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Aula 2 Arritimias Cardíacas

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ARRITMIAS 
CARDÍACASCARDÍACAS
Enfª Simone Pereira Machado
CARDIOPATIACARDIOPATIA
DE BASEDE BASE
VALVULOPATIASVALVULOPATIAS
CORONARIOPATIACORONARIOPATIA
CARDIOMIOPATIASCARDIOMIOPATIAS
VIAS ANÔMALASVIAS ANÔMALAS
QT LONGOQT LONGO
C. CONGÊNITAC. CONGÊNITA
DE BASEDE BASECARDIOMIOPATIASCARDIOMIOPATIAS QT LONGOQT LONGO
ARRITMIAARRITMIA
POTENCIALMENTEPOTENCIALMENTE
MALIGNAMALIGNA
ARRITMIAS
ANATOMIA
ELETROFISIOLOGIA
A CONDUÇÃO DO IMPULSO
ECG NORMAL
INTERPRETAÇÃO 
ELETROCARDIOGRÁFICA
• CALCULAR A FREQÜÊNCIA CARDÍACA;
• MEDIR A REGULARIDADE DAS ONDAS “ R ” (RITMO);
• EXAMINAR AS ONDAS “ P ”
• MEDIDA DO INTERVALO PR
• MEDIR A DURAÇÃO DOS COMPLEXOS QRS
VALORES NORMAIS
• FREQÜÊNCIA – VARIA DE 60-100 bpm
• RITMO – INTERVALO RR REGULARES, COM 
VARIAÇÃO DE MENOS DE 0,12 SEGUNDOS;VARIAÇÃO DE MENOS DE 0,12 SEGUNDOS;
• PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE ONDA P
• INTERVALO P-R ENTRE 0,10-0,20 SEGUNDOS;
• COMPLEXO QRS MENOR QUE 0,12 SEGUNDOS
AS ARRITMIAS
OCORREM QUANDO A FREQÜÊNCIA, O RITMO,
OU O CONTORNO DAS ONDAS NÃO SEOU O CONTORNO DAS ONDAS NÃO SE
ENQUADRAM NOS PADRÕES NORMAIS.
TAQUICARDIA SINUSAL
O traçado assemelha-se ao do ritmo normal com 
presença de onda P normal e regular, porém com uma 
frequencia elevada.
 repercussão hemodinâmica – em geral ausentes, 
porém esta arritmia pode ter consequencias ruins para porém esta arritmia pode ter consequencias ruins para 
o miocárdio isquêmico.
 Tratamento – habitualmente a única conduta 
consiste na remoção dos fatores desencadeantes como 
hipóxia, febre, estresse, dor. Em alguns casos, como na 
fase aguda do infarto do miocárdio, pode ser indicado o 
uso de B-bloqueadores.
Taquicardia Sinusal
ARRITMIAS CARDÍACASARRITMIAS CARDÍACAS
 DISTÚRBIOS DA CONDUÇÃO DO ESTÍMULODISTÚRBIOS DA CONDUÇÃO DO ESTÍMULO
BLOQUEIOS DE CONDUÇÃOBLOQUEIOS DE CONDUÇÃO
 DISTÚRBIOS DA FORMAÇÃO DO ESTÍMULODISTÚRBIOS DA FORMAÇÃO DO ESTÍMULO
AUTOMATISMOAUTOMATISMO
REENTRADA REENTRADA 
ARRITMIAS DEVIDO AO 
DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO
• BLOQUEIO SINO-ATRIAL
• BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES
BAV DE 1º GRAU
BAV DE 2º GRAUBAV DE 2º GRAU
BAVT
• BLOQUEIOS INTRAVENTRICULARES
BRE
BRD
BLOQUEIO BILATERAL DE RAMO
ASSISTOLIA VENTRICULAR
BLOQUEIOS
1. Bloqueio de 1º grau
Consiste em um simples atraso de passagem do 
impulso para os ventrículos
Repercussão hemodinâmica:
Em geral não existem
Tratamento:
Normalmente não é necessário, visto que 
raramnte causa sintomatologia ou evolui para grau de 
bloqueio avançado, exceto quando há uso de 
medicamentos antiarrítmicos como quinidina, 
propafenona e amiodarona, em que existe risco de 
progressão para BAV de alto grau (embora seja pouco 
frequente). 
