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GESTÃO MUNICIPAL NOS ATENDIMENTO ÀS VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA alterado

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DENISE DAYANE MATHIAS RODRIGUES MARTIN MARTINES
GISLAINE PAULABRAGANTIN GIAROLA
GESTÃO MUNICIPAL NOS ATENDIMENTO ÀS VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: COMPARAÇÃO ENTRE O TRABALHO DESENVOLVIDO PELAS PREFEITURAS DE ARAPONGAS E DE ASTORGA
MARINGÁ - PR
2018
DENISE DAYANE MATHIAS RODRIGUES MARTIN MARTINES
GISLAINE PAULABRAGANTIN GIAROLA
GESTÃO MUNICIPAL NOS ATENDIMENTO ÀS VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: COMPARAÇÃO ENTRE O TRABALHO DESENVOLVIDO PELAS PREFEITURAS DE ARAPONGAS E DE ASTORGA
	Trabalho utilizando a Metodologia de Diagnóstico de Situações e Metodologia de Planejamento de Situações, apresentado no Curso de Especialização em Gestão Pública (EAD) da Universidade Estadual de Maringá. Para aprovação na disciplina Planejamento Estratégico Governamental, ministrada pela professora Dra. Neuza Corte de Oliveira.
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO .............................................................…………....................................02
2 - LEI MARIA DA PENHA.................................….................………….............................02
3 -A RESPONSABILIDADE DOS MUNICÍPIOS QUANTO AOS CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA..................................................................................................04
4 -TJPR ASSINA TERMO DE COOPERAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA PATRULHA MARIA DA PENHA.........................................................................................06
5 - PROGRAMA PATRULHA MARIA DA PENHA NO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS………………….........................................................................................…07
6 - MUNICÍPIO DE ASTORGA.................................................…………...........................10
7 -SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE ARAPONGAS E ASTORGA..........12
8 -IDENTIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO - PROBLEMA………………...............................13
9 - APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS A SITUAÇÃO-PROBLEMA....................................14
10- FLUXOGRAMA EXPLICATIVO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA….....…………...15
11- O QUE É PRECISO FAZER PARA MODIFICAR AS CAUSAS QUE DETERMINAM O PROBLEMA?…...............................................................................….17
12- MATRIZ DE RECURSOS…........................…………………………………………...19
13- CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………...…………………………………...….20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA...…..............................…………..................……….21
BIBLIOGRÁFIA.....................................................................................................................22
	INTRODUÇÃO
O presente trabalho é fruto de um estudo realizado que busca mostrar um comparativo entre o trabalho desenvolvido pelas prefeituras de Arapongas e Astorga, nos atendimentos às vítimas de violências Domésticas, no período de janeiro a junho de 2018.
A escolha deste tema surgiu a partir dos índices alarmantes de violência doméstica nestes dois Municípios e da necessidade de um suporte que auxilie na prevenção desse ilícito, bem como no atendimento e encaminhamento das vítimas a programas municipais, tais como atendimento psicológico, concessão de auxílios assistências, encaminhamento a qualificação profissional, abrigamento e suporte jurídico.
Ocorre que nem todos os municípios possuem programas voltados para este fim e as vezes os que possuem não atendem a todas as necessidades de seu público alvo, podendo desencadear uma série de transtornos, tanto para a vítima, como para o município a que faz parte.
O objetivo geral desta pesquisa foi demonstrar, através de um comparativo, quais são as ações de combate, prevenção a esta violência, bemcomodos encaminhamentos assistenciais, jurídicos e psicológicos, tomadas pela Gestão Pública destes entes Municipais, e se foram eficientes para ao menos diminuir tais índices.
Para alcançar esse objetivo, outros específicos se fizeram necessários, como: conceituar a violência doméstica e familiar contra a mulher e identificar os principais tipos de violência praticados contra a população pesquisada, conhecer as dificuldades enfrentadas pelas vítimas desse tipo de violência, contextualizar a Lei Maria da Penha, apresentar medidas preventivas e quais os encaminhamentos realizados pelo gestor municipal nas Cidades de Astorga e Arapongas, as quais possuem realidades municipais diversas, e, ao final, propor estratégias para superação desse problema.
	LEI MARIA DA PENHA
A Lei 11.340 de 07 de agosto de 2006 é popularmente conhecida como Lei Maria da Penha em decorrência da luta de sua idealizadora que foivítimade violência doméstica durante muitos anos.
Esta Lei surgiu da necessidade e dos reclamos de uma vítima de violência doméstica, a qual após sofrer inúmeras agressões, inclusive que lhe causou danos psicológicos e físicos irreparáveis, buscou junto as nações unidas e aos parlamentares que fosse instituída tal lei, pois a violência por ela vivenciada é a realidade de inúmeras mulheres pelo mundo. O nome da Lei foi uma homenagem a sua idealizadora, a farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que durante muitos anos agredida por seu marido, que resultaram em lesões à sua saúde que a tornaram paraplégica.
