Buscar

Demências(Alzheimer,Corpos de Lewy,Vascular)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Demências
Integrantes do grupo
Gabriel Augusto
João Victor Lopes
Romano Filho
Vanessa Bessa
O que são demências
Vamos pensar um pouco sobre o que é demência.
Demência é um comprometimento generalizado, adquirido e geralmente progressivo da função cognitiva. Essa condição difere de outros distúrbios da função cognitiva, como o coma ou os estados confusionais , pelo fato de que o nível de consciência (vigília ou excitabilidade) está preservado na demência. Embora a prevalência da demência aumente com o avançar da idade (Figura 5-1), ela não é uma consequência invariável do envelhecimento e, em vez disso, resulta de doenças que envolvem o córtex cerebral, suas conexões subcorticais, ou ambos. O envelhecimento normal pode estar associado com alterações menores da função neurológica.(Tabela 5.1) e com alterações neuroanatômicas, como aumento de tamanho dos ventrículos cerebrais e dos sulcos corticais, observado na tomografia computadorizada (TC) ou na ressonância magnética (RM) (Figura 5-2). No entanto, esses achados não são indicativos de demência. O termo leve comprometimento cognitivo (LCC) é usado para descrever déficits que são mais graves do que aqueles costumeiramente observados com o envelhecimento normal, mas não são pronunciados o bastante para justificar um diagnóstico de demência. Contudo, os pacientes com LCC têm um risco aumentado (cerca de 10% ao ano) de desenvolvimento de demência.
Demência é uma condição em que ocorre perda da função cerebral. É um conjunto de sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, levando a problemas cognitivos, de memória, raciocínio e afetando, também, a linguagem, o comportamento e alterando a própria personalidade.
3
Incidência e prevalência
Demência é muito comum na população idosa
Tem alta prevalência principalmente a partir dos 65 anos.
Acomete mais mulheres.(fator de risco, idade).
Embora a prevalência da demência aumente com o avançar da idade (Figura 5-1), ela não é uma consequência invariável do envelhecimento e, em vez disso, resulta de doenças que envolvem o córtex cerebral, suas conexões subcorticais, ou ambos.
Boa parte da diferença de gênero está ligada a um dos maiores fatores de risco da demência: idade. Quanto mais velho você é, maior a propensão de desenvolver Alzheimer. Mulheres tipicamente vivem mais que os homens, então mais mulheres sofrem demência.
Outra questão para os pesquisadores é por que a doença avança mais rápido nas mulheres do que nos homens após o diagnóstico. Uma linha de pensamento sugere que o estrogênio protege o cérebro das mulheres quando elas são mais jovens, mas que esses benefícios acabam, assim como o estrogênio, com uma certa idade.
Outra pesquisa sugere que as mulheres desempenham melhor nos testes iniciais usados, o que pode levar a erros de diagnóstico na etapa inicial, o que também pode levar médicos a subestimar a severidade da doença. Se esse for o caso, exames de diagnóstico precisarão ser mudados para refletir as diferenças neuropsicológicas de homens e mulheres.
4
Tipos de demências
As demências podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as reversíveis e as irreversíveis, estas últimas também chamadas de degenerativas. As demências do tipo irreversível também são progressivas, ou seja, pioram com o passar do tempo. Já as demências reversíveis são aquelas que, apesar de causarem danos ao cérebro, podem ter seus sintomas revertidos.
5
Tipos de demências
Demências degenerativas:
Doença de Alzheimer(DA)
Demência frontotemporal
Doença com corpos de Lewy
Demência vascular
Demências reversíveis:
Tumores cerebrais
Demências de causa metabólica em que há alterações nos níveis de açúcar, sódio e cálcio no sangue.
Baixos níveis de vitamina B12
Uso de determinantes medicamentos, principalmente alguns para tratar colesterol
Abuso crônico do álcool
Outras demências:
Traumatismo craniano
Doença de Parkinson
Esclerose múltipla
Doença de Huntington
Doença de Pick
Paralisia supranuclear progressiva
Infecções que podem afetar o cérebro, como HIV/AIDS e doença de Lyme
Doença de Creutzfeldt-Jakob.
(Demência frontotemporal é uma degeneração que ocorre no lóbulo frontal do cérebro e que pode se espalhar para o lóbulo temporal.)
