 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, 
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
→ Pai ou a Mãe devem registrar o nascimento da criança perante o consulado brasileiro. Neste caso, a criança 
é brasileira nata. Até os 17 anos, mesmo sem registro ele é considerado brasileiro nato. Após essa idade, deve 
registrar-se para não perder os direitos dos nacionais natos. Tem que fixar residência. 
→ Caso não seja feito esse registro, a qualquer tempo da vida do indivíduo ele pode fixar residência no Brasil 
e se registrar como nacional originário. Ele deve ser maior de idade. 
II. Nacionalidade adquirida (secundária) 
➔ Precisa ser requerida. 
➔ O sujeito deve querer tornar-se brasileiro. 
➔ Manifestação hibrida. 
➔ Vontade de naturalizando + concordância do Estado. 
➔ Para um apátrida é mais interessante ter um pouco de nacionalidade do que não ter nenhuma. 
→ Países de língua portuguesa, 1 ano ininterrupto. 
Art. 12, II - Naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
Art. 12. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de 
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 
- No caso dos Portugueses, se houver reciprocidade, estes serão tratados como brasileiros natos. Salvos nos 
casos previsto da constituição, eles poderão votar e ser votados. 
→ Estrangeiros a mais de 15 anos e sem condenação penal. 
Art. 12, II - Naturalizados: 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de 
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
➔ Só poderá ter uma dessas opções, não pode ser as duas. 
III. Distinção entre natos e naturalizados 
Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição. 
a. Extradição: Entrega de um indivíduo de um Estado soberano a outro se o indivíduo vai ser processado 
ou já foi, criminalmente. 
➔ Nenhum brasileiro nato poderá ser extraditado→ apenas para os natos. 
➔ Os naturalizados podem ser extraditados apenas se tiverem cometido um crime comum antes da 
naturalização ou ter envolvimento com tráfico de drogas. 
Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
na forma da lei; 
b. Cargos: 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: (APENAS NATOS) 
I - De Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - De Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - De Presidente do Senado Federal; 
IV - De Ministro do Supremo Tribunal Federal; → Aqui será proibido pois é por rodizio e assim uma hora o 
naturalizado iria ser presidente do STF e isso não pode ocorrer. 
V - Da carreira diplomática; → Pois isso é uma representação no exterior. 
VI - De oficial das Forças Armadas. 
Os naturalizados podem ser deputados e senadores. Mas não podem assumir a presidência das respectivas 
casas. 
c. Perda da nacionalidade 
Cancelamento da naturalização, atividade nociva ao interesse nacional 
Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; (SÓ SE APLICA AO BRASILEIRO NATURALIZADO) 
II - Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
→Se o sujeito pertence ao Brasil e vai buscar vinculo com outro Estado, rompe-se com o brasileiro. Não há 
mais necessidade da tutela brasileira. 
→Não acontece se a aquisição da nacionalidade for originária. 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, 
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
→Exemplo do Gilmar mendes 
 
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo 
Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos 
com mandato de três anos, vedada a recondução. 
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de 
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sede no País. 
 
23/08 
10º Aula 
Claudia Sobral: 
Ela é acusada de matar o marido, o oficial da Aeronáutica Karl Hoerig. 
Ela foi morar no Estados Unidos e voluntariamente se naturalizou Americana, abrindo mão assim da 
nacionalidade brasileira. 
Segundo o Art. 12, § 4º - “Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: II - adquirir outra 
nacionalidade, salvo nos casos” → Como foi voluntária ela não entra na exceção. 
 
