Buscar

Cisto do ducto nasopalatino ou Cisto do canal incisivo (NÃO ODONTOGÊNICO)

Prévia do material em texto

Cisto do ducto nasopalatino:
Afinal, o que é CDNP?
O cisto do ducto nasopalatino é o cisto de desenvolvimento não odontogênico mais comum. Também conhecido como “cisto do canal incisivo”.
 Por que não é considerado odontogênico?
É oriundo de remanescentes epiteliais da lâmina dentária. Epitélio não é oriundo de nenhuma etapa de formação dos dentes. 
Ocorre em cerca de 1% da população!
Características clínicas:
Pequenos diâmetros
Mais frequente em homens
Mais casos entre a 4ª e 6ª décadas da vida
Área circunscrita 
Crescimento lento
Tumefação na região anterior do palato.
Sem predileção por raça.
Etiologia:
A partir de remanescentes epiteliais do ducto nasopalatino.
 Trauma
Infecção bacteriana
Próteses com adaptação ruim 
Proliferação epitelial espontânea.
Etiologia considerada desconhecida!
Sinais e Sintomas:
Geralmente assintomáticos.
Crescimento lento.
Tumefação na região anterior do palato.
Dor está associada à infecção secundária ou pressão sobre o nervo nasopalatino!
Na maioria dos casos nota-se combinação de sintomas
Histopatologia:
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
Epitélio pseudoestratificado colunar
Epitélio colunar simples
Epitélio cuboidal simples
O mais comum o revestimento com epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado isoladamente ou em combinação com algum outro tipo de epitélio! 
:
Epitélio cuboidal simples
Epitélio pseudoestratificado colunar e Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
Características radiográficas:
De formato que varia de ovóide, arredondada, com aspecto de coração ou pêra próximo ou na linha média da maxila.
A lesão apresenta-se com área radiolúcida, unilocular, bem delimitada, com bordos radiopacos.
Favorecem um diagnóstico precoce deste cisto (entre 0,6 e 1,5mm de diâmetro) beneficiando o prognóstico do paciente
Outra peculiaridade radiográfica é o envolvimento das raízes dos incisivos aparentando estar dentro da cavidade cística. 
Radiografia:
Corte axial
Corte coronal
Corte sagital
Vista frontal
Revista ABRO, v.16, n.1, p. 39-44, jan./jul. 2016.
Diagnóstico:
Localização limita hipóteses
Informações clínicas, com estudo dos sintomas e verificação de deslocamento dentário 
Informações radiográficas prévias mostrando aumento de tamanho das lesões.
Análise histopatológica é fundamental em lesões com o mesmo aspecto radiográfico, para que lesões como o tumor odontogênico ceratocístico sejam descartadas
 Como geralmente são assintomáticos, estes cistos acabam sendo descobertos incidentalmente em exames clínicos e radiográficos de rotina!
Informações clínicas
Análise histopatológica
Radiografia
Tratamento:
A forma de tratamento é a enucleação cirúrgica, porém o tratamento deverá ser proposto isoladamente para cada caso, de acordo com a extensão da lesão. Em alguma vezes a remoção cirúrgica é precedida por uma marsupialização, por exemplo, nos cistos extensos. Biópsia recomendada. 
 Remover a lesão em estágio inicial para minimizar o risco de complicação pré e pós-operatórias.
Enucleação
Remoção (excisão) de uma massa inteira, sem dissecação
 Suturar as paredes de um cisto aos lábios da incisão cutânea, quando a extirpação total não pode ser realizada diretamente.
Marsupialização
Prognóstico:
O cisto do ducto nasopalatino é uma entidade patológica com prognóstico favorável de tratamento, sem risco de complicação pós cirúrgica, e com importância do diagnóstico precoce para evitar sintomas desagradáveis. 
Baixas taxas de recidiva
Caso clínico:
Paciente do gênero masculino
Meloderma (pele negra)
Queixando-se de um abaulamento na região anterior da maxila
 Relata estar há um ano com os sintomas
 Sem dor
 “curvamento para fora”
Informações clínicas
Análise histopatológica
Tomografia
 Aspecto clínico intraoral da lesão.
Imagem tomográfica compatível com lesão osteolítica
Aspecto clínico da cavidade marsupial
Aspecto da lesão após enucleação.
Aspecto microscópico da lesão.
tecido pavimentoso estratificado
não queratinizado, atrófico em sua maior extensão
Aspecto radiográfico após 18 meses. Foi possível observar imagem sugestiva de neoformação óssea
na área ocupada pelo cisto
Bibliografia: 
https://www.youtube.com/watch?v=LuyYbjHEoA0
https://www.mastereditora.com.br/periodico/20171104_141730.pdf 
http://www.robrac.org.br/seer/index.php/ROBRAC/article/view/21/19
http://www.revistacirurgiabmf.com/2014/2/brjoms.14.2.6.pdf
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/79920
http://www.revodontolunesp.com.br/article/588018a87f8c9d0a098b4d5c
Acesso em: 02/11/2018
MARTINS, M.D; RUSSO, M.P. Nasopalatine duct cyst: report of case and literature review. Rev Inst Ciênc Saúde 2007 jul-set; 25(2):193-7
ABRAMS AM, HOWELL FV, BULLOCK WK. Nasopalatine cysts. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1963; 16:306-32.
ANNEROTH G, HALL G, STUGE U. Nasopalatine duct cyst. Int J Oral Maxillofac Surg. 1986; 5:572-80

Continue navegando