elabore uma ficha-perfil (avatar) - AVA2 _UVA

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
DANIELLE PIRES DA SILVA CARVALHO
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA
ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 4
Rio de Janeiro
2018
Inspirado no texto dos PCN de história, observe atentamente a imagem acima. Após ter feito isso, elabore uma ficha-perfil (avatar) para cada uma das figuras acima. Trata-se de uma atividade imaginativa, portanto seja criativo. Aproveite as dicas abaixo:
Crie um nome para cada um deles. Se desejar, pode também imaginar suas idades.
Pense neles como seus alunos de história.
Prepare um parágrafo com o perfil de cada um.
Crie uma pequena lista de singularidades. Como é cada um deles?
Qual a origem cultural de cada uma das figuras? De que região da localidade da sua escola eles vêm?
Eles possuem religiões diferentes ou nenhuma religião? Defina isso.
Hábitos, costumes e comportamentos: você conhece as famílias de cada um?
Após completar a ficha, descreva como as singularidades de cada um deles pode contribuir para a integração da turminha.
Figura 1 – Lucas 
Lucas é um menino de 7 anos muito inteligente, porém muito tímido. Quando necessita dar sua opinião nas atividades em grupo, sua voz sai baixa e sempre coloca a mão na boca. Apesar da timidez, relaciona-se muito bem com os colegas, é amigo, demonstrando muita consideração por todos. Lucas demonstra ser uma criança calma e não costuma entrar em conflitos com seus colegas. Os pais do Lucas faleceram em um acidente de carro quando ele ainda era bebê, por este motivo vive com seus avós maternos, no Itanhangá, bem próximo a escola. Lucas traz sempre um terço pendurado ao seu pescoço, demonstrando ser católico. Os avós de Lucas são muito participativos na sua vida escolar. Sempre comparecem nas reuniões de classe e festividades da escola. 
Figura 2 – Rafael
Rafael tem 8 anos. É uma criança muito participativa, mas que tem muita dificuldade em aceitar e compreender as solicitações dos adultos. Em certos momentos demonstra sua frustação com agressividade e com xingamentos. É curioso, gosta de entender as coisas e de expressar sua opinião. Em grupo, é impaciente e autoritário, o que gera inúmeros conflitos com a turma. Seus pais são separados e ele vive com a mãe na comunidade Morro do Banco próxima a escola. É aluno bolsista, seu pai é inspetor dos alunos do ensino médio. Sua mãe não costuma participar da vida escolar do Raphael. Essa responsabilidade fica a cargo do seu pai. Raphael gosta muito de instrumentos musicais e diz que toca bateria na igreja. Raphael frequenta a Igreja Evangélica da comunidade.
Figura 3 – Sophia
Sophia é uma menina de 7 anos. É uma criança muito ativa e dinâmica. Gosta muito de brincar com os amigos e dá preferência para brincar com os meninos nos piques e partidas de futebol. É uma criança muito competitiva que tem dificuldades de aceitar a derrota nas brincadeiras. Gosta de liderar as brincadeiras, porém, é uma criança sociável que consegue fazer amizade facilmente e conquistar os colegas. O pai da Sophia é bem ausente da escola pois, na sua profissão, precisa viajar bastante com a equipe de vôlei. O pai da Sophia é treinador profissional. A mãe de Sophia não participa das reuniões escolares. A família da Sophia não possui religião. 
Figura 4 – Caleb
Caleb tem 7 anos. É um menino muito criativo e amável. Demonstra muito respeito aos adultos da escola. Gosta bastante de se divertir com seus colegas e sempre os trata com carinho e compreensão. Adora trazer os livros que ganha dos seus pais para a escola demonstrando um hábito de leitura que sua família tem. Seus pais são comerciantes e possuem uma loja no bairro Barra da Tijuca, dentro de um shopping. Sua família é bem extensa, Caleb tem 3 irmãos. Seus avós são de Israel, mas moram no Rio de Janeiro há bastante tempo. Sua família segue a religião do judaísmo, por isso ele não comparece na escola nos feriados judaicos. 
Figura 5 – Pedro 
Pedro tem 7 anos. É um menino alegre e bem-disposto. Ele não é do Rio de Janeiro. Seu pai foi promovido na empresa ocupando um cargo executivo e precisou ser transferido de Salvador, sua cidade natal, para o Rio de Janeiro. Raphael mora com sua família na orla da Barra da Tijuca. Por ser de outro estado, algumas palavras não são entendidas de imediato pelos colegas. As vezes fica chateado com a turma que ri do seu sotaque. Nestes momentos demonstra insegurança e se afasta do seu grupo. Pedro já comentou algumas vezes sobre Iemanjá e sobre a festa da Lavagem do Bomfim, gerando muita curiosidade entre seus colegas de classe. 
De acordo com os objetivos gerais do PCN de história para o ensino fundamental os alunos devem estar preparados para entender a sua realidade e para que isso aconteça é necessário “conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles”, (Parâmetros curriculares nacionais : história, geografia, 1997) como também, “valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia.” (Parâmetros curriculares nacionais : história, geografia, 1997)
O universo escolar apresenta um ambiente multicultural onde é possível encontrar costumes variados oriundos de uma miscigenação cultural. 
O simples fato de os alunos serem provenientes de diferentes famílias, diferentes origens, assim como cada professor ter, ele próprio, uma origem pessoal, e os outros auxiliares do trabalho escolar terem também, cada qual, diferentes histórias, permite desenvolver uma experiência de interação “entre diferentes”, na qual cada um aprende e cada um ensina. O convívio, aqui, é explicitação de aprendizagem a cada momento: o que um gosta e o outro não, o que um aprecia e o outro, talvez, despreze.
(Parâmetros curriculares nacionais : pluralidade cultural, orientação sexual, 1997)
Dentro do trabalho proposto, podemos perceber, na constituição desse grupo, uma grande pluralidade cultural onde temos uma forte cultura afrodescendente, outra com características judias. Apresentam-se também, neste grupo, variados tipos de núcleos familiares e classes sociais. Essas singularidades podem ser a ponte para trabalhar temas como a identidade individual e a identidade da turma, os gostos individuais e o respeito pelo preferência dos outros, além de permitir trabalhar com os mais variados conteúdos do tema transversal dos PCNs de “Pluralidade Cultural” como por exemplo os tipos de família, os hábitos familiares, as relações de amizade, os espaços de vivência comum e os espaços de vivência particular, os tipos de moradias, os povos nativos do Brasil, a cultura afrodescendente, a cultura indígena, etc, sempre aproveitando os referenciais dos alunos, de maneira lúdica através de jogos, da literatura, da música, de esportes, e de produções artísticas.
Reconhecendo essa pluralidade cultural em sala de aula valorizamos as particularidades étnicas e culturais e, tomando por base os saberes, a realidade de vida e experiências dos alunos conseguimos construir conhecimentos significativos que os farão entender essas diversidades, transformando-os em cidadãos críticos, respeitando as individualidades em todos os âmbitos da sociedade.