7. DIREITOS POLÍTICOS 
A. NOÇÃO 
Conjunto de direitos que regulam a forma de intervenção popular no governo. Trata-se dos direitos que 
garantem efetivamente à democracia. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
A soberania é do povo, mas a maior parte disso é exercido através de representação. (ELEIÇÃO) 
Nacional ≠ Cidadão 
➔ Cidadão: É o nacional no pleno gozo dos seus direitos políticos. Algo que precisa ser adquirido. 
➔ Nacionalidade: É a condição necessária, mas não suficiente da cidadania. 
Todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão. 
Para ser cidadão o nacional precisa ter alistamento eleitoral. É o registro eleitoral que fara do nacional um 
cidadão. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - Obrigatórios para os maiores de dezoito anos; (ALFABETIZADO ENTRE 18 E 70 ANOS) 
II - Facultativos para: (ANALFABETO, MAIOR DE 70 E IDADE DE 16 A 18 ANOS) 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
➔ Se a pessoa não fazer o alistamento eleitoral terá medidas administrativas, como prova de 
regularidade para fazer passaporte, para concurso público. 
Art. 14, § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
Conscritos: alistamento militar, durante o período que está no exército ele ficará PROÍBIDO de se registrar 
como eleitor. 
B. MODALIDADE DE DIREITOS POLITICOS 
ATIVOS: Capacidade eleitoral ativa. O titular é o eleitor. A capacidade eleitoral ativa é condição necessária, 
mas não suficiente para a capacidade passiva. Todo mundo que tem capacidade de ser votado, antes é preciso 
poder votar. Ex: Os maiores de 16 e menores de 18 não podem ser votados, mas temcapacidade para votar. 
PASSIVO: Capacidade de ser votado. 
POSSITIVO: Conjunto de normas que asseguram o direito de participar do processo político eleitoral, exemplo, 
participar de plebiscito e referendo, de votar e ser votado. 
NEGATIVOS: Representa a negativa do direito de participação. Conjunto de normas que privam o indivíduo o 
direito de participação. (inelegibilidade) 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I - Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - Incapacidade civil absoluta; 
III - Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
C. DIREITO DE SUFRÁGIO 
Direito de participar do processo eleitoral por meio do voto. 
i. FORMAS 
• Extensão (titularidade) 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante. 
→ Universal: inserir todos que vão sofrer com os impactos. Princípio base da democracia. 
→ Restrito: censitário> condiciona a algum fato a possibilidade de votar relativa à questão 
patrimonial. Capacitaria> condiciona a fatos como estar formado em alguma faculdade, ser 
analfabeto. 
• Igualdade 
Valor igual para todos, pressuposto da democracia, consagra o princípio da isonomia. 
Desigual: poderia aparecer pelo voto múltiplo, caso alguém pudesse votar em diferentes lugares e o 
voto plural, no qual o sujeito não vota em vários lugares, mas no lugar que este vota o seu voto tem 
mais peso. 
ii. PRESSUPOSTO DE CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA, quem pode votar 
• Nacionalidade brasileira 
Cidadão brasileiro tem que ser nacional 
Povo> conjunto dos brasileiros natos ou naturalizados. 
Os estrangeiros que preenchem os requisitos para a naturalização podem votar, se assim quiserem. 
Basta fazer a naturalização. 
• Idade mínima de 16 anos: tempo passa para todos. Uma hora a pessoa vai atingir os 16 anos e vai 
poder exercer este direito, como todos os outros. 
• Alistamento eleitoral – Não adianta nada ir votar sem estar inscrito no programa eleitoral, pois 
precisa-se obrigatoriamente do título de eleitor. 
• Não estar conscrito em serviço obrigatório. 
iii. VOTO (ATO) 
Ato por meio do qual se dá o exercício do direito de sufrágio, de participar da escolha dos representantes. 
• Voto secreto: Só o próprio eleitor sabe em quem votou. No Brasil se adota esse tipo de voto. A 
finalidade desse tipo de voto é evitar que o eleitor sofra pressão e coação na hora de votar. 
• Voto obrigatório: pode ser objeto de supressão. 
Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - Obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
Art.60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: II - o voto direto, 
secreto, universal e periódico; 
Meia verdade que o voto é obrigatório, pois há a opção de votar nulo ou em branco. Também a como 
não ir no dia da votação e justificar o motivo pelo qual não foi. 
• Voto direto: o que o eleitor dá a um candidato. Quando entre o eleitor e o candidato não há ninguém. 
(BRASIL) 
• Voto indireto: Quando o eleitor vota em um delegado sabendo que este vai votar em certo 
candidato. No Brasil isso acontece raramente: 
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa 
dias depois de aberta a última vaga. 
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os 
cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
Nesse caso os delegados seriam os deputados e senadores. 
Se o Temer tivesse sofrido impeachment, quem irá votar para um novo seria os senadores e 
deputados, qualquer um poderia se candidatar. 
 
