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Princípios de toxicologia Agente toxico – substancia que quando em contato com o referencial biológico causa serias alterações na homeostasia. Veneno – substancias produzidas por animais para autodefesa e predação. Toxina – substancia que não atua no organismo produtor. Fármaco – substancia química de estrutura definida. Droga – matéria prima de onde são extraídos os fármacos. Toxicidade – capacidade de uma substancia de causar dano ao organismo – DL50 Toxicodinâmica – como uma substancia age do ponto de vista bioq. e molecular. Agentes metemoglobinizantes – o ferro ferroso presente nos anéis pirrolicos do grupo heme da hemoglobina é oxidado a ferro férrico, o que leva a ao comprometimento do aporte de oxigênio aos tecidos com consequente hipóxia, cianose, necrose e morte (dependendo das condições de exposição), a reversão da intoxicação causada por estes agentes é o uso de azul de metileno, que é um agente redutor. – Ex.: anilina, nitritos, nitratos, nitrobenzeno, trinitrotolueno (TNT), nitrozobenzeno, dapsona, etc. Intoxicação – manifestação dos efeitos tóxicos através de sinais e sintomas. Exposição – contato do toxicante com membranas internas ou externas do organismo. – para a exposição causar dano vai depender de: Dose/concentração Tempo/frequência (que podem levar a variação dos efeitos). Via de administração Idiossincrasia Propriedades físico-químicas do toxicante Toxicocinética – relação entre disponibilidade química(dose/concentração) e biodisponibilidade (concentração no sangue) em função do tempo. Absorção – depende do pka do fármaco e ph do meio *reversão de intoxicação por substancias acidas – alcalinização da urina com o uso de bicarbonato de sódio intravenoso, isto a ionoza a substancia o que torna mais fácil a excreção. – Intoxicação por substancias básicas – acidificação da urina com a administração de ácido ascórbico ev. Para saber se uma substancias estará mais ionizada ou na formula molecular dependendo do meio, realiza-se a equação de Handerson-Hasselbach: Ácidos – pKa – pH = log [ñ-ion]/[ion] Bases – pKa – pH = log [ion]q[ñ-ion] Fatores que influenciam a absorção pelo TGI -Microvilosidades – responsáveis por grande absorção -Estado de vacuidade gástrica -Veículos/excipientes do fármaco -Ciclo enterro-hepático -Efeito de primeira passagem -Interações principalmente com alimentos Absorção de substancias químicas no ar – material particulado suspenso (mps) sólido ou liquido. -substancias que possuem diâmetro aerodinâmico maior que 5, ficam retidos na região nasofaringea, e são eliminados por espirros. -substancias entre 5 e 2 de diâmetro aerodinâmico ficam retidas na região traqueobronqueolar, e são eliminadas por tosse. -substancias menores que 1 de diâmetro aerodinâmico alcançam bronquíolos e podem ser absorvidas, representam substancias de importância toxicológicas. Para vapores e gases é avaliada a polaridade Em geral os hidrossolúveis são retidos na via superior área, podem interagir com o filme aquoso das mucosas incluindo os olhos e causar irritação – hidrossolúveis em geral são irritantes locais. Gases lipossolúveis são facilmente absorvidos pelos pulmões, porem o excesso de gases hidrossolúveis também podem ser absorvidos pelos pulmões. Biotransformação – aumento da polaridade de substancias através da adição de grupos funcionais para aumentar a excreção – a biotransformação de compostos também causa alterações na cinética e na dinâmica. -Biotransformação de fase 1 – aumenta a polaridade um pouco. – Citocromo P450(oxidases de função mista) -Biotransformação de fase 2 – aumenta bastante a polaridade – formação de glicouronídeo (DPGA). -A biotransformação pode reduzir(geralmente) ou aumentar a toxicidade de um composto (bioativação) -Fatores que alteram a biotransformação – questões étnicas, espécies, idade, gênero, estado nutricional, estado patológico, indução/inibição enzimática Distribuição -Quando uma substancia tem um baixo volume de distribuição (VD) significa que fica mais tempo no sangue (menor risco de intoxicação), e quando uma substancia tem um alto VD significa que esta rapidamente se difunde para os tecidos, podendo interagir com receptores. – Para as substancias de baixo VD a filtração sanguínea é uma boa opção para reversão de intoxicação. Armazenamento -Quando muito lipossolúvel a substancia