NOTA: Situações que aumentam o tônus 
parassimpático como vômito, massagem do seio 
carotídeo ou uso de drogas vagotônicas podem 
produzir também BAV 1º grau transitório.produzir também BAV 1º grau transitório.
2. Bloqueio de 2º grau
Caracteriza-se por falhas intermitentes da condução do 
impulso atrial dos ventrículos, durante o período em 
que o sistema de condução AV já se encontra fora da 
refratariedade. Pode ser dividida em 2 tipos:
• Tipo I ou Mobitz I Wenckebach
• Tipo II ou Mobitz II
Tipo I – existe um prolongamento progressivo do intervalo 
P-R, até que uma onda P não é seguida de complexo QRS.
Tipo II – existe uma sequência repetitiva de impulsos atriais 
conduzidos seguidos de um ou mais impulsos atriais não 
conduzidos, gerando uma relação 2P: 1QRS, etc.
Repercussão hemodinâmica:
Clinicamente é muito importante diferenciar o tipo 1 do 
tipo 2 de BAV de 2º grau, pois o tipo 1 é geralmente 
benigno e não progride para formas avançadas de 
distúrbios de condução AV; ao passo que o tipo 2 com distúrbios de condução AV; ao passo que o tipo 2 com 
frequencia antecede o desenvolvimento de síncope e 
BAV total.
Tratamento:
O BAV de 2º grau tipo I, principalmente quando associado a 
infarto da parede inferior do miocárdio, em geral é 
transitório e não requer colocação de marcapasso 
temporário.
Já o tipo II, especialmente se associado ao infarto de parede 
anterior, requer a instalação de marcapasso temporário.
Antes da instalação do marcapasso pode-se optar em uma Antes da instalação do marcapasso pode-se optar em uma 
situação de emergência pela administração da atropina, que 
se administrada em dose inferior a 0,5 mg; pode 
paradoxalmente exacerbar a bradicardia ou, em doses 
elevadas, acelerar excessivamente a FC. Isoproterenol é 
outra droga que pode ser utilizada se o marcapasso ainda 
não estiver disponível.
3. Bloqueio de 3º grau (BAVT)
Caracteriza-se pela ausência de qualquer condução da 
atividade elétrica dos átrios para os ventrículos, 
constatando-se que átrios e ventrículos são controlados 
nessa situação por marcapassos independentes.
Repercussão hemodinâmica
O BAVT pode ser acompanhado de sinais e sintomas de 
diminuição do débito cardíaco, síncope ou pré-síncope, 
angina ou palpitações devido a taquiarritmias 
ventriculares.
Tratamento
Pode ser administrado atropina, entretanto o 
tratamento de escolha é a instalação do 
marcapasso temporário ou definitivo, de acordo marcapasso temporário ou definitivo, de acordo 
com o distúrbio subjacente.
BAVTBAVT
ARRITMIAS DEVIDO AO 
DISTURBIO NA FORMAÇÃO
• ARRITMIAS SINO-ATRIAIS
TAQUICARDIA SINUSAL
BRADICARDIA SINUSAL
• ARRITMIAS ATRIAIS
FIBRILAÇÃO ATRIAL
FLUTTER ATRIAL
ASSISTOLIA ATRIAL
• ARRITMIAS JUNCIONAIS
• ARRITMIAS VENTRICULARES
EXTRA-SÍSTOLES VENTRICULARES
TAQUICARDIA VENTRICULARES
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
FLUTTER ATRIAL
O Flutter atrial é uma arritmia produzida por 
um único foco ectópico. As ondas P ocorrem 
em sucessões rápidas e cada uma é idêntica à em sucessões rápidas e cada uma é idêntica à 
outra, também são chamadas de ondas “F”. 
