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FARMACOLOGIA MÉDICA CONCEITOS E EXEMPLOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Faculdade De Medicina
Módulo: MCGNO
Disciplina: Farmacologia Médica
Aluno: Everton Batista Da Silva
FARMACOLOGIA MÉDICA
aula 1 ministrada em: 25/10/2018
A farmacologia é a ciência que estuda a ação de substâncias químicas num organismo vivo. Desta forma a farmacologia abrange o conhecimento a respeito da origem, propriedades físico-químicas, absorção, distribuição, mecanismo de ação, biotransformação e eliminação, bem como usos, efeitos dessas substâncias químicas no organismo. Etimologicamente, este termo vem do grego Prarmakon, que pode ser entendido como fármaco, droga ou medicamento e do sufixo logos, do grego, que significa estudo, tratado. 
Termos usados em farmacologia
DROGA: do Holandês Droog, significa seco, substância dessecada, como, por exemplo, as plantas, isto porque, até então, as substâncias usadas com fins curativos eram, em sua maioria, obtidas da natureza, em particular do reino vegetal. Atualmente, o termo refere-se a qualquer substância química que, em quantidade suficiente (que não atue como alimento), possa agir num organismo vivo, produzindo alterações. Essas alterações podem ser tanto maléficas como benéficas. Ressalta-se que uma droga não cria funções, apenas modifica as já existentes. Ex: flor do ópio (várias substâncias).
MEDICAMENTO: Do latim medicamentum de medicare que significa curar; portanto, medicamento é qualquer substância química empregada num organismo vivo, visando-se obter efeitos benéficos. São substâncias químicas destinadas a curar, diminuir, prevenir e/ou diagnosticar as enfermidades. Ressalta-se que todo o medicamento é uma droga, porém nem toda droga é um medicamento.
FÁRMACO: sinônimo de droga ou medicamento.
REMÉDIO: Do latim Remedium, de re: inteiramente, mais mederi: curar, portanto, é aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. Este termo abrange não só os agentes químicos (os medicamentos) como também os agentes físicos (duchas, massagens etc).
Farmacologia estuda a interação dos receptores com a droga
DROGAS INESPECÍFICAS
Existem drogas inespecíficas que não dependem do receptor.
Exemplos
O Hidróxido de Alumínio: Não age em nenhum receptor. Sua ação é a redução da acidez gástrica, aumentando o pH do estômago, de acordo com a seguinte a reação:
Al(OH)3 + 3HCl AlCl3 + 3H2O
	 Mylanta Plus é um medicamento para tratamento de gastrite que possui base na reação acima.
 Magnésio bisurado tem atividade semelhante:
Mg(OH)2 + 2HCl MgCl2 + 2H2O
Mesmo que a droga seja inespecífica podemos indicar sua potência. Nos dois exemplos acima, as reações têm o mesmo princípio, no entanto, o Hidróxido de alumínio é mais potente, pois reage com 3 moléculas de HCl, enquanto o Magnésio reage apenas com 2 moléculas. 
Em relação à eficiência dos dois, qual se mostra mais eficiente? Os dois são igualmente eficientes, pois conseguem atingir a mesma potência, embora o segundo precise estar em uma dose maior. Ou seja, potência e eficiência possuem significados distintos, podendo dois medicamentos serem eficientes de maneira similar, mas terem potências diferentes.
Drogas específicas
Agem especificamente em uma proteína que pode ser um receptor. Nesse caso, existem agonista e antagonista competitivos disputando o mesmo sítio de ação, agonista alostérico que vai potencializar a atividade da proteína, ou ainda, um antagonista alostérico que bloqueia a atividade da enzima se ligando em outro sítio diferente do sítio do agonista.
A relação entre as doses da droga administrada a um paciente e a utilidade que essa droga tem no tratamento da doença do enfermo é descrita por duas áreas básicas da farmacologia:
FARMACOCINÉTICA: processo de absorção, distribuição, metabolização e excreção da droga. Então é o que o organismo faz com a droga.
