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Neurotransmissores e suas funções

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NEUROTRANSMISSORES
 Os neurotransmissores são pequenas moléculas responsáveis pela comunicação das células do sistema nervoso e que em sua maioria são precursores de proteínas, são normalmente encontradas nos terminais sinápticos dos neurônios. Essas moléculas são liberadas na fenda sináptica e agem em receptores pós-sinápticos localizados no neurônio pós-sináptico, fazendo com que esses receptores se abram liberando íons que é o que chamamos de transmissão sináptica, onde o impulso nervoso é passado de uma célula para outra. A resposta a esses estímulos vai depender da característica do transmissor e do receptor e as respostas podem ser excitatórias ou inibitórias.
 Alguns tipos de neurotransmissores são: 
 ACETILCOLINA
 A acetilcolina é um neurotransmissor do sistema colinérgico que está amplamente distribuído no sistema nervoso autônomo. É o único neurotransmissor utilizado na junção neuromuscular. Esse neurotransmissor é liberado por todas as células pré-ganglionares e a maioria dos neurônios pós-ganglionares no sistema nervoso parassimpático e por todos os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso simpático. Esse neurotransmissor é liberado também pelos neurônios pré-sinápticos da medula suprarrenal.
 É uma molécula simples produzida no citoplasma, é derivada da colina a qual surge da reação da acetilcolina com a acetil-CoA na presença da enzima colina acetil-transferase. A acetilcolina atua em diversas partes do corpo como mensageiro entre as células nervosas, sendo que seus principais efeitos são no sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema respiratório, sistema muscular e no cérebro.
 No sistema nervoso somático, a contração muscular ocorre devido à liberação da acetilcolina pelas ramificações do axônio. E no sistema nervoso autônomo, os nervos simpáticos também produzem acetilcolina além da noradrenalina, diferentemente do parassimpático. No sistema respiratório, a acetilcolina produz fechamento do esfíncter pós-capilar, causando enchimento dos sinusoides venosos e extravasamento de líquidos, aumento do volume da submucosa e vasodilatação.
 Quando a acetilcolina é liberada pelos neurônios da placa motora, geralmente estimula as células musculares esqueléticas. Depois de cumprida a sua ação, ela é liberada rapidamente. Certas neurotoxinas atuam na inibição da acetilcolinesterase, o que gera um excesso de acetilcolina na junção neuromuscular, provocando paralisia dos músculos necessários à respiração e parada dos batimentos cardíacos. A paralisia acontece porque os níveis de acetilcolina estão altos e alterou a capacidade da célula despolarizar.
 Os inibidores dos receptores da acetilcolina, como a atropina não causam relaxamento em músculo esquelético pelo fato da atropina ser um anti-muscarínico.
 Há dois tipos de receptores de acetilcolina que regulam as funções do hormônio neurotransmissor no corpo que são os muscarínico e nicotínicos.
 Muscarínico: são metabotrópicos, ou seja, que tem ação direta está ligado à proteína G e atua nas sinapses neuronais.
Nicotínicos: são ionotrópicos, ou seja, possuem canais iônicos de ação direta, que além de atuar nas sinapses neuronais, atuam também nas junções neuromusculares.
As principais funções da acetilcolina são:
•A vasodilatação, onde as veias se dilatam para o sangue corra mais depressa.
•Redução de frequência cardíaca a partir da diminuição da contração cardíaca.
•Aumento de secreções
•Relaxamento intestinal.
•Contração muscular
•Auxilia também na cognição, facilitando a comunicação das células cerebrais.
A falta da acetilcolina pode causar muitos problemas como o transtorno de déficit de atenção, mal de Alzheimer, entre outras doenças, além de influenciar negativamente no nosso sistema respiratório e cardiovascular.
 SEROTONINA 
 A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas. Também conhecida como o hormônio do bem-estar e do prazer. Esse tipo de neurotransmissor também pode ser encontrado no sistema digestivo e nas plaquetas do sangue. Desempenha importante função fisiológica como neurotransmissora vasoconstritora e regulador da atividade dos músculos lisos. É produzida através de um aminoácido chamado triptofano e envolve duas enzimas: triptofano hidroxilase (TPH) e L-aminoácido aromático descarboxilase (DDC), obtido através dos alimentos. A reação causada pelo TPH é uma etapa limitada em várias vias. O TPH já foi encontrado na natureza em duas formas: a TPH1, encontrada em vários tecidos; e a TPH2 que é uma isoforma cerebral específica. Existem provas de polimorfismo genético em ambas as formas com influência sobre a suscetibilidade para ansiedade e depressão. Assim como existem provas de como os hormônios ovarianos podem afetar a expressão da TPH em várias espécies, sugerindo um mecanismo para depressão pós-parto e síndrome da tensão pré-menstrual.
