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HPE Aulas 1 e 2

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Universidade Federal de Santa Maria 
Centro de Ciências Sociais e Humanas 
Departamento de Ciências Econômicas 
 
 
 
Caderno Didático da 
Disciplina História do 
Pensamento Econômico 
(HPE) 
 
 
UNIDADE 1 – Aulas 1 e 2 
(em desenvolvimento) 
 
Professora: Daniela Dias Kühn 
2015/I 
Introdução Geral 
 
A Ciência Econômica deve ser considerada uma Ciência Social, neste sentido, o 
espaço reservado à discussão da História do Pensamento Econômico (HPE) permite a 
identificação do processo de formação que envolve a explicação dos movimentos 
envolvendo a reprodução do capital. Pode-se admitir também que a compreensão dessas 
percepções é capaz de permitir um melhor entendimento em relação à realidade social. 
Economia é o estudo de como mercadorias e serviços são produzidos, 
distribuídos e consumidos pela sociedade. Por se presumir que os recursos em geral têm 
um estoque baixo, Lionel Robbins, em 1935 definiu economia como “a ciência da 
escassez”. Pensamento econômico pode ser considerado tão antigo quanto o dinheiro. A 
partir do momento em que se caracteriza o dinheiro (essa convenção social abstrata que 
dá valor às coisas na sociedade) pode-se dizer que há Economia. Apesar de diversas 
culturas incorporarem essa questão do dinheiro, bem como sua administração, no debate 
social, a Economia foi moldada seguindo a tradição ocidental de Ciência, a partir da 
Física. 
O breve volume que ora se organiza tem como objetivo principal servir como 
referência aos alunos da disciplina de HPE no 1º semestre de 2015. Sendo essa uma 
primeira tentativa de sistematização, a organizadora agradece a toda e qualquer 
contribuição que possa melhorar o conteúdo da discussão que se apresenta. Cada 
unidade compreende uma breve descrição fundamentada do período e dos principais 
conceitos em análise, além de incluir referências, que estão completas ao final do 
caderno, inclui sugestões de leituras paralelas e a discussão de um conjunto de questões 
que devem permitir que a atenção do estudante se volte aos aspectos essenciais de cada 
uma das escolas estudadas. 
Compreenda-se que se trata de uma experiência pioneira com todos os riscos que 
esse tipo de empreendimento envolve. Há de salientar também que a Ciência 
Econômica possui uma dinamicidade que certamente não poderá ser abarcada nesse 
caderno. É uma Ciência viva, em constante transformação, que permite uma série de 
nuances analíticos. O esforço será o de reunir uma série de contribuições do passado, 
que, de uma forma ou de outra, permitam a compreensão e a análise do ambiente teórico 
atual. 
Um debate mais aprofundado levar-nos-ia inclusive a discussão sobre a 
necessidade, ou não, de uma disciplina como HPE nos currículos do curso de 
Economia. Entretanto, cabe esclarecer que, em especial na tradição brasileira, há uma 
ideia geral de que é essencial estudar o passado para compreender o futuro. Há um 
ambiente crescentemente associado à heterodoxia para a compreensão dos fenômenos 
envolvendo a acumulação e a distribuição do capital, cada vez mais associado ao seu 
padrão monetário, seja em moeda nacional ou estrangeira. 
Pode-se considerar que a própria formulação de uma linha de tempo em relação 
à importância ou não da contribuição de determinados autores possa dar campo a um 
debate, entretanto, para fins do andamento da disciplina, de uma maneira geral, nos 
ocuparemos em identificar a contribuição de cada um dos autores solicitados em termos 
de sua aparição cronológica, digamos assim. 
 
Para assistir: 
 Inside Job (2010) 
 Inequality for all (2013) 
 
Unidade 1 – Dos primórdios do Pensamento Econômico ao Mercantilismo 
 
Introdução: 
 
A percepção que temos atualmente do nosso lugar no ambiente social, seja tanto 
geográfico como econômico parece-nos naturalizado. Ou seja, aceitamos alguns 
elementos da nossa vida cotidiana como se fosse algo inerente ao ambiente e a 
concepção da vida. Entretanto, muitas dessas percepções decorrem de construções 
socioeconômicas bastante complexas, que nem sempre são avaliadas sob o ponto de 
vista das Ciências Econômicas. O objetivo desta unidade é o de chamara a atenção para 
a constituição do processo que levará ao momento de transição de um modo de 
produção ao outro, levando o mundo ocidental do modo de produção feudal a um modo 
novo de produção, identificado pela reprodução do capital, que por isso mesmo ganha o 
nome de capitalismo. O tema essencial de todo o curso, ao longo do semestre, passa por 
essa construção. Como se forma o capitalismo e quais são as interpretações para essa 
nova de organização e reprodução social são os temas da discussão. 
Nesse primeiro momento, então, além de reforçar a visão relativizada da 
hegemonia civilizatória ocidental que se constrói historicamente, discutiremos a cerca 
dos primeiros elementos que levaram a posterior constituição de uma Ciência que 
percebe e tenta explicar a reprodução social através do fator de produção identificado 
como capital. 
 
