Buscar

Direito Processual Civil II Casos Concretos De 1 ao 16

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá 
Aluna: Karina Mattos – 201401326404 
 
Caso Concreto 1 
Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de obter 
reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. A 
demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o autor 
pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais). Após a citação, a empresa 
ré propôs a realização de um negócio processual atípico, reduzindo todos os prazos processuais 
para 05 dias e modificando a distribuição do ônus da prova, o que foi prontamente aceito pelo 
autor. O juiz indeferiu o negócio processual proposto pelas partes sob o fundamento de que 
viola o princípio da ampla defesa. Diante da situação, indaga-se: 
 
a) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum? 
O Magistrado não agiu conforme os ditames do novo CPC, levando em consideração que o 
novo Código de Processo Civil trouxe consigo a possibilidade de convenção processual entre 
as partes capazes presentes em demandas do rito comum, sendo assim não existe mais rito 
sumário desde a vigência do novo CPC/2015. 
 
b) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis? 
Sim, uma vez que o valor da causa não ultrapassa o montante correspondente a 40 vezes o 
salário mínimo, e o direito discutido não tem qualquer impedimento conforme disposto no 
artigo 3º, parágrafo 3º da Lei 9.099/95. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - De acordo com o CPC é correto afirmar que: 
a) O procedimento comum sumário e ordinário foram transformados em procedimento 
especial. 
b) A petição inicial não pode mais ser emendada. 
c) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou 
mediação. 
d) Não pode haver mais indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta: 
a) O pedido deve ser certo e determinado. 
b) É possível pedido alternativo nos casos em que o direito material permite. 
c) A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão. 
d) A cumulação de pedidos enquanto cumulação de ação gera economia processual. 
Caso Concreto 2 
Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte pleiteando 
indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma fraudulenta, no quadro 
societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na Junta Comercial do referido 
Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª Vara Fazendária, ao receber a 
inicial, constatou que existem vários julgados do STJ contrários aos interesses do autor e julgou 
improcedente liminarmente o pedido, antes mesmo de citar o réu. José, advogado de Pedro, 
diante da decisão procurou dois especialistas em Direito Processual Civil para obter um parecer 
sobre o caso. O primeiro especialista apresentou parecer favorável a interposição de recurso, 
pois a improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, 
XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça. O segundo especialista apresentou 
parecer no sentido de que embora haja a garantia constitucional da inafastabilidade da tutela 
jurisdicional, admite-se a limitação dessa garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem 
que haja violação do texto constitucional. 
 
a) Considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de acordo 
com a jurisprudência e a doutrina? 
O parecer do segundo especialista (art.332, CPC), pois não viola os princípios do contraditório 
e ampla defesa um a vez que não há qualquer prejuízo para o réu. Tal entendimento já 
encontrava abrigo no CPC/73 no art. 285. 
 
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial? 
Sim, a procedência liminar está prevista no art. 332, CPC, enquanto o indeferimento da inicial 
no art. 330, CPC. A diferença se dá pelo fato que no art. 332, CPC (improcedência liminar) a 
extinção é com resolução de mérito, ou seja, ele foi analisado e no art. 330, CPC 
(indeferimento da inicial), a peça não cumpriu os requisitos mínimos ditados pela lei para que 
fosse apreciada, ou seja, é sem resolução de mérito. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - A improcedência liminar do pedido pode ocorrer: 
a) Apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF 
em sentido contrário. 
b) Em casos de enunciado de súmula do STF apenas. 
c) Em casos de enunciado de súmula do STJ apenas. 
d) Na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - Sobre a audiência de conciliação ou mediação indique a opção correta. 
a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade 
processual. 
b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência. 
c) O não comparecimento acarreta a revelia automática, além de condenação por má-fé 
processual. 
d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos 
interesses das partes. 
Caso Concreto 3 
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, sob o 
fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um 
empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio 
pretende, através de seu advogado, alegar que: 
a) não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; 
b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou número de 
parcelas maior do que o acordado e 
c) a incompetência territorial do juízo. 
Diante da situação acima indaga-se: 
 
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? 
O réu utilizou na contestação defesa processual em virtude da incompetência territorial (art. 
337, CPC), defesa de mérito indireta (pagamento da dívida - art. 336, CPC) e ainda a 
reconvenção ao pleitear o recebimento em dobro do valor pago (art. 343, CPC). 
 