Como as ondas são idênticas elas se parecem 
com “dentes de serra”.
FLUTTER ATRIAL
Caracteriza-se pela presença de ondas F em “serrote”, 
contínuas (não separadas por linhas isoelétrica), geralmente 
assimétricas, bastante regulares, melhor visíveis nas 
derivações do plano frontal, V1 e V2
Repercussão hemodinâmica – os sinais e sintomas clínicos 
dependem da frequencia ventricular (principal dependem da frequencia ventricular (principal 
determinante), duração da arritmia, presença de 
cardiopatia, função ventricular, uso ou não de 
medicamentos, e da situação que se encontra o paciente –
em repouso ou esforço físico ( o paciente pode estar 
hemodinamicamente estável em repouso, mas sintomático 
ao esforço devido à aceleração da resposta ventricular).
Tratamento – cardioversão elétrica (CV) é, via de 
regra, sendo necessário energias relativamente baixas 
( < 50 J).
Se a cardioversão elétrica for contra-indicada, 
recomenda-se verapamil EV para diminuir a resposta 
ventricular, antagonistas do cálcio para restaurar o 
ritmo sinusal.
NOTA: É menos comum que a fibrilação atrial (FA). Pode 
ocorrer paroxisticamente em corações normais e de 
maneira crônica quando associado à doença cardíaca. 
Condições tóxicas e metabólicas podem levar ao seu 
desenvolvimento. O Flutter atrial tende a ser instável, 
revertendo para ritmo sinusal ou degenerando para 
fibrilação atrial. 
O FLUTTER ATRIAL
FLUTTER ATRIAL
TRATAMENTO FLUTTER 
ATRIAL
Quando há instabilidade hemodinâmica, 
realiza-se a cardioversão elétrica.
Quando o paciente encontra-se estável 
hemodinamicamente, utiliza-se beta-bloq, 
digitálicos e anti-arrítmicos.
Ablação.
FLUTTER ATRIALFLUTTER ATRIAL
FIBRILAÇÃO ATRIAL
A prevalência da FA é de 0,4% na população geral, 
porém aumenta com a idade.
A FA é causada por muitos focos ectópicos disparando 
em freqüênciasdiferentes e produzindo um ritmo atrial 
caótico e irregular sem contração atrial efetiva.caótico e irregular sem contração atrial efetiva.
É como se jogássemos várias pedras dentro da mesma 
poça d’ água. Pode ser aguda ou crônica.
Alguns estímulos porém chegam ao NAV e 
despolarizam os ventrículos.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
Caracteriza-se pela atividade atrial caótica com 
despolarizações totalmente desorganizadas, sem 
contração atrial efetiva. A atividade elétrica é detectada 
pelo ECG como pequenas ondulações irregulares com 
amplitude e morfologia variadas, chamadas de ondas amplitude e morfologia variadas, chamadas de ondas 
“f”. A resposta ventricular é “anormalmente irregular”
Repercussões hemodinâmicas – Depende de múltiplos 
fatores, sendo mais importante o status cardíaco, a rápida 
frequencia ventricular e a perda da contração atrial as 
quais afetam adversamente o débito cardíaco. 
Tratamento – depende do status hemodinâmico: 
se comprometido: cardioversão elétrica. Se 
estável: a droga mais indicada é a quinidina, em 
associação com digital. Se a FA for crônica, 
associada a um substrato anatômico como o associada a um substrato anatômico como o 
átrio aumentado, a terapêutica tem como 
objetivo apenas reduzir a frequencia ventricular, 
quando estiver elevada. Nesse caso, emprega-se 
digital. Outras drogas também indicadas em 
segunda escolha são: amiodarona e propafenona.
NOTA: Podem ser definidas três categorias clínicas 
para FA:
1. Originada em corações normais
2. Como consequencia de cardiopatias
3. Secundárias a distúrbios orgânicos, sistêmicos ou 
específicos. Dessa classificação dependem as formas de 
abordagem clínica e terapêutica, a frequencia de 
complicações e o prognóstico.complicações e o prognóstico.