tende a se acumular mais nos tecidos podendo ser liberada aos poucos e causar muitos danos. Excreção Como o xenobiótico deixa o organismo – fecal, urinaria, sudorípara, lagrimas, mucosas, leite. – Definir a via de excreção mais significativa é importante para definir a matriz biológica para exames. Toxicodinâmica – mecanismo bioquímico da intoxicação - podem ser específicos ou inespecíficos. - Doxo-tubocuranina (curari) - Benzeno - Glicosídeos cianogenicos (sulfeto de hidrogênio) - Agentes metemoglobinizantes - Dioxinas - Álcool (etanol) - dissulfiram - Tetrodotoxina (baiacu) - Batrocotoxina (sapo Phyllobates aurotaenia) - Aflatoxinas - Dióxido de carbono - Tetracloro de carbono Fase clínica – manifestação do efeito toxico por sinais e sintomas específicos da intoxicação. -O que cada substancia causa e como reverter. -Risco de intoxicação – toxicidade.exposição – probabilidade da ocorrência do dano – quando se manipula materiais de alta toxicidade porém com a paramentação adequada o risco de exposição é muito pequeno, porém quanto maior a toxicidade menor o tempo de exposição necessário para causar dano. Interações químicas -Efeito aditivo – o efeito é a soma de cada componente separado. -Efeito sinérgico – o efeito combinado de duas substancias da muito maior que usadas separadas. -Potenciação – quando uma substancia que não tem efeito tóxico ao ser associada com outro químico o torna mais tóxico. -Antagonismo – quando um químico interfere na ação de outro. Toxicologia dos alimentos -Nutrientes – lipídios, proteínas, carboidratos -Não nutrientes – necessários para característica do alimento – alcaloides, taninos -Anti-nutrientes – reduzem a absorção dos nutrientes -Contaminantes – microrganismos A ingestão de certas coisas possuem um LMP (limite máximo permitido) – mg/kg E a IDA (ingestão diária aceitável) – que determina a quantidade de uma substancia que alguém pode se expor diariamente sem risco de intoxicação – mg/kg Contaminantes presentes nos alimentos -Agentes tóxicos naturalmente presentes -Agentes tóxicos contaminantes diretos -Agentes tóxicos contaminantes indiretos ->Glicosídeos cianogênicos – linamarina, amigdalina – molécula cianidrina, HCN(cianeto)+açúcar – hidrolise ocorre em ph baixo, enzimas betaglicosidases. - goetrogenicos ->Glicosideos tiossianogenicos (glicosinolatos) – a hidrolise da origem a substancias goetrogenicas. ->Glicoalcaloides – alfa solanina, alfa chaconina – teratogênicos ->Oxalato – formam oxalato de cálcio, podem levar a pedra nos rins. ->Nitratos e nitritos – naturalmente nos alimentos, ou adicionadas para conservação – meteboglonizantes e carcinogênicos ->Agentes produtores de flatulência – oligossacarídeos (sacarose, rafinose) ->Carcinogenos químicos – alcaloides pirrolizidinicos, safrol, chá confrei – causam câncer. ->Aflatoxinas – B1,B2,G1,G2 e M1 – Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus. -Zearalenona -Patulina -Ocratoxina (ota) -Esterigmatocistina ->Edulcorantes artificiais -Gras – NaCl, canela, cravo – sem limite -Não Gras – sacarina, aspartame, ciclamto – com IDA ->Bisfenol A – presente em utensílios de plástico – ação estrogênica Toxicologia ocupacional – Dados da ACGIH – NR15 e NR; NR7 -Monitorização ambiental (ambiente de trabalho) -Monitorização biológica – exames periódicos -Vigilância da saúde A monitorização ambiental – LEO (limite de exposição ocupacional) - Tem importância para exposição aguda. ACGIH-TLV-CEILING – teto – A quantidade máxima não pode ser ultrapassada em momento algum – subs com alta toxicidade e baixo limite de exposição. ACGIH-TLV-STEL – concentração que os trabalhadores podem seexpor por 15min até 4 vezes ao dia, com intervalos de 60min. (Limite de exposição a curto prazo) ACGIH-TLV-TWA-TLV – É a concentração média ponderada pelo tempo de exposição para a jornada de 8h/dia, 40h/semana, à qual praticamente todos os trabalhadores podem se expor, repetidamente, sem apresentar efeitos nocivos – exposição crônica. Mesmo com os limites sendo respeitados é necessária a monitorização do trabalhador, que é regulada pelo NR-7 – refere-se a medida de uma subs química inalterada, produto de biotransformação ou alteração bioquímica precoce, encontrado nas matrizes biológicas para estimar os riscos de intoxicação quando comparados com valores referência.
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