O processo em favor de Maria da Penha tramitou na justiça brasileira durante quase vinte anos sem que o agressor fosse realmente penalizado. O caso de Maria da Penha começou a ganhar visibilidade quando, em 1994, ela escreveu um livro intitulado “Sobrevivi, posso contar”1SILVA, Rosária Marília da Silva; CARDOSO, Fernanda Simplício.Violência Doméstica:Um estudo sobre a situação psicossocial de mulheres atendidas numa Delegacia de Polícia, em Minas Gerais. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 309, jan./jun. 2017. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/14265>. Acesso em 03 jul.2018.
. O Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL), o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM)aajudaram a levar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998.
No ano de 2001, o Estado brasileiro foi condenado pela OEA por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres., determinando-se entre outras coisas, que houvesse a adoção de políticas públicas voltadas à prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher2BLUME, Bruno. 5 Pontos sobre a Lei Maria da Penha. 2015.Disponível em:http://www.politize.com.br/lei-maria-da-penha-tudo-sobre . Acesso em10 jun. 2018.
, o que motivou o Congresso Nacional a criar um dispositivo legal que fosse voltado para a prevenção e punição da violência doméstica no Brasil, criando-se em 2006 a Lei Maria da Penha, terceira melhor lei contra violência doméstica do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas.
A partir da Lei Maria da Penha, a violência que ocorre no âmbito das relações familiares ou de afeto deixou de ser vista como algo privado e passou a ser considerado um crime passível de punição pelo Estado. Antes do advento da Lei Maria da Penha, os casos de violência doméstica contra a mulher eram considerados pelo Direito Penal ou como crimes de menor potencial ofensivo descrito em legislações extravagantes.
A Lei Maria da Penha atribui significância aos crimes praticados contra a mulher, prevendo medidas de proteção à mulher e punições severas a quem os pratica. Dentre as principais inovações trazidas pela Lei Maria da Penha, tem-se as medidas protetivas e a proibição de penas pecuniárias, anteriormente aplicadas aos casos de violência doméstica praticada contra a mulher.
Conforme previsto na lei, a mulher vítima de violência doméstica possui o direito às Medidas Protetivas de Urgência visando resguardar sua integridade física, psíquica, sexual, patrimonial e moral. Tais medidas estão dispostas nos artigos 22, 23 e 24 da Lei Maria da Penha e são concedidas com base no relato da vítima.
A assistência à mulher vítima de violênciadoméstica é realizada de acordo com as políticas públicas de proteção específicas, as diretrizes da Lei Orgânica de Assistência Social,do Serviço Único de Saúde e Serviço Único de Segurança Pública, além disso, o artigo 29 da Lei Maria da Penha prevê o trabalho de equipe multidisciplinar para atendimento da vítima e avaliação de suas necessidades3SILVA, Rosária Marília da Silva; CARDOSO, Fernanda Simplício.Violência Doméstica:Um estudo sobre a situação psicossocial de mulheres atendidas numa Delegacia de Polícia, em Minas Gerais. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 309, jan./jun. 2017. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/14265>. Acesso em 03 jul. 2018.
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Nas Cidades em que não existam Delegacias da Mulher e/ou Varas especializadas, os crimes desta natureza serão apreciados pelas Delegacias e Varas Criminais.
A necessidade de um amparo efetivo por parte do poder público, principalmente no âmbito municipal é de suma importância, uma vez que, com a criação das Guardas Municipais, geralmente se cria a patrulha “Maria da Penha”, o qual desenvolve um importante e eficaz papel na prevenção e coibição de crimes desta natureza, entre outros.
	A RESPONSABILIDADE DOS MUNICÍPIOS QUANTO AOS CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
A segurança Pública é um dever do poder público, neste ato representada pela União, Estados, Distrito Federal e os municípios. A nossa Constituição Federal de 1988 em seu artigo 144 dispõe:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - Polícia federal;
II - Polícia rodoviária federal;
III - Polícia ferroviária federal;
IV - Polícias civis;
V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.[...]
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei4BRASIL.Constituição Federal. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. acesso em 29 de jun.2018.
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Em decorrência deste mandamento legal, nota-se queos municípios cada vez mais, vemassumindo parte da responsabilidade no que diz respeito a segurança pública e é possível notar essa afirmação quando existe a presença de Guardas Municipais nas Cidades.
De acordo com o Guia de Prevenção do Crime e Da Violência, da Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP:
“Há uma nova realidade quanto à segurança pública no Brasil: os municípios, antes afastados, do debate e das iniciativas na área, estão assumindo, cada vez mais, um conjunto de iniciativas e responsabilidades, seja na formação das Guardas Municipais, seja no desenvolvimento de Programas Municipais de Segurança”5BRASIL.Guia para a Prevenção do Crime e da Violência nos Municípios. 2018. Disponível em: <www.justica.gov.br/Acesso/convenios/anexo-xi-guia-prevencao.pdf>. Acesso em 10 jul. 2018.