FA e fenômenos tromboembólicos: durante a FA, a 
estase sanguínea nos átrios predispões à formação de 
trombos intracavitários que, ao se deslocarem, obstruem 
artérias cerebrais, renais ou dos membros inferiores, 
levando ao tromboembolismo sistêmico. 
=> Pacientes com trombos não é recomendada a 
cardioversão. 
FIBRILAÇÃ ATRIAL
FIBRILAÇÃO ATRIAL
TIPOS
FA AGUDA segundo a SBC- Primeira detecção, sintomática ou 
não, da arritmia, desde que a duração seja superior a 30 
segundos (forma sustentada). Nesse critério incluem-se, ainda, 
casos de FA com início desconhecido e história clínica de 
primeiro episódio; primeiro episódio; 
A crise aguda deve ter seu momento de início determinado com 
certeza absoluta, pois após 48 horas de FA, a possibilidade de 
formação de trombo intra-atrial é muito grande e o retorno ao 
ritmo sinusal nessa situação tem grande possibilidade de gerar 
um AVE embólico. Dentro das primeiras 48 horas pode ser 
tentada a cardioversão química, com uso de quinidina ou 
amiodarona ou a cardioversão elétrica. 
FA CRÔNICA: em que se documenta a recorrência da arritmia. 
FIBRLILAÇÃO ATRIALFIBRLILAÇÃO ATRIAL
TRATAMENTO GERAL FA
OBJETIVOS
1 - CONTROLE DA FC
2 - REVERSÃO PARA RITMO SINUSAL
3 - MANUTENÇAO PARA RITMO SINUSAL3 - MANUTENÇAO PARA RITMO SINUSAL
4 - PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO
TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA
ABLAÇÃO ATRIAL
ABLAÇÃO AV COM IMPLANTE DE MP
ABLAÇÃO FOCAL
TRATAMENTO TRATAMENTO 
FA AGUDA FA AGUDA 
SBCSBC
FIBRILAÇÃO ATRIAL
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Arritmia produzida por muitos focos 
ectópicos localizados nos ventrículos 
ocasionando contrações caóticas e não há 
bombeamento cardíaco efetivo, sendo bombeamento cardíaco efetivo, sendo 
portanto, um tipo de parada cardíaca. 
Característica: FC de 300 bpm, ausência de 
batimento cardíaco audível, respiração e 
pulso palpável.
Tratamento: Desfibrilação.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR GROSSEIRA
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR FINA
ASSISTOLIA
Caracteriza-se pela ausência de complexo QRS embora as 
ondas P possam estar presentes durante curto período de 
tempo.
Tratamento: Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP).Tratamento: Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP).
TAQUICARDIA VENTRICULAR
TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES 
(TSV)
São aquelas cuja origem se encontra no átrio ou no 
sistema de condução de HIS e se manifestam no ECG 
como uma taquicardia com complexo QRS estreitos e 
regulares. 90% das arritmias supraventriculares regulares. 90% das arritmias supraventriculares 
envolvem o nó AV. 
Repercussão hemodinâmica – pode ocorrer ou não 
deterioração hemodinâmica, dependendo da FC e da 
existência de cardiopatia
Tratamento – se houver comprometimento hemodinâmico 
é indicado a cardioversão elétrica. Se não houver sinal 
clínico de baixo débito, pode-se iniciar com manobra vagal 
(compressão de seio carotídio, ingestão de água gelada em 
grandes goles e indução do vômito). Em caso de insucesso, a 
primeira droga de escolha é a verapamil IV; as drogas de 
segunda escolha são os digitálicos IV, betabloqueadores ou a segunda escolha são os digitálicos IV, betabloqueadores ou a 
amiodarona.
NOTA: As TSV ocorrem mais frequentemente em 
indivíduos com coração normal, porém pode estar associada 
a cardiopatias congênitas, prolapso mitral, insuficiência 
coronária, entre outros.