 A serotonina se for ingerida não passa pelas vias serotoninérgicas do sistema nervoso central porque ela não cruza a barreira hematoencefálica. Porém se o triptofano e seus metabólitos 5-hidroxitriptofano, com os quais a serotonina é sintetizada, podem cruzar a barreira hematoencefálica. 
 A serotonina usada em propriedades afrodisíacas em comportamento humano depende muito da quantidade de luz que o corpo humano recebe por dia. Por exemplo, durante as estações mais frias surge um aumento de depressão. Quando surge as estações mais quentes a serotonina é condicionada pela luz que recebe do organismo, o que leva a um aumento progressivo do bem-estar e da felicidade, isso ocorre devido as concentrações desse neurotransmissor no cérebro. 
 Funções da serotonina:
 A serotonina quando age na regulação do sono é responsável pelo estado de vigília do nosso cérebro nos deixando em alerta. Para que uma pessoa tenha um sono adequado, ela envelhece de duas formas diferentes. A princípio, regula a primeira fase do sono, no entanto no sono REM, esse neurotransmissor deve ser inibido.
 Agindo também na depressão e outros distúrbios do humor. De acordo com estudos, a depressão não significa exatamente uma falta de serotonina em nosso organismo. Na verdade, o que ocorre é que uma transmissão da serotonina pode não está suficiente. Alguns antidepressivos atuam inibindo, selecionando a recaptação da serotonina, aumentando a quantidade dela nos espaços entre os neurônios facilitando a neurotransmissão. Isso faz com que a pessoa tem seu humor melhorado, diminuindo também a ansiedade e a irritabilidade. O antidepressivo não vai fazer produzir serotonina, apenas vai evitar que ela se degrade.
 No tratamento da enxaqueca, são usados também antidepressivos que influenciam nos receptores de serotonina, diminuindo sua recaptação. Com isso a disponibilidade do neurotransmissor aumenta, aumentado assim a disposição do indivíduo e diminuindo as dores.
 A relação entre sociedade e serotonina acontece em nosso hipotálamo, quando os níveis estão normais, o indivíduo se alimenta normalmente. O que não acontece quando os níveis de transmissão estão baixos, fazendo com que abusem de doces e massas para se sentirem satisfeitas. Outras funções da serotonina é também agir na regulação da TPM e na atividade sexual
DOPAMINA 
 De forma molecular C8H11NO2, A dopamina é um importante neurotransmissor de catecolaminas, que é necessário para os neurônios Dopaminérgicos localizados no núcleo arqueado, substância negra e áreas tegmentais ventrais do cérebro. A área tegmental ventral do mesencéfalo está envolvida em recompensas, motivação e está associada a estados emocionais intensos. O núcleo arqueado no hipotálamo é envolvido com lactação e problemas como amenorreia em mulheres. Na substância negra, a dopamina está ligada ao vício, à recompensa e à atividade física. A doença de Parkinson está ligada à morte de neurônios dopaminérgicos localizados na substância negra.
 A dopamina também é o precursor de dois outros neurotransmissores de catecolaminas: norepinefrina e epinefrina (adrenalina) ambos utilizadosna resposta de luta ou retorno para desencadear a liberação de glicose. As catecolaminas, incluindo a dopamina, aumentam o suprimento de sangue para órgãos principais, como o coração e o cérebro. Isso faz com que a frequência cardíaca se acelere, a pressão arterial aumente, e faz você se sentir mais forte e mais mentalmente alerta. Interessante para alguns, o frio também pode causar elevação dos níveis de catecolaminas, o que pode explicar por que algumas pessoas fazem coisas loucas, como se mergulharem frias nas águas geladas no inverno. a dopamina é um composto químico derivado do aminoácido tirosina e precursora natural dos neurotransmissores adrenalina e noradrenalina.