FARMACODINÂMICA: é o efeito que a droga causa no organismo. É o mecanismo de ação. 
FARMACOLOGIA CLÍNICA: Compatibiliza as informações obtidas no laboratório, avaliadas em pacientes saudáveis, como aqueles obtidos no paciente alvo enfermo.Exemplo
Paciente chega no posto de saúde e é constatado que é diabético. Portanto, posso receitar a Metiformina de 1g, que é um fármaco indicado para tratamento de diabetes? A resposta é NÃO! Porque é necessário avaliar função renal, hepática, produção de proteína de maneira adequada. É necessário realizar exames para avaliar esses aspectos do paciente para saber se a droga será aplicada.
TOXOLOGIA: Quando a quantidade da utilização da droga é superior à necessária. Então a droga passa a não ter efeito terapêutico, mas efeito tóxico ao organismo.Exemplo 
INTOXICAÇÃO POR PARACETAMOL 
“Paciente com dengue toma o paracetamol (indevidamente) para controle da febre até o ponto que o paracetamol ingerido resulta em um intermediário reativo, o paraminofenol, que esgota a glutationa (substância antioxidante). Como esfeito, a hemoglobina não consegue captar o oxigênio e o paciente entra num quadro de metemoglobinemia.”
FARMACOLOGIA APLICADA: “avaliação dos parâmetros clínicos para embasar a conduta terapêutica”
 É evidente que o uso racional dos medicamentos, que é objetivo da farmacologia aplicada, já pode ser conseguido com o diagnóstico preciso da enfermidade que acomete o paciente neste contexto, os conhecimentos de farmacologia fundamentam o tratamento medicamentoso a ser instituído otimizando os efeitos do medicamento. 
O conhecimento tanto qualitativo quanto quantitativo, da AÇÃO (SÍTIO DE AÇÃO RECEPTOR) do medicamento, bem como os efeitos (consequência da atuação no sítio de ação) no organismo, fundamenta a indicação da posologia. 
IATROGENIA: doença causada pelo próprio médico como resultado de tratamento clínico ou cirúrgico.
Exemplo 
Médico prescreve glicocorticoide durante 6 meses, mas não presta atenção na condição óssea do paciente. Esse paciente vai desenvolver osteopenia e osteoporose com risco de desenvolver necrose asséptica de cabeça de fêmur. 
POSOLOGIA: (do grego posos: quanto, mais; logos: estudos) é o estudo das dosagens do medicamento com fins terapêuticos.
Ex: Nimesulida 100mg de 12 em 12 horas por 6 dias.
OBS: cada droga tem suas características
Abreviaturas normalmente utilizadas na prescrição médica:
	ABREVIATURAS LATIN SIGNIFICADO
	s.i.d. semel in die uma vez ao dia
	b.i.d. bis in die duas vezes ao dia
	t.i.d. ter in die três vezes ao dia
	q.i.d. quarter in die quatro vezes ao dia
	q.d. quaque die todos os dias
	o.d. Omni die uma vez ao dia
	o. m. Omni mane uma vez pela manhã
	o. n. Omni nocte uma vez a noite
	I.m. ou I.M. - Intramuscular
	I.v. ou I.V. - Intravenoso
	s.c. - Pela via Subcutânea
	p.o. Per os Pela via oral
	P.R. Per rectum Pela via retal
	P.V. Per vaginam Pela via vaginal 
Dose: Algumas doses podem matar o paciente devido a dose. Tem que ser suficiente para causar a sedação (no Midazolam, por exemplo). 
O Midazolam age no receptor gabérgico (receptor do ácido gama-aminobutírico) GABAA
Quando o Gaba liga-se ao receptor, abre-se o canal de cloro, que entra na célula ecausa uma hiperpolarização (dentro negativo, fora positivo). Essa hiperpolarização incapacita a célula realizar a despolarização que gera o impulso. Assim, há o bloqueio da liberação do neurotransmissor excitatório glutamato. 
