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Aula 5 DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR

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DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO 
E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR
Prof. Fernando Barros Magalhães
ATROFIA 
Atrofia é uma redução no tamanho da célula, devido à perda de substâncias celular, a atrofia representa uma forma de resposta de adaptação e pode culminar em morte celular. A atrofia pode ser de duas formas: fisiológica ou patológica.
Atrofia fisiológica: é mais frequente nas fases iniciais do desenvolvimento, um caso de atrofia fisiológica é quando o útero diminui de tamanho logo após o parto.
Atrofia patológica: depende da causa e pode ser localizada ou generalizada.
Exemplos de algumas causas de atrofia mais comuns:
Diminuição da carga (atrofia por desuso)
Perda da inervação
Diminuição do suprimento sanguíneo
Nutrição inadequada
MECANISMOS DA ATROFIA
Os mecanismo bioquímicos responsáveis pela atrofia ainda não são totalmente conhecidos, mas provavelmente afetam o equilíbrio entre a síntese e a degradação de proteínas, e o aumento na degradação de proteínas acaba provavelmente ocasionando um papel importante na atrofia.
HIPERTROFIA
É o aumento do tamanho das células em um determinado tecido, que decorre do aumento de constituintes e funções celulares. 
É importante diferenciar de hiperplasia, que corresponde ao aumento do número de células em um determinado tecido.
HIPERTROFIA
Para que ocorra a hipertrofia, o fornecimento de oxigênio e nutrientes deve ser maior, para suprir as demandas celulares, além disso as células, com suas organelas e sistemas enzimáticos devem estar íntegros.
A hipertrofia sempre decorre de uma adaptação das células e tecidos diante de uma maior exigência de trabalho, seja fisiológica (esperada, normal) ou patológica (por uma doença, por exemplo).
HIPERTROFIA
Para que ocorra a hipertrofia, o fornecimento de oxigênio e nutrientes deve ser maior, para suprir as demandas celulares, além disso as células, com suas organelas e sistemas enzimáticos devem estar íntegros.
A hipertrofia sempre decorre de uma adaptação das células e tecidos diante de uma maior exigência de trabalho, seja fisiológica (esperada, normal) ou patológica (por uma doença, por exemplo).
HIPERTROFIA
A hipertrofia fisiológica: acontece em certos órgãos e em determinadas fases da vida como fenômenos programados, como a hipertrofia que ocorre na musculatura uterina durante a gravidez (em que também ocorre hiperplasia).
 Já a hipertrofia patológica: ocorre por exemplo no coração (por aumento da pressão arterial, por exemplo).
HIPERTROFIA
Neste caso, a parede cardíaca sofre hipertrofia concêntrica (aumenta para dentro, diminuindo a capacidade volumétrica do ventrículo). 
A título de curiosidade, a hipertrofia que ocorre no músculo cardíaco pelo exercício, em indivíduo saudável, é excêntrica, isto é, a musculatura aumenta para fora, e não há comprometimento da capacidade volumétrica ventricular.
HIPERTROFIA
Analogamente, após anos realizando exercícios físicos com o objetivo de hipertrofiar a musculatura, se houver um período de sedentarismo (mesmo que de apenas alguns meses), a musculatura se reduzirá ao normal (determinado geneticamente para o indivíduo).
HIPERTROFIA
Se o estimulo persistir ou aumentar além da capacidade adaptativa, podem ocorrer dois eventos: multiplicação celular (hiperplasia) se as células estimuladas têm capacidade reprodutiva, e degenerações variadas que podem culminar com a morte celular.
HIPERPLASIA
 É o aumento do número de células de um órgão ou tecido, e não no volume individual de cada uma delas. A multiplicação excessiva do número de células pode levar a um aumento de volume do órgão. Na maioria das vezes, esse crescimento anormal do número de células é benigno, mas deve ser visto com atenção porque pode indicar um câncer.
Hipertrofia e hiperplasia são processos celulares e podem ocorrer na grande maioria dos sistemas corporais e são uma resposta fisiológica do corpo a algum estímulo ou falha.
Diferença entre hiperplasia e hipertrofia
Na hiperplasia, acontece é um aumento do número de células de um tecido ou órgão. 
