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A Sociologia e suas Aplicações

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FACULDADES DOCTUM
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DE JUIZ DE FORA
CURSO DE DIREITO
2º PERÍODO
DISCIPLINA SOCIOLOGIA JURÍDICA
PROFESSOR DEO PIMENTA
Leonardo Campos Arcoverde Neves
Introdução
 O objetivo precípuo deste trabalho acadêmico é, antes de tudo, dissecar o conceito de sociologia, mas, sobretudo de analisar o que ela pretende alcançar através dos seus estudos e pesquisas.
 Ao abordarmos a ciência sociológica, deparamo-nos com inúmeras indagações acerca da sua real aplicabilidade, nesse sentido podem surgir algumas interrogações, tais como: para que serve a sociologia? Qual é o seu objeto ou objetivo de estudo? Ela é eficaz em seu âmbito de atuação e pesquisa? Como ela pode ajudar-nos como pessoas? 
 Tal ocorrência, num primeiro momento é totalmente natural, posto que tal ciência não é com frequência um estudo propenso e difundido a todos, ou seja, o seu campo de disseminação, fatalmente, está voltado e restrito ao mundo acadêmico.
 Na maioria esmagadora das vezes nada se sabe sobre a sociologia, quando muito, uma pequena parcela de pessoas já ouviu falar. E aí percebem que ela está conectada às relações sociais, aos grupos e às sociedades de forma bem genérica, nada mais além disso.
Aspectos gerais sociológicos
 O primeiro passo e um dos mais importantes ao se estudar a sociologia é não se atentar apenas ao seu significado ¨stricto senso¨. Entretanto, faz-se necessário desvencilhar-se do natural, para assim conseguir enxergá-la além do senso comum. 
 A sociologia é uma ciência fascinante, uma vez que o seu objeto de apreciação é o homem enquanto envolvido em suas relações sociais e o seu objetivo é analisar o comportamento dos diversos e inquietantes grupos e sociedades.
 Os aspectos sociológicos, certamente, estão focados além de um olhar simplista e de um ato corriqueiro dentro de uma determinada sociedade. Não é apenas este o seu propósito fundamental de análise. A sua eficaz aplicação, fundamenta-se em situações diversas, complexas e globais, nas quais os seres humanos estejam inseridos.
 Partindo-se de uma ideia bem propedêutica das “relações sociais”, as quais são objeto de estudo da sociologia, imaginemos que uma situação individual volitiva ou mesmo entre pequenos grupos, tomem proporções e dimensões mastodônticas. As quais passarão a interferir na sociedade como um todo.
 Como exemplo, pensemos nas relações conjugais entre pessoas do mesmo sexo. Assunto este tão discutido em todas as esferas e classes pelo mundo.
 De um lado desse embate há uma forte corrente progressista que aprova tal conduta como sendo parte natural da construção social de um Estado.
 Vejamos a fundamentação teórica das partes:
 O argumento dos progressistas, pauta-se na fundamentalidade de um dos direitos constitucionais mais badalados nos tempos de hoje, a igualdade. Princípio este que é o divisor de águas da maioria dos ordenamentos jurídicos de um país. No art. 5º da Constituição Federal, lê-se: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”.
 Entretanto, não tão somente este que está sob à égide da lei, como também, não menos importante o direito às diferenças, ao respeito, a não discriminação seja por gênero, credo, situação social ou econômica, bem como reza a nossa cartilha constitucional amparada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 Visto o primeiro argumento, analisemos o dos tradicionalistas.
 Eles se valem também da Constituição federal, relatando que a decisão tomada pela suprema corte brasileira feriu a nossa lei maior, quando se deliberou entre os ministros do Superior Tribunal Federal e decidiram por unanimidade por uma reinterpretação do art. 226 parágrafo 3º da CF que diz: para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
 Para os conservadores, tal decisão foi uma afronta a nossa lei, posto que, na visão destes, não há nenhuma lacuna semântica que permita tal interpretação do referido art., portanto esse fato não seria correto, pois há um desvio técnico na leitura formal e literal da lei. Ela bem diz, “a união entre homem e mulher”.
 Bom, divergências a parte, analisemos com um olhar sociológico a questão aqui apresentada. Ela não é simples, ao contrário é por demais complexa e difícil de compreender, no entanto é perceptível que o comportamento de uma parcela da sociedade tida como minoria de um Estado como o Brasil, pressionou a estrutura política, em especial o judiciário, a fim de que ele se mobilizasse em função de atender aos interesses destas pessoas, uma vez que a dimensão deste fato tomou proporções vultosas, não afetando somente a eles, mas, de certa forma, toda uma nação.
 Como nossos avôs ou nossos pais se posicionariam ante a questão em voga? É um caso a se pensar! Como nós enxergamos esse embate e de qual lado tendemos a ficar? Tal episódio te afetou ou para você tanto faz?
 Nesse sentido, percebemos claramente que as relações em geral, embora partam de grupos minoritários, mas que tomam proporções mais amplas, não afetam apenas tais minorias e sim toda uma estrutura política de um Estado.
Conclusão
Em suma, um caso como este é um prato cheio para a investigação da sociologia, cujo maior desafio, não é apenas a dialética das diversas opções culturais, sexuais, sociais, religiosas e econômicas das redes de relações humanas, mas sim uma auto-concientização, porquanto não há profissão mais desafiadora que esta, pelo simples fato de estudar e refletir sobre si próprio, o que chamamos na sociologia de auto-conhecimento e auto-análise.
 Provavelmente, não haverá algo mais profundo e complexo do que o estudo sociológico, já que se ele nos estuda e nos investiga enquanto seres humanos envolvidos em relações sociais e pari passu se auto-avalia nessas mesmas circunstâncias. 
É de se valorizar tal ofício e ciência, pois está com a mais complicada e desafiadora missão nas mãos... estudar a razões e as hipóteses que define cada um de nós como seres únicos e pensantes.

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