Dose efetiva mediana (DE50) é a dose necessária para produzir determinada intensidade de efeito em 50% dos indivíduos. Dose outras que produzem a mesma intensidade do efeito em outras proporções percentuais são designadas DE20 , DE80 etc.
Dose letal media (DL50) é a dose necessária para provocar a morte de 50% dos indivíduos.
Dose letal absoluta (DL100) é a dose necessária para provocar morte de 100% dos indivíduos.
A dose letal mediana (DL50) de uma droga é igual a 2 mg/kg isto significa que com esta dose 50% dos animais morrem.
Obs: quanto mais distante a dose tóxica estiver da dose efetiva, mais segura é a droga. Esse dado é observado através do índice terapêutico.
ÍNDICE TERAPÊUTICO: define a relação DL50/ DE50 , quanto maior o índice terapêutico de uma droga maior sua margem de segurança, pois ele indica a distância entre a dose letal mediana e a dose efetiva mediana.
IT= DL50/DE 50
Ex: fenobarbital: dose letal= 40 dose efetiva= 10
IT=4, ou seja, precisa administrar 4 vezes a dose efetiva pra atingir dose letal.
Margem de segurança padrão (MSP)= DL1/DE99
PRÓ-DROGA: termo usado para indicar que a substância química precisa transformar-se no organismo a fim de tornar-se uma droga ativa. 
Ex1:O sulindaco é um antinflamatório que só vai agir após transformar-se no organismo, dando origem a dois metabólitos, sulfeto e sulfona. O metabólito sulfeto é a droga responsável pela ação terapêutica, e o sulindaco é a pró-droga.
Ex2: A Predinizona é um glicocorticoide que precisa passar pelo fígado para poder ter ação. Em sua molécula, no carbono 11 possui uma cetona. A enzima 11-beta-hidroxi esteroide-desidrogenase tipo I converte a Predinizona em Predinisolona, através de uma redução e o acoplamento de uma hidroxila no carbono 11. A Predinisolona tem a capacidade de causar imunossupressão e ação anti-inflamatória. No mercado há as duas preparações. Mas a predinizona tem uma vantagem farmacocinética, possuindo maior absorção e distribuição. 
 
Ex3: O Omeprazol precisa ser processado no fígado, onde é convertido em sulfona. Esta por sua vez volta ao estômago e inibe as bombas que carreiam os íons que formam o HCl, aumento o pH estomacal.
EFEITOS ANORMAIS DOS MEDICAMENTOS :
	Alguns indivíduos apresentam reações exacerbadas, reduzidas ou mesmo deficientes a determinados medicamentos. Assim , tem-se:
Hiperreativo : indivíduo que apresenta respostas a dose baixa de determinado medicamento que não causam efeitos na grande maioria da população.
Hiporreativo: Em oposição à hiperreativo, este termo identifica os indivíduos que necessitam de doses maiores do que as normalmente utilizadas pela população para desencadear determinado efeito farmacológico.
Tolerância:a hipoatividade também pode ser denominado de tolerância, que indica que a baixa sensibilidade em questão, resulta de uma exposição prévia ao medicamento. O qual causa alterações farmacocinéticas e/ou farmacodinâmicas, promovendo, com o decorrer do tempo, uma resposta farmacológica menor. A tolerância causadas por alterações farmacocinéticas pode ser observada quando há exposição prolongada ao anticonvulsivante fenobarbital sódio, este induz o aumento da síntese das enzimas do sistema microssomal hepático que biotransforma este medicamento, diminuindo seu efeito farmacológico. A tolerância causada por alterações farmacodinâmicas pode ser exemplificada pela diminuição na resposta farmacológica à morfina, ocorrida pelo uso prolongado deste hipnoanalgesico, que tem como conseqüência redução da resposta em função da ligação dos agonistas endógenos e ou exógenos aos receptores da endorfina.
