Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÁLCULO I AULAS 05 E 06 REVISÃO DE FUNÇÕES Prof. Fábio Augusto de Abreu fabio.abreu@ifsuldeminas.edu.br https://sites.google.com/a/ifsuldeminas.edu.br/fabio-abreu/ FUNÇÃO AFIM Definição Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função 𝑓 de ℝ em ℝ dada por uma lei da forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde 𝑎 e 𝑏 são números reais dados. Na função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, o número 𝒂 é chamado de coeficiente de 𝑥 e o número 𝒃 é chamado termo constante. Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau: ✓ 𝑓 𝑥 = 5𝑥 − 3, onde 𝑎 = 5 e 𝑏 = −3 ✓ 𝑓 𝑥 = −2𝑥 −7, onde 𝑎 = −2 e 𝑏 = −7 ✓ 𝑓(𝑥) = 11𝑥, onde 𝑎 = 11 e 𝑏 = 0 P ro f. F á b io A b re u GRÁFICO O gráfico de uma função afim, 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, é uma reta: → oblíqua aos eixos 𝑂𝑥 e 𝑂𝑦, se 𝑎 ≠ 0 → paralela ao eixo 𝑂𝑥, se 𝑎 = 0. Exemplo: construir o gráfico da função 𝑦 = 3𝑥 − 1. Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua: a) Para 𝑥 = 0, temos 𝑦 = 3 · 0 − 1 = −1; portanto, um ponto é (0,−1) b) Para 𝑦 = 0, temos 0 = 3𝑥 − 1; portanto, e outro ponto é (1/3; 0). Marcamos os pontos (0, −1) e (1/3; 0) no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta. P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u COEFICIENTE ANGULAR E LINEAR O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox. O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy. (0,b) P ro f. F á b io A b re u ZERO OU RAIZ DA FUNÇÃO Chama-se zero ou raiz da função afim f(x) = ax + b, a ≠ 0, o número real x tal que f(x) = 0. Temos: 𝑓 𝑥 = 0 ⟹ 𝑎𝑥 + 𝑏 = 0 ⟹ 𝑥 = −𝑏/𝑎 Vejamos alguns exemplos: 1-) Obtenção do zero da função f(x) = 2x – 5: 𝑓 𝑥 = 0 ⟹ 2𝑥 − 5 = 0 ⟹ 𝑥 = 5/2 2-) Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6: 𝑔 𝑥 = 0 ⟹ 3𝑥 + 6 = 0 ⟹ 𝑥 = −6/3 = −2 P ro f. F á b io A b re u 3-) Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = – 2x + 10 corta o eixo das abscissas: O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então: h(x) = 0 – 2x + 10 = 0 x = 5 P ro f. F á b io A b re u CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO Função Crescente: A função afim f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0); Justificativa: para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2). x -3 -2 -1 0 1 2 3 y -10 -7 -4 -1 2 5 8 P ro f. F á b io A b re u Função Decrescente: A função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo, ou seja, a < 0. Justificativa: para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2). x -3 -2 -1 0 1 2 3 y 8 5 2 -1 -4 -5 -10 y diminui P ro f. F á b io A b re u ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO Estudar o sinal de uma função qualquer, y = f(x) é determinar os valores de x para os quais y é positivo, os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo. Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b. Vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa função se anula pra raiz Há dois casos possíveis: a b x −= P ro f. F á b io A b re u 1º CASO) a > 0 (a função é crescente) y > 0 → ax + b > 0 → x > y < 0 → ax + b < 0 → x < Conclusão: • y é positivo para valores de x maiores que a raiz; • y é negativo para valores de x menores que a raiz. P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u 2º CASO) a < 0 (a função é decrescente) y > 0 → ax + b > 0 → x < y < 0 → ax + b < 0 → x > Conclusão: • y é positivo para valores de x menores que a raiz; • y é negativo para valores de x maiores que a raiz. P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u FUNÇÃO QUADRÁTICA Definição: Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠ 0. Vejamos alguns exemplos de função quadráticas: 1) f(x) = 3x² – 4x + 1, onde a = 3, b = – 4 e c = 1 2) f(x) = x2 – 1, onde a = 1, b = 0 e c = – 1 3) f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5 4) f(x) = – x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0 5) f(x) = – 4x2, onde a = – 4, b = 0 e c = 0 P ro f. F á b io A b re u GRÁFICO O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curva chamada parábola. Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x: Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida, ligamos os pontos assim obtidos. P ro f. F á b io A b re u X Y -3 6 -2 2 -1 0 -1/2 -1/4 0 0 1 2 2 6 • se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima; • se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo; GRÁFICO P ro f. F á b io A b re u ZERO OU RAIZ DA FUNÇÃO QUADRÁTICA Observação: A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o radicando ∆ = b² – 4.a.c, chamado discriminante. Quando ∆ é positivo, há duas raízes reais e distintas; Quando ∆ é zero, há só uma raiz real; Quando ∆ é negativo, não há raiz real. P ro f. F á b io A b re u COORDENADAS DO VÉRTICE Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. Em qualquer caso, as coordenadas de V são − 𝑏 2𝑎 , − Δ 4𝑎 Veja os gráficos: P ro f. F á b io A b re u IMAGEM DA FUNÇÃO O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há duas possibilidades: 1ª) quando a > 0, a > 0 P ro f. F á b io A b re u IMAGEM DA FUNÇÃO 2ª) quando a < 0, ESBOÇO DA PARÁBOLA P ro f. F á b io A b re u 4) A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola; 5) Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo dos y. P ro f. F á b io A b re u Consideremos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivos. Conforme o sinal do discriminante ∆ = b2 – 4ac, podem ocorrer os seguintes casos: SINAL DA FUNÇÃO P ro f. F á b io A b re u y > 0 x1 < x < x2 y < 0 x < x1 ou x > x2 1º caso) ∆ > 0 Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 ≠ x2). A parábola intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo: y > 0 x < x1 ou x > x2 y < 0 x1 < x < x2 quando a > 0 quando a < 0 P ro f. F á b io A b re u 2º caso) ∆ = 0 quando a > 0 quando a < 0 P ro f. F á b io A b re u 3º caso) ∆ < 0 quando a > 0 quando a < 0 P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES MODULARESP ro f. F á b io A b re u EXERCÍCIO P ro f. F á b io A b re u DETERMINAÇÃO DO DOMÍNIO P ro f. F á b io A b re u GRÁFICO DA FUNÇÃO MODULAR P ro f. F á b io A b re u P ro f. F á b io A b re u EXEMPLOS P ro f. F á b io A b re u EXEMPLOS P ro f. F á b io A b re u EXEMPLOS P ro f. F á b io A b re u EXEMPLOS P ro f. F á b io A b re u EXEMPLOS P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES EXPONENCIAIS Definição. Seja 𝑎 ∈ ℝ tal que 0 < a ≠ 1. A função exponencial de base 𝑎 é denotada e definida por: 𝑦 = 𝑓 𝑥 = 𝑎𝑥 • 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = ℝ; • 𝐼𝑚 𝑓 = (0,+∞); • 𝑓 0 = 1 e 𝑓 1 = 𝑎. P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES EXPONENCIAIS P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES EXPONENCIAIS P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES EXPONENCIAIS – O NÚMERO 𝑒 P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES EXPONENCIAIS – O NÚMERO 𝑒 P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES EXPONENCIAIS P ro f. F á b io A b re u 1) Esboce o gráfico de 𝑦 = 1 2 𝑒−𝑥 − 1 e diga qual o domínio e a imagem. 2) Se você traçar o gráfico da função 𝑓 𝑥 = 1−𝑒 ൗ 1 𝑥 1+𝑒 ൗ 1 𝑥 você verá que f parece ser uma função ímpar. Demonstre isso. 3) Encontre a função exponencial 𝑓 𝑥 = 𝐶𝑎𝑥 cujo gráfico é dado. FUNÇÕES LOGARÍTMICAS Definição. Seja 𝑎 ∈ ℝ tal que 0 < a ≠ 1. A função exponencial 𝑦 = 𝑓 𝑥 = 𝑎𝑥 possui inversa denominada função logarítmica de base 𝑎, que é denotada por: 𝑦 = 𝑓 𝑥 = log𝑎 𝑥 e definida por 𝑦 = log𝑎 𝑥 se, e somente se, 𝑎 𝑦 = 𝑥. • 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = (0,+∞); • 𝐼𝑚 𝑓 = ℝ; • 𝑓(1) = 0 e 𝑓 𝑎 = 1. P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES LOGARÍTMICAS P ro f. F á b io A b re u FUNÇÕES LOGARÍTMICAS P ro f. F á b io A b re u 1) Determine o domínio da função ln(ln(𝑥)). 2) (a) Encontre o domínio de 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑛(𝑒𝑥 − 3) (b) Encontre 𝑓−1 e seu domínio. 3) Considere as funções 𝑓 e 𝑔, da variável real 𝑥 , definidas, respectivamente, por 𝑓 𝑥 = 𝑒𝑥 2+𝑎𝑥+𝑏 e 𝑔 𝑥 = ln 𝑎𝑥 3𝑏 , em que 𝑎 e 𝑏 são números reais. Se 𝑓 −1 = 1 = 𝑓(−2), então pode-se afirmar sobre a função composta 𝑔 ∘ 𝑓 que a) 𝑔 ∘ 𝑓 1 = ln 3 b) ∄ 𝑔 ∘ 𝑓 0 . c) 𝑔 ∘ 𝑓 nunca se anula. d) 𝑔 ∘ 𝑓 está apenas definida em 0,∞ . e) 𝑔 ∘ 𝑓 admite dois zeros reais distintos. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS P ro f. F á b io A b re u 𝑓 𝑥 = sen 𝑥 Função ímpar 𝑓 𝑥 = cos 𝑥 Função par Em ambas as funções temos: 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = ℝ, 𝐼𝑚 𝑓 = [−1,1] e período 2𝜋. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS P ro f. F á b io A b re u 𝑓 𝑥 = tg 𝑥 Função ímpar 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≠ 𝜋 2 + 𝑛𝜋, 𝑛 inteiro} 𝐼𝑚 𝑓 = ℝ Período: 𝜋 𝑓 𝑥 = sec 𝑥 Função par 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≠ 𝜋 2 + 𝑛𝜋, 𝑛 inteiro} 𝐼𝑚 𝑓 = −∞,−1 ∪ [1,+∞) Período: 2𝜋 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS P ro f. F á b io A b re u 𝑓 𝑥 = cotg 𝑥 Função ímpar 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≠ 𝑛𝜋, 𝑛 inteiro} 𝐼𝑚 𝑓 = ℝ Período: 𝜋 𝑓 𝑥 = cossec 𝑥 Função ímpar 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≠ 𝑛𝜋, 𝑛 inteiro} 𝐼𝑚 𝑓 = −∞,−1 ∪ [1,+∞) Período: 2𝜋
Compartilhar