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METODOLOGIA CIENTÍFICA 2015 aula 2

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Unidade 1: 
Introdução à metodologia da pesquisa
1) Metodologia científica	
 2) Breve histórico: cartografia do conhecimento	
 3) Os níveis de conhecimento 	
1) METODOLOGIA CIENTÍFICA
A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a ser utilizado na obtenção do conhecimento. 
É a aplicação do método, por meio de processos e técnicas, que garante a legitimidade científica do saber obtido. 
Pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. 
É a atividade voltada para a solução de problemas através do emprego de processos científicos. 
A metodologia científica baseia-se na apresentação e exame de diretrizes aptas a instrumentar o universitário no que tange ao estudo e ao aprendizado. 
Mas aprender para quê? O que é estudar?
Estudar é o ato metódico, sistemático e objetivo de investigar minuciosamente a realidade. 
Estudamos para compreender e entender as coisas que nos cercam. 
A organização e a sistematização são dois aspectos fundamentais para o bom desenvolvimento do estudo.
O ensino superior, tal qual se consolidou historicamente, na tradição ocidental, visa a atingir três objetivos articulados entre si, 
o primeiro objetivo é a formação de profissionais das diferentes áreas aplicadas, mediante o ensino/aprendizagem de habilidades e competências técnicas; 
2. o segundo objetivo é o da formação do cientista mediante a disponibilização dos métodos e conteúdos de conhecimentos de diversas especialidades de conhecimento, 
3. o terceiro objetivo é aquele referente à formação do cidadão. Na universidade, o conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do estudante, tendo a prática de pesquisa um importante papel no processo de ensino/aprendizagem (SEVERINO, 2007).
O ensino superior promove a formação teórica e garante ao profissional a capacidade de análise e interpretação dos fenômenos específicos no seu campo de conhecimento. 
Há necessidade de que tais metas estejam alicerçadas na pesquisa, como um dos procedimentos de ensino. 
2 - Breve histórico – 
A cartografia do conhecimento 
Como ele era e como está se transformando?
A matemática Grega 
Segundo Tales de Mileto (585 A.C.), Pitágoras (550 A.C.) e Euclides (século II A.C), a Lógica e a Geometria são duas das ciências que alcançam desenvolvimento exemplar na Grécia. Assim começa a real abstração.
Século XV Ciência Moderna
Bacon (1561-1626) formulou a teoria da indução. 
Galileu (1564-1642) demonstrou que a nova ciência constitui-se pela utilização do método lógico-matemático, onde tudo pode ser medido, quantificado e matematizado. 
Descartes (1596-1650) criou o método cartesiano, propôs quatro regras básicas para se chegar à verdade. 
1) Evidenciar 2) Decompor 3) Ordenar 4) Revisar. 
Leis da física 
Em 1687, Isaac Newton publica o livro ‘Princípios Matemáticos da Filosofia Natural’, no qual apresenta as três leis que se tornam, daí para frente, os mandamentos da física.
Grandes Invenções
1800: O italiano Alessandro Volta monta a primeira bateria elétrica.
1804: O inglês Richard Trevithick experimenta uma máquina movida a vapor a partir da qual evoluiu o trem.
1844: O norte americano Samuel Morse faz a primeira transmissão telegráfica entre duas cidades.
1858: O inglês Charles Darwin publica a primeira edição da obra “A origem das espécies”. 
Grandes Invenções
1876: O escocês Alexander Graham Bell inventa o telefone.
1879: A lâmpada incandescente é inventada por Thomas Edison.
1895: O italiano Guglielmo Marconi inventa o rádio. Em Paris, os irmãos Lumiere exibem o primeiro filme em cinema.
1900: O cientista australiano Karl Landsteiner descobre os diferentes tipos sanguíneos (A, B, AB e O).
Leis da física
1905: Albert Einstein formula a teoria da relatividade.
1906: Santos Dumont sobrevoa Paris com seu 14 Bis. 
1927: Werner Heisenberg formulou o princípio da incerteza que consiste num enunciado da mecânica quântica.
1928: O bacteriologista escocês Alexander Fleming descobre a penicilina.
Sigmund Freud - A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. 
O futuro do conhecimento é (será) a educação baseada no computador (ampliando processos de individualização, de realidades virtuais e mudanças rápidas em suas carreiras) necessitando de constantes adaptações. 
O processo de globalização é inevitável e apresenta múltiplas ramificações (ecológicas, econômicas, políticas e sociais). 
A propagação do verdadeiro conhecimento, do que se aprendeu, do que se pensa e do que se vive, para formar uma comunidade humana de entendimento. 
3) Os Níveis do Conhecimento
Conhecer é incorporar um conceito novo, original sobre um fato ou fenômeno qualquer. 
O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, de leituras de livros, dos relacionamentos interpessoais etc.