28/08 
11º Aula 
D. DEMOCRACIA SEMIDIRETA 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
Consultas populares→ plebiscito, referendo e iniciativa popular. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - Plebiscito; 
II - Referendo; 
III - Iniciativa popular. 
Caminho para que a intervenção popular seja maximizada. 
Plebiscito e referendo são uma consulta ao povo. Na qual os eleitores serão consultados, sendo essa 
participação obrigatória. O congresso que decidirá se esse assunto será ou não compartilhado com o povo. 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
Plebiscito: a questão é submetida ANTES da mudança na lei. 
Referendo: DEPOIS que já foi tomada a decisão. (Ex: lei do desarmamento) 
E. PRIVAÇÃO DE DIREITO POLITICOS 
Trata-se dos impedimentos à capacidade eleitoral passiva. Obstáculos ao direito de ser votado. 
Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - A nacionalidade brasileira; 
II - O pleno exercício dos direitos políticos; 
III - O alistamento eleitoral; 
IV - O domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - A filiação partidária; Regulamento 
VI - A idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até 
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
• Perda: A perda é definitiva, mas não quer dizer que seja para sempre. 
Art.15, I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
IV - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII; 
• Suspensão: É temporário, preso temporário não perde os direitos públicos. 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
II - Incapacidade civil absoluta; 
V - Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda 
da função pública, a indisponibilidade dos bense o ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
F. INELIGIBILIDADE 
Trata dos impedimentos à capacidade eleitoral passiva. Obstáculos ao direito de ser votado. 
→ Proteger a normalidade e a legitimidade das eleições, contra as influências do poder público e/ou abuso 
no exercício do cargo/ emprego ou em favor de parentes seus na função pública. 
PERGUNTA: EM QUE PODER O POLÍTICO ESTA? 
→ LEGISLATIVO: não terá restrição. 
→ EXECUTIVO: Terá restrição. 
TIPOS 
a. Absolutas: Impedimento total da capacidade eleitoral passiva. Quem não tem nenhuma cap. São os 
estrangeiros, conscritos, analfabetos e com idade entre 16 e 18 anos. 
b. Relativas: Tem capacidade eleitoral passiva, mas não é completa. Pode ser votado para alguns cargos, 
mas não para todos. 
→ Por qual motivo é diferente entre legislativo e executivo? 
O Legislativo, câmara dos vereadores, assembleia legislativa e câmara dos deputados federais, são plurais, no 
caso há muitas pessoas decidindo, na qual seria muito difícil haver coação. A decisão se dá pela maioria. 
O poder Executivo é unipessoal, assim não da para permitir que uma pessoa só fique muito tempo no poder, 
pois ela tem muito “poder” para decisão, por exemplo, prefeito, governador e presidente. 
➔ Inelegibilidade funcional 
Art. 14, § 5º “O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem 
os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente.” 
Há um limite de 2 mandatos, na qual serve APENAS para o poder executivo. Eles então quando cumprido os 
dois mandatos são relativamente inelegíveis para o terceiro mandato, ele pode ser candidato para qualquer 
outro cargo menos para o que estava antes. Por exemplo, Beto Richa foi governador por 2mandatos, agora 
ele está (estava) se candidatando para o Senado, pois não pode mais ser governador. 
Art. 14, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
➔ Inelegibilidade reflexas/ por parentesco 
Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou 
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, 
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, 
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
Eu do legislativo não dou causa, quem da é o meu parente do executivo. 
QUEM SÃO OS PARENTES? 
• O cônjuge (companheiro) 
• Parentes consanguíneos 
Tem que ser parente de 2º grau. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os parentes não podem se eleger: 
Prefeito→ prefeitura e vereador, no Estado que se compete. Ex: Prefeita de londrina, o filho dela não pode se 
eleger para vereador nem para a prefeitura de londrina. Agora ele pode se candidatar para ser vereador e 
prefeitura de Curitiba. 
Governador → deputado estadual, federal, senador e governo. Ex: Sou o governador de Santa Catarina, meu 
filho não poderá concorrer para deputado, nem senado, nem para governo pelo Estado de Santa Catarina. 
Agora meu filho poderia se candidatar para esses cargos no Paraná. Poderá se candidatar à presidência. 
Presidente → Não poderá se eleger para nada. Tendo assim a inelegibilidade absoluta. 
 