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder? 
Deverá alegá-la na contestação e indicar, se tiver conhecimento quem deveria figurar com o 
réu (art. 339, CPC). 
 
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para 
fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? 
Princípio do Ônus da Impugnação Especifica, o réu deve especificar corretamente todos os 
fatos indicados pelo autor na inicial (art. 342, CPC), enquanto que no Princípio da 
Eventualidade o réu deve aduzir toda a matéria de defesa ainda que pareça contraditório. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo: 
a) O CPC/2015 eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no 
mesmo processo. 
b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. 
c) A contestação no CPC/2015 pode ser oral em qualquer procedimento. 
d) A incompetência absoluta deve ser arguida através de exceção processual. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento 
do juiz, a defesa do réu dever ser por: 
a) Contestação e exceção respectivamente. 
b) Apenas contestação. 
c) Apenas uma única exceção de incompetência. 
d) Duas exceções autônomas. 
Caso Concreto 4 
Marina realizou uma cirurgia de implante de silicone nos seios na Clínica de Estética Bem Viver. 
Após a cirurgia, Marina identificou que um seio ficou visivelmente maior que o outro. Frustrada 
com a situação em que foi submetida, a paciente promoveu uma ação indenizatória em face da 
referida Clínica pleiteando indenização por danos morais,estéticos e materiais. Embora tenha 
sido devidamente citada a Clínica não ofereceu a contestação, o que foi devidamente certificado 
pelo Cartório. O juiz decretou a revelia da ré. Diante dessa circunstância indaga-se: 
 
a) A revelia acarreta necessariamente a procedência do pedido do autor? 
Não. O efeito da revelia faz com que sejam presumidamente dados como verdadeiras as 
alegações de fato do autor. É uma mera presunção relativa, que não necessariamente 
vinculará o juiz para declarar procedente o pedido. 
 
b) Caso a ré apresentasse contestação admitindo o fato mas arguindo a prescrição, quais seriam 
as consequências processuais? 
Deste modo, as consequências processuais seriam a oportunidade para o Autor oferecer, no 
prazo de 15 dias úteis sua manifestação, conforme art. 350 CPC. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando 
falta de pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, 
também aproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo 
negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos autos do 
processo. 
a) Contestação e reconvenção em petições distintas. 
b) Reconvenção e exceção de contrato não cumprido. 
c) Contestação e reconvenção na mesma peça processual. 
d) Apenas contestação, mas sem reconvenção ou qualquer exceção. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A revelia no processo civil é: 
a) Ausência de qualquer modalidade de defesa do réu. 
b) O mesmo que efeito da revelia, isto é, toda vez que houver revelia o pedido será julgado 
procedente. 
c) Ausência de contestação. 
d) Ausência de comparecimento à audiência de conciliação ou mediação. 
Caso Concreto 5 
André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de determinado 
negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial André afirma que Paulo descumpriu 
três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não 
mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o 
pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos 
comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. André 
devidamente citado oferece Contestação, onde reconhece o fato em que se funda a ação, mas 
aponta razões e fatos não informados por André para tentar justificar seu comportamento 
contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se 
manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal 
e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da 
tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. A partir do texto acima 
responda às seguintes questões: 
 
a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Paulo será possível o julgamento 
antecipado do mérito? 
Não, considerando que no caso concreto deve ser o autor intimado para se manifestar em 15 
dias, sobre os argumentos aduzidos pelo réu na contestação de acordo com o art. 350, CPC. 
 
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado 
parcial do mérito. 
Sim, considerando a hipótese prevista no art. 356, I, CPC, existe a possibilidade da sentença 
parcial em caso de matéria incontroversa e não há o que se discutir. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal 
informação é: 
a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção. 
b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito. 
c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz. 
d) Correta, pois se trata de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser 
alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é 
correto afirmar que: 
a) É um direito constitucional e independe da resposta do réu. 
b) Depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz. 
c) Não foi mantido no CPC. 
d) Ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação. 
Caso Concreto 6 
Max adquiriu um notebook, marca Optmus Prime, com objetivo para preparar suas aulas de 
filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o 
que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais 
indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar 
administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus 
da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante 
dessa decisão indaga-se: 
 
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
Não, na hipótese a inversão é prevista no inciso 3°, art 6° da Lei 8.078. O que ocorre é uma 
inversão do ônus da prova e não uma hipótese de distribuição dinâmica da mesma. Quando o 
juiz determinar que o autor prove o legado na inicial, está retornando a distribuição estática, 
o que contraria a regra da inversão prevista em Lei. 
 
