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Percepção Visual e Profundidade

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CAPÍTULO 5 – PERCEPÇÃO
A percepção é o estudo de como integramos informações sensoriais para perceber os objetos e 
como, então, utilizamos estes perceptos (produto do processo perceptivo) para movimentarmos o mundo. 
Na visão, algumas funções do nosso sistema perceptivo são:
• Reconhecimento do objeto: refere-se à determinação do significado de um objeto, e é crucial para 
a sobrevivência. 
• Localização espacial: refere-se a determinação da posição visual dos objetos, usamos esta função 
para navegar pelos ambientes.
• Constância perceptiva: Manter constante a aparência dos objetos ainda que suas impressões na 
retina estejam sempre mudando.
Divisão do Trabalho no Cérebro
O Córtex Visual
No córtex existem mais de 100 milhões de neurônios que são sensíveis as informações visuais.
 A região mais importante do cérebro para o processamento visual é a área conhecida como córtex 
visual primário ou V1. Está localizado na parte de trás ou posterior do cérebro. Esta é a primeira região 
do córtex à qual os neurônios que enviam sinais do olho estão conectados. Todas as outras regiões 
visualmente sensíveis do córtex (mais de 30 regiões) estão conectadas aos olhos através da V1.
Os neurônios do V1 são sensíveis a muitas características contidas em uma imagem visual, tais 
como brilho, cor, orientação e movimento. E cada um destes neurônios é responsável pela análise de 
uma região muito diminuta da imagem. Estes neurônios se comunicam uns com os outros apenas em 
regiões muito pequenas. A vantagem desta disposição é que todo o campo visual pode ser analisado 
simultaneamente e com grande detalhamento. Porém o que falta a esta análise é a capacidade de 
coordenar as informações que não estão muito próximas na imagem. 
Para realizar esta tarefa, os neurônios corticais enviam as informações da V1 para as muitas outras 
áreas do cérebro que analisam a informação visual. Cada uma dessas regiões é especializada em uma 
determinada tarefa, e estas também estão em contato constante com a V1, de modo que a comunicação 
neural entre as regiões deve ser vista mais como uma conversa do que como um comando.
Sistemas de reconhecimento versus localização.
O reconhecimento de objetos depende de um ramo do sistema visual que inclui o córtex visual 
primário e uma região perto da base do córtex cerebral. 
A localização de objetos depende de um ramo do sistema visual que inclui o córtex visual primário 
e uma região do córtex próxima ao topo do cérebro.
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Localização
Separação de Objetos
A imagem projetada em nossa retina é um mosaico de brilho e cores variáveis. E o nosso sistema 
perceptivo organiza este mosaico em um conjunto de objetos distintos projetados contra um fundo.
Figura e Fundo
Em um estímulo que contém duas ou mais regiões distintas, geralmente vemos parte dele como 
uma figura e o resto como fundo. As regiões vistas como figura têm objetos de interesse, elas parecem 
mais sólidas do que o fundo e aparecem a sua frente. 
Agrupamento de objetos
Vemos não apenas objetos contra um fundo, mas também um determinado agrupamento de 
objetos. Mesmo simples padrões de pontos formam grupos quando os observamos.
A pesquisa moderna em agrupamento visual demonstrou que os determinantes Gestalt têm forte 
influência na percepção. 
Embora o agrupamento perceptual tenha sido estudado principalmente na percepção visual, os 
mesmos determinantes de agrupamento aparecem na audição. A proximidade (no tempo) opera 
claramente na audição.
Percepção da Distância
Para saber onde um objeto está precisamos saber sua distância ou profundidade.
Indicadores de Profundidade
A retina é uma superfície bidimensional, ou seja, a imagem retiniana é plana e não tem 
profundidade. Portanto precisamos usar indicadores bidimensionais ou indicadores de distância para inferir 
a distância no mundo tridimensional. Existem diversos indicadores que se combinam para determinar a 
distância percebida. Os indicadores podem ser classificados como monoculares ou binoculares, 
dependendo de envolverem um ou ambos os olhos.