6
Fatores de risco
Idade
Histórico familiar
Síndrome de Down
Fatores de risco modificáveis:
Abuso de bebidas alcoólicas
Aterosclerose
Hipertensão
Colesterol elevado
Depressão
Diabetes
Altos níveis de estrogênio
Obesidade
Tabagismo
Níveis alterados de um aminoácido presente no sangue chamado homocisteína.
Muitos fatores podem levar à demência. Alguns fatores, como idade, histórico familiar de demências e síndrome de Down, não podem ser alterados ou prevenidos.
À medida que uma pessoa envelhece, o risco de demências aumenta consideravelmente, especialmente após os 65 anos. A demência, por outro lado e ao contrário do que muita gente pensa, não é parte normal do envelhecimento, pois também pode ocorrer em pessoas mais novas.
Se você tem histórico familiar de demência, você está em maior risco de desenvolver alguma condição. No entanto, isso está longe de ser uma regra, já que muitas pessoas com histórico familiar podem também não desenvolver nenhuma doença, enquanto que uma pessoa sem nenhum tipo de histórico médico de demência desenvolver alguma ao longo da vida. Uma pessoa com mutações genéticas específicas está em maior risco de desenvolver certos tipos de demência.
Síndrome de Down
Por volta da chamada “meia idade”, muitas pessoas com síndrome de Down desenvolvem sintomas relacionados à demência. Alguns podem, inclusive, desenvolver uma doença.
7
Sintomas de Demência
Sintomas de demência variam, dependendo da causa, mas os mais comuns incluem:
Perda de memória
Dificuldade para se comunicar
Dificuldade com tarefas complexas
Dificuldade com planejamento e organização
Dificuldade com funções de coordenação e motoras
Problemas com desorientação, como se perder
Alterações de personalidade
Incapacidade de estabelecer razão
Comportamento inadequado
Paranoia
Agitação
Alucinações.
Demência de Alzheimer
Demência ou doença de Alzheimer(DA)
https://youtu.be/RgKrtdE86Ik
Vamos pensar um pouco sobre o Alzheimer. A DA é responsável por mais de 50% dos casos de demência e ) é caracterizada pela atrofia cortical sendo que essa atrofia acomete principalmente a formação hipocampal, que é uma estrutura do encéfalo relacionada ao processo de aprendizagem e memória; e acomete também as áreas corticais associativas.
10
Demência ou doença de Alzheimer(DA)
Definição: A doença de Alzheimer(DA) é caracterizada pela atrofia cortical, que é quando o cérebro sofre uma redução de seu volume devido a morte celular sendo que essa atrofia acomete principalmente a formação hipocampal, que é uma estrutura do encéfalo relacionada ao processo de aprendizagem e memória; e acomete também as áreas corticais associativas.
Esse acometimento é caracterizado principalmente por alterações histológicas como os emaranhados neurofibrilares e placas senis.
Primeira figura fala dos emaranhados neurofibrilares.
Placas senis: São placas extracelulares formadas pelo acúmulo de fragmentos insolúveis da proteína βamiloide. 
Proteína Tau: Proteínas que estabilizam os microtúbulos neuronais (estruturas proteicas que constituem o neurônio) e quando em atividade anormal como desestabilização pode levar a morte neuronal. 
A DA caracteriza-se do ponto de vista anatomo-patológico por atrofia cortical que acomete sobretudo a formação hipocampal e as áreas corticais associativas. O exame microscópico revela perda neuronal e alterações histológicas características, os emaranhados neurofibrilares e placas senis.
Os emaranhados neurofibrilares são lesões intra-neuronais, resultantes do acúmulo de proteína tau,que é constituinte normal dos microtúbulos (parte do citoesqueleto neuronal) e que sofre processo de hiperfosforilação (tau hiperfosforilada). As placas senis são lesões extracelulares formadas por acúmulo central de proteína amilóide
envolvida por terminações nervosas (axônios e dendritos) degeneradas e restos de células gliais.
11
Demência ou doença de Alzheimer(DA)
A doença de Alzheimer também pode ser definida como envelhecimento precoce do cérebro, começando em geral na vida adulta média e progredindo, rapidamente, até a perda extrema da capacidade mental.