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o 
ônus? 
Na forma do art. 373, CPC que determina que tem a parte que alega o ônus de provar, devendo 
ser distribuído pela estática. 
 
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios 
para utilização dessa espécie de prova? 
Sim, respeitando os termos do art. 372, CPC, garantindo o contraditório de outro processo 
(prova emprestada), ou seja, deverá provar que o mesmo lote daquele computador esteja com 
defeito. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: 
a) O juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as 
sentenças que resolvem o mérito. 
b) A motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo 
necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para 
o julgamento. 
c) As partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. 
d) Se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão 
fundamentada do caso. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - Marque a opção correta: 
a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se 
assim determinar o juiz. 
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. 
c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o 
último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito. 
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo 
preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos. 
Caso Concreto 7 
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha 
de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura (mês seguinte) foi 
hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, 
conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de 
vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e 
administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o 
ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a medida 
cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e 
requerendo o adiamento da audiência para aguardara melhor recuperação da testemunha 
enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima 
para responder aos seguintes questionamentos: 
 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana? 
A advogada não deu a informação correta. Diante do caso é possível a produção antecipada 
de prova de natureza cautelar, com fundamento no artigo 381, I, CPC que admite antecipação 
da prova em casos de urgência, em virtude do dano que isso pode acarretar. 
 
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos 
materiais e servirem de meio probatório em Juízo? 
É possível, conforme disposto no artigo 384, CPC, o ato notarial pode ser utilizado para atestar 
oficialmente que o fato sirva eventualmente de prova em futura ação. O tabelião tem fé 
pública para este ato. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Considerando as regras do Código de Processo Civil é correto afirmar 
que: 
a) No âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível produzir provas mais 
complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. 
b) No âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos 
processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, 
sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. 
c) As provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. 
d) A ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova 
emprestada. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A prova realizada através de exame de DNA: 
a) É obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. 
b) Não é obrigatória, mas pode gerar consequências para quem não se submete ao mesmo. 
c) Não pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional. 
d) Deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz. 
 
Caso Concreto 8 
A Administradora Joia Rara Ltda. está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda., contratada 
para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que 
indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que 
comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz 
indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do 
advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), 
não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para 
meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda. discorda da posição do 
juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e 
constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes 
questionamentos: 
 
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas? 
A prova documental é delimitada no início a fase saneadora, sob pena de indeferimento da PI 
já que é indispensável na distribuição do processo. A prova testemunhal é produzida na AIJ, 
se o juiz achar necessário para melhor esclarecer os fatos. 
 
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial? 
Prova pericial: Que serve para auxiliar o juiz, é um meio para comprovação de fatos obscuros, 
mas que dependem de conhecimentos técnicos, que exigem o auxílio de profissionais 
especializados. 
 
Inspeção judicial: É diferente, pois é feita diretamente pelo juiz, em pessoas ou coisas para 
esclarecer fatos que interessam a causa (impressão do juiz). Ou seja, inspeção judicial 
diretamente pelo exame imediato da pessoa ou coisa, sem intermediários, podendo o juiz ir 
até o local do fato se necessário. Não existe conhecimento técnico. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - A respeito da confissão judicial e outras provas no CPC, marque a opção 
correta: 
a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser 
provocada. 
b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. 
c) A parte não é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. 
d) A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - Ainda a respeito das provas e o CPC, responda: 
a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito. 
b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. 
c) Quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, 
por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. (art. 406, CPC) 
d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de 
reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria. 
 