1.1 Alguns elementos gerais 
 
Durante muito tempo, compreendeu-se o histórico das Ciências Econômicas, a 
partir da cultura Ocidental, que inicia sua interpretação social com o Império Greco-
Romano. Ainda que esse seja o tema central dessa seção, juntamente com a análise do 
modo de produção feudal e o processo mercantilista de produção, alguns autores, 
buscam, atualmente, retomar, em algumas situações elementos que, até então, 
encontravam-se fora do contexto de discussão, apresentando outras culturas que 
também se preocupavam, de maneira embrionária, com a administração dos fatores de 
produção e do meio monetário de pagamento. 
De uma maneira geral, o ambiente que se tem nesse amplo e complexo período 
histórico identificado como Antiguidade envolve a ideia de que a atividade econômica 
em si era uma atividade auxiliar que precisava sempre estar associada a alguma 
atividade produtiva. A administração do meio de troca em si poderia ser considerada 
algo condenável. A principal atividade econômica era a agricultura e as outras 
atividades eram vistas com desconfiança pelo grupo social. 
A fixação dos grupos comunitários, conquistada a partir da agricultura, fazia 
com que outros grupos não agrícolas fossem vistos com desconfiança. Percebe-se 
também que, geralmente, a atividade manual era tratada como um castigo (escravos) era 
algo não valorizado socialmente. Ou seja, as pessoas socialmente valorizadas não 
poderiam ser caracterizadas exatamente pela sua atividade manual
1
. 
A civilização hindu, uma das mais antigas do mundo, por exemplo, condenavam 
a concessão de empréstimos oferecidos por vezes pelas altas castas. O hinduísmo é 
socialmente organizado em castas rígidas (atualmente países como a Índia e Bangladesh 
se organizam a partir desses preceitos), entretanto, ainda que se condenasse a concessão 
de empréstimos (uma vez que cada casta e cada indivíduo deve viver e sobreviver a 
partir daquilo que lhe é oferecido naturalmente e dentro da sua casta) alguns casos 
especiais poderiam ser avaliados. Nesses casos, as condições referentes à taxa de juros 
dependiam do tipo de empréstimo e da casta envolvida. 
Do ponto de vista material, ainda que considere importante a aquisição de bens e 
dinheiros, a percepção hindu indica que essa satisfação material tem um limite e não 
consegue responder ao anseio principal da vida humana, por isso não deve ser seu 
principal fim. A sociedade hindu, a partir das castas, identifica a atividade social de 
cada agente: vaisias dedicados ao comércio e à agricultura (com a cobrança sempre de 
um preço justo); chátrias dedicados às atividades políticas; brâmanes membros da casta 
sacerdotal,dedicados a estudar e ensinar; e assim por diante. Dessa forma, a atividade 
de reprodução social de cada membro está associada a sua condição de nascimento e 
não pode ser alterada ao longo da vida. Esse sistema era extremamente rígido, com 
relações sociais bastante severas. 
O povo hebreu também possuía uma percepção em relação à forma de 
reprodução social e sua relação com o meio de troca monetário. A Lei Mosaica proibia, 
por exemplo, a cobrança de juros, empréstimos a juros só eram permitidos a 
estrangeiros e pobres. Havia uma divisão social do trabalho e a exportação de alimentos 
e artigos essenciais não era permitida. O texto do Antigo Testamento apresenta uma 
 
1 Poder-se-ia refletir sobre como isso ocorre no capitalismo atual. Se há de fato, essa valorização 
atualmente... 
noção da organização social e econômica desenvolvida. A ideia do mandamento “Não 
furtarás” evidencia a noção de propriedade existente na época. 
A civilização chinesa, também das mais antigas do planeta, preocupava-se, por 
exemplo, com a intensidade da intervenção de um Governo Central. As discussões 
envolviam a atuação do Estado em tempos de guerra, visto que esse governo 
centralizado seria o responsável pela ordem. Tratava-se de uma sociedade baseada em 
atividades agrícolas e discutia entre seus pensadores, entre os quais Confúcio, a 
administração e o peso dos impostos na população em geral. Comercializavam, 
posteriormente, alimentos, cerâmicas e seda. 
 