As características clínicas da doença de Alzheimer incluem:
(1) deficiência da memória, de forma amnésica,
(2) piora da linguagem,
(3) déficits visuoespaciais.
Anormalidades motoras e sensoriais, distúrbios da marcha e convulsões não são comuns antes das últimas fases da doença.
Achado consistente na doença de Alzheimer é a perda de neurônios na parte do sistema límbico que comanda o processo da memória. A perda dessa função da memória é avassaladora.
Figura é possível identificar placas amiloides e emaranhados neurofibrilares além de ver atrofia cortical extensa e de hipocampo.
12
Demência ou doença de Alzheimer(DA)
A doença de Alzheimer é doença neurodegenerativa progressiva e fatal que resulta na diminuição da capacidade da pessoa cumprir as atividades da vida cotidiana, bem como variedade de sintomas neuropsiquiátricos e distúrbios comportamentais nas fases mais avançadas da doença.
Pacientes acometidos pela doença de Alzheimer em geral necessitam de cuidados contínuos, já a poucos anos depois do início da doença.
Diferença do cérebro normal e do paciente com Alzheimer
Atrofia cortical no paciente com Alzheimer.
Atrofia do hipocampo.
Placas amiloides.
Proteína Tau Hiperfosforilada levando à desintegração dos microtúbulos.
14
Demência ou doença de Alzheimer(DA)
Emaranhados Neurofibrilares: são alterações ou lesões intraneurais nos microtúbulos (citoplasma dos neurônios) aonde a proteína Tau que constitui os microtúbulos sobre hiperfosforilação.
Placas senis: As placas senis são lesões extracelulares devido ao acúmulo de proteína amiloide nos axônios e dendritos impedindo a transmissão de sinais.
Primeira figura: Emaranhados Neurofibrilares e Placas senis.
Segunda figura: Emaranhados Neurofibrilares.
15
Hiperfosforilação da proteína Tau e a formação de emaranhados neurofibrilares
Hiperfosforilação da proteína Tau e a formação de emaranhados neurofibrilares e placas senis
Incidência
Na maioria das vezes sua ocorrência é esporádica, embora existam casos familiares com padrão de transmissão autossômico dominante, incidindo em indivíduos mais jovens (habitualmente antes dos 55 anos). Nos casos esporádicos e de início na faixa senil, a presença de polimorfismo específico no gene da apolipoproteína E (presença de um ou dois alelos e4) constitui fator de risco para a ocorrência da doença.
A doença de Alzheimer é a forma de demência mais comum nos idosos. A porcentagem de pessoas com a doença de Alzheimer, aproximadamente, dobra a cada 5 anos de idade, e cerca de 1% das pessoas, com 60 anos de idade, e cerca de 30% das pessoas, com 85 anos de idade, têm a doença.
Papel do acúmulo excessivo do peptídeo beta-amiloide na patogênese da doença de Alzheimer
Segundo observações sugere-se que:
(1) todas as mutações atualmente conhecidas associadas à doença de Alzheimer aumentam a produção do peptídeo beta-amiloide; 
(2) pacientes com trissomia do 21 (síndrome de Down) têm três cópias do gene da proteína precursora amiloide e desenvolvem características neurológicas da doença de Alzheimer, na meia-idade; 
(3) pacientes que têm anormalidades no gene que controla a apolipoproteína E, proteína do sangue que transporta o colesterol para os tecidos, têm deposição acelerada do amiloide e risco bastante aumentado de doença de Alzheimer;
(4) camundongos transgênicos que produzem em excesso a proteína precursora amiloide têm déficits de memória e aprendizado associados ao acúmulo de placas amiloides;
(5) geração de anticorpos antiamiloides em humanos com a doença de Alzheimer parece atenuar o processo de doença.
Sintomas do Alzheimer
Primeiros sinais: Distúrbios de memória para fatos recentes e desorientação temporoespacial, podendo ter episódios de agitação ou delírio.
Progressão da doença: Distúrbios de raciocínio lógico, reconhecimento visual podem predominar.
Agitação e delírio são mais comuns em idosos.