Indicadores de profundidade monoculares:
• Tamanho relativo: Uma série de objetos semelhantes que diferem de tamanho, o observador 
interpreta que os objetos menores estão mais distantes.
• Interposição: Se um objeto está posicionado de modo a obstruir a visão do outro, o observador 
percebe o objeto que se sobrepõe como mais próximo.
• Tamanho relativo: Entre objetos semelhantes aqueles que parecem mais próximos do horizonte 
são percebidos como mais distantes.
• Perspectiva linear: Quando linhas paralelas numa cena parecem convergir na imagem, elas são 
vistas como desaparecendo ao longe.
• Sombreamento e as sombras: Sempre que uma superfície numa cena não recebe luz direta, forma-
se uma sombra. 
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o Sombra local ou sombreamento: Se a sombra incide numa parte do mesmo objeto que está 
bloqueando a luz.
o Sombra projetada: Se ela incide em outra superfície que não pertence ao objeto que projeta 
a sombra.
Outro importante indicador monocular envolve o movimento. E a diferença nas velocidades com 
as quais estes objetos parecem se mover oferece uma indicação de sua distância de nós, é chamada de 
paralaxe do movimento.
Ver com os dois olhos em vez de um oferece uma vantagem importante para a percepção da 
profundidade. Como estão separados, cada olho tem uma visão ligeiramente diferente da mesma cena. 
A esta diferença dá-se o nome de disparidade binocular. Ela é maior para objetos visto à curta distância e 
torna-se menor à medida que o objeto recua para longe.
Percepção do Movimento
Movimento Estroboscópico
O Movimento Estroboscópico é produzido mais simplesmente fazendo-se piscar uma luz no escuro 
e então, milissegundos depois, fazendo piscar outra luz perto de onde a primeira piscou. A luz irá parecer 
se deslocar de um lugar para o outro de um modo indistinguível do movimento real.
Movimento Induzido
Quando um objeto grande que circunda um objeto menor se movimenta, o objeto menor pode 
parecer estar se movendo, mesmo se estiver estático.
Movimento Real
A análise do movimento real é bastante complexa. Alguns trajetos de movimentos na retina devem 
ser atribuídos a movimentos do olho sobre uma cena estacionária. Outros trajetos de movimento deve ser 
atribuídos a objetos que se deslocam. Além disso, alguns objetos cujas imagens retinianas são 
estacionárias devem ser vistos como em movimento, enquanto outras que estão se movendo devem ser 
vistas como estacionários. 
Temos muito mais capacidade para detectar movimento quando vemos um objeto contra um fundo 
estruturado do que quando o fundo é uma cor uniforme e apenas o objeto que se move pode ser visto 
(movimento absoluto). 
Outro fenômeno do movimento real é adaptação seletiva, esta é uma perda da sensibilidade que 
ocorre quando observamos o movimento; a adaptação é seletiva no sentido de que perdemos 
sensibilidade ao movimento observado e a movimentos semelhantes, mas não ao movimento de direção 
ou velocidade significativamente diferente.
Alguns aspectos do movimento real são codificados por células no córtex visual. Estas células 
respondem a alguns movimentos e não a outros, e cada célula responde melhor a uma direção e 
velocidade de movimento.
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A base neural do movimento real não se restringe á ativação de células específicas. O sistema 
visual combina tanto os movimentos dos olhos como os movimentos da imagem para determinar o 
movimento percebido. 
RECONHECIMENTO
O reconhecimento de um objeto consiste em atribuí-lo em uma categoria. Podemos também 
reconhecer pessoas, o que significa atribuir a informação visual a um determinado indivíduo.
Primeiras Etapas do Reconhecimento
Nas etapas iniciais, o sistema perceptivo usa informações na retina, particularmente variações de 
intensidade, para descrever o objeto em termos de componentes básicos, comolinhas, bordas e ângulos.
Em estágios posteriores, o sistema compara esta descrição com aquelas de diversas categorias de 
objetos armazenadas na memória visual e seleciona a melhor correspondência.