 
Caso Concreto 9 
André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual 
que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. 
O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em 
determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após 
realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. 
O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de 
conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização 
de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto 
acima para responder aos seguintes questionamentos: 
 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar 
condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação 
ou mediação? 
Sim, a qualquer momento o juiz poderá tentar conciliar entre as partes, mesmo na instrução, 
conforme art. 359 CPC. 
 
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível? 
AIJ é uma no sentido de que a fase de produção de provas e julgamento da demanda em um 
único ato judicial, conforme art. 365 do CPC. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: 
a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, 
nos termos da lei. 
b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. 
c) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério 
Público, quando for o caso. 
d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados 
será intimada. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A AIJ serve para: 
a) Apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. 
b) Instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir. 
c) Instruir o juiz, mas também pode haver conciliação. 
d) Apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser 
juntadas aos autos. 
 
Caso Concreto 10 
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos 
morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde 
julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da 
sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não 
entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais 
os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu 
que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e 
dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença 
proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia e interprete o texto acima para responder 
aos seguintes questionamentos:a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio? 
Está correta a informação somente nas hipóteses do art. 494 do CPC, onde o magistrado pode 
corrigir a sentença proferida, uma vez que as hipóteses não se enquadrem no arts. 485 e 332 
do CPC. 
 
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
Sim, nas hipóteses de erro material, cálculos e embargos de declaração. 
 
c) O caso acima admite reexame necessário? 
Não, uma vez que a sentença do caso em tela não foi proferida contra a União, o Estado, o 
Distrito Federal, o município ou contra suas autarquias e respectivas fundações de direito 
público. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem 
ser classificadas em: 
a) Declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária. 
b) Declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária. 
c) Mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coercitivo e força de lei. 
d) Declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar 
coisa certa: 
a) Já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a a 
partir dos anos 1990. 
b) Não existiam em nosso ordenamento jurídico. 
c) Não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem. 
d) Já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e do 
Ministério Público. 
 
 
Caso Concreto 11 
Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu 
país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados 
pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi 
iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente 
para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de 
cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e 
domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos 
e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório 
onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete 
o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
 
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
Os requisitos que validarão a sentença/decisão estrangeira no Brasil, estão dispostos no 
art. 963, CPC quais sejam ser ela proferida por autoridade competente (lembrando que 
as análises serão feitas aqui no Brasil); ter ocorrido a citação regular ainda que haja 
revelia no feito; ser ela eficaz no país onde fora proferida; não ofender a coisa julgada 
brasileira; estar acompanhada de tradução oficial (vide regimento interno do STJ), salvo 
disposição contrária em tratado; não conter manifesta ofensa a coisa pública (quando 
ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes). 
 
b) Quais os órgãos judiciários competentes para a homologação e execução no Brasil? 
No que diz respeito a homologação de sentença estrangeira no Brasil, será incumbência do 
Superior Tribunal de Justiça tornar a decisão homologada, com base no que dispõe o art. 
963, CPC, aos tratados entre países em vigor no Brasil e no regimento interno do próprio 
tribunal superior. Caso haja necessidade de executar a decisão no território brasileiro, a 
competência para processar a carta de sentença (carta rogatória), será a do juízo de 1º grau 
da Justiça Federal. 
 
c) É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira? 
Sim, é possibilidade expressa no Código de Processo Civil a antecipação de tutela no 
procedimento de homologação de sentença estrangeira, mesmo que no referido regramento 
haja tão somente a expressão sobre a concessão de tutela de urgência, é pacífico na doutrina 
que tal disposição deve ser entendido no seu sentido lato, abrangendo não só a tutela já 
falada, mas também nas suas formas cautelares ou de evidência. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - No âmbito da homologação de sentença estrangeira no Brasil é correto 
afirmar que: 
a) Existe novo juízo de mérito, com possibilidade de reversão do direito material. 
b) Existe apenas juízo de delibação. 
c) Não existe juízo de mérito ou delibação, mas apenas tramitação burocrática para posterior 
cumprimento na Justiça Federal. 
d) Pode haver anulação do julgado, se houver violação de direito pátrio. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A respeito da possibilidade de homologação de decisão arbitral do 
estrangeiro, marque a correta opção: 
a) Não é possível sua homologação, uma vez que o título executivo é extrajudicial. 
b) Não é possível sua homologação sem anuência prévia das partes. 
c) Pode ser homologada de acordo com o CPC. 
d) Trata-se de título executivo extrajudicial no Brasil e poder ser homologada. 
 