Quadro clínico
O quadro clínico inicia-se de modo insidioso, caracterizando-se principalmente por distúrbios de memória para fatos recentes e desorientação têmporo-espacial. Por vezes, o início é mais agudo, com episódio de agitação ou delirium que se segue a uma intervenção cirúrgica ou a outro evento traumático. De modo progressivo, vão-se evidenciando distúrbios de raciocínio lógico e de planejamento, alterações de linguagem (sobretudo anomia), disfunção vísuo-espacial e desinteresse por atividades habituais.
Na faixa pré-senil, distúrbios de linguagem e de reconhecimento visual podem predominar, enquanto agitação e sintomas psicóticos (idéias delirantes, sobretudo de caráter persecutório, e alucinações) são mais comuns nos doentes mais idosos.
Alterações de equilíbrio, marcha e força muscular estão ausentes, a não ser no período final, quando o paciente acaba por ficar restrito ao leito.
Este padrão de acometimento quase exclusivo da cognição e do comportamento reflete a distribuição do processo patológico, que acomete predominantemente a formação hipocampal e áreas corticais associativas, com preservação de áreas corticais primárias.
A morte habitualmente ocorre após evolução de sete a 15 anos, embora evolução mais rápida possa ocorrer (sobretudo nos casos pré-senis) ou mesmo platôs de estabilidade relativa durante alguns anos.
Diagnóstico
O diagnóstico de DA é basicamente realizado pelo quadro clínico e descartando outras demências através de exames de neuroimagens.
Exames de neuroimagens: Revelam atrofia cortical difusa, predominantemente na formação hipocampal.
Embora não haja exame específico, muitos esforços têm sido feitos na busca de marcadores biológicos que permitam diagnóstico mais preciso e, sobretudo,mais precoce. Técnicas como medidas de volume do hipocampo por ressonância magnética, bem como a determinação de concentração das proteínas tau e amilóide no LCR, são promissoras neste sentido.
O diagnóstico da DA baseia-se em quadro clínico compatível e na exclusão de outras causas de demência pelos exames laboratoriais e de neuroimagem. Os exames de neuroimagem revelam atrofia cortical, habitualmente de predomínio posterior, e hipocampal (Figs. 15.3 e 15.4).
Fig. 15.3— Ressonância magnética de crânio (imagem em T1) de paciente com doença de Alzheimer mostrando atrofia cortical de predomínio em regiões posteriores.
Fig. 15.4 — Ressonância magnética de crânio (imagem em T1) de paciente com doença de Alzheimer mostrando atrofia da formação hipocampal, com conseqüente dilatação dos cornos temporais dos ventrículos laterais.
24
Tratamento da doença de Alzheimer(DA)
Tratamento: Não existe tratamento específico ou preventivo para a DA. Atualmente o tratamento é baseado na inibição de enzimas colinesterases, responsáveis pela destruição do neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica.(Drogas usadas: donepelina, galantamina, rivastigmina).
Tratamento para transtorno de humor: Uso de antidepressivos com menor ação anticolinérgica(como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina)(sertralina, citalopram, escitalopram).
Tratamento para transtornos psicóticos: bisperidona, quetiapina, olanzadina, abipiprazol).
O tratamento atualmente disponível é sintomático e se baseia na inibição da enzima acetilcolinesterase, responsável pela destruição do neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica. Esta estratégia terapêutica baseia-se nas evidências de que ocorre redução significativa da concentração de acetilcolina em núcleos subcorticais específicos, como o núcleo basal de Meynert, e em sinapses corticais. Este déficit colinérgico tem sido considerado responsável por parte das alterações cognitivas e comportamentais que ocorrem na doença.
A opção deve se basear na posologia, no
perfil de efeitos colaterais e na interação com outras drogas. A recomendação é de que essas drogas sejam prescritas a pacientes com demência de intensidade leve a moderada, embora sejam também eficazes na melhora de alguns sintomas em casos graves. São observados efeitos terapêuticos sobre a cognição, comportamento e atividades de vida diária, embora não em todos os pacientes. Por razões ainda não esclarecidas, apenas uma parcela de pacientes se beneficia deste tratamento. Não foram, até o momento, identificados fatores indicativos de melhor resposta à terapêutica colinérgica e a não-resposta a um destes medicamentos não exclui a possibilidade de melhora de sintomas com outro. Além do tratamento sintomático descrito, há evidências de que o emprego de vitamina E em altas doses (2.000UI/dia divididas em duas doses diárias) retarde a progressão do quadro demencial, podendo ser prescrita em associação com droga anti-colinesterásica.
