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A proposta pedagógica deste trabalho é juntar informações para analisar a situação em que uma nova variante linguística

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A proposta pedagógica deste trabalho é juntar informações para analisar a situação em que uma nova variante linguística, o “internetês”, surge e modifica a forma de texto escrito.
Com o advento dos provedores da internet, surgem vários softwares em que os usuários podem e comunicar entre si. A partir disso, começa a se desenvolver uma linguagem a fim de se adequar com a instantaneidade e dinamismo os quais as redes sociais e salas de bate papo proporcionam. O internetês se desenvolve com força total e com ela opiniões diferentes acerca o seu uso, se denota benefícios ou malefícios.
Buscamos algumas dessas opiniões a fim de expor os dois lados e conclui-se que ainda não é possível afirmar com exatidão se o uso dessa linguagem utilizada no ambiente virtual é totalmente benéfico ou maléfico. Mais estudos teóricos e análises práticas devem ser feitos com afinco, pois o internetês, conforme mostra esse estudo, já faz parte do cotidiano dos jovens.
Embora tecnicamente não haja um ponto final sobre esse assunto, compete ao professor que oriente os seus alunos sobre quando e onde deve ser utilizada a linguística praticada na internet, a fim de que não prejudique o aprendizado do aluno.
Em suma, porquanto não se chega a uma clara conclusão, deve-se encarar o internetês como mais uma “vestimenta no guarda-roupa” e que deve ser utilizada de acordo com a ocasião. No universo linguístico deve se optar por palavras e estruturas adequadas ao meio inserido e ao receptor da mensagem.
O Internetês constitui uma consequência do fenômeno da variação que é característico das línguas naturais e que assinala a riqueza do idioma de uma comunidade linguística. É um tipo de escrita condicionada pelo contexto comunicativo, o ciberespaço, e que apresenta uma lógica própria, um certo padrão relativamente estável, ainda que marcada pela espontaneidade em sua configuração gráfica. Mesmo desobedecendo as regras da gramática normativa, esse código internetizado apresenta eficiência comunicativa, uma vez que é adotado por um número significativo de internautas como meio de comunicação através do qual eles interagem com os seus interlocutores, entendo e fazendo-se entender. Entretanto, sistematizamos em nosso trabalho algumas crenças sobre o internetês apresentadas pelos professores entrevistados, que, de acordo com a análise do nosso corpus, tinham como critérios avaliativos a noção gramaticalista de “erro” e uma visão de linguagem muito voltada para a estrutura da língua, estrutura esta normativa; revelando assim o preconceito linguístico disseminado pela ideologia excludente do ensino linguístico prescritivo. A crítica ou desmistificação dessas ideias estereotipadas ocorreu a partir de: uma concepção de linguagem na perspectiva de interação, de ação sobre o mundo e de uso de uma tecnologia surgida a partir da globalização; bem como mediante a teoria dos gêneros discursivos, considerando os gêneros midiáticos e o ambiente interativo em que se desenvolve o internetês como um espaço de produção discursiva específico
Com base nisso percebemos que a linguagem utilizada na internet, embora reproduzida por símbolos grafados, é dotada de informalidade, espontaneidade, interação e contextualizada a um momento virtual, o que a torna mais próxima da fala do que da escrita. Interligando aos conceitos acima, percebemos que na linguagem oral no contexto da internet é mais relevante por proporcionar maior pessoalidade e conseqüentemente facilitar a interação. Sendo assim partindo da análise dos símbolos será entendida a prática social que determina modos de linguagens diferentes. 
Teorias se tornam mais eficazes quando relacionadas à prática. Nesse sentido o conceito ganha forma à medida que forem feitas análises de textos virtuais e assim a formulação de opiniões que respaldem o exercício da linguagem virtual e a manutenção das satisfações em comunicar-se. 
RESUMO: Este estudo tem como foco apresentar parte de uma pesquisa escolar que se desenvolveu em uma escola estadual, no terceiro ano do Ensino Médio. O objetivo, neste momento, será o de relatar alguns aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa com relação ao uso dos gêneros textuais emergentes em aulas de Português, com base na concepção interacionista de linguagem. As reflexões mostram resultados pertinentes do uso do uso dos gêneros em sala de aula como estratégias de compreensão e interação com a língua materna

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