 
Caso Concreto 12 
Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o 
pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré 
contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual 
não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial 
concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final 
o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de 
locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e 
lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O 
advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz 
coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 
504 do CPC. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
 
a) Está correta a orientação do advogado? 
Não. O CPC expressamente prevê que a coisa julgada material abrange a questão prejudicial, 
desde de que esta questão dependa do julgamento do mérito, tenha ocorrido contraditório e 
o juízo for competente. 
 
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
No caso em tela faz coisa julgada material, uma vez que haja resolução do mérito definitiva. 
Também faz coisa julgada formal, porque proferida neste processo não poderá haver nova 
ação. (Efeitos exclusivamente neste processo). 
Material (com mérito) – Atinge a formal 
Material (sem mérito) – Não atinge formal 
 
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação 
processual? 
Não. A coisa julgada, como regra geral atinge somente as partes, como mencionado no art. 
596, CPC. Cabe destacar que nos processos coletivos (art. 103, CDC) e nos casos de alienação 
da coisa litigiosa (art. 109, parágrafo 3º CPC) esta regra não se aplica. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Existe coisa julgada material em sede de Ação Civil Pública (Lei 7347/85) 
a) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado. 
b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande. 
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido. 
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A coisa julgada é oponível: 
a) Em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão. 
b) Em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito líquido e certo. 
c) Em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira 
hora em que parte fala nos autos,sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros 
danos processuais. 
d) Apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1ª instância. 
 
 
Caso Concreto 13 
Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na ocasião 
Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a propriedade 
do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um processo de suspensão 
do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao veículo vendido, que ainda 
estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem conseguir localizar seu amigo, 
Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de Gilson cujo objeto era a condenação do 
réu na obrigação de regularizar a propriedade do carro junto ao DETRAN. Após a instrução da 
causa, o juiz julgou procedente o pedido para determinar que o réu regularize a propriedade do 
veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, 
sem o cumprimento da obrigação, o juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para 
R$2.000,00. O réu apresentou petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo 
com o art. 502 do CPC, a coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da 
multa diária após o trânsito em julgado. Diante do caso indaga -se: 
 
a) Está correta a argumentação do réu? 
Não está correta a posição do réu, uma vez que a coisa julgada não se aplica a imposição de 
multa como forma de coerção legal que permite ao juiz fixar a multa e modificar o seu valor 
sempre que ela se tornar insuficiente ou excessiva (art. 537, CPC). Até porque, a sentença já 
havia sido transitada julgada. 
 
b) Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e preclusão? 
Preclusão – Perda do direito de praticar ato processual, seja ela temporal, consumativa ou 
lógica. 
Coisa Julgada – É uma qualidade que se dá ao efeito da sentença que torna imutável e 
indiscutível a questão decidida. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Não fazem coisa julgada material: 
a) Os motivos e a verdade dos fatos no processo. 
b) A questão incidental, ainda que decidida pelo juiz após contraditório. 
c) Os resultados de laudos de provas periciais. 
d) As sentenças que resolvem o direito material. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar 
que: 
a) Não vigora e não se aplica ao nosso direito as teorias de relativização da mesma. 
b) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC. 
c) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da 
segurança jurídica dos julgados. 
d) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição. 
 
 
Caso Concreto 14 
Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando 
declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais 
e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de 
inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após 
contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu 
o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando 
a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente 
para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou 
em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone 
Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre 
que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os 
mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com 
Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes 
questionamentos: 
 
a) É possível Ação Rescisória no presente caso? 
No caso em tela é possível ação rescisória para rescindir por ofensa a coisa julgada, pois já 
havia sido julgada no mérito em ação anterior, com mesmos fatos e pedidos. 
 