O acompanhamento por equipe multiprofissional, incluindo terapeutas ocupacionais, psicólogos, fono-audiólogos, enfermeiros e fisioterapeutas (nas fases mais avançadas), além de medidas de orientação e suporte ao familiar/cuidador, são de grande importância, reduzindo em muitos casos a necessidade de prescrição de neurolépticos, além de diminuírem a carga sobre o cuidador e a institucionalização.
25
Demência de corpos de Lewy
26
Demência de corpúsculos de Lewy
Definição: A demência com corpos de Lewy é uma doença degenerativa do cérebro, que compromete regiões responsáveis por funções como a memória, o pensamento e o movimento, e é causada pelo acúmulo de proteínas, conhecidas como corpos de Lewy, no tecido cerebral. 
A demência com corpos de Lewy é uma doença degenerativa do cérebro, que compromete regiões responsáveis por funções como a memória, o pensamento e o movimento, e é causada pelo acúmulo de proteínas, conhecidas como corpos de Lewy, no tecido cerebral. 
Esta doença surge com o avançar da idade, sendo mais comum acima dos 60 anos. e provoca sintomas como alucinações, perda de memória progressiva e dificuldade para concentrar, assim como tremores e rigidez muscular, sendo considerada o segundo tipo de demência degenerativa mais comum, logo após o Alzheimer. Essa mesma doença acometeu o ator famoso Robin Williams.
27
Demência de corpúsculos de Lewy
Surge com o avançar da idade(mais comum acima dos 60 anos).
Idiopática.
Segundo tipo de demência mais comum, logo após o Alzheimer.
Acomete mais homens.
Possui sintomas semelhantes ao Alzheimer e ao Parkinson.
Provoca sintomas como:
Alucinações
Perda de memória progressiva
Dificuldade para se concentrar
Tremores e rigidez muscular
 Esta doença surge com o avançar da idade, sendo mais comum acima dos 60 anos. e provoca sintomas como alucinações, perda de memória progressiva e dificuldade para concentrar, assim como tremores e rigidez muscular, sendo considerada o segundo tipo de demência degenerativa mais comum, logo após o Alzheimer. Devido aos sintomas semelhantes, esta doença pode ser confundida com Alzheimer ou Parkinson. Ainda não existe uma causa conhecida para a Demência de Corpos de Lewy, por isso, qualquer pessoa pode desenvolver esta doença, que é mais comum em homens acima dos 60 anos. e não foram identificados quaisquer fatores de risco. 
28
Principais sintomas da demência de corpos de Lewy
Surgem aos poucos, e pioram lentamente.
Perda das capacidades mentais, chamadas de funções cognitivas.
Confusão mental e desorientação.
Tremores e rigidez muscular.
Alucinações visuais.
Alterações visoespaciais.
Alterações do humor.
Primeiro surgem alterações das capacidades mentais e com o progredir da doença surgem as alterações de movimento.
Resumo do slide 30: Principais sintomas da demência de corpos de Lewy.
29
Principais sintomas da demência de corpos de Lewy
A demência por corpos de Lewy apresenta sintomas que surgem aos poucos, e pioram lentamente. Os principais são:
Perda das capacidades mentais, chamadas de funções cognitivas, como memória, concentração, atenção, comunicação e linguagem;
Confusão mental e desorientação, que oscilam entre momentos de confusão extrema e momentos mais calmos;
Tremores e rigidez muscular, conhecidos como parkinsonismo, pois imitam os movimentos do Parkinson;
Alucinações visuais, em que a pessoa vê coisas inexistentes, como animais ou crianças, por exemplo;
Dificuldade em avaliar distâncias, chamada de alterações visoespaciais, o que pode levar a quedas frequentes;
Sintomas de alterações do humor, como depressão e apatia.
Alterações das capacidades mentais surgem primeiro
Doença progride
Surgem as alterações do movimento, e os quadros de confusão mental ficam mais graves.
 * Geralmente, as alterações das capacidades mentais surgem primeiro, e à medida que a doença progride, surgem as alterações do movimento, e os quadros de confusão mental ficam mais graves. Também é comum que haja sintomas de alterações do humor, como depressão e apatia.