1.2 Os precursores do pensamento econômico 
 
Ainda que se possa reconhecer uma série de elementos associados à discussão 
cotidiana da Economia, a constituição histórica da Ciência Econômica, reconstituída 
posteriormente, parte daqueles elementos reconhecidos e discutidos a partir das 
organizações sociais greco-romanas, berço da civilização ocidental. 
A organização social da Humanidade passa pela necessidade de organização das 
atividades produtivas para a sobrevivência. Esse processo inclui a divisão das tarefas e a 
utilização de instrumentos. A combinação desses dois processos foi responsável pelos 
aumentos de produtividades e pela geração dos excedentes comercializáveis. 
Em linhas gerais, a organização social pré-capitalista tinha uma ideologia
2
. De 
acordo com esse conjunto de crenças, havia um desprezo pelo trabalho. O trabalho era 
considerado indigno, era considerado um fardo. Seja no pensamento que norteava a 
atitude social na Grécia e em Roma ou naquela que prevaleceu durante o período feudal, 
convém lembrar que a classe mais rica/dominante/alta não trabalhava e considerava o 
trabalho manual, como algo destinado às classes sociais inferiores, com pouco ou 
nenhuma participação política. Pitágoras (571 a.C – 495 a. C) , reconhecido por sua 
análise matemática, indicou que tudo na sociedade poderia ser transformado em 
números e os preços apresentariam essa realidade no comércio e nas trocas sociais. 
Xenofonte (430 a.C – 354 a.C) foi outro pensador, que desde a Antiguidade chamava a 
atenção para as vantagens do aglomerado populacional, especialmente em relação à 
divisão social do trabalho. 
 
2 Tem-se aqui a utilização da palavra ideologia como o conjunto de crença que norteia a ação cotidiana 
dos agentes sociais. 
1.2.1 Grécia Antiga 
 
A Grécia é reconhecida pelo debate realizado pelos seus pensadores, 
posteriormente identificados como filósofos. Esses cidadãos procuravam descobrir e 
ensinar elementos desconhecidos que eram importantes para o cotidiano das pessoas. 
Não havia ainda uma separação, nem mesmo a constituição das Ciências como hoje 
reconhecemos, dessa forma, dentro desse debate mais amplo, que reunia aspectos da 
Filosofia, da Matemática e da Astronomia, podem ser reconhecidos elementos que vão 
compor o debate em torno das Ciências Econômicas. 
Uma característica importante da época é a aceitação da situação de escravidão, 
que será questionada muito posteriormente, em termos históricos. Os escravos eram 
obtidos a partir das guerras e do comércio. Nesse sentido, um homem poderia ter a 
propriedade de outro, considerado inferior. Era essa classe operária a responsável pelo 
trabalho manual. Esse processo de escravidão, em alguma medida, era considerado 
“natural” derivada de um sistema de forças/castas presentes na sociedade de então. O 
escravo era propriedade de algum agente social que tinha lugar mais alto, com mais 
influência política no ambiente social. Esses escravos realizavam todo o trabalho 
manual que garantia a sobre vivência física do ambiente social organizado. Dessa 
forma, as castas mais altas mantinham, de certa forma, o controle populacional. 
Nesse ambiente, os primeiros intelectuais preocuparam-se e explicar o 
funcionamento da vida, em seus mais diversos aspectos, inclusive aquele de 
organização da vida familiar cotidiana. Dessa preocupação surge, nas reflexões, as 
primeiras reflexões a respeito da (óikos
3– casa; nomos - lei). Nesse sentido, a 
preocupação com a economia é parte da reflexão geral filosófica especificamente no que 
concerne a administração do lar (privada). Não há um pensamento econômico 
propriamente dito, uma economia política independente (que só ocorre com Adam 
Smith, por isso reconhecido como o pai das Ciências Econômicas). 
No ambiente em questão, convém salientar que a distribuição dos bens, recursos, 
da produção enfim, se dava entre os cidadãos, os nobres, os homens livres da sociedade. 
Havia uma distinção entre um ambiente rural e uma ambiente mais centralizado, onde se 
concentrava o poder político. O ambiente rural era responsável pelo fornecimento de 
comida e vinho aos cidadãos livre das cidades (“pólis”). 
 
3 O “eco” é o mesmo da ecologia. 
O papel moeda é utilizado e discutido como meio de troca, inclusive com 
questões sobre o fracionamento e a gestão desse meio de troca. Há um debate sobre as 
funções da moeda, que posteriormente serão consolidadas na literatura econômica. As 
moedas eram fabricadas com desenhos/padrões e materiais diferentes, não apenas ouro e 
prata. Possuíam um valor nominal, como ocorre no padrão monetário atual e não real. 
Essa complexificação do padrão monetário, ocorrida na sociedade greco-romana levou a 
um volume de falsificações que eram realizadas tanto no ambiente público como 
privado. 
 