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória. 
O órgão competente para julgar a ação rescisória, será sempre o Tribunal. Trata-se de 
competência originária. 
 
c) Quais são as consequências processuais nos casos em que a ação rescisória é proposta no 
juízo incompetente? 
Nesta hipótese o CPC determina que o tribunal intime o autor a emendar a inicial, remetendo 
os autos para o tribunal competente ou adeque o objeto da própria rescisória OU se 
reconhecida a incompetência do tribunal para julgamento da ação, o autor deverá ser 
intimado para emendar a petição inicial. Após a emenda a petição inicial, deverá ser remetido 
ao tribunal competente ou adeque o objeto da própria rescisória. 
 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - São legitimados para ação rescisória: 
a) As partes originárias do processo judicial, com exceção do revel. 
b) As partes originárias do processo judicial, mas não seus eventuais sucessores. 
c) Apenas aquele que saiu derrotado e o terceiro interessado. 
d) O Ministério Público, nos casos em que atuou, ou deveria atuar, como parte ou fiscal da lei. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - O prazo decadencial para propositura de ação rescisória é de: 
a) 2 anos contados do transito em julgado da última decisão proferida no processo. 
b) 5 anos contados sempre da primeira decisão de mérito nos autos. 
c) 2 anos contados da data de interposição de recursos. 
d) 5 anos contados da data da última decisão proferida no processo, salvo se houve prazo 
decadência menor no Código Civil. 
 
 
Caso Concreto 15 
Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de concessão 
de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do 
julgamento anterior (violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência 
dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja 
levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima 
reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de 
Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas 
inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do 
contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. Releia e interprete 
o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
 
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso? 
Cabe ação rescisória que trata da violação de norma jurídica, que é uma das hipóteses do art. 
966, CPC. 
 
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória? 
Por expressa previsão legal, permite-se em sede de ação rescisória objetivando no caso a 
suspensão da decisão, em caso na tutela de urgência, conforme art. 969, CPC 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Nos termos do CPC, cabe ação rescisória: 
a) Quando proposta pelo Ministério Público, caso não tenha sido ouvido em processo em que 
lhe era obrigatória a intervenção, salvo se a sentença de mérito for efeito de colusão das partes. 
b) Na hipótese em que se verifique fundamento para invalidar confissão, ainda que nessa não 
tenha se baseado a sentença, ou quando em erro de fato for fundada a sentença de mérito. 
c) Depois de transitada em julgado a sentença de mérito, o autor obtiver documento novo, 
cuja existência ignorava, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável. 
d) Quando a sentença de mérito for proferida por juiz relativamente incompetente, ou for 
verificada que foi dada por concussão, prevaricação ou corrupção do juiz.2ª QUESTÃO OBJETIVA - A ação rescisória tem natureza de: 
a) Conhecimento até sua admissibilidade, depois, cautelar. 
b) Cautelar com procedimento especial 
c) Conhecimento com procedimento especial. 
d) Conhecimento com decisão meramente declaratória. 
 
 
Caso Concreto 16 
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, sob o 
fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um 
empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio 
pretende, através de seu advogado, alegar que: 
a) não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; 
b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou número de 
parcelas maior do que o acordado e 
c) a incompetência territorial do juízo. 
 
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? 
O réu utilizou na contestação defesa processual em virtude da incompetência territorial (art. 
337, CPC), defesa de mérito indireta (pagamento da dívida - art. 336, CPC) e ainda a 
reconvenção ao pleitear o recebimento em dobro do valor pago (art. 343, CPC). 
 
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder? 
Deverá alegá-la na contestação e indicar, se tiver conhecimento quem deveria figurar com o 
réu (art. 339, CPC). 
 
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para 
fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? 
Princípio do Ônus da Impugnação Especifica, o réu deve especificar corretamente todos os 
fatos indicados pelo autor na inicial (art. 342, CPC), enquanto que no Princípio da 
Eventualidade o réu deve aduzir toda a matéria de defesa ainda que pareça contraditório. 
 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA - Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. 
a) O CPC/2015 eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no 
mesmo processo. 
b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. 
c) A contestação no CPC/2015 pode ser oral em qualquer procedimento. 
d) A incompetência absoluta deve ser arguida através de exceção processual. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA - Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento 
do juiz, a defesa do réu dever ser por: 
a) Contestação e exceção respectivamente. 
b) Apenas contestação. 
c) Apenas uma única exceção de incompetência. 
d) Duas exceções autônomas.

Continue navegando