Detetores de Características no Córtex
Hubel e Wiesel (1968) identificaram três tipos de células no córtex visual que podem ser 
distinguidas pelas características às quais respondem e estas células são chamadas de detetores de 
características:
• Células simples: respondem quando o olho é exposto a um estimulo linear em uma determinada 
orientação e posição dentro de seu campo receptivo.
• Célula complexa: Responde a uma barra ou borda em uma determinada orientação, mas ela não 
requer que o estímulo esteja em determinado lugar dentro de seu campo receptivo.
• Células hipercomplexas: requerem não apenas que o estímulo esteja em uma determinada 
orientação, mas também que ele tenha um determinado comprimento. 
Relacionamentos entre Características
A descrição de uma forma não se limita a suas características, os relacionamentos entre as 
características também devem ser especificados.
Estágios Posteriores de Reconhecimento
Rede Simples
AS letras são descritas em termos de certas características, e que as informações sobre as 
características pertencentes a cada letra estão contidas em uma rede de conexões e são denominadas de 
modelos conexionistas. Este modele oferece uma ponte entre os modelos psicológico e biológico. 
Redes com Retorno
Existe uma fonte adicional de ativação da letra quando ela é apresentada em uma palavra, ou seja, 
a ativação proveniente da palavra, por isso é mais fácil reconhecer uma letra em uma palavra do que 
quando ela é apresentada sozinha.
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Reconhecimento de Objetos Naturais e Processamento Descendente
Características dos Objetos Naturais
Estes reconhecimentos são mais complexos dos que linhas e curvas e mais semelhantes a formas 
geométricas simples. 
Sugeriu-se que as características dos objetos incluem diversas formas geométricas, essas 
características foram denominadas de GEONS. E um conjunto de 36 Geons, combinados de acordo com 
um pequeno conjunto de relações espaciais é suficiente para descrever as formas de todos os objetos 
possivelmente reconhecíveis pelas pessoas. 
A descrição de um objeto inclui não apenas suas características, mas também os relacionamentos 
entre elas. Uma vez construída a descrição da forma de um objeto, ela é comparada com uma série de 
descrições de geons armazenadas na memória para encontrar a melhor correspondência.
A Importância do Contexto
• Processos ascendentes: São guiados exclusivamente pela informação
• Processos descendentes: São guiados pelo conhecimento e expectativa de uma pessoa. 
Os processos descendentes subjazem os efeitos poderosos do contexto em nossa percepção dos 
objetos e pessoas. Quando algo está fora do contexto é necessário recorrer a um extenso processamento 
ascendente para fazer o reconhecimento. Sendo assim, quando o contexto é apropriado facilita a 
percepção, e quando o contexto não é apropriado ele prejudica a imagem.
Devido ao processamento descendente, nossos intuitos e desejos podem afetar nossa percepção.
Os efeitos do contexto e o processamento descendente também ocorrem com letras e palavras e 
desempenham um papel importante na leitura.
O processamento descendente ocorre até mesmo na ausência de contexto se o estímulo é 
suficientemente pobre ou fraco. Porque você usa um conhecimento específico para produzir uma 
expectativa, que então é combinada com o estímulo visual.
Colapso do Reconhecimento
Agnosia é o termo geral utilizado para colapsos ou distúrbios do reconhecimento. 
Pacientes com danos na região do lobo temporal do córtex têm dificuldade para reconhecer objetos 
quando apresentados visualmente, esta síndrome é chamada de agnosia associativa. É provável que o 
colapso ocorra em estágios posteriores do reconhecimento, nos quais o objeto de estímulo é comparado 
com descrições de objetos armazenados e uma possibilidade é que as descrições de objeto armazenadas 
se perderam ou obscureceram de alguma forma. Esses pacientes têm problemas para reconhecer certas 
categorias mas não outras.
A deficiência de categoria específica mais freqüente é a perda da capacidade de reconhecer 
rostos, chamada prosopagnosia. Esta deficiência se dá por um dano no hemisfério direito e muitas vezes 
também algum dano nas regiões homólogas do hemisfério esquerdo.
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A perda da capacidade de reconhecer palavras apresentadas visualmente chama-se alexia pura, é 
acompanhada de danos no lobo occipital esquerdo.
