Buscar

Fichamento Linguagem pensamento e representações sociais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Assunto: Linguagem, pensamento e representações sociais(p.32-39). Capítulo 2 
 
 
Referencia: LANE, Silvia Tatianne M.; CODO(ORGS), Wanderley. Linguagem, 
pensamento e representações sociais. In: LANE, Silvia Tatiana M.; CODO(ORGS), 
Wanderley. Psicologia Social: O Homem em Movimento. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 
1989. Cap. 2. p. 32-39. 
 
“A linguagem, como produto de uma coletividade, reproduz através dos 
significados das palavras articuladas em frases os conhecimentos _ falsos ou verdadeiros_ 
e os valores associados a práticas sociais que cristalizam; ou seja, a linguagem reproduz 
uma visão de mundo, produto das relações que se desenvolveram a partir do trabalho 
produtivo para a sobrevivência do grupo social” (p.32-33). 
 
“Desta forma a aprendizagem da língua materna insere a criança na história de sua 
sociedade, fazendo com que ela reproduza em poucos anos o processo de “hominização” 
pelo qual a humanidade se produziu, tornando-a produto e produtora da história de seu 
grupo social. A função primária da linguagem é a comunicação e o intercâmbio social, 
através da qual a criança representa o mundo que a cerca e que influenciará seu 
pensamento e suas ações no seu processo de desenvolvimento e de hominização” (p.33). 
 
“Desta forma os significados produzidos historicamente pelo grupo social 
adquirem, no âmbito do indivíduo, um “sentido pessoal”, ou seja, a palavra se relaciona 
com a realidade, com a própria vida e com os motivos de cada indivíduo. A criança ao 
falar produz a visão de mundo de seu grupo social, assim como a ideologia que permeia e 
mantém as relações sociais desse grupo, e é levada a agir de forma a não perturbar a 
“ordem vigente”, caso contrário ela será considerada um “anormal”, um “marginal”, e 
como tal afastada do convívio social. E quando os estudos apontam para a família 
desestruturada como responsável pela marginalização da criança, podemos supor que ela 
aprendeu significados contraditórios, concepções de mundo incompatíveis e, incapaz 
ainda de um pensamento crítico e de atividades significativas, desempenha 
comportamentos inaceitáveis pelo seu grupo social” (p.34-35). 
 
“E neste processo de comunicação, a criança vai estruturando o seu mundo que, 
inicialmente, se encontra em um estado nebuloso, através de um sistema de significantes 
proporcionado pelos que a rodeiam, e também vai encontrando formas de se auto definir, 
“às custas de uma esquematização e de uma deformação inevitáveis e sempre 
superáveis”” (p.36). 
 
“Toda palavra, por mais importante que seja seu valor referencial e informativo, é 
formulada também a partir de um ‘o que sou para você, o que você é para mim’ e é 
operante neste campo; a ação que ela representa a títulos destas trocas se manifesta 
através do que se pode chamar de ‘atos ilocutórios’ ou ‘efeitos de posição’” (p.37).

Continue navegando