Na hipertrofia é o aumento do tamanho e do volume das células, sem aumento do número delas. 
Quando se sofre uma hipertrofia, não se desenvolvem células novas, apenas aumentam de tamanho as já existentes. 
Em se tratando dos músculos, a potência deles é aumentada.
CAUSAS DA HIPERPLASIA
A hiperplasia (assim como a hipertrofia) pode ocorrer na grande maioria dos sistemas corporais como resposta fisiológica do corpo a algum estímulo. Ocorre por mitose das células, se a população celular for capaz de sintetizar DNA. Com o envelhecimento, as células perdem a capacidade de duplicar seu DNA e sofrer mitose. Por este motivo, entre outros, o corpo das pessoas idosas não guarda mais a sua forma atlética anterior. As hiperplasias dos diversos órgãos onde ela é possível podem ocorrer, entre outros motivos, devido a anormalidades congênitas, anormalidades hormonais, inflamações ou medicações.
SIGNIFICADO DE HIPERPLASIA
Nem sempre a hiperplasia é patológica. Muitas vezes ela é fisiológica, seja mediada por hormônios (como nos casos de crescimento das mamas e do endométrio na puberdade, ou do útero na gravidez), seja como uma hiperplasia compensatória, que ocorre como um aumento tecidual após algum dano ou ressecção parcial de um órgão ou tecido. Quase sempre a hiperplasia patológica é causada pela estimulação excessiva das células alvo por hormônios ou por fatores de crescimento.
Hiperplasia do endométrio causa sangramentos menstruais anormais. Pode causar esterilidade e, se não for tratada, pode evoluir para neoplasia maligna do endométrio
A hiperplasia prostática chamada também hiperplasia benigna da próstata, é um crescimento fisiológico da próstata que ocorre quase invariavelmente em homens idosos (80% entre os 70 e 80 anos; 100% aos 100 anos). Pode causar dificuldades urinárias que podem chegar à retenção.
METAPLASIA
 É uma alteração reversível, onde em certas condições anormais, um tipo de tecido, epitelial ou mesenquimal, pode se transformar em outro.
Pode ser visto como uma tentativa do organismo de trocar um tipo celular submetido a um estresse, por um tipo celular com maior capacidade de suportá-lo. Pode também ter origem genética, sendo que esta alteração resulta da inativação de alguns genes cuja expressão condiciona a diferenciação do tecido que sofre metaplasia e desrepressão de outros que irão condicionar o novo tipo celular.
TIPOS DISTINTOS DE METAPLASIA
Epitelial escamoso: ocorre em fumantes, onde o epitélio pseudo-estratificado ciliado que reveste os brônquios pode transformar-se em epitélio estratificado pavimentoso. Consequentemente há a perda de secreção de muco. Pode ocorrer também no caso de refluxo esofágico na esofagite de Barrett, onde as células estratificadas pavimentosas desse órgão são substituídas por células colunares semelhantes às intestinais. Outro local onde pode aparecer esse tipo de metaplasia é no colo uterino, sendo o epitélio colunar substituído por epitélio escamoso estratificado.
Epitelial glandular: ocorre, por exemplo, quando há a substituição do epitélio colunar mucoso da endocérvice do trato reprodutivo feminino.
Do trato reprodutivo: pode ocorrer em diversos epitélios do trato reprodutivo feminino. Um exemplo ocorre no epitélio germinativo do ovário, quando durante o processo de ovulação, leva à uma hiperplasia que pode resultar em cisto ovariano, resultando em um cistoadenoma seroso, podendo evoluir para um cistoadenocarcinoma seroso.
Do tecido conectivo: é quando acomete tecido conjuntivo levando à formação de cartilagem, tecido adiposo ou ósseo em locais onde originalmente não existiam.
DISPLASIA
 Provém do termo grego “plasma” (criação), acrescido do prefixo “dis” (dispersão), o que nos apresenta o significado de anomalia no desenvolvimento de um órgão ou tecido do corpo.
O surgimento da displasia geralmente traz alterações no crescimento e na diferenciação celular.