Outra deficiência seria a incapacidade de reconhecer coisas vivas, como animais, plantas e 
alimentos e em casos raros os pacientes são incapazes de reconhecer coisas inanimadas, como utensílios 
domésticos. 
Uma hipótese para explicar estas deficiências é que o sistema de reconhecimento normal é 
organizado em torno de diferentes classes de objetos e estes subsistemas se localizam em diferentes 
regiões do cérebro.
ATENÇÃO
Atenção é a capacidade de selecionar algumas informações para exame mais detalhado e ignorar 
outras. A atenção envolve seletividade.
Olhar e Escuta Seletivos
O meio mais simples é fisicamente redirecionar nossos receptores sensoriais, que seria mexer os 
olhos até que o objeto de interesse caia na região mais sensível da retina.
Estudos de atenção visual assinalam que os pontos sobre os quais os olhos se fixam não são 
aleatórios, são aqueles que tendem a transmitir mais informações sobre a imagem. No caso da audição 
seria mover a cabeça para que os ouvidos ficassem mais direcionados a fonte de interesse, porém isso é 
limitado, porque dependendo da situação não conseguimos fazer isso. 
A pesquisa sobre fenômeno da reunião social indica que lembramos muito pouco a respeito de 
mensagens auditivas às quais não prestamos atenção.
Existem evidencias de que nosso sistema perceptivo processa os estímulos que não atentamos, 
tanto na visão como na audição. A nossa falta de atenção não bloqueia as mensagens totalmente, ela as 
atenua, abaixando mas não desligando.
BASE NEURAL DA ATENÇÃO
Parece que o cérebro contém dois sistemas separados que mediam a atenção seletiva. Um 
sistema representa as características perceptivas de um objeto, como a localização no espaço, sua forma, 
sua cor. Ele é responsável pela seleção de um objeto entre muitos com base nas características 
associadas com aquele objeto. Ele é chamado de sistema posterior, porque as estruturas envolvidas 
encontram-se no córtex parietal e temporal, juntamente com algumas estruturas subcorticais.
O outro sistema é encarregado de controlar quando e como estas características serão usadas 
para seleção, ele é chamado de sistema anterior, porque as estruturas envolvidas são o córtex frontal e a 
estrutura subcortical. 
Quando um objeto é selecionado, regiões do cérebro que se relacionam com o atributo ao qual se 
está atentando irão mostrar atividade amplificada. Existem certas evidencias de que as regiões cerebrais 
relacionadas aos atributos que não estão em foco serão inibidas.
A atenção amplifica o que é pertinente não apenas psicologicamente, mas também biologicamente.
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Constâncias Perceptivas
Além da localização e do reconhecimento, o sistema perceptivo tem outro objetivo, que é manter 
constante a aparência dos objetos. Representamos e sentimos os objetos como eles realmente são no 
mundo, diferente de como suas imagens aparecem na retina.
Em nossa percepção de um objeto, ele permanece relativamente constante a despeito das 
mudanças de iluminação, da posição da qual o vemos, ou de sua distância de nós. E dá se o nome de 
constância perceptiva à tendência dos objetos de manterem constante sua aparência ainda que suas 
impressões na retina estejam mudando.
Constância da Luminosidade e Cor
A constância de luminosidade refere-se aofato de que a luminosidade percebida de um 
determinado objeto pode mudar muito pouco, mesmo quando a quantidade de luz refletida muda 
significamente. E irá depender dos relacionamentos entre as intensidades de luz refletidas dos diferentes 
objetos. É a porcentagem relativa de luz que determina seu brilho.
A tendência de um objeto de permanecer aproximadamente com a mesma cor sob diferentes 
fontes de luz é chamada de constância de cor. E pode ser eliminada retirando-se o objeto de seu contexto.
Constância de Forma e Localização
Constância da forma é quando o formato é constante enquanto a imagem retiniana muda.
Outro tipo de constância perceptiva envolve a localização dos objetos. Apesar do fato de que uma 
série de imagens cambiantes atingem a retina quando estamos em movimento, as posições dos objetos 
fixos parecem permanecer constantes. A constância de localização exige que o sistema visual leve em 
consideração tanto nossos movimentos quanto as imagens retinianas cambiantes. 
Constância de Tamanho
A constância de tamanho diz que o tamanho percebido de um objeto permanece relativamente 
constante independente do quão distante ele esteja. 
Dependência de Indicadores de Profundidade.
 O tamanho percebido de um objeto aumenta com o tamanho retiniano do objeto bem como com a 
distância percebida do objeto, isto é chamado de invariância tamanho-distância. Quando a distância de um 
objeto aumenta, seu tamanho retiniano diminui, mas se indicadores de distância estiverem presentes, a 
distância percebida aumenta, conseqüentemente o tamanho percebido irá permanecer aproximadamente 
constante.
Ilusões
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Ilusão refere-se a um percepto que é falso ou distorcido. O princípio tamanho distância parece ser 
fundamental para compreender-se diversas ilusões de tamanho
Qualquer que seja a modalidade sensorial, as constâncias dependem dos relacionamentos entre 
as características do estímulo, entre o tamanho retiniano e a distância no caso da constância de tamanho, 
entre a intensidade de duas regiões adjacentes no caso da constância de luminosidade.
DESENVOLVIMENTO PERCEPTIVO
Discriminação em Bebês
O estudo das capacidades inatas traça o desenvolvimento perceptivo desde o primeiro minuto de 
vida, até os primeiros anos da infância. 
Algumas capacidades inatas, como a percepção da forma, só podem aparecer depois que outras 
capacidades mais básicas, tais como a capacidade de registrar detalhes, tenham-se desenvolvido. Outras 
capacidades inatas podem exigir que haja algum tipo de estimulação ambiental durante certo período de 
tempo para que a capacidade amadureça. 
Métodos para o Estudo de Bebês
O método de observação preferencial estuda o comportamento do bebê no que se refere a sua 
tendência de olharem alguns objetos mais do que outros.
Outra técnica é o método de habituação. Ela tira proveito do fato de que embora os bebês olhem 
diretamente objetos novos, eles logo se cansam do mesmo objeto, ou seja, habituam-se a ele. 
Percepção de Formas
Para perceber um objeto uma pessoa deve primeiro ser capaz de diferenciar uma parte dele de 
outra, essa capacidade é chamada de acuidade visual. A acuidade é com freqüência avaliada variando-se 
tanto o contraste de um padrão e a freqüência espacial do padrão.
Com um mês de idade os bebês são capazes de distinguir objetos relativamente grandes, mas não 
conseguem distinguir pequenos detalhes. Essa visão é suficiente para perceber algumas características 
gerais de um objeto, incluindo algumas das características de um rosto. Com um mês de idade a acuidade 
é tão fraca que é difícil perceber as expressões faciais.
Aos três meses de idade a acuidade melhora ao ponto do bebê ser capaz de decifrar expressões 
faciais.
Percepção de Profundidade
A percepção de profundidade começa a aparecer aproximadamente aos três meses, mas só se 
estabelece plenamente depois de seis meses de idade.
Percepção de Constâncias
Como a percepção de forma e profundidade, as constâncias (forma e tamanho) perceptivas 
começam a se desenvolver nos primeiros meses de vida.
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Estimulação Controlada
Ausência de Estimulação
Quando um animal é provado de estimulação visual desde o nascimento, quanto maior o período 
de privação, maior a deficiência. 
A ausência de estimulação durante um período critico para a visão pode danificar 
permanentemente o sistema visual.
Estimulação Controlada
Certos tipos de estimulação são essenciais para a manutenção e desenvolvimento de capacidades 
perceptivas que já estão presentes no nascimento.
Percepção Ativa
Em se tratando da coordenação das percepções com as respostas motoras, a aprendizagem 
desempenha papel importante. As evidências disso são provenientes de estudos nos quais os 
participantes recebem estimulação normal, mas não impedidos de responder normalmente àquela 
estimulação. Nestas condições, a coordenação perceptivo-motora não se desenvolve. 
 
 
 
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