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A necessidade de integração e parceria entre todos os Entes Federativos, incluindo os municípios, estão descritos no Art. 8º da Lei Maria da Penha onde em seu caput cita como “políticas públicas” a ação articulada entre a União, Estados e Municípios.
Como o artigo 8º da Lei Maria da Penha cita em seu caput que há a necessidade de instituição, por parte do municípios e demais entes da federação, de políticas públicas, vemos que os municípios passaram a promover ações de cunho assistencialista, educacional e de saúde vinculadas a ações de segurança pública, porém, a maioria dos municípios estão, ainda, se reestruturando, como no caso do Município de Astorga, diferentemente de Arapongas que está alguns estágios à frente, como veremos na sequência.
Nota-se que, embora a guarda municipal possua um poder de polícia, digamos voltados a atuação administrativa, hoje ela vem ganhando força, respeito e espaço na sociedade, pois diante das dificuldades enfrentadas pelos outros órgãos que atuam na segurança pública, aGuarda vem prestando um excelente trabalho e apoio as forças de segurança, coibindo e prevenindo a criminalidade cada vez mais crescente.
Ao município ainda incumbe oferecer atendimento às vítimas de Violência Doméstica, junto as Secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação e ainda realizar encaminhamentos para atendimentos jurídicos, de acordo com a necessidade e com cada caso vivenciado pela vítima.
	TJPR ASSINA TERMO DE COOPERAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA PATRULHA MARIA DA PENHA6PARANÁ.TJPR assina termo de cooperação para implantação da Patrulha Maria da Penha. 2014.Disponívelem: <https://tj-pr.jusbrasil.com.br/noticias/113799589/tjpr-assina-termo-de-cooperacao-para-implantacao-da-patrulha-maria-da-penha>. Acesso em 10 jun. 2018
No dia 08 de março de 2014, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná assinaram um termo de cooperação técnica que define as atribuições do Tribunal de Justiça no Programa Patrulha Maria da Penha, o qual passa a ser desenvolvido pelas Guardas Municipais, sob o acompanhamento dos Municípios e por ser uma ação desenvolvida de forma integrada , esta tem por objetivo minimizar a reincidência das agressões, realizando o acompanhamento das vítimas de modo a prevenir novas ocorrências, sendo realizado periodicamente promovendo uma maior segurança e proteção às mulheres em situação de violência que possuem medidas protetivas de urgência concedidas.
Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná até dezembro de 2017, a Patrulha Maria da Penha já havia sido implantada nas seguintes Comarcas:
	Curitiba – 8 de março de 2014;
	Londrina – 6 de julho de 2015;
	Foz do Iguaçu – 18 de novembro de 2015;
	Toledo – 13 de maio de 2016;
	Arapongas – 9 de maio de 2016;
	Ponta Grossa – 22 de agosto de 2017;
	Sarandi – 23 de agosto de 2017;
	São José dos Pinhais – 20 de novembro de 2017;
	Maringá – 21 de novembro de 2017; e
	Cascavel – 19 de dezembro de 20177PARANÁ.Conheça a Patrulha Maria da Penha.CEVID - Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação De Violência Doméstica e Familiar. 2018.Disponívelem: <https://www.tjpr.jus.br/noticias/-/asset_publisher/9jZB/content/conheca-a-patrulha-maria-da-penha/18319?inheritRedirect=false>. Acesso em 10 jun. 2018.
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O Programa Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, objetiva garantir a efetividade da lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), assegurar o acompanhamento e o atendimento as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que possuem medidas protetivas através de monitoramento com visitas periódicas na residência da vítima, de maneira a reduzir a reincidência e romper o ciclo de violência, atendimento 24 horas a descumprimentos de medidas protetivas, encaminhamentos para atendimento assistencial, psicológico, saúde, Fórum e delegacia de polícia, assim como a garantia de atendimento humanizado observando o respeito aos princípios da dignidade humana, da não discriminação e da não revitimização.
	PROGRAMA PATRULHA MARIA DA PENHA NO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS.
Visando realizar um atendimento humanizado e específico, voltado as necessidades das vítimas de violência doméstica, principalmente para as que possuem medidas protetivas, instituiu-se a patrulha Maria da Penha, onde os guardas municipais passam a realizar visitas periódicas na casa das vítimas, a fim de verificar se o algoz se encontra em cumprimento das medidas, bem como de inibir a ocorrência de novos atos de violência. Além disso, ainda podem realizar o encaminhamento das vítimas para serem atendidas nas secretarias municipais de assistência social, educação e saúde, de acordo com suas necessidades.