Ex: Paciente epilético toma fenobarbital todo dia, está automaticamente agindo no SNC, produzindo tolerância farmacodinâmica, portanto as drogas de anestesia precisam de doses maiores. Além disso, o fenobarbital pode agir do fígado aumentando o RER, onde se produz as enzimas. Portanto, tudo o que é produzido é metabolizado mais rapidamente, inclusive as drogas administradas.
Taquifilaxia ou dessensibilização : São expressões sinônimas utilizadas para descrever uma hiporreatividade que se desenvolve em alguns minutos e não em vários dias ou semanas, como necessário para ocorrência de tolerância. Este fenômeno envolve diferentes mecanismos, como alterações dos receptores acoplados diretamente aos canais iônicos.
“Taquifilaxia é a tolerância desenvolvida após poucas doses absorvidas do produto,
por depleção do mediador disponível”.
Ex1: neurotransmissor acetil colina ativa receptor nicotínico que abre e entra sódio. Esse sinal não é mantido porque a acetilcolina é degradada rapidamente pela acetil colinesterase (hidrólise), originando colina e ácido acético, então o músculo volta a relaxar. Mas existem drogas miorelaxantes despolarizantes periféricos, como o Suxametonio. Essa droga tem ação semelhante à acetilcolina, causando abertura dos canais de sódio, mas como o suxametonio não é substrato da acetil colinesterase, o sinal é mantido. Como resultado, o paciente primeiramente tem fasciculações (constrações visíveis e inconscientes) e depois vai relaxar. Isso ocorre devido a uma dessensibilização do receptor devido o estímulo constante, então o receptor é bloqueado passando a ficar irresponsivo.
Ex2: Leuprolida, derivado de GNRH (hormônio), que estimula os gonadotrofos, que são 10% das células da adenohipófise. Estimulação dessas células reduz a produção de LH e de FSH, que impede produção de testosterona e estradiol. Droga utilizado para endometriose, hiperplasia prostática benigna, câncer de próstata.
Idiossincrasia ou efeito incomum: representa o aparecimento de um efeito não esperado após o uso de um medicamento e que ocorre em pequena percentagem dos indivíduos.
Ex: Plazil é um medicamento antiemético (vômito), procinético (esvazia o estômago). Em algumas crianças tem excitabilidade e desenvolde convulsão (efeito não esperado: idiossicrasia)
Supersensibilidade: Termo utilizado para referir-se ao aumento do efeito de um medicamento, sendo este causado pela elevação da sensibilidade dos receptores após bloqueio prolongado desses receptores ou ainda por desnervação. 
Ex1: Propanolol bloqueia o receptor beta no coração, evitando a taquicardia, mas se o medicamento é tirado bruscamente, o receptor passa a ficar mais sensível e causa uma arritmia de rebote muito maior do que a inicial.
Hipersensibilidade: Este termo deve restringir-se aos fenômenos causados pelas reações alérgicas que têm como explicação ligação antígeno–anticorpo, com consequência liberação de histamina. Não se deve confundir supersensibilidade com hipersensibilidade.
Ex: Dipirona ou penicilina (efeito da alergia): o processo acontece pelo antígeno-anticorpo. O mastócito tem receptor pra droga que faz com que o cálcio seja liberado, e a degranulação de vesículas de histamina. No pulmão (células musculares lisas), possui receptores H1(histamina) e beta 2 (adrenalina). A histamina ativa receptor H1 (que está ligado à uma proteína Gq). A subunidade alfa troca GDP por GTP e ativa a fosfolipase C que hidrolisa o fosfolipídio de inositol em diacilglicerou (DAG) e inositol 1,4,5-trifosfato (IP3). O IP3 desloca-se até canais de Ca+ do RS, abrindo-os e permitindo o fluxo desses íons para o citoplasma. O DAG ativa proteína-cinase C (PKC) que, por sua vez fosforila uma calmodulina que se liga ao Ca+ e ativa a cinase de cadeia leve da miosina que se une a actina (ponte actina-miosina), causando a bronco constrição e dificuldade para respirar. Além disso, há ainda canais de Ca+ dependentes de ligante na MB que podem ser ativados pela proteína cinase C causando grande quantidade de fluxo de íons para dentro da célula. Os canais de K da membrana estão fechados, então não como o K sair para que haja repolarização. O excesso de Ca ativaa fosfolipase A2 e a partir daí há liberação de ácido aracdônico, que resulta nasua degradação pela cicloxigenase 1 e 2, dando origem ao processo inflamatório. Ou seja, se estabelece um processo que vai piorando cada vez mais.