30
Quadro clínico
Na demência dos corpos de Lewy ocorrem flutuações dos déficits cognitivos, por vezes chegando a verdadeiros quadros de delirium, além de parkinsonismo (usualmente, síndromes rígido-acinéticas de distribuição simétrica) e alucinações visuais.
Os pacientes apresentam sensibilidade exagerada aos efeitos extrapiramidais dos neurolépticos, que devem ser utilizados com muita cautela nestes casos.
Por outro lado, a resposta terapêutica a drogas inibidoras da acetilcolinesterase tem-se mostrado eficaz em estudos recentes em decorrência do acentuado déficit colinérgico que ocorre nesta doença.
Cerca de 20% dos pacientes com doença de Parkinson apresentam síndrome demencial, geralmente em fase mais avançada e de intensidade menor que nas outras doenças degenerativas.
31
Diagnóstico da demência de corpos de Lewy
É feito por um neurologista, geriatra ou psiquiatra, após uma avaliação completa dos sintomas, histórico familiar e realização do exame físico.
Embora alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, possam ajudar a identificar degeneração de algumas partes do cérebro, eles não conseguem identificar os corpos de Lewy, que só podem ser observados após a morte.
Desta forma, o médico irá diferenciar esta doença de outras com sintomas semelhantes, como Alzheimer e Parkinson, e indicar o tratamento mais indicado.
32
Tratamento da demência de corpos de Lewy
Apesar de não haver cura para a demência por corpos de Lewy, é possível realizar o tratamento e controlar os sintomas, com o uso de remédios orientados pelo médico, como Quetiapina ou Donepezila, por exemplo, que aliviam alguns sintomas, além do investimento em fisioterapia e terapia ocupacional. 
Desta forma, a pessoa pode viver por muitos anos com o máximo de independência e qualidade de vida.
33
Tratamento da demência de corpos de Lewy
Remédios antipsicóticos: como Quetiapina ou Olanzapina: permitem reduzir a frequência das alucinações, porém, podem provocar vários efeitos secundários ou piorar o estado geral da pessoa e, por isso, quando utilizados, devem ser constantemente avaliados por um médico;
Remédios para memória: Como Donepezila ou Rivastigmina: aumentam a produção de neurotransmissores no cérebro, podendo melhorar a concentração, a memória e reduzindo o surgimento de alucinações e outros problemas de comportamento;
Remédios para melhorar a motricidade: Como Carbidopa e Levodopa, muito utilizados no Parkinson: diminuem sintomas motores como os tremores, rigidez muscular ou lentidão de movimentos. No entanto, podem piorar as alucinações e a confusão, podendo, por isso, ser associados a remédios para a memória;
Remédios antidepressivos: como Sertralina ou Citalopam: utilizados para melhorar sintomas depressivos, além de ajudar a controlar o comportamento e regular o sono;
Fisioterapia: ajuda a manter a força e a flexibilidade dos músculos, além de melhorar a capacidade cardiovascular com vários tipos de exercícios;
Terapia ocupacional: é muito importante para
ajudar a manter a independência, ensinando a pessoa a fazer as tarefas diárias com as suas novas limitações. 
Além disso, para ajudar a combater os sintomas de tristeza, ansiedade ou agitação frequentes, o cuidador pode utilizar outras terapias de medicina alternativa como aromaterapia, musicoterapia ou massagens, por exemplo. Também é recomendado realizar exercícios para manter o cérebro ativo, evitar fumar e adotar uma dieta saudável e equilibrada, dando preferência para frutas e vegetais.
34
Demência de corpúsculos de Lewy
A doença de Parkinson(capitulo 11) , um distúrbio neurodegenerativo esporádico ou hereditário, caracterizado por tremores, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural, é acompanhada de demência em cerca de um terço dos casos. Os pacientes que desenvolvem demência, no mínimo um ano após o início dos sintomas motores, são classificados como portadores de doença de Parkinson com demência, enquanto aqueles nos quais a demência iniciou antes ou no período de um ano depois do início dos sintomas motores recebem o diagnóstico de demência com corpúsculos de Lewy. No entanto, esses dois diagnósticos não podem ser distinguidos patologicamente, e o termo doença com corpúsculos de Lewy, algumas vezes, é usado para englobar ambos. 
