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Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CIDADE, ESTADO DE GOIÁS. Referência Inquérito Policial n°: - Indiciados/as: Nome e outro O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por intermédio do/a Promotor/a de Justiça que a presente subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no Inquérito Policial registrado sob o número - , vem à digna presença de Vossa Excelência oferecer denúncia em face de: NOME, brasileira, viúva, do lar, nascida em - de - de 19- , natural de - -MG, filha de Nome e Nome, residente na Rua - , nesta Cidade (atualmente encontra-se preso no Centro de Inserção Social de Cidade-GO); NOME, brasileiro, divorciado, vendedor, nascido no dia - de - de 19- - , natural de cidade -GO, filho de Nome e Nome, residente na Rua -, Goiânia-GO (atualmente encontra-se preso no Centro de Inserção Social de Cidade), NOME, brasileiro, casado, policial militar, nascido em - de - de 19- , natural de Cidade-GO, filho de Nome e Nome, residente na Rua - , nesta Cidade; e pelas seguintes motivações fáticas e jurídicas. Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 2 Narra a peça informativa anexa que, no dia - de - de 20-, por volta das -h- , na Fazenda Córrego - , na região conhecida como “Bugre”, na zona rural do município de - -GO, o denunciado Nome, previamente ajustado com a denunciada Nome, impelido por motivação torpe e agindo de emboscada, fez uso de um revólver, calibre 38, para desferir vários tiros contra a vítima Nome, causando-lhe as lesões descritas no Laudo de Exame Cadavérico de folhas - /- , as quais foram a causa eficiente de sua morte. Ainda consta dos autos que o denunciado Nome agiu sob comando da denunciada Nome, esposa da vítima Nome, que planejou toda a empreitada criminosa, juntamente com o denunciado Nome, os quais também agiram por motivação torpe. Ao que se apurou, a denunciada Nome, embora casada com a vítima Nome, vinha mantendo, quando do fato criminoso, um relacionamento amoroso extraconjugal com o denunciado Nome, policial militar em atividade na cidade de Cidade-GO, também casado. De mero caso, o relacionamento entre a denunciada Nome e o denunciado Nome passou a tomar maiores proporções, a ponto dela manifestar ao seu amante o desejo de se livrar do seu marido, mas, ao mesmo tempo, o receio de perder a estabilidade financeira que ele lhe proporcionava e a seu filho. De outro lado, o comportamento da denunciada Nome já começava a despertar a desconfiança da vítima Nome, que, depois de algumas brigas e ameaças, temendo o pior, chegou inclusive a adquirir uma arma de fogo para a sua defesa pessoal. Foi, então, que os denunciados Nome e Nome decidiram por matar a vítima Nome. Tratava-se da solução perfeita para os problemas que eles enfrentavam, já que a morte de Nome deixaria o caminho livre para a oficialização do Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 3 relacionamento extraconjugal que mantinham, com a vantagem de poderem desfrutar das rendas e do patrimônio da vítima. Após alguns encontros, os denunciados Nome e Nome elaboraram, em conjunto, um plano para a ceifar a vida de Nome. Para que não houvesse nenhuma falha no planejado, os denunciados escolheram, como cena para o crime, um lugar em que provavelmente não haveriam testemunhas oculares do fato, a estrada de acesso à Fazenda Córrego da Júlia, por onde a vítima passava para pescar aos finais de semana, geralmente sozinho. Faltava, no entanto, um executor para o crime. Foi aí que a denunciada Nome lembrou-se do denunciado Nome, o qual conheceu por volta do ano de 20- - , quando foi passear com seu marido no Distrito de Registro Cidade-GO, época em que iniciaram um relacionamento amoroso. Após alguns contatos telefônicos e encontros, todos sob a orientação do denunciado Nome, a denunciada Nome, jurando amor e relatando sofrimento com o casamento, conseguir convencer o denunciado Nome a aderir ao seu intento de matar seu marido. Como o local escolhido para a execução do crime era de difícil localização para o denunciado Nome, visto que ele não conhecia a região, a denunciada Nome, duas semanas antes do crime, resolveu acompanhar seu marido até o fazenda em que ele costumava pescar, com a finalidade de confeccionar um mapa para guiar o denunciado Nome até o local da emboscada. Com a ajuda do denunciado Nome, a denunciada Nome confeccionou o mapa e o entregou ao denunciado Nome. Quando do encontro, a denunciada Nome orientou ao denunciado Nome sobre o local mais propício para a execução segura do crime, ou seja, o único lugar onde a vítima teria que descer da motocicleta que pilotava para abrir um colchete. Ao denunciado Nome caberia a tarefa Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 4 de se deslocar do Distrito de Registro do Araguaia-GO e se dirigir até o local indicado pela denunciada Nome e executar o crime de homicídio. Já entre os denunciados Nome e Nome ficou acordado que assim que recebesse a comunicação, via telefone, da consumação do crime, a denunciada Nome acionaria o denunciado Nome, que, na condição de policial militar, atenderia a ocorrência e certificaria a morte, tudo de forma a não levantar qualquer suspeita sobre os dois. Tudo meticulosamente planejado, os denunciados partiram para a ação. No dia do fato, o denunciado Nome saiu cedo do Distrito de Registro do- -GO, pilotando