Nesses casos, se utiliza Salbutamol, terbutalina, fenoterol, que são agonistas beta2 (receptor adrenérgico, portanto pode-se se utilizar até adrenalina). A ativação do receptor b2 que ativa uma proteína Gs que estimula adenilato ciclase para converter ATP em AMP cíclico que ativa proteína cinase A. Esta bloqueia cinase de cadeia leve de miosina, entrada de Ca pela membrana e do RS e ainda ativa uma fosfatase de miosina que desfosforila a miosina e promove a broncodilatação. Pode-se ainda ser necessário a utilização da prometazina que é um anti-histaminico que bloqueia o receptor H1.
Esses medicamentos também tem receptor no mastócito, que diminui a liberação de histamina devido o fechamento de canais de Ca+.
Interações medicamentosas
Nimesulida/ fármacos de alta ligação plasmática: O nimesulida se liga com a proteína plasmática albumina com aproximadamente 90% dessa droga ligada à albumina, enquanto 10% fica livre. Caso esse medicamento seja administrado juntamente com outro que tenha também afinidade pela albumina, os dois competirão pela proteína de modo que o que tiver mais afinidade deslocará a ligação do outro.
 Ex:
Nimesulida + ibuprofeno: o ibuprofeno se liga à albumina 99% deixando 1% da substância livre. Como o ibuprofeno tem mais afinidade pela proteína, a quantidade de nimesulida ligada com albumina é diminuída, deixando 20% livre, quantidade que causa efeitos colaterais. 
Nimesulida/warfarina: Normalmente o Nimesulida não afeta a resposta à warfarina; no entanto, como alguns poucos pacientes podem apresentar um aumento do efeito anticoagulante, recomenda- se que o status da coagulação do paciente seja monitorizado quando as duas drogas forem administradas em conjunto.
CONTRA-INDICAÇÕES: – NIMESULIDA
	Hipersensibilidade individual ao produto, ao ácido acetilsalicílico ou a outros fármacos antiinflamatórios não- esteróides; hemorragias gastrointestinais; úlcera péptica em fase ativa, disfunção hepática de moderada a grave e disfunção renal grave (clearance de creatinina abaixo de 30 ml/min).
Forma farmacêutica dos medicamentos
A forma farmacêutica é o estado (sólido, líquido ou gasoso) em que o medicamento se apresenta e/ou o formato que toma após a manipulação (formato esférica da pílula, forma oval do óvulo, forma cônica do supositório etc).
	As formas farmacêuticas são preparações de drogas compostas de tal maneira que proporcionam um meio conveniente de administrar uma dose de medicamento a um paciente. Tais preparações farmacêuticas são destinadas a inalação, administração oral, injeção parenteral ou aplicação externa (tópica) no corpo.
Comprimido: não pode ser ácido lábil, são a forma de apresentação mais comumente empregada e consiste numa droga ativa, combinada a um aglutinante e um excipiente. A mistura é comprimida mecanicamente em pedaços de tamanhos apropriado. Os comprimidos podem receber um talho em ambas as superfícies para facilitar seu fracionamento, a fim de obterem-se doses menores. Comprimidos de drogas irritantes para o estômago ou que podem ser destruídos pelo suco gástrico podem ser revestidas com fenilsalicilato (Salol) ou outras substâncias insolúveis em ácido, mas que se dissolva no intestino delgado. Denomina-se comprimidos com revestimento entérico. 