A doença com corpúsculos de Lewy se caracteriza histopatologicamente por inclusões neuronais intracitoplasmáticas redondas e eosinofílicas (corpúsculos de Lewy) no tronco cerebral e no córtex cerebral. Essas inclusões contém α-sinucleína, uma proteína que também pode ser encontrada nos corpúsculos de Lewy na doença de Parkinson sem deméncia, e, consequentemente, a doença com corpos de Lewy e a doença de Parkinson são classificadas como sinucleinopatias.
A doença com corpúsculos de Lewy causa um declínio cognitivo sem comprometimento precoce importante da memória. As características incluem capacidade cognitiva flutuante, alucinações visuais bem formadas e sinais de parkinsonismo, principalmente rigidez e bradicinesia. 
As manifestações motoras da doença com corpos de Lewy são tratadas com medicamentos antiparkinsonianos;alguns estudos sugerem que a memantina ou os fármacos anticolinérgicos usados para o tratamento da doença de Alzheimer(tabela 5-9) também podem ser benéficos na demência associada com corpos de Lewy.
Demência vascular
Demência vascular
Definição: A demência vascular, assim como os outros tipos de demência, caracteriza-se por uma perda de memória associada a uma perda/déficit de uma ou mais funções cognitivas, porém advém de uma doença vascular encefálica.
A demência vascular, assim como os outros tipos de demência, caracteriza-se por uma perda de memória associada a uma perda/déficit de uma ou mais funções cognitivas, porém advém de uma doença vascular encefálica. 
Importante salientar que a demência vascular é o segundo tipo de demência mais comum no Brasil, atrás do Alzheimer. 
De todas essas formas de situações para desencadear a demência vascular, a mais recorrente é a doença vascular isquêmica, sendo que, se o coágulo que bloqueia a passagem de sangue for de origem de arritmias cardíacas, é denominado de demência por múltiplos infartos. 
37
Demência vascular
Pode ter seu início depois de diversos tipos de patologias anteriores:
Doença vascular isquêmica
Doença vascular hemorrágica 
Lesões extensas da substância branca
Alterações de circulação
Lesão em área importante como tálamo ou giro angular esquerdo
Síndrome lacunar
A doença vascular geralmente é considerada a segunda causa mais comum de demência, depois da doença de Alzheimer, e muitos pacientes podem apresentar características de ambas as condições. A maioria dos pacientes com esse diagnóstico tem grandes infartos corticais múltiplos decorrentes da oclusão de artérias cerebrais maiores, ou diversos infartos menores (estado lacunar; ), afetando a substância branca subcortical, os núcleos da base ou o tálamo. 
A relação entre doença vascular cerebral e demência é mal caracterizada. Por exemplo, o número de acidentes vasculares cerebrais, suas localizações e o volume total de infarto necessário para que os acidentes levem a uma demência não estão claros, o que dificulta determinar se os acidentes vasculares são a causa da demência em um determinado paciente.
38
Demência vascular
A demência vascular está intimamente ligada à problemas de circulação sanguínea, sendo assim, todos os tipos de problemas que afetem o sistema circulatório, podem promover por consequência um quadro de demência, como por exemplo, altos índices de colesterol, hipertensão arterial sistêmica, diabetes, tabagismo, alcoolismo, doenças cardíacas, aterosclerose, obesidade e dislipidemia.
Diminuição da oxigenação tecidual
A demência vascular está intimamente ligada à problemas de circulação sanguínea, sendo assim, todos os tipos de problemas que afetem o sistema circulatório, podem promover por consequência um quadro de demência, como por exemplo, altos índices de colesterol, hipertensão arterial sistêmica, diabetes, tabagismo, alcoolismo, doenças cardíacas, aterosclerose, obesidade e dislipidemia. Todos esses problemas podem ter como consequências a falta de oxigenação em alguma região cerebral devido ao baixo nível ou a falta de irrigação sanguínea adequada.
A DV compreende uma variedade de síndromes demenciais resultantes de comprometimento cerebrovascular. A DV pode ser causada por múltiplas lesões tromboembólicas (demência por múltiplos infartos), lesões únicas em territórios estratégicos (como tálamo ou giro angular esquerdo), infartos lacunares, alterações crônicas da circulação cerebral, lesões extensas da substância branca (doença de Binswanger), angiopatia amilóide e quadros decorrentes de acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos(hemorragias intraparenquimatosas, subdurais ou subaracnóideas).