1.2.1.1 Platão (428/427 a.C / 348/347 a.C) 
 
Nascido em Atenas, Platão é um dos principais pensadores da civilização 
ocidental. Seu debate envolvia essencialmente a coordenação das cidades, envolvendo a 
ideia de participação política como elemento principal. Em linhas gerais, pode-se 
argumentar que a preocupação com a democracia e com a participação política dos 
cidadãos (livres) envolvia uma noção de que o geral se sobrepõe ao particular. Neste 
sentido, ele discutiu as diferenças entre a cidade (pólis) ideal, marcada por questões 
resolvidas a partir da noção de justiça; a cidade real, aquela em que era possível 
verificar cotidianamente situações de injustiça; e aquela cidade possível, em que 
algumas injustiças poderiam ser resolvidas na cidade real a partir daqueles preceitos 
valorizados para o funcionamento da cidade ideal. 
Para Platão, o mundo sem desigualdades é um mundo idealizado. Neste mundo, 
a noção de igualdade deveria ser levada em consideração também em relação à 
propriedade, pois riqueza e acumulação, ouro, levam ao conflito. A riqueza era um 
elemento desprezado pelo autor, pois levaria a sociedade á corrupção, que seria a 
prevalência do individual sobre o geral, em termos de administração 
pública/democracia.Segundo a discussão de Platão, o ouro é um agente corruptor da 
sociedade. As prioridades do ser humano deveriam ser primeiramente o conhecimento 
da alma e a manutenção da saúde do corpo, depois a preocupação com a riqueza 
material. 
 
 
 
 
1.2.1.2 Aristóteles (384 a.C / 322 a.C) 
 
Aristóteles é reconhecido como um dos fundadores da ética. Ele foi aluno Platão 
e professor do imperador Alexandre, o grande. Ao estudar a Ética, Aristóteles reconhece 
a necessidade de que há um conflito que precisa ser conciliado na sociedade: interesses 
individuais contra os interesses coletivos. Essa necessidade de conciliação poderia 
passar por algum tipo de intervenção “neutra”, baseada na ética e na lógica. 
Um dos conceitos interessantes desenvolvidos por Aristóteles, associado à 
discussão econômica, é o conceito de crematística. A crematistica é a atividade de 
adquirir bens ou riquezas. Esse processo poderia ocorrer de duas formas: 
1) Para satisfazer necessidades naturais, que é considerada legítimo, faz 
parte, então, da economia (natural); e; 
2) Com finalidade de acumulação, que é condenável (esse tipo de aquisição 
de bens ocorreria, por exemplo, a partir do comércio exterior, empréstimos a juros e do 
trabalho assalariado). Essa acumulação não seria natural e o objetivo do lucro imporia 
sobreposição dos objetivos privados sobre aqueles do bem comum. 
A percepção aristotélica critica a busca ilimitada por riquezas. Esse 
comportamento poderia, dessa forma, ser considerado um vício. Para esse pensador, o 
objetivo social deveria ser o desenvolvimento da virtude do cidadão e não a acumulação 
de riquezas. Atualmente, parte dessa discussão, parece ter sido retomada a partir da 
distinção entre meios e fins, sugerida por uma série de pensadores sociais, inclusive 
Amartya Sen (SEN, 1999). Segundo essa percepção, corrobora-se a ideia da lógica pré-
capitalista (ou de reprodução simples) que deveria nortear o processo de reprodução 
social representada pelo ciclo Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria. 
A discussão está, então, associada é questões éticas e políticas, não se trata, 
dadas as condições da época do impacto do pagamento dos salários, por exemplo. 
 
1.2.1.3 Epicuro (341 a.C/ 270 a.C) 
 
Pensador que analisa a importância dos interesses individuais, relação entre 
prazer e dor. Neste sentido, as decisões dependem individualmente, desta relação entre 
o que causa dor nos indivíduos e aquilo que ou cessa a dor ou causa prazer, sendo 
assim, sugere que a análise da reprodução social deveria ser feita a partir de um 
afastamento da política. Seria possível, estabelecer uma “neutralidade” para a análise 
das condições físicas de reprodução social. Essa análise apresenta um embrião do 
comportamento que seria, posteriormente, identificado como características do agente 
econômico, o individualismo. 
A partir desse afastamento, o autor analisa questões relacionadas ao possível 
processo e intervenção política e ao processo que poderia ser identifica hoje como uma 
análise anarquista. 
 