Pílulas consistem numa mistura de drogas em um aglutinado viscoso que passa por um cilindro uniforme e é cortada em forma de massa ovóide ou esférica, que então recebem uma cobertura de açúcar que lhes dá polimento. 
	Cápsulas são uma espécie de recipientes feito de uma mistura de gelatina e glicerina, dentro das quais se colocam drogas em forma de pó e algumas outras líquidas. Têm a vantagem de que a droga, que pode ter um sabor muito desagradável, não entra em contato com a mucosa oral antes de ser deglutida . 
Vários preparados líquidos estão disponíveis para administração oral (mistura, emulsões, xarope, elixires). Misturas são soluções ou suspensões aquosas destinadas à administração oral.
Suspensões aquosas de sólidos, também conhecido como magmas, geralmente contêm um agente dispersante (tragacanto ou metilcelulose) para retardar a formação de depósito ou sedimento. No caso, no rótulo do frasco deve constar a frase “Agite antes de usar”, para assegurar a uniformidade do medicamento.
Xaropes são soluções de agentes medicinais com aromatizantes e corantes em uma solução de sacarose a 85%, costumam ser empregados para o alívio da tosse.
Elixires são soluções hidroalcoólicas de substâncias medicinais adoçadas e aromatizadas. Devido a seu elevado teor alcoólico, conservam-se melhor que as misturas.
Emulsões consistem em substâncias oleosas dispersas em um meio aquoso com a acácia, lecitina ou metilcelulose para estabilizar a dispersão.
Dispõe-se de dois tipos de formas de preparações para administração parenteral : injetáveis e implantes. Injeções são soluções ou suspensões estéreis em veículos aquoso ( as vezes oleoso). A maioria dos preparados injetáveis é esterilizada pelo calor, quando termolábeis são filtrados por multiporos. Algumas drogas são instáveis em solução e por isso acondicionadas de forma assépticas em frascos para reconstituição em água destilada imediatamente antes do uso.
Loções são preparações gordurosas semi-sólidas em que a droga está dissolvida ou dispersa em uma base apropriada, cuja natureza pode variar de uma substância oleaginosa como vaselina a uma base completamente hidrossolúvel como o polietilenoglicol.
A escolha da base apropriada dependerá em grande parte, do objetivo terapêutico e da natureza da lesão a ser tratada. Os cremes incorporam uma droga numa emulsão de água e óleo, a água evapora após a aplicação, deixando a droga e uma fina película de óleo sobre a pele.
Aerossóis são drogas incorporadas em um solvente, adequado e acondicionadas sob pressão com um propelente como hidrocarbonetos ou nitrogênio fluorados. 
TERMOS EMPREGADOS NA TERAPÊUTICA
Boiequivalência: condição que se dá entre dois produtos farmacêuticos que são equivalentes farmacêuticos e que mostram uma mesma ou similar biodisponibilidade seguindo uma série de critérios. Para tanto, dois produtos farmacêuticos devem ser considerados como equivalente terapêutico.
Dispensação: é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado.
Farmácias magistrais: Farmácias autorizadas a manipular medicamentos, inclusive os que contêm psicotrópicos ou entorpecentes, cuja atividade requer autorização especial de funcionamento, expedida pelo órgão competente do Ministério da Saúde.
Farmacopeia Brasileira: conjunto de normas e monografias de farmacoquímicos, estabelecido por e para um País, no caso o Brasil.
Farmacoquímicos :Todas as substâncias ativas e inativas que são empregados na fabricação de produtos farmacêuticos.
Formulação farmacêutica: Relação quantitativa dos farmacoquímicos que compõem um medicamento.
Medicamento de referência: produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país com um nome de marca (comercial, fantasia ou marca registrada), cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro.