39
Diagnóstico
O diagnóstico da demência vascular se dá através de exame clínico concomitante com exames de imagem para confirmar lesões cerebrais. Este diagnóstico deve relatar os seguintes critérios:
Problemas de memória
Prejuízos nas atividades sociais e laborais
Evidências de lesões cerebrais
Distúrbio de linguagem (afasia)
Distúrbios em execuções de tarefas (apraxia)
Distúrbios no reconhecimento de objetos (agnosia)
Problemas na organização, planejamento.
*Esses sintomas não podem ter relações exclusivas com problemas psicológicos/psiquiátricos que possam levar o paciente a episódios de delírios.
40
Quadro clínico
O quadro clínico clássico é caracterizado por início abrupto, relacionado a um acidente vascular cerebral ou a um ataque isquêmico transitório, podendo haver estabilidade, melhora ou piora progressivas, geralmente de caráter flutuante ou com deterioração em degraus.
Em pacientes com hipertensão arterial, a DV pode apresentar curso mais insidioso e progressivo, em que os episódios agudos são menos evidentes à anamnese, em decorrência de infartos lacunares acometendo substância branca periventricular e núcleos da base. A ocorrência de sinais neurológicos focais ao exame neurológico – como hemiparesia, ataxia, hemianopsia, ou mesmo afasia e heminegligência – contribui de maneira importante para o diagnóstico de DV.
Fatores de risco para demência vascular
Por ser condição secundária a acometimento cerebrovascular, a DV é forma de demência passível de prevenção, primária e secundária.
Os principais fatores de risco associados à DV são:
hipertensão arterial sistêmica,
diabete melitus,
tabagismo,
alcoolismo,
doença cardíaca,
aterosclerose,
dislipidemia
obesidade.
Pode também ocorrer em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico e com vasculites que afetam o SNC.
O diagnóstico precoce de doença cerebrovascular e a identificação de fatores de risco permitem o planejamento de estratégias de prevenção, que podem retardar e/ou melhorar a evolução do paciente, ou até mesmo prevenir a instalação de demência.
O controle de hipertensão arterial, o emprego de antiagregantes plaquetários ou o tratamento das vasculites inflamatórias podem bloquear a
progressão da demência e, em alguns casos, produzir melhora apreciável. 
Há evidências recentes de que os inibidores de acetilcolinesterase também possam ser eficazes no tratamento sintomático da DV.
42
Tratamento da demência vascular
É importante primariamente, a prevenção de novas lesões cerebrovasculares, com o uso de anti-hipertensivos e se for necessário, antibióticos. Assim sendo, também faz-se necessário a adequação do ambiente, além de tratamento medicamentoso, farmacológico, com o uso de fármacos neuroprotetores e ativadores cerebrais. Além de regular o uso de fármacos que depreciem a cognição e cuidar da parte psicológica/psiquiátrica (depressão).
É importante primariamente, a prevenção de novas lesões cerebrovasculares, com o uso de anti-hipertensivos e se for necessário, antibióticos. Assim sendo, também faz-se necessário a adequação do ambiente, além de tratamento medicamentoso, farmacológico, com o uso de fármacos neuroprotetores e ativadores cerebrais. Além de regular o uso de fármacos que depreciem a cognição e cuidar da parte psicológica/psiquiátrica (depressão).
A hipertensão, quando presente, deve ser tratada para reduzir a incidência de infartos subsequentes e para prevenir outras doenças de órgãos de circulação terminal. Agentes antiplaquetários podem ajudar a reduzir o risco de futuros acidentes vasculares cerebrais. 
43
Referências
Livros:
Neurologia clínica David A. Greenberg
A neurologia que todo médico deve saber Ricardo Nitrini 2° edição
Tratado de Fisiologia Guyton 12° edição
Referências
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/demencia
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-44987693
https://www.minhavida.com.br/saude/materias/30717-demencia-vascular-sintomas-e-cuidados
https://idosos.com.br/demencia-vascular/
http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-39-37-demencia-de-corpos-de-lewy
https://www.tuasaude.com/demencia-com-corpos-de-lewy/

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando