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Universidade Federal do Rio de Janeiro Aula IV Estrutura e função de proteínas Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Instituto de Bioquímica Médica Curso: Enfermagem e Obstetrícia As proteínas As proteínas são as macromoléculas mais abundantes na célula. Funcionam como instrumentos moleculares da expressão gênica. Há uma grande variedade de proteínas, responsáveis por desempenhar diferentes funções no organismo. As funções das proteínas Estrutura (colágeno, queratina); Transporte (hemoglobina, albumina); Defesa (Imunoglobulinas); Sinalização (receptores de hormônios); Catálise enzimática (enzimas hepáticas); Movimento (contração muscular); Combustíveis (gliconeogênese). A estrutura das proteínas A função das proteínas depende diretamente de suas estruturas São definidas como polímeros de aminoácidos ligados entre si. Grupamento ácido Grupamento amino Grupo ou Cadeia lateral Todos os aminoácidos possuem um grupo carboxil, um grupo amino, um Hidrogênio e um Grupamento Lateral ligados a um Carbono α (α- aminoácidos) Diferentes grupamentos químicos podem compor a cadeia lateral Propriedades gerais dos aminoácidos Excetuando-se a glicina, cujo R = H, o carbono α é um centro quiral, pois possui quatro ligantes diferentes. Essa propriedade faz com que os aminoácidos apresentem isomeria ótica, capazes de desviar o plano da luz polarizada. Para diferenciar os isômeros, utiliza-se a nomenclatura do sistema L / D. 7 Classificação dos aminoácidos quanto a polaridade do grupo R O grupo R nessa classe de aminoácidos é apolar e hidrofóbico. As cadeias laterais desses aminoácidos podem estabilizar a estrutura proteica por interações hidrofóbicas. A glicina é o aminoácido de estrutura mais simples 8 O grupo R desses aminoácidos são mais hidrofílicos que os dos aminoácidos de grupo apolar. Apresentam grupos funcionais capazes de formar ligações de hidrogênio com a água. Os aminoácidos que possuem enxofre na sua cadeia lateral, são capazes de estabelecer pontes dissulfeto Classificação dos aminoácidos quanto a polaridade do grupo R 9 As pontes dissulfeto 10 As cadeias laterais desses aminoácidos são relativamente apolares (hidrofóbicas). Participam de interações hidrofóbicas. São capazes de absorver radiação ultravioleta (280nm) Tirosina e triptofano são significativamente mais polares que a fenilalanina em virtude da hidroxila da tirosina e do nitrogênio do anel do triptofano. Classificação dos aminoácidos quanto a polaridade do grupo R 11 Os grupos carregados são os mais hidrofílicos. A representação de carga acima se dá em situação de pH 7,0. A carga dos aminoácidos depende do pH do meio. Classificação dos aminoácidos quanto a polaridade do grupo R Todos os aminoácidos existentes são constituintes de proteínas? 13 Peptídeos e Proteínas Ambos são polímeros de aminoácidos. A ligação covalente entre dois aminoácidos recebe o nome de ligação peptídica, gerando dipeptídeos. A ligação peptídica se estabelece com uma etapa de desidratação. O hidrogênio deste grupo se combina com a hidroxila do grupo ácido do outro aminoácido para formar a molécula de água. Porção amino-terminal Porção carboxi-terminal Cadeia Polipeptídica 15 Peptídeos e Proteínas Geralmente, os termos polipeptídeos e proteínas são usados como sinônimos mas, na verdade, os polipeptídeos tem peso molecular até 10.000 e as proteínas pesos moleculares ainda maiores. • Estrutura primária: •Sequência de aminoácidos • Estrutura secundária: •Arranjo particular estável assumido pelos resíduos de aminoácidos. A estrutura secundária As estruturas em α hélice e em folha β são estabilizadas por ligações de hidrogênio. α-hélice Curvaturas β Folhas β 17 Peptídeos e Proteínas A estrutura terciária corresponde aos aspectos tridimensionais da estrutura proteica. Para manter estável essa estrutura, são estabelecidas ligações covalentes tais como pontes dissulfeto. A estrutura quaternária é estabelecida em proteínas com duas ou mais subunidades polipetídicas. Doença da vaca louca - Príon Encefalopatias espongiformes transmissíveis Caracterizam-se pelo acúmulo, nos cérebros afetados, de uma isoforma anormal de uma proteína codificada pelo hospedeiro, a forma celular da proteína priônica (PrPC). PrPc – forma celular da proteína prion normal PrPsc – forma scrapie com conformação diferente da proteína celular. A proteína infecciosa é capaz de mudar a forma da proteína celular irreversivelmente. PrPC PrPS c Estrutura Quaternária Algumas proteínas são formadas por mais de uma cadeia polipeptídica, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo das subunidades de uma proteína em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária. Hemoglobina Dobramento Proteico Determinado por: Sequência primária (aminoácidos) Ambiente celular (aquoso, lipídico ou proteico). A estrutura nativa, em condições fisiológicas, corresponde a conformação mais estável termodinamicamente. Interação Hidrofóbica É a principal força que governa a estrutura de uma proteína. Força os aminoácidos apolares para o interior da molécula para diminuir o contato com a água. As mudanças conformacionais observadas durante o enovelamento tornam possível que resíduos distantes uns dos outros numa sequência polimérica se tornem espacialmente próximos. Mioglobina Hidrofóbicos Polares Carregados Interações químicas e estrutura proteica Interações diversas (eletrostática e coordenação por metais em A e B, respectivamente). As proteínas iniciam seu dobramento durante a sua síntese Chaperonas e o dobramento proteico O dobramento de muitas proteínas é realizado de forma mais eficiente por uma classe especial de proteínas, chamadas chaperonas. Em células eucarióticas as duas principais famílias de chaperonas moleculares conhecidas como hsp60 e hsp70. Chaperonas e o dobramento proteico HSP70 Age precocemente no dobramento proteico ainda durante a síntese. Chaperonas e o dobramento proteico HSP60 Age tardiamente no dobramento após a proteína ter sido totalmente sintetizada. Doença de Alzheimer Desnaturação Alteração drástica na estrutura tridimensional nativa de uma proteína levando a alterações nas propriedades físico-químicas e perda de função biológica. Pode ser causada por calor, ácidos ou bases fortes, solventes orgânicos, etc. Desnaturação por Calor Clara ► Albumina Albumina desnaturada Calor Desnaturação por Calor Clara ► Albumina Albumina desnaturada Calor Mudança Irreversível Desnaturação por Calor Temperatura Desnaturação por Calor Temperatura Mudança Reversível Desnaturação por alteração do pH Caseína desnaturada Coalho Agentes desnaturantes SDS Ureia e Mercaptoetanol Estocagem de medicamentos Ingestão de medicamentos Muitos hormônios, antibióticos, antitumorais e antivirais são peptídios. Devem ser estocadosem baixas temperaturas e não devem ser ingeridos com alimentos ácidos ou básicos. A bioquímica do Permanente A bioquímica da escova progressiva
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