A Cidade de Arapongasnão possui uma delegacia especializada no atendimento as vítimas de violência doméstica, apenas possui um setor interno destinado a este público e também não há uma Vara Especializada e única para atendimentos dos casos, sendo estes distribuídos entre as duas Varas Criminais existentes, entretanto,embora informalmente, desde a criação da Guarda Municipal no Município, estes atuam nesta frente, sendo a patrulhadevidamente implantada em 19 de maio de 20168ARAPONGAS.Implantação da Patrulha Maria da Penha. 2016. Disponível em: <https://www.tjpr.jus.br/noticias/-/asset_publisher/9jZB/content/arapongas-implanta-patrulha-maria-da-penha/18319?inheritRedirect=false>. Acesso em 03 jul.2018.
, após os seus executores serem capacitados para realizar atendimentos humanizados.
Segundo dados fornecidos pelo programa Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal de Arapongas, o órgão registrou 853 atendimentos desde sua implantação, em maio de 2016 até maio de 2018 e obteve uma margem de 70% de redução em reincidência e cerca de 60% em prisões decorrentes de descumprimento de decisão judicial/Medidas Protetivas. Comparando os dados fornecidos, nota-se que houve uma redução nonúmerode atendimentos às vítimas de violência doméstica, conforme planilhas:
Atendimentos realizados pela Guarda municipal através do Programa Patrulha Maria da Penha de Janeiro à Maio de 2018.
	Procedimento
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Abril
	Maio
	Total
	Aten.
Realizados
em cada
mês
	18
	26
	58
	13
	19
	134
	Enc: CREAS,
saúde, Fórum
e Delegacia
	03
	03
	03
	0
	0
	09
M.P. -Medida Protetiva/ Enc:Encaminhamentos/Desc:Descumprimento
Atendimentos realizados pela Guarda municipal através do Programa Patrulha Maria da Penha de Janeiro à Dezembro de 2017.
	Procedimento
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Total
	Aten.
Realizados
em cada
mês
	41
	48
	43
	33
	46
	36
	35
	47
	35
	28
	29
	421
	Enc: CREAS,
saúde, Fórum
e Delegacia
	12
	08
	05
	02
	06
	0
	06
	06
	10
	03
	0
	58
M.P. -Medida Protetiva/ Enc:Encaminhamentos/Desc:Descumprimento
Atendimentos realizados pela Guarda municipal através do Programa Patrulha Maria da Penha de Maio à Dezembro de 2016.
	Procedimento
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Total
	Atendimento Realizados em cada
mês
	44
	66
	37
	36
	31
	34
	26
	24
	298
	Enc: CREAS, saúde, Fórum e Delegacia
	08
	06
	12
	07
	08
	07
	0
	10
	59
M.P. -Medida Protetiva/ Enc:Encaminhamentos/Desc:Descumprimento
* Informações repassadas pela Guarda Municipal de Arapongas-PR.
A patrulha Maria da Penha de Arapongas/PR, recentemente passou por uma capacitação que visa oferecer aos munícipes de Arapongas o “botão do Pânico”9PARANÁ.Botão do Pânico. 2018. Disponível em:<http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=97867&tit=Municipios-recebem-orientacao-sobre-uso-do-botao-do-panico>. Acesso em 03 jul.2018.
, ouDispositivo de Segurança Preventiva, que pode ser utilizado por vítimas de violência doméstica, como forma de auxiliar na fiscalização do cumprimento de medidas protetivas pelos agressores. Esse dispositivo é instalado em um aparelho celular da vítima, após a mesma baixar um programa ou aplicativo de celular com esta finalidade e ao ser acessado pela vítima, esta enviaumamensagem ou sinal de que algo não está bem e a Guarda Municipal que gerencia o programa imediatamente recebe a mensagem e destaca uma equipa para se dirigir ao local em que a vítima se encontra.
O dispositivo auxilia na localização da vítima, pois possui um GPS integrado, bem como permite que ocorra gravação de uma conversa num raio de até cinco metros, cujo áudio pode servir de prova documental.
Vitória/ES foi a pioneira na instalação e no uso do dispositivo em 2013 e ele vem sendo instalado e utilizado em diversas cidades do país. Há diversos app de botões do pânico disponíveis, tais como: Click Help, Botoeiras de Emergência Shelter, Sirene Discadora e alguns outros que têm se espalhado por todo território nacional. Quando acionado, devido a um risco de agressão, o equipamento emite um alerta para varas especializadas, vinculadas ao Tribunal de Justiça, para que a vítima seja socorrida.
A Guarda Municipal de Arapongas ainda implantou o projeto SIGA -Programa de Reabilitação para Autores de Violência Doméstica, o qual, através de um termo de cooperação técnica estabelecido entre as 1ª e 2ª Varas Criminais de Arapongas com a Guarda Municipal, firmado em06 de Setembro de 2017, utilizando-se do dispositivo legal constante noartigo 152 da Lei 7.210/84 que estabeleceu que nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juizpoderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação,estabelecendo-se que,através do atendimento aos autores, passe a haver um estimulo no rompimento do ciclo de violência propondo discussões sobre violência doméstica visando contribuir para a equidade de gênero prevenindo a ocorrência de violência contra a mulher.
A participação no projeto é requisito para cumprimento da medida protetiva, podendo o seu descumprimento acarretar em prática do crime de desobediência e levar a consequente regressão da pena.
O projeto visa combater a violência doméstica e familiar, tratando o foco do problema, que muitas vezes é o autor da violência, o qual, muitas vezes não percebe o mal que causou e até se vitimiza com as determinações judiciais impostas acreditando não ser crime os atos cometidos se considerando injustiçado. O Autor, afastado do lar e da família agredida passa a se relaciona com outras mulheres e passa a agredir a atual esposa, transformando-a em nova vítima, assim, o Projeto SIGA visa reabilitar e reeducar o autor da violência doméstica, evitando-se a reincidência e incentivando o rompimento do ciclo da violência doméstica entre vítimas e autores, de maneira que este autor de violência sinta-se responsabilizado por seus atos.
No deferimento da medida protetiva, pode constar a determinação de que o autor da violência deverá ser inserido no programa devendo no prazo de 5 (cinco) dias comparecer ao CAPS AD para agendamento, onde o autor passará por uma triagem com psicólogos em que se verificará se a origem da reação violenta advêm de drogas, álcool, cultura patriarcal machista ou outras patologias e então inicia-se o seu tratamento com profissional especifico através de terapias individuais e em grupo.
	MUNICÍPIO DE ASTORGA
O Município de Astorga, era distrito administrativo de Arapongas, e partir da Lei Estadual nº. 790, de 14 de novembro de 1951, foi criado o município de Astorga, que só foi instalado oficialmente em 14 de dezembro de 1952, sendo desmembrado de Arapongas.
Astorga, é um município que conta com quase 25 mil habitantes. Este pequeno município é um dos muitos que ainda não dispõe de Juizados e Delegacias Especializadas noAtendimento à Mulher, portanto os crimes contra a violência doméstica, ainda são julgados pelas Varas Criminais.
A Delegacia de Polícia Civil de Astorga, é o órgão responsável pelo registro da queixa, a instauração dos Inquéritos Policiais, de violência doméstica/Lei Maria da Penha, e seu encaminhamento à instituição judiciária, neste caso a Vara Criminal no Fórum de Astorga
O Boletim de Ocorrência é composto por um formulário, contendo entre outros, os dados como: nome, endereço, telefone, idade, estado civil, número de filhos, raça, escolaridade, profissão, vínculo com o agressor e um resumo do acontecimento dos fatos.
A organização dos dados da população feminina supostamente vítima de violência doméstica atendida na Delegacia foi feita por meio de anotações em planilhas elaborada pela escrivã de Polícia.
Durante o período pesquisado, isto é, de janeiro a junho/2018, foram registrados cerca de180Boletins de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Astorga, os quais referiam-se a queixas de violência doméstica contra mulher, compreendendo os crimes de injuria, ameaça, difamação, calunia, lesão corporal, vias de fato, feminicídio (tentada ou consumada) e descumprimento de decisão judicial, referente a medida protetiva, contrapondo-se ao registrado na Cidade de Arapongas que possui cerca de 350 boletins de Ocorrência registrados desde Janeiro a junho de 2018, consideram que sua populaçãoseja de cerca de 125 mil habitantes somada à população da Cidade de Sabáudia que é atendida pela delegacia e Fórum de Arapongas.
Dentre os registros de ocorrência relacionados à violência doméstica, esses 350 Boletins foram resultantes da denúncia realizada diretamente ao órgão policial (Policia Militar, Policia Civil e Guarda Municipal).
Ressalta-se que a violência não escolhe classe, gênero, condição financeira ou religiosidade, onde levantou-se que as vítimas atendidas nas Delegacia de Polícia do Município de Astorga ou de Arapongas, possuem idades que variam entre 14 anos a de 75 anos de idade.Dentre as mulheres vítimas de violência doméstica que acionaram a Delegacia de Polícia no período pesquisado e que informaram seu estado civil, 20% disseram ser solteiras, 15% casadas e 40% declararam união estável. Ressalta-se que em 25% dos Boletins não constavam essa informação. O mesmo ocorreu com a informação sobre presença de filhos, em que 61% dos boletins não apresentavam esse dado. Dos que apresentaram a informação sobre número defilhos, revelaramque 27% das mulheres possuíam de um a dois filhos, enquanto 9% de dois a três filhos e somente 3% possuíam de três a quatro filhos (não temos esses dados).
O perfil de mulheres que registraram queixa na Delegacia de Polícia que serviu como campo desta pesquisa revelou-se variável, embora tenha predominado demandas provenientes de mulheres jovens adultas, mães, com renda mínima e escolaridade básica. As regiões da cidade de onde elas provêm apresentam fatores de vulnerabilidade social, como pobreza, falta de saneamento básico e desemprego. A maioria dos boletins de ocorrência averiguados apresentou informações de que a violência foi praticada no âmbito conjugal.
Diante da complexidade da violência doméstica contra a mulher e apesar da Lei Maria da Penha prever punição ao agressor, é importante o investimento em políticas preventivas que atuem no combate à desigualdade entre homens e mulheres, visando construir uma nação mais igualitária e menos violenta além da criação, fornecimento e aplicação depolíticasassistencialistas.
	SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE ARAPONGAS E ASTORGA
As secretarias de Assistência Social dos Municípios de Arapongas e Astorga possuem em comum os mesmos objetivos, os quais são, promover a inserção, prevenção, promoção e proteção das vítimas de violência doméstica que se encontrem em condições de vulnerabilidade, desvantagens pessoais e situações circunstanciais e conjunturais, desenvolvendo, assim, a Política de Proteção Social, coordenar a execução de políticas que possibilitem aumento de emprego e renda à estas vítimas através de mão de obra e integração empresa/escola, garantir e regulamentar a implementação de serviços e programas de proteção social básica e especial a fim de prevenir e reverter situações de vulnerabilidade, riscos sociais e desvantagens pessoais, bem como prestar atendimentomultidisciplinar aos autores de violência doméstica e de suas vítimas.
Na maioria dos atendimentos realizados pela secretaria de assistência social, eles atuam em conjunto com a secretaria de saúde destinando atendimentos psicológicos e encaminhamentos médicos para em alguns casos os envolvidos passem a ser medicados, seja para depressão, situação de dependência química, entre outras. APolítica de Assistência Social é inscrita na CF/88 pelo artigo 203:
Art.203 A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.10BRASIL.Constituição Federal. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. acesso em 29 jun.2018.
Em Astorga não há os mesmos projetos assistenciais mencionados como existentes na Cidade de Arapongas, porém, a vítima e o seu algoz são encaminhados pela Vara Criminal para serem atendidos pela secretaria de Assistência social que inicialmente verifica as condições de vulnerabilidade da vítima e suas necessidades e realiza os encaminhamentos aos CRAS – Centro de Referência em Assistência Social a fim de que possa ser inserida em programas assistenciais governamentais, para poder receber algum benefício, como bolsa família, possibilitando a ela que rompa os laços de dependência econômica com seu algoz.
O CRAS, após realizar um estudo sobre as condições sociais e psicológicas da vitima, demonstrando que esta vive em situação de vulnerabilidade e risco social, decorrente de vínculos fragilizados, pobreza, privação por ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros, inscreve-as em um dos programas de transferência de renda e dos benefícios assistenciais existentes e encaminha ao CREAS - Centros de Referência Especializado de Assistência Social, que por meio dos serviços que desenvolvem, promovem ou articulam, desenvolvem ações de inclusão e proteção social a indivíduos e/ou famílias que se encontram em situações de violação de direitos e de violência expressos em maus-tratos, negligência, abandono, discriminações, dentre outras, resgatando vínculos familiares e sociais rompidos, apoiando a construção e/ou reconstrução de projetos pessoais e sociais.
Há comarcas, onde existem universidades com cursos de Direito e Psicologia, que realizam parcerias e convênios e através da secretaria de assistência social, encaminham asvítimasde violência doméstica para receberem atendimentos jurídicos, as quais passam a ter orientações e auxilio em casos de pensão alimentícia para elas e para os dependentes dos agressores, bem como em casos de separação e divórcios ou mesmo de reconhecimento de paternidade, além de acompanhamento psicológico e realizarem um resgate da autoestima dessas vítimas. 
	IDENTIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA.
	
A violência doméstica é um problema social que tem de ser combatido por todas as esferas do poder público, que em conjunto e dentro de suas competências deve desenvolver mecanismos de prevenção e combate a sua prática, bem como deve instituir políticas públicas de promoção do bem estar, resgate e valorização das vítimas e no âmbito municipal deve-se implementar tais políticas, tendo gestor público municipal uma grande responsabilidade e dever no atendimento à este resgate humanitário e social da mulher.
De acordo com o preconizado na Lei 13.022 de 08 de agosto de 2014, a qual instituiu o Estatuto Geral das Guardas Municipais, a criação da Guarda e de iniciativa do chefe do Poder Executivo municipal e em seu artigo 7º, subentende-se que há a necessidade de pelo menos 50 mil habitantes, o que não existe na Cidade de Astorga, que, como já mencionado, possui cerca de 25 mil habitantes, tornando inviável a sua criação, uma vez que o seu efetivo se forma de acordo com a quantidade de habitantes, senão vejamos:
Art. 7oAs guardas municipais não poderão ter efetivo superior a:
I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; [...].11BRASIL. Lei nº 13.022, de 08 de agosto de 2014.Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13022.htm>.acesso em 29 jun. 2018.
Há projetos de Lei no Senado e congresso propondo a obrigatoriedade da criação da Guarda Municipal em todos os Municípios doPaís, mas para isso ocorrer seria preciso que a Constituição Federal, explicitamente, determinasse que os municípios deveriam constituir guardas municipais ou que houvesse uma Emenda à Constituição, mas enquanto isto não ocorre, a “obrigatoriedade” é apenas aos municípios com mais de 50 mil habitantes.
	APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS A SITUAÇÃO-PROBLEMA
Porque o Município de Astorga não cria a Guarda Municipal, como a existente em Arapongas, voltado ao atendimento de vítimas de violência doméstica em conjunto com o Judiciário e com a área de segurança pública? 
Nos municípios de Arapongas e Astorga não possuem casas de acolhimento e a situação de Astorga ainda é mais complicada por não possuir um ente de segurança pública, talcomo a GuardaMunicipal para prevenir e coibir aspráticasviolentas no seio familiar, onde as vítimas acabam tendo apenas a sua disposição os atendimentos das policias judiciárias (policia Civil) nos pedidos de medidas protetivas e da repressiva (policia Militar) situações de violência em curso.
Acredita-se que a maior dificuldade de Astorga resida no fato de que a população seja pequena e os recursos financeiros destinados a tal finalidade sejam mínimos e a demanda ainda se encontram crescente, mas não o suficiente, para que seja instalada a Guarda Municipal e consequentemente os programas desenvolvidos, tal como ocorre em Arapongas.
A obrigatoriedade ao atendimento requisito ao número de habitantes se justifica devido ao fato de que a Guarda necessita de uma infraestrutura condizente, como um local para se instalar, veículos automotores, armamento e insumos, uniformes, cães farejadores, equipamentos, como coletes, capacitação, itens de alto custo, cujo custeio dependerá muitas vezes da arrecadação municipal.
Assim o prefeito não depende apenas de sua vontade em criar a Guarda que o auxiliara na segurança municipal, deve ele atender aos dispositivos legais e ainda buscar recursos para complementar as necessidades da nova instituição a ser gerida pelo município.
Ator:GOVERNO MUNICIPAL DE ASTORGA
Problema:Os impactos no município de Astorga em decorrência da inexistência da Guarda Municipal quanto ao atendimento e encaminhamento de vítimas de Violência Doméstica em 2018?
Descrição (descritor): Impacto gerado nasvítimasque não receberam atendimento nasesferasde competência Municipal (saúde, segurança pública e assistência social) decorrentes da falta de assistência da Guarda Municipal em 2018.
	FLUXOGRAMA EXPLICATIVO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
Como no Município de Astorga não há programas específicos e exclusivos voltados ao atendimento de mulheres em situação de violência Doméstica, tal fato acarreta enormes prejuízos as vítimas, as quais já se encontram em situação de vulnerabilidade e temendo que aviolência sofrida venha a ocorrer novamente e com maior intensidade, colocando sua vida em risco iminente, muitas vítimas ficam exposta as novas atrocidades que podem ser praticadas por seu agressor.
Ademais, como a vítima não possui segurança ao saber que não terá um acompanhamento capaz de inibir ou prevenir novas violências, estas acabam se sujeitando ao agressor e retornam ao convívio conjugal e ainda desistem de prosseguir com a demanda judicial em desfavor do seu algoz, iniciando-se um novo ciclo de violência, pois como vimos, o agressor se julga dono da mulher, a qual ele considera seu objeto.
Local:Município de Astorga
Problema: Os impactos no município de Astorga em decorrência da inexistência da Guarda Municipal quanto ao atendimento e encaminhamento de vítimas de Violência Doméstica em 2018?
Ator que planeja: PREFEITO MUNICIPAL DE ASTORGA
Em arapongas utiliza-se o seguinte fluxograma de atendimento àvítimadeViolênciaDomésticapela rede integrada (PM, PC, GM, prefeitura e TJPR), o qual pode servir de modelo ao Município de Astorga na instalação de umaentidade voltada para este fim:
Fluxograma de Atendimento realizado pela Guarda Municipal de Arapongas
	O QUE É PRECISO FAZER PARA MODIFICAR AS CAUSAS QUE DETERMINAM O PROBLEMA?
Vimos que a população feminina vitimizada pela violência doméstica no município de Astorga não possuem todos os atendimentos necessários e resguardados por direito atendidos, entretanto, em decorrência de fatos, cujas as ações não dependem única e exclusivamente do gestor municipal, diga-se, Prefeito, tais como a impossibilidade legal da não instalação da Guarda Municipal como órgão auxiliar na prevenção e coibição da violência familiar, cabe ao gestor aperfeiçoar os atendimentos existentes, tais como os unicamente desenvolvidos na área assistencialista e estabelecer uma parceria com o Judiciário de modo a direcionar atendimentos aos encaminhamentos à serem realizados pela Vara Criminal das vítimas, designando funcionários, preferencialmente do sexo femininopara tal acolhimento, fornecendo subsídios para que as vítimascriem laços de confiança e realizem o resgate da cidadania perdida em decorrência da violência.
Uma alternativa para minimizar as aflições vivenciadas pela vítimaenquanto inexiste a atuação da Guarda Municipalé instalar no Município de Astorga um setor como o existente nomunicípio de Londrina, chamado CAM - Centro de Atendimento à Mulher. OCAM existedesde 1993e oferece atendimento psicossocial e orientação jurídica a mulheres em situação de violência física, sexual, psicológica, moral e patrimonial e ainda possibilita o acolhimento da vítima em casas de apoio, visando impedir que essas vítimas tenham suas vidas ceifadas porseu algoz.
O trabalho desenvolvido no local é em Rede, sendo que o CAM mantém uma série de parcerias, possibilitando um trabalho integrado com órgãos como o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, a Delegacia da Mulher, CREAS III, Secretarias Municipais, Conselho Tutelar, entre outros, já que o município possui órgão voltados as vítimas de violência doméstica. O CAM coordena e executa capacitações de agentes públicos e desenvolve campanhas e ações de caráter preventivo, direcionados a comunidade em geral.
PLANO ESTRATÉGICO:
A PREFEITURA MUNICIPAL DEVE CRIAR E ESTRUTURAR UM CAM - CENTRO DE ATENDIMENTO A MULHER CONVENIADA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ
OPERAÇÕES/AÇÕES:
OP1:Realizar o Acolhimento das vítimas de violência Domésticaem casas de apoiodisponibilizadas pelo Município de Astorga;
OP2: Esclarecer as vítimas sobre seus direitos legais;
OP3:Fornecer atendimento psicossocialeorientação jurídica a mulheres em situação de violência física, sexual, psicológica, moral e patrimonial;
OP4:Promover a capacitação dos envolvidos na rede de enfrentamento à violência doméstica em conjunto com os membros doMinistério Público, Judiciário, Delegacias de Polícia locais, PolíciaMilitar,CRAS, CREASecom osServiços de Saúde, Conselho Tutelar;
OP5:Estimular a criação pelos órgãos de segurança pública de um Programa de"Celular de Socorro"ou botão do pânico, para as vítimas em situação degrave risco, de forma que possam rapidamente contatar a Polícia Militar em caso de suspeita de iminente ataque pelo suposto autor.
Ter este modelo como uma forma de garantir os direitos das vítimas de violência familiar seria uma forma de amenizar o sofrimento daquelas cumprir a legislação protetiva vigente e resgata-las socialmente para se restabelecerem enquanto ser e pessoa humana.
	MATRIZ DE RECURSOS
Diante doexposto, verificamosque o Município deArapongas, após instituir a Patrulha Maria da penha, onde os guardas municipais realizam visitas periódicas às vítimas, afim de verificar se o algoz se encontra em cumprimentos das medidas, bem como na inibição de novos atos de violência, com esta medida houve uma redução de 70% de reincidências.
Sabendo da impossibilidade do Município de Astorga, na criação da Guarda Municipal, para o combate da violência doméstica, este deverá criar estratégias de prevenção.
As estratégias de prevenção devem, em primeiro lugar, proteger a segurança e o bem-estar da vítima e dos que estão em risco.
Mas para isto é necessário traçar um projeto a curto e a longo prazo. A curto prazo, o Município de Astorga dá apoio a vítima, através de atendimentos realizados pela secretaria de assistência social, o qual atua em conjunto com a secretaria de saúde, onde realizam atendimentos psicológicos e quando necessário as vítimas são encaminhadas para médicos especialistas.
Mais, para que possamos combater a violência doméstica, é necessário uma ação detalhada e conjunta com diversos setores como saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social, entre outros,assim como é o trabalho desenvolvido no Município de Londrina através doCentro de Referência e Atendimento à Mulher, onde através de parceriasdesenvolve campanhas e ações de caráter preventivo,direcionados a comunidade em geral.
	RECURSOS
	RESULTADOS / OBJETIVOS
	PRODUTOS/METAS
	RESPONSÁVEIS
	PRAZOS
	
Cognitivo
	Desenvolvimento de Campanhas; Divulgação de ações municipais no enfrentamento de violência doméstica;
	
Prevenção da violência doméstica
	
Conscientização da sociedade ao enfrentamento da violência doméstica;
	
Ação conjunta das secretarias de
saúde, segurança pública, justiça, educação e assistência social,
	
2 anos
	
Organizativos
	Salas para atendimento às vitimas;
	Encaminhamento para médicos especializados quando houver necessidade.
	
	
	
	
	Econômicos
	Capacitação de profissionais para atendimento as vitimas de violência doméstica;
	Materiais de divulgação das ações de combate contra a violência.
	
	
	
	
	CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS
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PARANÁ.TJPR assina termo de cooperação para implantação da Patrulha Maria da Penha. 2014.Disponível em: <https://tj-pr.jusbrasil.com.br/noticias/113799589/tjpr-assina-termo-de-cooperacao-para-implantacao-da-patrulha-maria-da-penha>. Acesso em 10 jun. 2018
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