1.2.2 Pensamento Romano 
 
O império romano é caracterizado pela sua unidade geográfica. Neste sentido, há 
alguma discussão e preocupação em relação ao padrão monetário. A economia do 
Império Romano era uma economia das cidades, economia urbana, marcada pelo 
comércio e pela diversidade possível no mundo conhecido da época. 
Uma das principais contribuições do período romano ao contexto econômico 
atual é o desenvolvimento do Direito, ou seja, uma percepção importante em relação à 
propriedade e à disponibilidade de bens. Desenvolve-se também neste momento uma 
complexa legislação em torno da arrecadação dos tributos e discussão da função do 
Estado. 
Há uma série de elementos tecnológicos que passam a ser incorporadas na 
convivência cotidiana das sociedades. Elemento militar bastante forte, refletindo o elo 
de “coesão” entre as sociedades. Há debate sobre inflação e dívida pública. Com a 
necessidade de cunhagem de moedas metálicas e da existência de lastros metálicos para 
a administração da dívida, desenvolve-se a mineração e metalurgia. Entre as diversas 
contribuições da sociedade reconhecida como o Império Romano pode-se salientar a 
ideia de Pão e Circo, os ambientes públicos de cultura e a organização do conhecimento 
acumulado no mundo conhecido de então. 
O pensador romano Cícero (107 a.C até 44 a.c) discutiu a questão do Direito a 
partir de normas sociais, considerando direitos e deveres individuais. Neste sentido, 
propõe duas concepções para os momentos vividos pela sociedade. Em momentos de 
crise, seria necessária a intervenção de um organizador político das condições de 
reprodução social. Em situações “normais, não haveria necessidade de intervenção 
(origem do individualismo, do liberalismo posterior). 
 