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12º Aula 
Exceção: No caso em que se deixa de ser para a reeleição. 
Ex: Minha mãe é prefeita de Curitiba (Eleita em 2016), vou me candidatar ao governo do Estado (Eleição 2018) 
→ Irei poder concorrer porque o Cargo de Governadora é maior que o da prefeitura. Minha mãe poderá se 
candidatar nas eleições de 2020, caso seja para reeleição. → Pois, se há 4 anos conseguiu se candidatar sem 
a filha, agora ela também consegue. 
➔ Desincompatibilização 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
É o ato pelo qual o chefe do poder executivo se desvencilha/ livra do impedimento em tempo dele ou de 
seus familiares concorrerem nas eleições. 
 Avós 2 AVÓS 2 
PRIMOS 4 3 TIOS PAI/ MÃE 1 SOGRO 1 
 2 IRMÃOS EU CUNHADOS 2 
 3 SOBRINHO FILHOS 1 ENTEADOS 1 
 NETOS 2 
UNIÃO, PRESIDENTE (JOÃO) 
 Estado do Paraná, Governador 
 
 
 
Londrina 
Prefeita 
 
Curitiba 
Prefeita 
Estado de Santa Catarina, Governador 
Florianópolis 
Prefeitura 
Blumenau 
Prefeitura 
O prazo é de 6 meses antes das eleições. 
Para concorrer ao mesmo cargo não precisa de renunciar. 
Exemplo: Beto Richa, ele era governador, assim renunciou ao cargo para se candidatar ao senado e para que 
seu filho pudesse se candidatar a Deputado Estadual. 
 
 
 
 
 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente. 
O limite do mandato é de 2 mandatos consecutivos, pela família. 
Afasta o impedimento a todos os cargos que ele pode concorrer. 
No exemplo do Beto Richa, ninguém da família dele poderá concorrer a governador, pois ele já usou os dois 
mandatos que a família podia ocupar. Se no 1º mandato ele tivesse sido governador, no 2º a mulher dele 
poderia e assim contaria 2 mandatos consecutivos. 
Exemplo: Caso da Cida Borghetti, como ela é vice do Beto quando ele renunciou ela ficou no lugar dele, no 
caso se ela ganhar essa eleição não poderá mais concorrer em 2022, pois conta como 2 mandatos. 
G. SISTEMA ELEITORAL 
➔ Noção 
Conjunto de regras que vão regulamentar as eleições para definir quem e como serão os eleitos. 
Eleições: Concurso de vontades juridicamente qualificadas para escolher os titulares de mandato nos poderes 
executivos e legislativos. Processo pelo qual é trabalhada a soma da vontade dos eleitores. 
Sistema eleitoral: conjunto de técnicas e procedimentos que regulamentam as eleições e a representação 
política- popular em um Estado. 
➔ Idade 
Poder Executivo → 4 Anos → 1º janeiro e 31 de dezembro 
Para concorrer para esses cargos precisa ter completado a idade mínima até essas datas. 
Poder Legislativo → 4/8 Anos → 1º janeiro e 31 de dezembro 
Idade mínima para o Vereador é 18 Anos, só pode se candidatar com essa idade completa, pois se não fosse 
assim ele teria privilégio, por ter 17 anos. 
Art. 57, § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro 
ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) 
anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. 
Para os membros do poder legislativo: 
Não há limite de reeleição. 
Não precisa renunciar ao cargo que se encontra. 
Não há restrição para familiares. 
➔ Sistema eleitoral majoritário 
Podendo ser absoluta e simples. 
Absoluta: determina que para se eleito tem que obter mais da metade dos votos válidos. 
• Presidente (Art. 77. § 2º) 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, noprimeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se 
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria 
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. 
• Governador dos Estados e DF 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-
á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, 
se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro 
de janeiro do ano subsequentes, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. 
• Prefeitos dos municípios com mais de 200 mil. 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, 
e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios 
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
II - Eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao 
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais 
de duzentos mil eleitores; 
Simples: tem que ter sempre a mais, quem mais ser votado ganha. A diferença é que precisa apenas de 1 voto 
a mais para ser eleito. 
• Prefeitos dos municípios menos de 200 mil. 
II - Eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao 
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais 
de duzentos mil eleitores; 
• Senador 
Nessa eleição serão eleitos 2 senadores e em 2020 será eleito 1. 
Lembrando que o mandato do senador é de 8 anos. 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o 
princípio majoritário. 
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
➔ Sistema eleitoral proporcional 
A vaga não é do candidato, mas do partido. 
Soma de todos os votos válidos a todos os candidatos e ao partido. Isso possibilita que candidatos menos 
votados sejam eleitos e mais eleitos não. 
• Ex: Cada partido precisa de 5.000 votos para cada cadeira. 
O partido conseguiu 18.000 votos 
Sendo assim o partido irá conseguir eleger 3 candidatos, esses 3 candidatos serão os mais bem votados do 
partido. 
• Vereadores 
• Deputados federais e estaduais 
04/09 
13º Aula 
8. AÇÕES CONSTITUCIONAIS 
A. NOÇÃO 
Espécie do gênero remédios constitucionais 
Meios de provocar a tutela jurisdicional para corrigir ou evitar violações a direitos fundamentais → remete a 
ação. 
Remetido a outra forma que não envolve judiciário. > gênero. 
Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
Espécie – ação 
Nem todo remédio é ação, mas toda ação é remédio. 
B. HABEAS CORPUS 
Art.5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
Tutelar liberdade de locomoção. 
Texto: A doutrina brasileira do habeas corpus e a origem do mandado de segurança (revista do senado). Luiz 
Henrique Boselli de Souza. 
Legitimidade ordinária ou extraordinária. 
Ordinária→ o que tem que tutelar direito, o preso. 
Extraordinário → que não há vinculação, com o que precisa, pode interpor. Possibilidade de qualquer pessoa 
possa levar ao judiciário a notícia de lesão ou ameaça ao direito de locomoção. Nesse caso o judiciário 
pergunta ao titular se quer o Habeas corpus. 
Não precisando ter capacidade postulatória. 
*SÓ PARA O HABEAS CORPUS* 
Ninguém precisa pedir, o juiz ao perceber o abuso ele poderá impedir o mesmo. 
Não cabe HC para os casos de punição disciplinar. Como as forças aramadas. 
C. HABEAS DATAS 
Art. 5º, LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
Lei 9.507/97 
Possibilidade de acessar informações 
Para quem será: 
• Cada um por si, há apenas o direito de perguntar sobe mim. 
• Apenas para falecido, mas não é certo que dará 
• Quando se trata por terceiro pode haver algo que ainda está em segredo 
Pode-se impetrar HD se ganhar caráter público. 
Não há legitimidade extraordinária, apenas o interessado pode impetrar um HD. 
EXIGE ADVOGADO 
FASES: 
➔ Administrativas: antes da ação, 1º tem que fazer uma petição para o responsável, nessa fase não 
precisa de advogado. 
➔ Judicial: quando entro com a ação, precisa de advogado. 
FINALIDADE: 
➔ Cognição: preciso conhecer o conteúdo das informações. 
➔ Retificação: (Art. 5º, inciso LXXII, alínea “b”) 
• Sentido-estrito (Stricto sensu): Correção, corrigir as informações, quando há um erro de 
informação. Ex: erro de correção 
• Atualização/ complementação: O que está no banco é correto, mas parou em um 
determinado tempo, não foi mais atualizada. 
• Exclusão de dados sensíveis: Que podem afetar o titular. Ex: Há uma informação sobre 
minha religião, está correta, mas não quero que ela conste em meu registro. 
➔ Complementação/ atualização: Direito de o impetrante de ver acrescentando ao registro a 
existência de pendência amigável ou judicial. 
Art. 1º, Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo 
informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do 
órgão ou entidade produtora ou depositária das informações. 
Art. 7° Conceder-se-á habeas data: 
I - Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro 
ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
II - Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
III - Para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, 
mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. 
Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, 
será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na 
segunda. 
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova: 
I - Da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; 
II - Da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou 
III - Da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias 
sem decisão. 
➔ Assentamento pendência: há uma divida que já está em negociação, o sujeito tem o direito que isso 
conste em sua dívida (15 dias). 
 
D. MANDADO DE SEGURANÇA 
Art. 5º, LXIX – “Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridadepública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;” 
O mandado de segurança caberá quando não caber nem habeas corpus nem habeas datas. 
O impetrante do Mandado de Segurança briga com alguém que age em nome do Estado, aquele responsável 
por produzir um ato nulo. 
Ex: Reitor de universidade provada, pois exerce uma atividade que se assemelha de uma autoridade pública, 
pode constar como polo passivo da demanda. 
Para corrigir ilegitimidade e abuso do poder. 
ELEMENTOS: 
➔ Campo residual: Cabe quando tudo aquilo não puder ser tutelado ou por HC ou por HD, se não 
puder, a ação pertinente é o mandado de segurança. PERGUNTA: O direito que eu quero é de 
locomoção? NÃO. O direito que eu quero é de conhecer informações de bancos? NÃO. Então vai ser 
mandado de segurança. 
Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
 a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
 b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
Exemplo: trabalhava no setor público e passei para o privado, quero me aposentar e os sistemas de 
previdência contém sistemas de compensação. No INSS, não aceitam, somente um documento (certidão) que 
comprove que a pessoa trabalhou tantos anos em um lugar, e que houve contribuição. O direito à certidão é 
um direito de caráter fundamental, se o poder público se negar a fornecer tal documento, o caminho para 
isso é o Mandado de Segurança e não o Habeas Data, porque quero saber algo que já sei, só que eu quero 
passar a informação registrada para outrem. Não cabe HD, porque não quero conhecer ou mudar o que há lá. 
Principio da legalidade: Na esfera pública, só se pode fazer aquilo que está previsto em lei, o agente público é 
obrigado a pautar as suas decisões pelas previsões previstas em lei, aí que entra o mandado de segurança, 
quando ele se afasta do comando normativo, ele produz decisões inconstitucionais. E no privado, não precisa 
fazer somente o que há previsão legal, posso fazer tudo que a lei não proíbe. 
➔ Direito Líquido e Certo: Será rápido por só se prestar a tutelar aqueles direitos fundados em fatos 
que possam ser comprovados documentalmente. Terá a petição inicial tem que colocar as provas 
documentais, a manifestação da parte ré, o parecer do MP e a sentença. Não tendo fase probatória. 
Não possui condenação em sucumbência, se o autor perder não terá essa condenação, apenas a das 
custas processuais. 
 
➔ Diferença entre competência vinculada e discricionária: Quando a lei outorga competência para o 
agente administrativo, ela possui dois caminhos para fazê-lo. Quando ela prescreve um antecedente, 
coloca uma única resposta possível, isso é chamada de competência vinculada. Então, quando o 
agente administrativo não possui duas alternativas, aconteceu A, ele deve fazer B, essa é a 
competência vinculada. Casos em que a lei estabelece que o agente administrativo tem a 
possibilidade de praticar um único ato diante daquele específico caso concreto. 
Quando prática um ato diferente, a violação prática ilegalidade. Quando há várias alternativas e ele 
escolhe a que não é a melhor circunstância concreta, ele acaba produzindo um ato abusivo. (15 a 30 
dias) 
Há a necessidade de provas documentais no momento da impetração. Competência discricionária, 
tem -se uma margem para a escolha das decisões, é provável que o administrador tome uma decisão 
que não seja a melhor para aquele caso concreto. 
 
E. AÇÃO POPULAR 
Art. 5º, LXXIII – “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência;” 
Só pode ser autor popular quem é cidadão. 
Anulação, ato que seja lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, exemplo, meio 
ambiente, moralidade, administrativo e patrimônio histórico e cultural. 
Ficará o autor dispensado das custas processuais e da condenação em honorários. A isenção é para o autor, é 
um incentivo à fiscalização por parte do cidadão. O Réu (Estado) irá pagar. Salvo quando provado a má-fé. 
A ação popular nos coloca como potenciais fiscalizadores do agente público para que ele, se causar lesão ao 
patrimônio público, possa ser responsabilizado. 
Se o gestor se recusar a informar os gastos públicos o autor pode informar que tentou acessar essa informação 
e que não o gestor não quis mostrar. 
11/09 
14º Aula 
F. MANDADO DE INJUNÇÃO 
Art. 5º, LXXI – “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, 
à soberania e à cidadania;” 
LEI Nº 13.300, DE 23 DE JUNHO DE 2016. 
O STF não estava conseguindo ter uma posição sobre esse direito, dizia que como não havia norma 
regulamentadora não teria como ir para frente. 
Quando a Lei 13.300 veio estendeu a eficácia. 
O direito de greve ainda não foi regulamentado, então o STF entendeu que vai se aplicar a lei de greve do 
particular, na qual tem que manter um percentual mínimo, não dano para parar 100% dos servidores. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em 
lei específica; 
O que é? É uma ação constitucional que faz parte do controle de constitucionalidade: preservação do próprio 
texto constitucional. 
Sempre que há falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdade 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. 
O mandado de injunção serve para corrigir a omissão, onde a Constituição instituiu algo, mas que não foi 
cumprido. 
Art. 102 e 103, competência do STF, lista de quem são os legítimos para a propositura desse tipo de ação. 
A Lei 13.300, pela primeira vez é levada ao STF, o STF leva para o legislativo dando um prazo para a formação 
da regulamentação. Se não for decidido nada no prazo o STF da uma decisão, na qual vai valer a mais benéfica 
delas para todas as outras. 
*Não deveríamos ainda precisar de mandado de injunção* 
NÃO PODE EXISTIR NENHUMA NORMA REGULAMENTADORA!!

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