As displasias mais conhecidas são: da região pélvica, coxofemoral, mamária, colo do útero, fibromuscular,tanatofórica (nanismo severo), dentinária (que afeta os dentes) óculo-aurículo-vertebral, condroectodérmica (Displasia faciogenital, esquética, cervical. Seus tratamentos são através de medicamentos, fisioterapeutas e cirúrgicos..
Displasia faciogenital ou síndrome facio digito genital, é uma doença genética rara ligada ao cromossoma X e é de caráter recessivo. Os portadores caracterizam-se pela baixa estatura e por anormalidade faciais, esqueléticas e genitais. Afeta sobretudo indivíduos do sexo masculino, apesar do gênero feminino poder apresentar traços brandos da síndrome. (Atraso da maturação sexual e face arredondada)
Displasia condroectodérmica (Displasia faciogenital, Caracteriza-se por um tronco longo, estreito e os braços e as pernas encurtados; dedos extras (polidactilia pós axial) e irregularidades da região oral e dentes.), Em recém-nascidos, as manifestações não são ósseas, mas ocorrem em especial na forma de defeitos cardíacos congênitos. Os afetados podem ter saúde ou apresentar risco de vida.
Displasia Mamária: É também chamada de alteração fibrocística benigna e é caracterizada por alterações nos seios, podendo apresentar dor, inchaço, nódulos e espessamentos, ocorrendo geralmente no período menstrual é causados pela alteração dos hormônios femininos.
Como não se trata de uma doença, a displasia mamária tem cura e não precisa de tratamentos específicos, pois as alterações acabam por desaparecer no período após a menstruação. O termo médico para a displasia mamária é “alterações funcionais benignas da mama”.
A displasia fibrosa: É uma doença congênita e benigna, isto é, não é mortal. Provoca desgaste ósseo e crescimento em ossos do corpo humano, podendo também chegar a lesões. Essas lesões são crescimentos parecidos com tumores, substituindo o osso medular por tecido fibroso, enfraquecendo os ossos e provocando expansão das áreas onde ataca.
Podem causar deformidades visíveis externamente e trata-se de uma desordem congênita, não necessariamente hereditária, que pode levar a fraturas. Ataca os ossos e também muitas vezes o crânio das pessoas.
A displasia de quadril: É uma alteração no desenvolvimento do quadril de recém-nascidos, prejudicando a articulação. O encaixe do fêmur na pelve não é perfeito, deixando o quadril frouxo e instável, algumas vezes chegando ao ponto de desencaixe, o que a torna uma luxação congênita do quadril.
Esse tipo de displasia pode chegar a um caso em 60 nascimentos e é mais comum na raça branca e crianças do sexo feminino, atacadas quatro vezes mais, segundo as estatísticas, do que os meninos.
Fibroadenoma de mama
Entre as displasias também está o fibroadenoma de mama, um nódulo de origem benigna, ocorrendo geralmente na adolescência das mulheres, podendo se desenvolver até a idade de 25 anos. Pode medir até 2cm, sendo rígido, bem delimitado, móvel e único, não causando dor.
Neoplasia
Também denominada tumor, é uma forma de proliferação celular não controlada pelo organismo, com tendência para a autonomia e perpetuação. 
A palavra "neoplasia" vem do grego, onde neo = "novo" e plasis = "crescimento, multiplicação celular".
As neoplasias podem ser benignas ou malignas, de acordo com o seu potencial de causar danos ao indivíduo.
A neoplasia benigna: Caracteriza-se pelo crescimento lento, normalmente é circunscrita por uma cápsula de tecido fibroso que delimita o tumor, é localizada e não se infiltra ou invade tecidos vizinhos. Na maioria dos casos o tumor pode ser removido totalmente e não existe risco de metástase.
Metástase: É a disseminação e crescimento das células neoplásicas em locais distantes da sua origem.
As neoplasias benignas apresentam o sufixo "oma" na sua nomenclatura, como "fibroma" e "lipoma", por exemplo. Porém, linfoma, melanoma e mieloma são neoplasias malignas e fogem à regra.
Neoplasia Maligna:
A neoplasia maligna (câncer) apresenta um crescimento acelerado e tem a capacidade de invadir os tecidos adjacentes, podendo desenvolver metástase.
As neoplasias malignas recebem o sufixo "sarcoma" na sua nomenclatura, como "fibrossarcoma" e "osteossarcoma". Já as neoplasias malignas com origem no tecido epitelial possuem a denominação "carcinoma".