 
1.2.3 Idade Média 
 
O período identificado como Idade Média compreende o período da história, via 
de regra, entre os séculos V e XV. É chamado de Idade Média por representar um 
período de transição entre a Antiguidade e a Idade Moderna. Conhecido também como 
Idade das Trevas. 
A desintegração do Império Romano levou a uma reorganização social 
caracterizada como fechada. Ou seja, neste período, a circulação de moeda e de 
mercadorias não compõem o traço principal da organização social. É preciso salientar 
que este extenso período é dinâmico e que é classificado em três “subperíodos” a alta 
Idade Média, a Idade Média Central e a Baixa idade Média. 
Do ponto de vista da breve apresentação prevista nos objetivos da disciplina 
podem-se considerar as características em linhas bastante gerais do referido período. 
Os feudos eram essencialmente unidades territoriais, administradas localmente. 
Tanto a produção quanto o poder político eram administrados de perto a partir de uma 
divisão de poder político que envolvia um senhor feudal, representando religioso e 
político para o feudo/território. A produção era repartida e consumida no próprio feudo, 
não há o objetivo de produção de excedente para o comércio. Excedentes eventuais são 
comercializados e encontram problemas de segurança no transporte tanto dos produtos 
como dos pagamentos. 
Há uma formação de classes sociais. Os nobres são aqueles associados à tomada 
das decisões políticas, o clero representa a organização da questão religiosa da época e 
os militares são a garantia de segurança do feudo (nomeados pelos nobres). Os 
camponeses são a grande maioria da população e são responsáveis pela produção e 
manutenção material dos feudos. Neste sentido, pode-se dizer que as demais classes 
sociais apropriam-se da produção dos camponeses. 
Entretanto, com a reorganização histórica e social, esses trabalhadores braçais 
não são mais escravos, ou seja, não são propriedade do senhor feudal. Eles são servos. 
A relação de servidão é a característica principal do modelo de produção feudal. Há um 
intrincado conjunto de normas e costumas, de padrões morais que organizam a relação 
entre servos e senhores feudais. Não há uma separação entre os fatores produtivos. O 
servo está ligado a terra. Ele tem o direito de produzir no território, mas, em troca de 
produção, deve fornecer à nobreza parte da sua produção. 
Em termos de Economia identifica-se nesse período uma economia agrícola e de 
subsistência. Conforme já foi evidenciado, há uma representação organizada em classes 
sociais. A coesão dessas classes sociais se dá essencialmente pela ideologia da época, 
reconhecida como a Ética Paternalista Cristã. 
Esse ambiente ideológico enxerga o homem rico como um pai, que tem 
obrigação de cuidar dos mais pobres de uma maneira justa. Neste sentido, o camponês 
deve contentar-se com seu posicionamentosocial uma vez que será cuidado pelo senhor 
feudal que recebeu por nascimento sua posição de cuidador daquele território. A relação 
social estabelecida é, então, de servidão e não de escravidão. O trabalho começa a ser 
visto como uma atividade digna, ainda como um castigo, mas como algo socialmente 
necessário. 
O comércio deve ter sempre um preço justo caracterizado pela não obtenção do 
lucro, a ideia do preço justo, mantém o ambiente social feudal. Os pensadores da Idade 
Média estão associados à Igreja como detentora do conhecimento existente na época. 
Santo Agostinho (354 -430) nasceu na África e foi um dos principais pensadores da 
Idade Média, deixando uma vasta biografia. Defendia a obediência a uma ordem 
natural, a percepção de que o Rei estava a serviço da Igreja e mantinha-se indiferente 
em relação às questões políticas. Argumentava que as condições materiais abundantes e 
a riqueza não são necessárias ao ser humano e que o Estado tem finalidade cristã, que 
precisa visar o bem de todos. São Thomas de Aquino (1225-1274) também indicava que 
o sistema feudal era o sistema natural de organização social e condenava abertamente a 
geração e acumulação de riquezas pelos cristãos. Apresentava a Economia atrelada às 
tomadas de decisões morais. Defendia a proibição dos juros (usura), indicando que o 
dinheiro era estéril e deveria ser utilizado apenas como meio de troca. Indicava a 
existência de dois princípios na Economia 
A Idade Média foi um período histórico de grande concentração do poder 
político em indivíduos. Há também a concentração do conhecimento institucionalmente 
na figura da Igreja. O abuso político da condição nobre, bem como as diferenças entre a 
nobreza e os servos, levará posteriormente a uma revolução social. O ambiente político 
europeu é um ambiente fragmentado o poder político é exercido territorialmente de 
maneira privada. 
Um movimento cultural importante do final da Idade Média foram as Cruzadas. 
A partir da motivação religiosa, a sociedade fechada dos feudos tem contato novamente 
com culturas diferenciadas, como novos costumes e com novas organizações sociais. 
Essa expansão territorial, ainda que fracassada em termos militares, tem importância 
definitiva para a transição da Idade Média para a Idade Moderna, caracterizada pela 
expansão marítima e pela difusão do conhecimento científico, estabelecendo inclusive, 
as características do “fazer” científico discutido até hoje. 
O final da Idade Média constitui um ambiente social totalmente diverso daquele 
que deu seu início. Há separação dos ambientes rurais e urbanos, há o desenvolvimento 
de algumas profissões identificadas com os meios urbanos. Ocorre, no meio urbano, a 
formação das corporações de ofícios, entretanto a condenação moral da busca pelo 
lucro, ainda tem efeitos práticos no volume e na intensidade das trocas comerciais. 
A formação das cidades leva a uma aglomeração desordenada, com graves 
problemas de higiene e saúde. A desestruturação definitiva do sistema feudal ocorre a 
partir da situação social caracterizada a partir do crescimento populacional que 
envolveu a disseminação de doenças e culminou com a chamada Peste Negra (difusão 
da peste bubônica na Europa entre 1347 e 1351 que dizimou algo em trono de metade 
da população europeia). 
Estava configurado um cenário que levaria ao novo processo de reprodução da 
sociedade, caracterizado como mercantilismo. 
 