TAQUI SUPRAVENTRICULAR
TSVTSVTSVTSV
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULARTAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULARTAQUICARDIA SUPRAVENTRICULARTAQUICARDIA SUPRAVENTRICULARTAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
ADENOSINAADENOSINA
VERAPAMILVERAPAMIL
BETA BLOQUEADORBETA BLOQUEADOR
TAQUICARDIA VENTRICULAR TV
É uma arritmia potencialmente maligna, geralmente secundária 
a alguma cardiopatia, embora possa ocorrer também em 
indivíduos com coração normal. O diagnóstico 
eletrocardiográfico de TV é sugerido pela ocorrência de uma 
série de três ou mais complexos ventriculares bizarros. A 
distinção, entretanto, pelo ECG de uma arritmia ventricular de 
um supraventricular com condução aberrante, pode ser difícil às um supraventricular com condução aberrante, pode ser difícil às 
vezes, pois em algumas situações as características de ambas se 
superpõem. Complexos ventriculares de configuração bizarra ou 
prolongada indicam apenas que a condução através dos 
ventrículos é normal, o que pode ocorrer em condições 
preexistentes como: bloqueio de ramo, condução por via 
acessória ou outras condições. Tal distinção entretanto é 
fundamental para instituição da terapêutica adequada.
Repercussão hemodinâmica – os sinais e sintomas 
dependem de vários fatores que devem ser considerados. 
Nem sempre a TV leva a hipotensão arterial grave ou 
diminuição do débito cardíaco. O colapso hemodinâmico e 
sintomas subsequentes dependem da FC durante a crise, 
estado da função ventricular, presença ou não de 
cardiopatia, uso ou não de medicamentos antiarritmicos. Os 
sintomas mais frequentes são:sintomas mais frequentes são:
• Palpitação no peito ou pescoço;
•Tonturas de intensidades variáveis;
•Escurecimento da visão;
•Dispnéia;
•Fraqueza, náuseas, sensação de corpo frio
•Sudorese e calor pelo rosto
NOTA: Em geral de início e término súbito, com 
sensação de alívio após cessação dos sintomas. Em 
pacientes com insuficiência coronária, o episódio de 
TV pode levar a um quadro de angina típico. 
Os sintomas são mais frequentes nos casos de TV 
sustentada com FC elevada.
Tratamento:
1) Episódio agudo (comprometimento hemodinâmico): 
cardioversão elétrica com 100 a 150 J
2) Se houver estabilidade hemodinâmica e ausência de 
cardiopatia – pode-se aguardar e observar
3) Se houver estabilidade hemodinãmica com 
cardiopatia associada, as drogas de escolha são:
• Lidocaína em bolus de 1-2 mg/kg
• Procainamida
• Amiodarona
NOTA: A insuficiência coronária é causa mais frequente 
de TV. Nos casos de morte súbita, é o principal evento de TV. Nos casos de morte súbita, é o principal evento 
arrítmicodetectado ao Holter, precedendo fibrilação 
ventricular. Em nosso meio, a cardiopatia chagásica 
pode acompanhar-se de TV, sendo esta a responsável 
pelos quadros de síncope e morte súbita na população.
TAQUICARDIA VENTRICULARTAQUICARDIA VENTRICULAR
MONOMÓRFICAMONOMÓRFICA
LIDOCAÍNALIDOCAÍNA
PROCAINAMIDAPROCAINAMIDA
CARDIOVERSÃO ELÉTRICACARDIOVERSÃO ELÉTRICA
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV)
A FV caracteriza-se pela ausência de qualquer organização 
aparente de atividade elétrica.
Ao ECG, constata-se o padrão caótico de atividade elétrica 
pela presença de ondulações irregulares, de contornos e 
amplitudes variáveis. Não existem complexos QRS distintos, 
segmentos ST, nem ondas T. As ondas fibrilatórias podem, segmentos ST, nem ondas T. As ondas fibrilatórias podem, 
entretanto, variar em amplitude, sendo as mais amplas 
relacionadas ao início do evento e com maior probabilidade 
de correção após a desfibrilação.
Já as ondas de FV com baixa amplitude (0,2 mV) são 
associadas ao período final do evento, significando uma 
duração significativa da FV, sendo frequente o insucesso de 
ressuscitação nesses casos.