Medicamento genérico: é aquele que ao expirar a patente de marca de um produto, é comercializado sem nome de marca (comercial, fantasia ou marca registrada), de acordo com a denominação oficial do Brasil. Portanto todo o medicamento genérico é o princípio ativo, mas nem todo o princípio ativo é um medicamento genérico. Como exemplo, o princípio ativo Sildenafil, que foi patenteado pela Pfser com o nome comercial de Viagra a patente dura em média dez anos, portanto nesse período não pode haver outrolaboratório produzindo o Sildenafil como medicamento genérico.
Medicamento similar: Medicamento com o mesmo princípio ativo, concentração forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência registrado com o nome comercial no órgão federal. A diferença entre o medicamento genérico e o medicamento similar é que o medicamento genérico é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS), como genérico, após passar pelos testes que aprovam o medicamento para essa finalidade, com o objetivo claro de diminuição do preço do produto para a população. Nem todos os similares são mais baratos que os com o nome comercial (fantasia).
Medicamento Tarjado: São medicamentos cujo uso requer a prescrição do profissional e que apresentam, em sua embalagem, tarja (vermelha ou preta) indicativa de necessidade e do controle.
Medicamento de venda livre: é aquele cuja distribuição não requer autorização, ou seja, receita expedida pelo profissional.
 Prescrição: Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento, por meio da elaboração do tratamento, através de uma receita médica.
Prescritores: Médicos, Odontólogos ou Médicos Veterinários, devidamente inscritos no conselho de sua profissão.
Pesos e medidas usadas para prescrição:
Peso
relação
1 picograma (pg)
10 –12 gramas
1000 picogramas (pg)
1 nanograna (ng) ou 10 –9 gramas 
1000 nanogramas (ng)
1 micrograma (g) ou 10 –6gramas.
1000 microgramas (g)
1 miligrama (mg) ou 10 –3 gramas
1000 miligramas (mg)
1 grama (g)
1000 gramas (g)
1 quilograma (Kg)
VOLUME
 
1000 milílitros (ml)
 1 litro (L)
Drogas onde a concentração está em percentual:
1% = 1g/100ml = 10mg/ml
0,2% = 0,2g/100ml = 2 mg/ml
2% = 2g/100ml = 20 mg/ml
10%= 10g/100ml = 100mg/ml
5% = 5g/100ml = 50mg/ml
20% = 20g/ 100ml = 200mg/ml
0,002% = 0,002/100ml = 2mg/100ml= 0,02mg/ml
DOSE PEDIÁTRICA
 O peso corpóreo do recém-nascido apresenta uma proporção mais elevada de água (70 a 75%) do que do adulto (50 a 60%). De modo semelhante, o líquido extracelular correspondendo a 40% do peso corpóreo no recém-nascido, em comparação com apenas 20% do adulto.
A ligação dos fármacos com a proteínas plasmáticas também constitui um fator importante no estabelecimento da dose pediátrica. De maneira geral, a ligação dos fármacos com a albumina é bastante reduzida no recém-nascido, o que determina a concentração maior da fração livre de fármaco na circulação.
O processo de biotransformação também sofre alterações com a progressão da idade. Em geral consta que , no início da vida, a atividade dos sistemas enzimáticos responsáveis pelas reações sintéticas e de conjugação é menor do que na idade adulta, determinando o aumento da meia-vida do fármaco.
A taxa de filtração glomerular é muito menor no recém-nascido. Entretanto , essa função melhora nos primeiros meses de vida, atingindo valores semelhantes aos adultos entre os 6 e os 12 meses. 
As doses pediátricas podem ser calculadas a partir dos seguintes métodos:
Pela idade (regra do Young) 
Dose= Dose para adulto X idade da criança
		12 + idade da criança
Assim um composto com dose para adulto de 500 mg, a dose pediátrica para uma criança de três anos é de 100mg, e de 250 mg para uma de 12 anos. ( pode ser aplicada até 12 anos)
Pelo peso corpóreo (regra de Clark)
Dose: dose para adulto x peso da criança (kg)
			 70
Esta regra é um pouco mais precisa do que a anterior , dose para adulto estabelecida de 500 mg, a dose para uma criança de 15 quilos, peso que corresponde a 3 anos nos padrões normais , seria de 100 mg. Da mesma maneira para um jovem de 18 anos pesando 70 quilos a dose será de 500mg.
