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UNIOESTE
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Um caráter ancestral é denominado, algumas vezes, de PLESIOMÓRFICO; o estado derivado pode ser chamado de APOMÓRFICO ou “avançado”. Um caráter ancestral compartilhado por diversas espécies é denominado SIMPLESIOMÓRFICO; um caráter derivado compartilhado por duas ou mais espécies é SINAPOMÓRIFICO. Um táxon tal como a classe Reptilia, que não inclui todos os descendentes de um ancestral, tem sido chamado de grupo PARAFILÉTICO. Escolas oponentes de Sistemática Os FENETICISTAS argumental que uma classificação será mais informativa se for baseada na similaridade global entre espécies, medida por tantas características quanto possível, mesmo que tal classificação não reflita exatamente a ancestralidade comum. A escola CLADÍSTICA de sistemática, sustenta que uma classificação deve expressar as relações de ramificação (cladísticas) entre as espécies, não importando o grau de similaridade ou de diferença. Os cladístas argumentam que numa classificação cada táxon deve ser ESTRITAMENTE MONOFILÉTICO, o que significa que irá incluir todos os descendentes de um ancestral em particular. Existem ambiguidades por trás de qualquer filosofia de classificação. A categorização absoluta dos táxons é bastante arbitrária: um taxonomista pode dividir um grupo de espécies em dois gêneros se está impressionado pelas diferenças, ou combiná-las em um gênero se as similaridades são enfatizadas. Variação em taxas evolutivas A expressão EVOLUÇÃO EM MOSAICO refere-se a diferenças entre as características em suas taxas de evolução dentro de uma linhagem. Comparados aos anfíbios do Carbonífero, por exemplo, os sapos possuem um número ancestral de arcos aórticos (2), mas um número derivado de dedos (4); humanos apresentam um número derivado de arcos aórticos (1) mas um número ancestral de dedos (5). O mosaicismo da evolução é a regra e não a exceção; os táxons superiores surgem não pela transformação coerente de todas ou mesmo da maioria de suas características, mas sim pelas alterações sequenciais em um grupo de características. Características de evolução lenta ou CONSERVATIVAS são compartilhadas frequentemente em condição similar por todos ou pela maioria dos membros de um grande grupo. A forma dos incisivos em roedores modernos tão diferentes quanto um castor (Castor) e ratos canguru (Dipodomys) é extremamente parecida àquela dos primeiros roedores fósseis. Homologia e homoplasia Um caráter é HOMÓLOGO em duas espécies se foi herdado por ambas a partir de seu ancestral comum. Por outro lado, se um determinado caráter evoluiu mais de uma vez – se é possuído por duas espécies, mas não por todos os seus ancestrais entre elas e seu ancestral comum mais recente, ele apresenta HOMOPLASIA. 41 Inferindo a filogenia a partir de dados morfológicos O problema da inferência filogenética é agrupar espécies em grupos monofiléticos que reflitam a ancestralidade comum, sem se enganar por homoplasias e taxas evolutivas diferenciais. CRITÉRIO DA PARCIMÔNIA: a árvore escolhida é aquela que requer o menor número de mudanças evolutivas ao longo de todas as suas ramificações. Os GRUPOS EXTERNOS que nos permitem dizer qual a condição é primitiva dentro do “grupo interno” que estamos analisando. RESUMO: A análise de virtualmente todas as questões sobre a história da evolução requer que a história filogenética dos grupos de espécies – as relações entre eles – seja inferida. Os fósseis ajudam algumas vezes, mas usualmente são inadequados para essa finalidade. Entretanto, várias técnicas tornam possível inferir as relações filogenéticas entre espécies viventes. Os principais obstáculos às análises filogenéticas são as taxas desiguais de evolução e a evolução convergente, mas esses problemas podem ser minimizados se a direção da evolução de muitas características puder ser especificada. Os dados macromoleculares são uma fonte rica de informações para a análise filogenética. BIOGEOGRAFIA A biogeografia é o estudo das distribuições geográficas dos organismos. Procura explicar como as espécies e táxons superiores são distribuídas e porque a composição taxonômica da biota varia de uma região para outra. A biogeografia relaciona-se intimamente tanto com a ecologia como com a geologia, pois as respostas para alguns problemas biogeográficos são mais ecológicas e, para outros, mais históricas. Os biogeógrafos históricos tendem a ver as distribuições em grande parte como consequência de acontecimentos passados, tais como a deriva dos continentes, ao passo que os biogeógrafos ecológicos tendem a invocar fatores contemporâneos como as interações interespecíficas ou a distribuição dos hábitats. A biogeografia histórica depende inteiramente de uma taxonomia filogeneticamente correta. Não há sentido em tentar explicar a distribuição de um táxon a não ser que seus membros constituam realmente um grupo monofilético. Padrões geográficos Apesar de algumas espécies terem praticamente distribuição cosmopolita, a área geográfica de cada espécie é limita em diferentes graus e a maioria dos táxons superiores é igualmente ENDÊMICA – isto é, restrita – a uma determinada região geográfica. Wallace e outros biogeógrafos pioneiros perceberam que muitos táxons endêmicos apresentavam distribuições mais ou menos congruentes. No interior dos grandes reinos, barreiras à dispersão, tais como cadeias de montanhas ou regiões de mudanças ambientais abruptas, como a orla de desertos, muitas vezes definem os limites entre associações de espécies. Apesar de determinado tipo de hábitat poder ocorrer em diversos lugares do mundo largamente separados entre