1.2.4 O pensamento mercantilista (1500 – 1770) 
 
O mercantilismo foi o período de transição entre o feudalismo e o capitalismo 
(séculos XV e XVIII), sendo assim pode-se dizer que ele apresenta elementos que 
poderiam ser encontrados no período feudal (como o metalismo) e elementos que 
constituíram o novo modo de produção (como o processo de ascensão socioeconômica). 
A característica mais evidente do período mercantilista é a expansão marítima. 
Esse período foi reconhecido como o período das grandes navegações, foi o 
momento da “descoberta” do continente americano, mais do que isso, definitivamente, 
esse novo continente passa a integrar o modo de reprodução social europeu. 
Com a reorganização política e territorial dos feudos, há a constituição dos 
Estados Absolutistas que realizaram todo o processo de transição de um modo de 
transição para o outro. O poder político exercido pela nobreza, permite que essa seja a 
classe social mais alta do mundo mercantil. O rei distribuía (muitas vezes vendia) títulos 
de nobreza. As classes sociais acabam se tornando mais flexíveis do que nos períodos 
históricos anteriores. Ocorre um importante fluxo entre o poder político e a acumulação 
monetária. 
O processo de acumulação da nobreza se dá a partir da produção social gerada 
por todas as classes sociais (seja pela prestação de serviços nobres e religiosos, seja pela 
cobrança de impostos). 
A intensificação do comércio, como uma atividade cada vez mais importante, 
permite uma separação mais clara em relação a uma divisão do trabalho, cada pessoa, 
especialmente nos ambientes urbanos, tem reconhecido seu papel social específico no 
ambiente de reprodução (algo que posteriormente Adam Smith chamará de Divisão 
Social do Trabalho). Consequência desse reconhecimento social do trabalho, a moeda 
passa a assumir novas funções, além daquela de meio de troca, é também unidade de 
conta e reserva de valor. 
O mercantilismo é um período de muitas transformações sociais. O comércio e a 
difusão da moeda levam a necessidade de busca por produtos mais baratos, que leva a 
explicação econômica para a expansão marítima. A expansão inicia a partir da costa 
africana e descobre o chamado novo mundo, que permitirá a inserção de novos produtos 
e posteriormente novos mercados de consumo (o que consolida o processo de revolução 
industrial e o processo capitalista de produção como algo “global”, porteriormente). 
É um momento histórico marcado pela organização e o fortalecimento da 
administração pública, caracterizado pelo Estado Absolutista. A expansão marítima é 
financiada por nobres e por militares em busca de ascensão social. Esse movimento 
deveria garantir a nobreza e ao Rei um aumento do poder político, via descoberta de 
novas reservas minerais (ouro e prata) ou a partir da possibilidade de apropriação de 
produtos que viabilizassem o acúmulo dos metais preciosos. 
O debate em torno da administração pública envolvia a necessidade de aumento 
da riqueza dos reis e príncipes. Considerando que o elemento caracterizador dessa 
riqueza eram as moedas, fabricadas a partir de metais preciosos, representando um 
elemento finito no ambiente social, um Estado apenas conseguia aumentar sua riqueza, 
a partir da redução da riqueza do outro Estado. 
Essa ideia, bastante desenvolvida por pensadores na época, é a origem da 
discussão em torno de saldos positivos da Balança Comercial (atualmente não mais 
atrelada à quantidade de metal existente na Nação). Isso significa que um país 
conseguiria ter mais metal precioso se vendesse mais do que comprasse, aumentando, 
ou pelo menos conservando, seu volume de metal, o que correspondia à sua riqueza, 
nesta lógica. O conselho dado aos príncipes era, então, o de evitar a saída de metais 
preciosos, bem como a entrada de mercadorias estrangeiras (que exigiram um 
pagamento em moedas de ouro e prata). Ou seja, na linguagem atual, não importar, ou 
importar o mínimo possível. Essa ideia identificada como metalismo, levou a discussões 
sobre a necessidade do Estado Absolutista promover políticas protecionistas bastante 
intervencionistas. 
O período mercantilista é um período de importantes mudanças, nos mais 
diversos sentidos. Há, por exemplo, o fundamental desenvolvimento da imprensa que 
permitea organização de uma série de debates e a divulgação de informações científicas 
que levam a uma verdadeira transformação social. Uma das reformas mais importantes 
está associada à reforma religiosa. Ocorre a Reforma Protestante que contextualiza uma 
série de elementos que permitem o desenvolvimento posterior do processo capitalista de 
produção, reapresentando socialmente, por exemplo, a questão do trabalho como 
elemento valorizado socialmente, apresentando a não condenação dos lucros e admissão 
da cobrança de juros. 
As pessoas descobrem e tem acesso a uma série de novos produtos, aumentando 
seu consumo e a intensidade do comércio em todas as localidades. O fluxo de moeda e a 
transformação das necessidades das pessoas (dos “consumidores”) passa a gerar um 
estímulo importante para a produção e a obtenção de diversos produtos. A expansão 
marítima permite a reorganização das fronteiras, uma alteração no mapa territorial. O 
mundo se transforma. 
O mercantilismo é um período de transição. Um momento histórico em que a 
sociedade passa por uma reestrutura em diversos âmbitos, que começa a reorganizar o 
processo social para a reprodução capitalista. Um elemento importante foi o 
desenvolvimento da imprensa. Entre as mudanças podem ser destacadas: 
i) Culturais – envolvendo uma redescoberta da arte e da cultura como 
ambientes de manifestação popular; 
ii) Científicas – a estruturação e o debate em torno do método científico. O 
movimento iluminista traz “luz” à Idade das Trevas; 
iii) Religiosa – período da reforma e contra-reforma religiosa que permite 
uma reabilitação teológica da vida material. Ou seja, o trabalho manual não é mais um 
castigo e o lucro e a cobrança de juros passa a ser aceitas socialmente; 
iv) Econômicas – Discussão da noção de progresso social, percepção 
referente ao saldo da balança comercial favorável, por exemplo; 
v) Políticas: formação dos Estados Nacionais, menor custo para o aumento 
da segurança e organização das novas instituições; 
vi) Geográficas: expansão e descobertas marítimas, aspectos da acumulação 
primitiva, identificada posteriormente nos escritos marxistas. 
 A estrutura feudal está definitivamente se desarticulando e o processo capitalista 
de produção inicia sua organização. De uma maneira geral, entre os aspectos que podem 
ser identificados no período mercantilista pode-se comentar que neste momento surge o 
debate entre as vantagens e desvantagens de voltar à atividade produtiva para fora 
(exportações) ou para dentro (dinâmica de reprodução social nacional). Há um debate 
interessante entre os consultores dos reis, por exemplo, sobre a importância e a função 
das colônias, que representam uma fonte de riqueza (seja metais ou produtos 
exportáveis) mas não representam a possibilidade de um mercado consumidor. 
O sistema de exploração das colônias (chamado plantaion: grandes propriedades 
de terra, trabalho escravo e produção de uma única atividade agrícola) representam a 
tradução dos interesses econômicos dos países em relação as suas colônias. 
A possibilidade de mobilidade social leva a uma reorganização da estrutura 
produtiva, que será conceituada e definida posteriormente por Adam Smith. O novo 
modelo de produção facilita a especialização gerando aumentos de produtividade e a 
incorporação de novas tecnologias. Dessa forma, é correto evidenciar que esse é o 
período em que se iniciam mudanças na técnica e na organização da produção social 
com significativos aumentos de produtividade. Ocorre p florescimento das manufaturas 
O comércio é estabelecido como a principal atividade social, a atividade que 
permite a acumulação (essencialmente de metais preciosos). As cidades transformam-se 
nos locais mais importantes sob o ponto de vista político e econômico. 
Sob o ponto de vista da teoria econômica discutida posteriormente ao período 
mercantilista, pode-se destacar elementos que integram o debate: o protecionismo, o 
papel ativo da moeda, a discussão sobre o nacionalismo, sobre o tipo e a forma de 
industrialização, por exemplo. 
Como uma etapa de transição o mercantilismo, não pode ser considerado um 
momento, sob o ponto de vista teórico que oposição ao liberalismo e sim um processo 
que leva a constituição do mesmo. 
 