Tumor: (neoplasia) é um termo usado para designar uma proliferação celular anormal, excessiva e descoordenada, que não cessa quando o estímulo inicial termina.
A palavra "tumor" vem do latim tumor, que significa inchaço.
A origem do tumor é multifatorial, com influência de fatores genéticos e/ou ambientais. Independentemente das causas, o tumor caracteriza-se pela perda da capacidade das células de controlar de forma adequada sua proliferação e diferenciação. 
Os tumores possuem um parênquima, onde estão as células tumorais, e um estroma, constituído por vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e células de defesa como macrófagos e linfócitos.
O parênquima do tumor é responsável pelas consequências patológicas e comportamento do mesmo, enquanto que o seu estroma (tecido nutritivo) torna possível e determina o seu crescimento.
Os tumores benignos: normalmente estão localizados em uma única massa tumoral, circunscrita por cápsula ou tecidos adjacentes comprimidos, manifestando-se por meio de ocupação de espaço e compressão.
Não apresentam risco de metástase (disseminação e crescimento das células tumorais em locais distantes da sua origem) e, quando removidos cirurgicamente, não voltar a surgir.
Quanto à nomenclatura, regra geral adiciona-se o sufixo “-oma” ao nome da célula tumoral (fibroma, condroma, lipoma).
Os tumores malignos: podem se disseminar para outros órgãos (metástase) e destroem tecidos adjacentes, levando à morte do indivíduo.
O tumor maligno também é chamado de "câncer", que significa "caranguejo" em latim. A razão para este nome pode estar relacionada ao fato do caranguejo prender-se de forma obstinada ao hospedeiro ou à semelhança visual do tumor com o mesmo.
Quanto à nomenclatura, são chamados de “sarcomas” (fibrossarcoma, condrossarcoma) e “carcinomas” (adenocarcinoma​). Também podem ser chamados de “tumor maligno indiferenciado”, quando são compostos por células pouco ou não diferenciadas cuja origem não é precisa.
Características e classificações das neoplasias
À direita vemos uma neoplasia benigna (fibroma em útero), em que se nota aumento de volume do órgão como um todo (crescimento expansivo), sem alteração de superfície; a coloração está meio alterada (mais esbranquiçada, em decorrência do acúmulo de fibras colágenas). À esquerda vemos um carcinoma em fígado, uma neoplasia maligna. Olhe como é irregular a distribuição do tecido neoplásico (mapeamento), parecendo infiltrar-se no tecido hepático (crescimento infiltrativo e expansivo). A superfície é mais rugosa e também há alteração de cor.
Neoplasia benigna de tecido nervoso periférico: 
As células são bastante semelhantes entre si e também em relação às células nervosas normais. Surge somente um padrão tecidual diferente, uma distribuição e disposição novas das células.
Neoplasia maligna epitelial, exibindo hipercromatismo
Observar (setas), células de tamanhos e formas variados (pleomorfismo), vacuolização no citoplasma e alteração da relação núcleo-citoplasma. Mitose atípica é vista no centro do campo.
Adenocarcinoma
Neoplasia maligna do epitélio glandular. À esquerda vemos o tecido neoplásico e, à direita, o tecido normal. Observe a diferença de padrão tecidual.
Osteossarcoma
 Neoplasia maligna óssea, em mandíbula: 
Vemos nesse campo possivelmente osteoblastos desdiferenciados, com intensa atípica.
Leiomioma de útero, neoplasia benigna de tecido muscular liso, o qual apresenta massas esféricas e bem delimitadas.
Neoplasia maligna metastática em pulmão. Vemos que a massa tumoral apresenta coloração bem diferente em relação ao pulmão, bem sua consistência é mais fibrosa. As metástases em geral costumam ser mais delimitadas, apesar de malignas.
Detalhe de uma lâmina de adenoma pleomórfico (neoplasia benigna de glândula salivar). Essa neoplasia tem como característicaoriginar diferentes tipos de estroma. Este que vemos é bastante escasso. As setas apontam as células tumorais, as quais estão formando ductos de glândula. Em outros pontos do tumor, o estroma é bem hialinizado.
