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Aula 1 – Classificação Funcional e Técnica de Rodovias ENC5AN-BUA Estradas e Aeroportos Prof. Alexandre Seixas (bibliografia: Shu Han Lee, Introdução ao Projeto Geométrico de Rodovias. Florianópolis, Ed. UFSC, 2002) Projeto Geométrico de Rodovias Projeto geométrico de uma rodovia: define a configuração espacial e as dimensões da rodovia, de forma a atender satisfatoriamente à demanda. Três componentes: Alinhamento horizontal: projeto em “planta” que busca definir a geometria da linha que representa a rodovia, denominada “eixo da rodovia” Perfil longitudinal: dimensionamento dos elementos da rodovia no plano vertical, denominado “greide da rodovia” Seções Transversais: define elementos da rodovia na sua seção perpendicular ao seu eixo. Denominação das rodovias federais • Rodovias Radiais: origem em Brasília; • Rodovias Longitudinais: Norte – Sul; • Rodovias Transversais: Leste – Oeste; • Rodovias Diagonais: Noroeste – Sudeste (Rodovias Diagonais Pares) e Nordeste – Sudoeste (Rodovias Diagonais Ímpares); • Rodovias de Ligação: Denominação das rodovias federais Fonte: Shu Han Lee, 2002 Denominação das rodovias federais X: Rodovias Radiais: 0 Rodovias Longitudinais: 1 Rodovias Transversais: 2 Rodovias Diagonais: 3 Rodovias de Ligação: 4 YY: Rodovias Radiais: varia de 10 a 90 em função do azimute Rodovias Longitudinais: varia de 01 à 99, de L para O com Brasília sendo igual a 50. Rodovias Transversais: varia de 01 à 99, de N para S com Brasília sendo igual a 50. Rodovias Diagonais Pares: varia de 02 a 98, de NE para SO, com Brasília sendo igual a 50 Rodovias Diagonais Ímpares: varia de 01 a 99, de NO para SE, com Brasília sendo igual a 51 Fo nt e: D N IT . A tla s M ul tim od al P A C Denominação das rodovias estaduais (DER-SP) • RADIAIS: aquelas que constituem ligação com a Capital do Estado; • TRANSVERSAIS: aquelas que ligam localidades do Estado, sem passar pela Capital; • MARGINAIS: aquelas adjacentes às rodovias e construídas sobre a mesma faixa de domínio, com a finalidade de distribuir o tráfego lindeiro; • ACESSOS: os que ligam cidades ou logradouros às rodovias; • INTERLIGAÇÃO: trechos que ligam rodovias entre si; • DISPOSITIVOS: complementos rodoviários que permitem a conexão de rodovias entre si. Denominação das rodovias estaduais (DER-SP) • RADIAIS: serão codificadas com números da série par, de 2 a 360, correspondentes, aproximadamente, ao azimute da linha que liga o Marco Zero (Praça da Sé, na Capital) ao meio da diretriz da rodovia; • TRANSVERSAIS: serão codificadas com números da série ímpar, correspondentes, aproximadamente, à sua distância média ao Marco Zero; Denominação das rodovias estaduais (DER-SP) Fonte: DER-SP Classificação Funcional Duas funcões associadas às rodovias: mobilidade e acessibilidade Classificação Funcional Sistema Arterial: propiciar mobilidade; Sistema Coletor: propiciar um misto de mobilidade e acesso; Sistema Local: propiciar oportunidades de acesso. Classificação Funcional Classificação Técnica Classificação técnica se baseia em três parâmetros principais: • Posição hierarquica na classificação funcional • Volume médio diário de tráfego • Nível de serviço (ou relevo) Classificação Técnica Posição na Classificação Funcional: • Arterial • Coletora • Local Classificação Técnica Fonte: Manual DNER Fonte: Manual DNER Classificação Técnica Volume de Tráfego: • Tráfego misto ou separados por categorias (tipos de veículos). DNIT recomenda usar tráfego misto. • VDM: volume diário médio (normalmente no décimo ano) • VHP: volume horário de projeto (interseções) Classificação Técnica Nível de serviço (ou relevo): Relevo plano: distâncias de visibilidade permitidas pela geometria podem ser bastante longas, sem que resulte maiores dificuldades construtivas ou custos mais elevados; veículos pesados mantém a mesma velocidade. Normalmente rampas de até 2% Relevo ondulado: declividades do terreno natural exigem constantes cortes e aterros para a conformação do perfil da rodovia, com ocasionais inclinações mais acentuadas, oferecendo alguma restrição ao desenvolvimento normal dos alinhamentos horizontais e verticais; veículos pesados reduzem velocidade mas sem velocidade de arrasto por tempo significativo. Relevo montanhoso: mudanças abruptas entre o terreno natural e a plataforma da rodovia, tanto longitudinal quanto transversalmente, demandando aterros e cortes nas encostas para se conformar a geometria horizontal e vertical da rodovia. Veiculos pesados são impactados significativamente. Classificação Técnica A partir da Classe da rodovia, do relevo e do nível de serviço, define-se a velocidade de projeto ou velocidade diretriz A velocidade diretriz é, por definição, a maior velocidade com que um trecho de rodovia pode ser percorrido, com segurança, considerando apenas as limitações impostas pelas características geométricas da rodovia;. A velocidade diretriz é a velocidade selecionada para fins de projeto Classificação Técnica Classificação Técnica