uma motocicleta rumo a cidade de Iporá e depois à Fazenda Córrego da Júlia. No caminho, o denunciado Nome ligou várias vezes para a denunciada Nome, a fim saber se tudo estava ocorrendo conforme o planejado. A vítima havia combinado de ir pescar com um amigo, Nome, mas, por motivo desconhecido, acabou não passado em sua casa, chegando na Fazenda Córrego da Júlia por volta das 12h. Com o mapa na mão, o denunciado Nome chegou no colchete de acesso à Fazenda Córrego da Júlia por volta das 15h e pôs-se a esperar a vítima. Depois de um dia de pescaria, a vítima foi para a sede da fazenda de seu amigo Nome. Por volta das 19h, Bruno Cézar Santos Lima, filho da denunciada Nome, induzido pela mãe, ligou no celular de Nome e falou com a vítima, perguntando a que horas ela retornaria para a casa, tendo esta respondido que já estava de saída para a casa. Poucos minutos depois, por volta das 19h30, Nome, novamente induzido pela mãe, ligou outra vez para Nome, para saber da vítima, oportunidade em que este lhe avisou que ela já havia saído. Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 5 Consta que a vítima deixou a sede da fazenda de Nome, pilotando a sua motocicleta pela estrada de acesso a cidade de - -GO. Ao chegar no colchete e parar a motocicleta, a vítima Nome foi surpreendido pela ação do denunciado Nome, que, saindo do seu esconderijo, foi logo efetuando vários disparos de arma de fogo em sua direção. Dois tiros acertaram a vítima, a qual saiu cambaleando e ainda tentou fugir, até que caiu mais a frente em conseqüência dos ferimentos, oportunidade em que o denunciado Nome se aproximoue desferiu mais um tiro na sua cabeça, ocasionando sua morte. Logo após, o denunciado Nome empreendeu fuga para a cidade de - , local em que comunicou à denunciada Nome sobre o sucesso da empreitada criminosa. Esta, por seu vez, avisou o denunciado Nome, que, depois de algum tempo, foi até lugar do crime, juntamente com outros milicianos e confirmou a morte da vítima. Diante do exposto, encontra-se o denunciado NOME incurso nas sanções do artigo 121, §2º, incisos I e IV, do Código Penal; a denunciada NOME incursa nas sanções do artigo 121, §2º, incisos I e IV, combinado com o artigo 29 e com o artigo 61, inciso II, alínea “e”, todos do Código Penal; e o denunciado NOME incurso nas sanções do artigo 121, §2º, incisos I e IV, combinado com o artigo 29, ambos do Diploma Repressivo Pátrio, razão porque o Ministério Público requer a instauração da competente ação penal e após recebimento e autuação, a citação dos acusados para que sejam interrogados e respondam aos termos do processo, sob pena de revelia, até decisão de pronúncia e condenação, tudo nos termos do procedimento ditado pelos artigos 406 e seguintes do Código de Processo Penal. Requer a notificação das informantes e das testemunhas abaixo arroladas para virem depor em juízo, sob as cominações legais. INFORMANTES: 1) Nome, qualificada à folha 06; 2) Nome, qualificada à folha 11; Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 6 3) Nome, qualificado à folha 173; 4) Nome, qualificada à folha 74.. ROL DE TESTEMUNHAS: 1) Nome, qualificado à folha 08; 2) Nome, qualificada à folha 17; 3) Nome, qualificado à folha 77; 4) Nome, qualificada à folha 682; 5) Nome, qualificado à folha 693; 6) Nome, qualificado à folha 406. 7) Nome, qualificado à folha 91; 8) Nome, qualificada à folha 710. Requer, por fim, com fundamento no disposto no artigo 209 do Código de Processo Penal, sejam ouvidos como testemunhas do juízo: 1) Nome, qualificado à folha 65; 2) Nome, qualificado à folha 125; 3) Nome, qualificado à folha 408; 4) Nome, qualificado à folha 678. Cidade, - - de - - de 20- - . NOME DO PROMOTOR/A Promotor/a de Justiça Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 7 Autos n°: - Indiciados: - Meritíssim@ Juiz@, Segue denúncia em 07 (sete) laudas digitadas e rubricadas. Na oportunidade, o Ministério Público requer: 1) a juntada aos autos da folha de antecedentes criminais dos denunciados, fornecida pelo Instituto Nacional de Identificação-INI e pela Secretaria de Segurança Pública – SSP/GO; 2) a juntada aos autos da certidão de antecedentes da denunciados, a ser fornecida pelo Cartório Distribuidor Criminal dessa Comarca; 3) seja oficiado à Delegacia de Polícia local e ao Núcleo Regional da Polícia Técnica-Científica de Iporá-GO requisitando a remessa do laudo de exame pericial do veículo que era conduzido pela vítima quando do fato delituoso, documento cuja confecção já foi solicitada à folha 13; 4) seja oficiado à Delegacia de Polícia local solicitando informações a respeito da instauração de inquérito policial, na capital do Estado, para apuração de crime previsto no artigo 12 da Lei n. 10.826/03, praticado por Nome; 5) seja determinado ao oficial de justiça o empreendimento de diligências com o intuito de trazer aos autos cópia da certidão de casamento da vítima com a denunciada Nome; Ministério Público do Estado de Goiás Promotoria de Justiça da Comarca --- Denúncia. Homicídio. Qualificado 8 6) seja encaminhada cópia dos presentes autos à Corregedoria da Polícia Militar, para apuração administrativa do grave fato noticiado, haja vista a existência de indícios, ao teor da denúncia, da participação de um policial militar. Cidade, - - de - - de 20- - . NOME DO PROMOTOR/A Promotor/a de Justiça
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