 A Dopamina desempenha um número de papéis nos seres humanos e nos outros animais. Entre algumas das funções notáveis estão:
O movimento: A parte do cérebro que contém os gânglios basais regula o movimento. Os gânglios basais dependem por sua vez de uma determinada quantia de dopamina para desempenhar a sua função na eficiência máxima. A ação da dopamina ocorre mediante os receptores dopaminérgicos, D1-5. A Dopamina reduz a influência via indireta, e aumenta as ações do caminho direto dentro dos gânglio basais. Quando há uma deficiência na dopamina no cérebro, os movimentos podem tornar-se atrasados e descoordenados. Porém, se há um excesso de dopamina, o cérebro faz com que o corpo faça movimentos necessários, tais como tiques repetitivos.
A memória: Os níveis de dopamina no cérebro, especialmente no córtex pré-frontal, ajudam à melhora da memória de trabalho. Contudo, precisa de um equilíbrio delicado porquanto uma escassez o um excesso para os níveis normais a memória sofre.
A recompensa agradável: A Dopamina é o produto químico que fornece a sensação de recompensa no cérebro. É liberada durante situações agradáveis e estimula a procura da atividade ou a ocupação agradável. Isto significa que o alimento, o sexo, e diversas drogas ilícitas estimulam igualmente a liberação da dopamina no cérebro, particularmente nas áreas tais como o núcleo accumbens e, o córtex pré-frontal.
O comportamento e cognição: A Dopamina nos lobos frontais do cérebro controla a circulação da informação a outras áreas do cérebro. Os Distúrbios da dopamina nesta região conduzem à diminuição das funções neuro-cognitivas, especialmente da memória, a atenção, e a resolução de problemas. Os receptores D1 e D4 são responsáveis dos efeitos acrescimento da dopamina. Algumas das medicações antipsicóticas usadas em doenças como a esquizofrenia atuam como antagonistas da dopamina. Uns antipsicóticos “típicos” os clássicos, atuam geralmente nos receptores D2, enquanto as drogas atípicas também atuaram nos receptores D1, D3 e D4.
A atenção: A dopamina contribui ao foco e à atenção. A visão estimula uma resposta dopaminérgica no cérebro e esta estimula uma pessoa a focalizar-se, e a dirigir a sua atenção. A Dopamina pode ser responsável na determinação da informação que queda registrada na memória a curto prazo baseando-se numa resposta imaginada a determinada informação. Acham, que as concentrações reduzidas de dopamina no córtex pré-frontal podem contribuir ao transtorno de déficit de atenção.
A inibição de produção do prolactina: A Dopamina é o inibidor neuroendócrino principal da secreção da prolactina desde à adenoipófise. A Dopamina produzida pelos neurônios no núcleo arqueado do hipotálamo é secretada nos vasos sanguíneos hipotalâmicos hipofisários da eminência mediana, que fornecem a glândula pituitária. Isto atua nos lactotropos, as cédulas que produzem o prolactina. Estas cédulas podem produzir o prolactina na ausência de dopamina. A Dopamina é chamada ocasionalmente fator de inibição da prolactina(FIP), hormônio inibidor da prolactina (HIP), ou o prolactostatina.
Processamento da Dor: A Dopamina joga um papel na dor, processando-a à múltiplos níveis do sistema nervoso central. Isto inclui a medula espinal, a substância cinzenta periaqueductal (PAG), o Tálamo, os gânglios basais, o córtex-insular, e o córtex cingulado. Os Baixos níveis de dopamina são associados com os sintomas dolorosos que ocorrem frequentemente na doença de Parkinson.
No coração: Dopamina também desempenha importantes funções fora do cérebro. Este hormônio afeta o funcionamento cardíaco e ajuda a modular a pressão arterial naturalmente. Também é útil em limpar acúmulos de líquidos resultantes da fraqueza do coração e disfunção. Faz de dopamina, o coração bate mais forte, melhorar a entrega de oxigênio e nutrientes. Dopamina é dado às vezes por via intravenosa para tratar vítimas de ataques cardíacos. É especialmente útil no tratamento de crianças e bebês prematuros com doenças do coração. Ajuda a aumentar a sua pressão arterial, induzir vasodilatação e fazer o seu ritmo de corações com mais força.