Níveis do conhecimento existem, pelo menos, quatro níveis de conhecimento fundamentais: 
empírico, 
científico,
 filosófico e
 teológico. 
1 - Conhecimento popular ou empírico (senso comum - saber popular)
O saber popular é a forma de conhecer a realidade em que se vive, age, mora e fala, integrando o homem a seu meio. 
Esse conhecimento do senso comum ou empírico, construído principalmente pelas classes populares, não explica o porquê das coisas. 
O saber popular, também denominado conhecimento empírico, baseado apenas na experiência, não no estudo, é o conhecimento do senso comum, é o modo comum, usual, espontâneo de conhecer. 
É um conhecimento ingênuo por não ser crítico, por não se colocar como problema. 
O saber popular é o conhecimento do povo, um conhecimento sobre os fatos, sem lhes inquirir as causas. 
O saber popular possui as seguintes características: 
Subjetivo: Pode variar de uma pessoa para outra ou de um grupo para outro;
Qualitativo: Acontece a partir do julgamento sobre uma determinada qualidade da coisa em si mesma ou dos fatos que a envolvem.
Heterogêneo: No julgamento atribuímos diferenças, isto é, percebemos as coisas ou os fatos como diversos entre si.
Individualizador: Ao julgarmos pelas qualidades das coisas ou dos fatos, estamos tratando cada um deles de forma individualizada
Generalizador: Individualizamos para termos um parâmetro de generalização e daí transpormos para o geral. Passamos a falar de coisas usando um plural.
2 - Conhecimento científico
Recente na história da humanidade, o conhecimento científico tem apenas trezentos anos, pois surgiu no século XVII com as ideias de Galileu. 
Essa afirmativa, porém não significa que até o século XVII não havia um saber pautado em um método. 
Na Grécia, antes de Cristo, os homens aspiravam a um conhecimento que se distinguisse da magia e do saber comum. 
A Ciência greco-romana e medieval se encontrava vinculada à filosofia e só se separa dela na Idade Moderna, quando adquire método próprio. 
Quando passamos a ter um objeto específico de investigação, aliado a um método pelo qual se fará o controle desse conhecimento temos aí a Ciência moderna. 
O que é CIÊNCIA?
Do latim scientia, conhecimento - um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar; 
conjunto organizado de conhecimentos relativos a determinados fenômenos, especialmente os obtidos através:
 da observação objetiva, 
 da experimentação e 
 de um método que seja adequado e racional.
Características do conhecimento científico
Subjetivo: As conclusões podem ser verificadas por qualquer outro pesquisador que repita o experimento nas mesmas condições
Qualitativo: Busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem ser diferentes.
Apenas o que puder ser quantificado tem condições de ser um conhecimento científico.
Homogêneo: Busca as leis gerais de funcionamento dos fenômenos, que são as mesmas para fatos que nos parecem diferentes
4. Diferenciador: Não generaliza por semelhanças aparentes, mas distingue os que parecem iguais, desde que obedeçam a estruturas diferentes
5. Generalizador: As conclusões podem ser verificadas por qualquer outro pesquisador que repita o experimento nas mesmas condições. 
A diferença entre o senso comum e o conhecimento científico:
 O senso comum permanece em nível das crenças vividas, segundo uma interpretação previamente estabelecida e adotada pelo grupo social. 
O senso comum leva a pensar de forma assistemática, sensitiva e subjetiva, sem atribuir o rigor e a utilização do método científico. 
3 - Conhecimento filosófico
Enquanto as ciências estudam uma parte da realidade sensível, a filosofia questiona todas as coisas, procurando saber: 
sua essência (o que é?), 
sua origem (de onde vem?), 
seu destino (para onde vai?), 
seu sentido (por quê?).
A Filosofia procura compreender a realidade em seu contexto universal. 
Não produz soluções definitivas para grande número de questões, mas habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido da vida, concretamente.
4 - Conhecimento teológico ou religioso
A verdade pode ser encontrada tanto pelo caminho da investigação (nas ciências e na Filosofia), como pelo caminho da revelação e do encontro com o transcendente (típico da experiência religiosa). 
O homem responde à “Revelação de Deus” através da “Fé”. 
A Teologia procura integrar os conhecimentos da razão com os dados da fé. 
Seu método é, pois, caracterizado por esta integração; enquanto que seu objeto de investigação é constituído pelos dados da fé.
O fundamento do conhecimento religioso é a fé. 
Não é preciso ver para crer, e a crença ocorre mesmo que as evidências apontem no sentido contrário. 
As verdades religiosas são registradas em livros sagrados ou são reveladas por seres espirituais, por meio de alguns iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são quase sempre definitivas e não permitem revisões mediante reflexão ou experimentos. 
Portanto, o conhecimento religioso é um conhecimento mítico, dogmático ou ainda espiritual.

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