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Caso 3 corrigido

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TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Prof.ª. Tatiana Paixão
Aluno. Luciano Rodrigues
Matricula. 201403022623
 Direito/Manhã
Caso Concreto 3
Em 23 de fevereiro de 2011, Rosa Maria de Almeida, engenheira, 24 anos, moradora de São Gonçalo, precisou viajar por dois dias, porque iria prestar um concurso em Belo Horizonte. Resolveu então deixar o seu cachorro de estimação hospedado no Hotel para Cachorros e Clínica Veterinária Bons Amigos, de propriedade da veterinária Antônia de Jesus Cardoso, também em São Gonçalo, porque queria ter certeza de que o animal seria bem tratado durante a sua ausência. No dia seguinte, ao telefonar para saber como estava o animal, recebeu a notícia de que o animal havia falecido, em decorrência de morte natural. Abalada com a notícia, interrompeu a viagem, sem sequer prestar o concurso que motivara a sua ausência. Rosa Maria ficou chocada com a perda do animal de estimação, que criara desde um mês de vida do filhote, e com o qual convivia há cerca de cinco anos. Sentiu-se inconformada com a justificativa apresentada pela clínica, pois o animalzinho encontrava-se bem quando ali fora deixado. Ao voltar, Rosa Maria providenciou a autópsia do animal, ficando constatado que a morte se deu em virtude de ferimento por instrumento cortante, provavelmente oriundo de mordedura. No laudo da autópsia consta que a causa mortis foi um “trauma por instrumento corto-contundente, sendo os achados consistentes com possível mordedura”. A fotografia digitalizadas que acompanham o laudo demonstram um grande ferimento na região torácica que, segundo se constatou, perfurou vasos coronários e causou hemorragia. Tudo isso leva a crer que o cão de Rosa Maria foi violentamente atacado por outro animal e que, dos ferimentos decorrentes do ataque, culminou sua morte. Diante do resultado da autópsia, Rosa Maria acusou a clínica de negligência, pois assumiu o dever de guarda do animal, mas ao invés disso, descuidou-se, permitindo seu contato direto com outros cães. A dona da clínica negou veementemente a versão do laudo e rechaçou a alegação de que houve qualquer ferimento no cão capaz de ensejar a sua morte. Disse ainda que o animal não foi colocado em contato com outros, o que afasta totalmente, segundo ela, a possibilidade de que a morte tenha advindo de um ataque de outro cachorro. 
Questões
a). Resuma, em até dez linhas, qual a versão narrada pela parte autora 
Rosa Maria de Almeida, engenheira, 24 anos, moradora de São Gonçalo, acusa a clínica de negligência, pela morte se seu cão de estimação. Clínica está localizada também em São Gonçalo, cujo nome Hotel para Cachorros e Clínica Veterinária Bons Amigos, de propriedade da veterinária Antônia de Jesus Cardoso. Relata a Srª Rosa Maria, que no dia 23 de fevereiro de 2011, viajou por dois dias para prestar um concurso em Belo Horizonte e resolveu deixar seu cachorro na clínica veterinária mencionada acima, para assegurar que o seu cão fosse bem cuidado, no dia seguinte, Rosa Maria liga para a clínica para saber como está o seu cão e recebe a notícia que o mesmo, faleceu por morte natural. Como a dona do cachorro sabia que o mesmo estava bem, voltou imediatamente para São Gonçalo deixando de prestar o concurso o qual motivara sua ausência, quando chegou a clínica, solicitou a autópsia para saber a causa da morte. O laudo pode verificar que a causa mortis foi um “trauma por instrumento corto contundente, sendo os achados consistentes com possível mordedura”. A dona da clínica mesmo sabendo todas as provas que Rosa Maria possuía, negou todas as acusações e a mesma muito abalada com sua perda acusou a clínica de negligência, pois seu dever era de guardar o animal.
b) Identifique, na transcrição desse segmento, pelo menos três informações que a parte contrária não teria narrado. Justifique por quê. 
Laudo de autopsia. O ferimento na parte torácica do cão; Perdeu o concurso; Morte originalizada por um trauma, um instrumento corto contundente; A dona da clínica negou tudo, pois não quer que fique caracterizado que realmente houve negligencia, e seja processada , já que a clínica tinha o dever de cuidar do animal. 
OBJETIVAS
O magistrado, ao produzir a sentença, tem o compromisso de realizar, em seu relatório, uma síntese de todas as questões importantes trazidas aos autos pelas partes que integram o polo ativo e o polo passivo. PORTANTO, as versões do autor e do réu estão representadas em uma narrativa jurídica simples, marcada pela presença da polifonia que identifica a origem de cada uma das alegações e depoimentos.
1 - O parágrafo anterior é composto por uma afirmativa inicial e uma conclusão (após a conjunção “portanto”). Marque a opção CORRETA.
a) A afirmativa inicial está correta, mas a conclusão que dela decorre está errada.
b) A afirmativa inicial está errada, mas a conclusão que dela decorre está correta.
c) Tanto a afirmação inicial quanto à conclusão que dela decorre estão corretas.
d) Tanto a afirmação inicial quanto à conclusão que dela decorre estão erradas.
2 - Os textos abaixo foram extraídos de uma peça processual que trata de ação de alimentos. Identifique a tipologia textual de cada fragmento e marque a opção correta. 
I - “A representante legal do autor contraiu matrimônio com o réu em 16 de abril de 1991. Da união matrimonial adveio o menor Rodrigo da Cunha Maia, absolutamente incapaz, que está sendo representado por sua mãe”.
II - “Segundo Antunes Varela, os alimentos são tudo que é estritamente necessário para a mantença da vida de uma pessoa, compreendendo a alimentação, a cura, o vestuário, a habitação, nos limites da necessidade de quem os pede.”
a) O texto I é uma narrativa valorada e o texto II é injuntivo.
b) O texto I é argumentativo e o texto II é uma narrativa imparcial.
c) O texto I é uma narrativa simples e o texto II é descritivo.
d) O texto I é uma narrativa simples e o texto II é argumentativo.

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