NORADRENALINA 
 A noradrenalina é classificada estruturalmente como uma catecolamina, é constituída por um grupo catecol (um anel de benzeno com dois grupos hidroxilo) ligado a um grupo amina (contendo azoto). A adição de um grupo metilo ao grupo amina da norepinefrina resulta na formação da epinefrina, o outro importante mediador da resposta “luta ou fuga”.
 Para desempenhar as suas funções, a norepinefrina precisa de ser libertada a partir de vesículas sinápticas. É uma substância que é libertada predominantemente a partir das extremidades de fibras nervosas simpáticas e que atua de modo a aumentar a força de contração do músculo-esquelético e a taxa e força de contração do coração. As ações da norepinefrina são vitais para a resposta de “luta ou fuga”, segundo o qual o corpo se prepara para reagir ou recuar de uma ameaça aguda. A noradrenalina é o principal neurotransmissor dos nervos simpáticos no sistema cardiovascular.
 A norepinefrina é armazenada em pequenas quantidades nos tecidos adrenais. O seu principal local de armazenamento e libertação são os neurônios do sistema nervoso simpático (um ramo do sistema nervoso autônomo). Assim, a noradrenalina funciona principalmente como um neurotransmissor apresentando também algumas funções como uma hormona (sendo libertada na corrente sanguínea a partir das glândulas suprarrenais). Como uma hormona do stress, a norepinefrina afeta partes do cérebro onde acções de atenção e resposta são controladas.
 A norepinefrina, semelhante a outras catecolaminas, é produzida a partir do aminoácido tirosina sendo sintetizada a partir de dopamina pela dopamina β-hidroxilase. Esta catecolamina exerce os seus efeitos através da ligação a receptores α- e β-adrenérgicos (ou adrenoreceptores, assim chamados pela sua reação às hormonas suprarrenais) em diferentes tecidos. Nos vasos sanguíneos, a norepinefrina provoca a vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos), que aumenta a pressão sanguínea.
Funções:
Luta ou fuga: A resposta de "luta ou fuga" existe para preparar o corpo para reagir a uma ameaça ou situação de estresse. A norepinefrina participa desse processo aumentando a glicemia, dilatando os brônquios e convertendo as gorduras corporais em ácidos graxos livres. Os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea aumentam. A secreção de norepinefrina coordena a comunicação que ocorre nas fibras simpáticas. As terminações desse segmento do sistema nervoso autônomo liberam esse neurotransmissor. Sinais de resposta são transmitidos das terminações nervosas para outras células, que propagam os sinais até as células efetoras.
Processos cerebrais: Os efeitos da norepinefrina no cérebro envolvem áreas que regulam a atenção, o sono, o aprendizado e as emoções. Quando liberada, a norepinefrina estimula centros emocionais e cognitivos do cérebro. A produção em quantidades normais gera uma sensação de bem-estar ou de euforia. A norepinefrina é sintetizada a partir da dopamina -- outro neurotransmissor -- e o aminoácido tirosina. Certos alimentos, como amêndoas, maçãs, castanhas e grãos fornecem as substâncias necessárias para a produção da norepinefrina.
Depressão: O papel estimulante da norepinefrina sobre o corpo e o cérebro depende de uma disponibilidademínima da substância, suficiente para garantir as funções mentais e emocionais. Seu primeiro mecanismo é o de excitação. Quando níveis baixos de norepinefrina estão presentes, sintomas de depressão podem aparecer. O indivíduo pode ficar menos alerta e apresentar baixos níveis de energia. Problemas de memória e perda de interesse em atividades cotidianas também são sintomas. Uma variedade de medicamentos utilizados no tratamento de sintomas da depressão foram desenvolvidos para restaurar os níveis de dopamina e norepinefrina, recuperando o equilíbrio químico normal no cérebro.
Hiperexcitabilidade: Assim como níveis baixos de norepinefrina podem causar sintomas de depressão, níveis muito elevados podem resultar numa sensação persistente de hiperexcitabilidade. Sensações de hiperexcitabilidade podem causar ansiedade, irritabilidade e inquietação. Efeitos físicos podem se manifestar, como tensões musculares, tremores e aumento da frequência cardíaca. Quando essa condição persiste, desordens psicológicas relacionadas à ansiedade podem se desenvolver. Em casos de níveis muito elevados de norepinefrina, o indivíduo pode sofrer um ataque de pânico. Os sintomas apresentados em um ataque de pânico -- sudorese, hiperventilação, frequência cardíaca elevada e tremores -- são sintomas dos efeitos da norepinefrina no cérebro e no corpo.
GABA – ÁCIDO GAMA AMINOBUTÍRICO 
É um ácido aminobutírico em que o grupo amina está na extremidade da cadeia carbônica.
É o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central. Ele desempenha
um papel importante na regulação da excitabilidade neuronal ao longo de todo o sistema
nervoso. Nos seres humanos, o GABA também é diretamente responsável pela regulação
do tônus muscular. É um neurotransmissor importante, atuando como
inibidor neurossináptico, por ligar-se a receptores específicos. Como neurotransmissor
peculiar, o ácido gama aminobutírico induz a inibição do sistema nervoso central (SNC),
causando a sedação. Isso porque as células neuronais possuem receptores específicos
para o GABA. Quando este se liga aos receptores, abre-se um canal por onde entra
íon cloreto na célula neuronal, fazendo com que a célula fique hiperpolarizada, dificultando
a despolarização e, como consequência, dá-se a diminuição da condução neuronal,
provocando a inibição do SNC.
 Nos vertebrados, o GABA atua em sinapses inibitórias no cérebro através da ligação aos
receptores específicos transmembranares na membrana plasmática de ambos
os neurônios, pré e pós-sináptico, em processos neuronais. Essa ligação provoca a
abertura de canais iônicos para permitir o influxo de íons de carga negativa como íons
cloreto na célula ou íons potássio carregados positivamente para fora da célula. Esta ação
resulta numa mudança negativa no potencial transmembrana, normalmente causando
hiperpolarização. Atualmente, são conhecidas três classes de receptores
GABA: GABAA e GABAC, que são receptores ionotrópicos, e GABAB, receptor
metabotrópico, um receptor ligado a uma proteína G, que abre canais iônicos através de
intermediários.
 Os neurônios que secretam GABA são chamados de GABAérgicos e têm ação inibitória
principalmente em receptores nos vertebrados adultos. Em contrapartida, o GABA exibe
ações excitatórias em insetos, mediando ativação muscular em sinapses entre os nervos
e células musculares, e também o estímulo de certas glândulas.
 A atividade do GABA vai ser excitatória ou inibitória dependendo da direção (para dentro
ou para fora da célula) e magnitude das correntes iônicas controlado pelo receptor GABAA.
Quando o fluxo de íons positivos estiver direcionado para dentro das células a ação é
excitatória, quando direcionado para fora, a ação é inibitória. A troca da maquinaria
molecular que controla a polaridade deste curso, durante o desenvolvimento, é
responsável pelas alterações no papel funcional do GABA entre os estágios neonatal e
adulto. Ou seja, o papel do GABA muda de excitatório para inibitório a partir do
desenvolvimento do cérebro na idade adulta.
O organismo sintetiza o GABA a partir do glutamato, utilizando a enzima L-ácido
glutâmico descarboxilase e piridoxal fosfato (que é a forma ativa de B6) como cofator. Este
processo converte o principal neurotransmissor excitatório (glutamato) em um dos
principais inibitório (GABA).
GLUTAMATO 
 O glutamato é um importante neurotransmissor, que desempenha um papel chave
na potenciação de longa duração e é importante para o aprendizado e a memória.
O glutamato é um neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central. É
armazenado em vesículas nas sinapses. O impulso nervoso causa a libertação de
glutamato no neurónio pré-sináptico; na célula pós-sináptica, existem receptores (como
os receptores NMDA) que ligam o glutamato e se ativam. As membranas de neurônios e
da glia possuem transportadores de glutamato que retiram rapidamente este aminoácido
do espaço extracelular.
 O glutamato atua em duas classes de receptores: os ionotrópicos (que quando ativados
exibem grande condutividade a correntes iônicas) e os metabotrópicos (agem ativando
vias de segundos mensageiros).
Existem três famílias de receptores ionotrópicos de glutamato, que agem como canais de
cátions: os receptores de N-metil-D-aspartato (NMDA), os de alfa-amino-3-hidroxi-metil-5-
4-isoxazolpropiónico (AMPA) e os de cainato (receptores de cainato). Já os receptores
metabotrópicos são acoplados a proteínas G, e modificam a resposta dos canais de
membrana e as concentrações de segundos mensageiros como o diacilglicerol ou cAMP.