Biópsia por intermédio de punção. É introduzida uma agulha e realizada aspiração, para detecção do material componente da lesão. 
Nesse caso, havia uma lesão no interior do tecido ósseo da mandíbula. Vemos que o conteúdo aspirado era hemorrágico.
Citopatologia oncótica. As células são obtidas por raspagem, para observação microscópica. Não existe organização tecidual e a análise é feita nos elementos celulares individualmente. A coloração aqui utilizada serve para a detecção de fungos e bactérias. Vemos que esse quadro citológico está cheio de fungos por entre as células (são células epiteliais).
Vemos aqui um vaso sanguíneo, com células tumorais bem próxima de sua parede. 
Uma delas até mesmo parece "empurrar" a parede endotelial (setas). 
Trata-se dos momentos inicias da disseminação das células tumorais por via hematogênica 
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AINDA NÃO
ASPECTOS MORFOLÓGICOS DAS NEOPLASIAS
Prof. Fernando Barros Magalhães
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METÁSTASES
Prof. Fernando Barros Magalhães
Metástases
O câncer é uma das doença mais graves devido à sua capacidade de espalhar as células cancerígenas por todo o organismo, afetando órgãos e tecidos próximos, mas também locais mais distantes. Essas células cancerígenas que chegam aos outros órgãos são conhecidas como metástases.
Embora as metástases estejam em outro órgão, continuam sendo formadas por células cancerígenas do tumor inicial e, por isso, não significa que se desenvolveu câncer no novo órgão afetado. Por exemplo, quando o câncer de mama causa metástases no pulmão, as células continuam a ser da mama, devendo ser tratadas da mesma forma que o câncer de mama.
Principais sintomas
Na maioria dos casos, as metástases não provocam novos sintomas, no entanto, quando acontecem esses sintomas variam de acordo com o local afetado, incluindo:
Dor nos ossos ou fraturas frequentes, no caso de afetar os ossos;
Dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar, no caso de metástases nos pulmões;
Dor de cabeça intensa e constante, convulsões ou tonturas frequentes, no caso de metástases cerebrais;
Pele e olhos amarelados ou inchaço da barriga, no caso de afetar o fígado.
Principais sintomas
Porém, alguns destes sintomas também podem surgir devido ao tratamento do câncer, sendo aconselhado informar o oncologista de todos os novos sintomas, para que seja avaliada a possibilidade de estarem relacionados ao desenvolvimento de metástases.
Como se desenvolvem
Geralmente as metástases surgem nos tecidos que estão mais próximos do local original do câncer, no entanto, com o desenvolvimento da doença, as células cancerígenas conseguem passar pelas paredes dos nódulos linfáticos e dos vasos sanguíneos, sendo transportadas pelo sistema circulatório e linfático para outros órgãos.
No novo órgão, as células cancerígenas vão-se acumulando até formar um tumor semelhante ao original. Quanto estão em grande número, as células conseguem levar o organismo a formar novos vasos sanguíneos para trazer mais sangue para o tumor, levando a que cresça rapidamente.
Locais mais afetados
Embora as metástases possam surgir em qualquer local do corpo, as áreas que mais frequentemente são afetadas são os pulmões, o fígado e os ossos. No entanto, esses locais podem variar de acordo com o câncer original:
Tipo de câncer
Locais mais comuns de metástases
Tireoide
Ossos, fígado e pulmão
Melanoma
Ossos, cérebro, fígado, pulmão, pele emúsculos
Mama
Ossos, cérebro, fígado e pulmões
Pulmão
Glândulas adrenais, ossos, cérebro, fígado
Estômago
Fígado, pulmão, peritônio
Pâncreas
Fígado, pulmão, peritônio
Rins
Glândulas adrenais, ossos, cérebro, fígado
Bexiga
Ossos, fígado e pulmão
Intestino
Fígado, pulmão, peritônio
Ovários
Fígado, pulmão, peritônio
Útero
Ossos, fígado, pulmão, peritônio e vagina
Próstata
Glândulas adrenais, ossos, fígado e pulmão
Como é feito o tratamento
Quando o câncer se espalha para outros órgãos é mais difícil atingir a cura, no entanto, o tratamento das metástases deve ser mantido semelhante ao tratamento do câncer original, com quimioterapia ou radioterapia, por exemplo.
