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Prova - Denúncia Luciano

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA...
O Ministério Público no uso de suas atribuições legais, vem, perante vossa excelência, ofertar DENÚNCIA, com base nos autos do Inquérito Policial nº273/95, oriundo da 8ª Delegacia de Polícia da cidade..., contra Luciano Dias Oliveira, filiação..., nacionalidade..., estado civil..., idade..., profissão..., vulgo..., com sinais característicos..., atualmente recolhido no Presídio Central da cidade..., pela prática do seguinte fato delituoso:
No dia 09 de setembro do ano de 1995, por volta das 04h30min, na Av. Protásio Alves, proximidades do nº 2.284, na cidade..., o denunciado, em comunhão de vontades e de esforços com vários indivíduos, a maioria inimputáveis, fazendo uso de um revolver (não apreendido), matou Vladimir Ribeiro dos Santos, conforme auto de necropsia fls..., deferindo-lhe um disparo de arma de fogo e vários pontapés.
 O crime foi, ainda, praticado porque a vítima no interior da Danceteria Space, perto do local e pouco tempo antes, havia pisado, sem o desejar, no pé da namorada de um dos amigos do acusado. Tal pessoa partiu para a violência contra a vítima e foi dominado por esta, que o entregou aos cuidados da segurança da casa. Na saída da danceteria a vítima e seus acompanhantes foram cercados por cerca de quinze indivíduos, entre eles o denunciado, então deram início, o crime foi cometido quando a vítima já estava ferida, debilitada por agressões, vendo a vítima em tais condições o denunciado tomou o revólver de um de seus comparsas e se dirigiu até onde estava a vítima, matando-a com disparo de arma de fogo e pontapés, configurando, tal fato, exagerado padecimento, agindo de forma cruel.
O crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que Vladimir foi atacado de surpresa, sem a possibilidade de defesa e por motivo torpe, em razão de apenas ter pisado no pé, sem o desejar, da namorada de um dos amigos do acusado.
Ainda, o denunciado matou a vítima, mediante meio do qual resultou perigo comum, uma vez que, ao desferir disparo de arma de fogo, em via pública, ensejou concreto risco de atingir qualquer outra pessoa que passasse pelo local. 
Ressalta-se que o denunciado foi preso em flagrante, e o auto de prisão recebeu homologação judicial, conforme fls.67 do IP 273/95. O pedido de liberdade provisória foi indeferido pela juíza plantonista e mantida a prisão decorrente do flagrante, com base nas fls.70 do referido Inquérito Policial.
Conforme fls.71, a certidão de antecedentes criminais do denunciado, tem por registro somente o feito em tela.
Segundo alegações da genitora do denunciado, o mesmo estaria sofrendo agressões no interior do Presídio Central, onde encontra-se recolhido. Refere que tais agressões foram praticadas por Policiais Militares, e diante disto, o cartório judicial oficiou a SUSEPE, conforme fls.72 v. 
Por fim, ás fls.131-3, a Defensoria Pública do Estado reiterou pedido de liberdade provisória para o denunciado, acompanhado de declarações em seu favor, o qual recebeu parecer de indeferimento pelo órgão do Ministério Público, não havendo decisão judicial.
Assim agindo, o denunciado incorreu nas sanções do artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe); III (pelo fato de exagerado padecimento, agindo assim, de forma cruel e ainda, porque poderia resultar perigo comum, em virtude do disparo da arma de fogo) e IV (recurso que dificultou e impossibilitou a defesa da vítima), ambos do Código Penal Brasileiro. . Para tanto, requer a citação do denunciado e a intimação das testemunhas abaixo arroladas, bem como a pronúncia do denunciado.
Local..., data...
Assinatura do Promotor...
ROL DE TESTEMUNHAS:
- Policial Militar..., lotado no batalhão...
- Policial Militar..., lotado no batalhão...
- Nomes..., companheiros da vítima, com endereço domiciliar na Rua..., bairro...CEP..., cidade..., telefone... 
- Segurança da Danceteria Space, com endereço domiciliar na Rua..., bairro...CEP..., cidade..., telefone...

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