ENDORFINA 
 A “Endorfina” é um neurotransmissor produzido pelo próprio organismo na glândula hipófise. Sua denominação se origina das palavras endo (interno) e morfina (analgésico). é um dos hormônios do corpo humano, denominada de “hormônio do prazer”, sendo uma substância química utilizada pelos neurônios (neurotransmissores) É justamente essa sua principal caraterística: proporcionar o prazer e o bem-estar ao ser humano.
 Ela simplesmente nos coloca diante de momentos de calma, bem-estar, melhora nosso humor, nos torna mais estimulados e dispostos, consegue reduzir ou até mesmo eliminar dores, reforça nosso sistema imunológico, retarda processos de envelhecimento, equilibra a pressão sanguínea, reduz os níveis de adrenalina, elimina os estados de ansiedade, entre tantas outras coisas.
No controlo da dor, têm uma atuação muito rápida, que permitia (primitivamente) e permite ao indivíduo entrar no binómio de lutar ou fugir, em caso de ameaça à vida. Existem relatos de pessoas que percorreram grandes distâncias com lesões corporais graves, sem sentirem dor. A medula espinhal é rica em receptores opioides, o que permite às endorfinas bloquear a transmissão da sensação dolorosa.
Durante o trabalho de parto, a mulher e o bebé produzem níveis elevados de endorfinas. Neste caso, desempenham três funções distintas: redução do estresse do trabalho de parto, função analgésica e função de bem-estar afetivo, que permite a ligação afetiva mãe–filho, assumida por um sorriso maravilhoso típico da mãe que acaba de parir e, no bebé, pela procura imediata da mama.
PEPTIDEO NP-Y
O neuropeptídio Y (NPY) é um potente e bem conhecido orexígeno que se encontra largamente distribuído nas regiões do cérebro, sendo um neuropeptídio mais abundante no sistema nervoso, tanto em nível do central quanto periférico. O neuropeptídio Y está contido em uma pequena população de neurônios hipotalâmicos no núcleo arqueado, a partir de onde os neurônios projetam-se intensamente para outras regiões do hipotálamo originando uma intricada enervação diencefálica. O NPY tem um poderoso efeito sobre o comportamento alimentar e sua administração centralmente promove um estado positivo no balanço energético e um aumento no armazenamento de gordura.
O NPY é o único entre os neurotransmissores que provoca um aumento da ingestão alimentar, uma vez que a sua continua administração no cérebro reproduz os padrões normais de alimentaçãointermitente em animais saciados sem desenvolver tolerância, e acelera o ganho de peso culminando em obesidade idêntica a produzidas em modelos geneticamente modificados.
A via do NPY é ativada como resposta aos sinais associados com o declínio das reservas de gordura. Esta resposta ocorre quando o organismo é privado de alimento, assim como nós indivíduos com deficiência de insulina em consequência de diabetes melitus não controlada. A resposta consiste num aumento da expressão do gene do NPY no Núcleo arqueado com consequente aumento da libertação deste no núcleo paraventricular. A atividade do peptídeo e sua respectiva via de ação também se encontra aumentada em outras situações associadas a pera de peso como por exemplo a restrição calórica, lactação e o exercício físico. Está resposta é mediada pelo menos em parte, através da redução do feedback negativo da insulina e da leptina.
A leptina inibe a atividade neuronal mediada pelo NPY no hipotálamo, além de reduzir os níveis de RNA mensageiro de NPY no núcleo arqueado e os níveis d NPY nos núcleos paraventricular, dorsomediano e arqueado.
A interação do NPY com os glicocorticoides parece também ocupar um papel importante nas respostas geradas por este neuropeptídio, podendo se verificar a existência de uma curva de feedback positivo entre NPY e glicocorticoides. Uma grande variedade de dados sugere que distúrbios na atividade endógena de esteroides e outros mediadores podem contribuir para o desenvolvimento e manutenção de padrões anormais de alimentação e de ganho de peso
Dessa forma o NPY desempenha um papel relevante no balanço energético, no entanto a leptina é capaz de atuar através de muitas outras vias além daquelas que envolvem o NPY, a fim de manter em equilíbrio energético corporal.

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