Nos casos mais graves, em que o câncer está muito desenvolvido, pode não ser possível eliminar todas as metástases e, por isso, o tratamento é feito principalmente para aliviar os sintomas e atrasar o desenvolvimento do câncer.
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Graduação e estadiamento tumoral
Prof. Fernando Barros Magalhães
ESTADIAMENTO
Estadiamento em neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação. Para tal, há regras internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante aperfeiçoamento.
O estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da doença, mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.
A classificação das neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis: localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases à distância, diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais e sintomas, sexo e idade do paciente, etc.
Diversos sistemas de estadiamento poderiam ser concebidos, tendo por base uma ou mais das variáveis mencionadas.
O sistema de estadiamento mais utilizado é o preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de Classificação dos Tumores Malignos. Este sistema baseia-se na extensão anatômica da doença, levando em conta as características do tumor primário (T), as características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N), e a presença ou ausência de metástases à distância (M). Estes parâmetros recebem graduações, geralmente de T0 a T4, de N0 a N3 e de M0 a M1, respectivamente.
Além das graduações numéricas, as categorias T e N podem ser subclassificadas em graduações alfabéticas (a, b, c). Tanto as graduações numéricas como as alfabéticas expressam o nível de evolução do tumor e dos linfonodos comprometidos.
O símbolo "X" é utilizado quando uma categoria não pode ser devidamente avaliada.
Quando as categorias T, N e M são agrupadas em combinações pré-estabelecidas, ficam distribuídas em estádios que, geralmente, variam de I a IV. Estes estádios podem ser subclassificados em A e B, para expressar o nível de evolução da doença.
O estadiamento pode ser clínico e patológico. O estadiamento clínico é estabelecido a partir dos dados do exame físico e dos exames complementares pertinentes ao caso. O estadiamento patológico baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame anátomopatológico da peça operatória. É estabelecido após tratamento cirúrgico e determina a extensão da doença com maior precisão. O estadiamento patológico pode ou não coincidir com o estadiamento clínico e não é aplicável a todos os tumores.
A determinação da extensão da doença e a identificação dos órgãos por ela envolvidos auxiliam nas seguintes etapas:
a) obtenção de informações sobre o comportamento biológico do tumor; 
b) seleção da terapêutica; 
c) previsão das complicações; 
d) obtenção de informações sobre o prognóstico do caso; 
e) avaliação dos resultados do tratamento; 
f) investigação em oncologia: pesquisa clínica, publicação de resultados e troca de informações.
Os parâmetros de estadiamento devem incluir os fatores relacionados ao tumor e ao hospedeiro, quais sejam:
a) órgão e tecido de origem do tumor; 
b) classificação histopatológica do tumor; 
c) extensão do tumor primário: tamanho ou volume; invasão de tecidos adjacentes; comprometimento de nervos, vasos ou sistema linfático; 
d) locais das metástases detectadas; 
e) dosagem de marcadores tumorais; 
f) estado funcional do paciente.
O conhecimento do diagnóstico histopatológico do tumor não é pré-requisito paraseu estadiamento. Em consulta de primeira vez, suspeitado o diagnóstico de neoplasia maligna, o médico deve, a partir do conhecimento da história natural do tumor, identificar queixas e buscar sinais que se associam ao mesmo, procurando assim avaliar a extensão da doença.
As evidências clínico-diagnósticas podem sugerir forte suspeita de neoplasia maligna, sendo a confirmação histopatológica obtida no decorrer da avaliação clínica, ou após a mesma. Às vezes, o estadiamento só pode ser estabelecido através de procedimentos cirúrgico-terapêuticos, como, por exemplo, nos casos de tumor de ovário, no qual é indicada cirurgia para ressecção do tumor e inventário da cavidade abdominal.
Enfim, o estadiamento de uma neoplasia maligna requer, por parte do médico, conhecimentos básicos sobre o comportamento biológico do tumor que se estadia e sobre o sistema de estadiamento adotado.
A indicação terapêutica do câncer depende do estadiamento da doença. Assim é que um estadiamento bem conduzido leva a condutas terapêuticas corretamente aplicadas.

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