Pela área da superfície corpórea
Dose= dose adulto x área de superfície corpórea
			1,8
Áreas de superfície corpórea em função do peso e da idade
Peso corpóreo idade área de superfície(m2) porcentagem da dose do adulto
 3 a 5 recém-nascido 0,2 12 
 6 a 9 3 a 12 meses 0,3 13 a 20 
 10 a 20 1 a 5 anos 0,4 a 0,6 21 a 30
 21 a 30 5 a 9 anos 0,7 a 0,9 31 a 40
 31 a 40 9 a 12 anos 1 a 1,2 41 a 60
 41 a 60 12 a 15 anos 1,3 a 1,7 61 a 80
 61 a 75 15 a 18 anos 1,7 a 1,8 81 a 95
 76 a 80 19 a 22 anos 1,9 a 2 96 a 100 
DOSES GERIÁTRICAS
 PESSOAS ACIMA DE 65 ANOS
Com a progressão da idade, ocorre diversas alterações corpóreas e fisiológicas, determinantes do declínio por volta dos 45 anos, dos principais sistemas orgânicos caracterizados no início da idade adulta.
A taxa de filtração glomerular, fluxo sanguíneo renal e as funções tubulares sofrem reduções proporcionais à idade.
Essas alterações proporcionam significativas variações farmacocinéticas e farmacodinâmicas modificando o padrão ou a intensidade da resposta aos fármacos pela alterações da sua biodisponibilidade. 
Alterações relacionadas com o envelhecimento que modificam a ação dos fármacos
 Alterações Adulto jovem Idoso (*)
Água corpórea (percentual em relação ao peso) 50 a 60 45 a 50
Massa corpórea magra (% em relação ao peso) 15 a 20 12 a 15
Albumina plasmática (gramas percentuais) 4 a 5 3,5 a 4
Fluxo sanguíneo hepático (percentual) 100 55 a 60
Fluxo sanguíneo no SNC (percentual) 100 65 a 70
Perfusão tecidual normal reduzida
Filtração glomerular normal reduzida
BENZODIAZEPÍNICOS
Os benzodiazepínicos são drogas utilizadas como sedativos mio relaxantes e são considerados tranquilizantes menores. São utilizados também como pré-anestésicos e tem a capacidade de potencializar barbitúricos, propofol e etonidato, que são anestésicos gerais intravenosos. O Midazolam corresponde a um benzodiazepínico de curta duração e por ter atividade hipno-indutora, é utilizado como pré-anestesia para indução com anestesia volátil (enflurano, sevoflurano, halotano). O midazolan causa amnesia anterógrada após sua aplicação. Este efeito é observado também em benzodiazepínicos de longa duração como o Diazepam que apresenta atividade miorelaxante potente, é uma droga orexígena (aumenta a fome), potencializa ação analgésica de drogas opioides e corresponde ao antiepilético e anticonvulsivantes mais utilizado em crises emergenciais. Um dos primeiros sinais da ação do Diazepam é a diminuição da ansiedade e a perda do medo. 
O Diazepam é rapidamente absorvido, altamente lipossolúvel, passagem rápida pela barreira hematoencefálica. 
Parte do Diazepam age no SNC, e parte fica circulando no sangue. No fígado ele é metabolizado. Sua meia vida é aproximadamente 36 horas e ocorre a biotransformação a nordiazepam (metabólito ativo que tem 72 horas de meia vida; ação semelhante com meia vida maior. Por isso é considerado um benzodiazepínico de longa duração) - oxazepam (mv 12horas)- temazepam (6 horas) – daqui todos já podem ser excretados pela via renal. Ou então pode ser biotransformado através da conjugação com o ácido glicurônico esair na urina já na forma de glicuronídeo. 
Droga teratogênica: fenda palatina no feto.

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