 
 
ATUALIZANDO A DISCUSSÃO 
Por fim, pode-se atentar a uma interpretação que permite a identificação de um 
movimento cíclico em termos de centralização e descentralização do poder político no 
mundo ocidental: 
Grécia e Roma – poder centralizado – Império Greco Romano; 
Idade Média – poder descentralizado – Diversos feudos; 
Mercantilismo – poder centralizado – Estados Absolutistas; 
Liberalismo – poder descentralizado – Nações que se complementam. 
 
Para assistir: 
 
 O Nome da Rosa (1986) 
 O Ponto de Mutação (1991) 
10.000 BC (2008) 
 Paebody & Sherman (2014) 
 
Sugestão de leitura: 
BRUE, capítulo 2 (Pág. 13-32) 
 
Sugestão de leitura complementar: 
EPICURO. Carta sobre a felicidade. São Paulo: Editora UNESP, 2002. 
ARISTÓTELES. Os econômicos. Coimbra: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 
2004. 
SEN, Amartya. Sobre ética e economia. São Paulo: Companhia das Letras. 
2000. 
 
Questões para discussão: 
 
1) Comente algumas ideias de Platão sobre a “cidade possível”. 
2) Qual a visão de Aristóteles sobre o trabalho e a acumulação de riquezas? 
3) Comente o fato: Os romanos desenvolveram o direito romano, uma das bases do 
individualismo econômico contemporâneo. 
4) O que é a chamada “ética paternalista cristã” e qual o seu papel na Idade Média? 
5) Comente sobre a proibição dos empréstimos a juros durante o período da Idade 
Média. Qual a ideologia por trás dessa ideia? Como você imagina que essa 
questão foi superada? 
6) As ideias econômicas, durante a Idade Média, tiveram um caráter prático e 
foram dependentes da moral e da teologia, não se constituindo como teorias 
econômicas independentes ou como escolas do pensamento econômico. Quais 
diferenças você indicaria em relação às atuais teorias econômicas? 
7) O mercantilismo corresponde a uma etapa intermediária da história da 
humanidade, entre o feudalismo e o capitalismo plenamente constituído. Indique 
e contextualize os tipos de mudanças que ocorreram neste período. 
8) Comente sobre a estruturação socioeconômica desta etapa histórica, bem como 
identifique característica que estarão presentes no capitalismo. 
9) O mercantilismo é uma escola do pensamento econômico? Por quê? 
10) Comente o princípio da Balança Comercial Favorável. 
11) Por que o comércio externo poderia enriquecer os reinos e o comércio interno 
não, no pensamento mercantilista?

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