Repercussão hemodinâmica:
A FV resulta em colapso hemodinâmico imediato – o 
bombeamento cardíaco cessa instantaneamente, ocorre 
perda da consciência, apnéia e morte – se a arritmia não for 
prontamente tratada. A pressão arterial torna-se inaudível, 
os sons cardíascos e os pulsos não são detectáveis.os sons cardíascos e os pulsos não são detectáveis.
Tratamento:
O único tratamento efetivo é a pronta desfibrilação, 
associada a medidas que garantam condições 
hemodinâmicas e respiratórias mínimas, sendo adotadas as 
medidas do suporte básico e suporte avançado de vida.
FIBRILAÇÃO VENTRICULARFIBRILAÇÃO VENTRICULAR
DESFIBRILAÇÃODESFIBRILAÇÃO
ELÉTRICAELÉTRICA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• DEVEMOS INICIALMENTE RODAR ECG, E IDENTIFICAR AS 
ALTERAÇÕES BÁSICAS;
• MANTER PACIENTE MONITORIZADO
• INSTALAR OXIGENOTERAPIA QUANDO NECESSÁRIO• INSTALAR OXIGENOTERAPIA QUANDO NECESSÁRIO
• NO CASO DE DETECTAR ARRITMIA, COMUNICAR 
IMEDITAMENTE AO MÉDICO;
• EXAMINAR O PACIENTE PROCURANDO AS POSSÍVEIS 
CAUSAS PARA A ARRITMIA;
• DEVEMOS SER CAPAZES DE IDENTIFICAR ARRITMIAS DE 
ALTA GRAVIDADE, COMO BAVT, ASSISTOLIA, TV 
SUSTENTADA E FV;
• IDENTIFICAR TAMBÉM INSTABILIDADE HEMODONÂMICA 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• IDENTIFICAR TAMBÉM INSTABILIDADE HEMODONÂMICA 
ASSOCIADA AS ARRITMIAS;
• DEVEMOS PROVIDENCIAR IMEDIATAMENTE MATERIAL 
PARA INTERVENÇÃO IMEDIATA, COMO DESFIBRILADOR 
E MARCAPASSO;
• ADMINISTRAR ADEQUADAMENTE AS MEDICAÇÕES 
SOLICITADAS.
ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO
• REALIZADOS EM LABORATÓRIO ESPECIALIZADO PARA
SE CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO DE ARRITMIA, OU
DETERMINAR O MECANISMO ELETROFISIOLÓGICO DE
UM DISTÚRBIO DO RITMO;UM DISTÚRBIO DO RITMO;
• A PREPARAÇÃO PARA UM EEF É SEMELHANTE A
RECOMENDADA PARA A CATETERIZAÇÃO CARDÍACA;
• DURANTE O PROCEDIMENTO, SÃO POSICIONADOS
(SOBRE ORIENTAÇÃO RADIOSCÓPICA) CATETERES
INTRACARDÍACOS TRANSVENOSOS EM DIVERSOS
LOCAIS DO CORAÇÃO;
• COMPLICAÇÕES:
– INDUÇÃO DE ARRITMIAS FATAIS;
– HEMATOMAS;
– PNEUMOTÓRAX;
– TROMBOSE VENOSA PROFUNDA;
– AVC;
– MORTE SÚBITA
ABLAÇÃO
• DE ACORDO COM OS RESULTADOS DOS ESTUDOS
ELETROFISIOLÓGICOS, A TERAPIA POR ABLAÇÃO PODE
SER ADOTADA PARA SE ELIMINAR UMA VIA ACESSÓRIA
DO SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO;DO SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO;
• REALIZADO COM UM CATETER ESPECIALMENTE
DESENHADO QUE É POSICIONADO NAS PROXIMIDADES
DA VIA ACESSÓRIA EM SEGUIDA UMA FORMA DE
ENERGIA (ONDAS DE RADIOFREQUÊNCIA) É LIBERADA
PELO CATETER.

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