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Engenharia Econômica Marcos Ferreira Santos http://lattes.cnpq.br/3601723989446846 Bibliografia Básica GITMAN. L. J. Princípios de Administração Financeira. 12ª ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. MATIAS, Alberto B.; LOPES JR., Fábio. Administração Financeira nas Empresas de Pequeno Porte. Barueri: Manole, 2002. NAKANO, YOSHIAKI. Engenharia Econômica e Desenvolvimento in: RAE – Revista de Administração de Empresas, V. 7, n. 22, p. 89-112, 1967. PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. Objetivos da Disciplina Assimilar os principais pressupostos teóricos que fundamentam a engenharia econômica. Conhecer os conceitos de juros e funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Familiarizar-se com Orçamento de Capital e Fluxo de Caixa e Análise de Risco de Projetos. Ementa de Engenharia Econômica Noções de Matemática Financeira. Juros Simples e Compostos. Equivalência de Fluxos de Caixa. Taxas. Sequências de Pagamentos e Recebimentos. Avaliação de Crediário Padrão. Sistemas de Amortização. Sistema Financeiro Nacional. Risco e Retorno. Avaliação de Ações. Orçamento de Capital e Princípios de Fluxo de Caixa. Critérios de Avaliação de Investimentos. Análise de Risco de Projetos. Engenharia Econômica Com alta da Selic, juro para consumidor subiu 12,9 % Brasília - Desde que iniciou o atual ciclo de aperto monetário, em abril de 2013, a taxa básica de juros subiu 7 pontos porcentuais. No mesmo período, o custo para quem toma empréstimo aumentou 12,9 pontos porcentuais, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Em março de 2013, a Selic estava em 7,25% ao ano e nesta quarta-feira, 29, chegou a 14,25% ao ano, o maior nível desde agosto de 2006. Já o juro médio bancário passou nesses pouco mais de dois anos de 30,60% para 43,47% ao ano. Além da diferença de magnitude, haverá também diferença temporal dos aumentos. Para a maior parte do mercado financeiro, o Banco Central encerrou ontem o ciclo de alta dos juros. Mesmo que isso seja confirmado na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro, os reflexos na economia continuarão. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, explicou que há realmente uma defasagem entre um e outro ciclo, mas ressaltou que outros fatores também podem influenciar a perpetuação desses impactos por mais ou menos tempo, como a oferta e a demanda por financiamentos. Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/desde-inicio-de-ciclo-de-alta-da-selic-juro-para-consumidor-subiu-12-9-p-p O que é a Selic? Sistema Especial de Liquidação ou Custódia - Selic = Taxa de Financiamento do mercado interbancário (empréstimos entre bancos) para operações de 1 dia ou overnight (durante a noite) para operações que possuem lastro em títulos federais, títulos estes que são negociados no Sistema Especial de Liquidação ou Custódia (SELIC). O que é a Selic? Como é a taxa básica para operações diárias e com prazo apenas no dia em que são realizadas, os bancos oferecem como lastro/garantia títulos públicos de curtíssimo prazo. Os títulos públicos reduzem o risco, mas também a remuneração. Ao utilizar os títulos públicos e, por ser uma operação diária, pode-se imaginar a volatilidade relativa desta taxa em momentos instabilidade econômica ou o contrário, sua homogeinedade em períodos de estabilidade econômica. Engenharia Econômica. Sobre o que trata? Nos anos 50 E. L. Grant e W. G. Ireson resolveram dar uma forma sistematizada à análise de investimento produtivos, surgindo assim a displina da Engenheria Econômica (PILÃO; HUMMEL, 2002). Engenharia Econômica. Sobre o que trata? Nakano (1967) afirma que enquanto a engenharia procura controlar e manipular a natureza em benefício do homem, buscando a eficiência tecnológica; a economia procura estudar os aspectos sociais da produção e distribuição, buscando a eficiência econômica. Engenharia Econômica Eficiência Tecnológica Eficiência Econômica Engenharia Econômica Thuesen (apud Nakano 1967): As funções da Engenharia Econômica resumem-se em: Determinar o objetivo; Determinar os fatores e meios estratégicos; Avaliar as alternativas de engenharia; Interpretar o significado econômico dos projetos de engenharia; Assistir no processo decisório. Engenharia Econômica Matemática Financeira (base) Engenharia Econômica (Técnica) Matemática Financeira A principal ferramenta e a base na qual se fundamenta a técnica da Engenharia Econômica é a Matemática Financeira. PA- Progressão Aritmética PG – Progressão Geométrica Plano Cruzado completa 30 anos Em 28 de fevereiro de 1986, uma sexta-feira, o governo de José Sarney (PMDB) decretou feriado bancário e anunciou o Plano Cruzado, uma espécie de "irmão mais velho" mal-sucedido do Plano Real. Eram tempos de inflação alta. Chegou a 235% em 1985 --para comparar, em 2015, foi de 10,67%. Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/02/28/plano-cruzado-30-anos-criou-tabela-da-sunab-e-fiscais-do-sarney-lembre.htm Plano Cruzado completa 30 anos A moeda do momento era o cruzeiro (Cr$). Cortaram três zeros e mudaram o nome: virou Cruzado (Cz$). Cruzeiro (Cr$) e Cruzado (Cz$) Para evitar o custo de reimpressão algumas notas foram carimbadas Nota do Cruzado Reimpressa Subiram os salários: aumento de 8% aos funcionários públicos e de 15% para o salário mínimo (na época, de Cz$ 804, equivalente a US$ 67). Criou-se também o "gatilho salarial" ou "seguro-inflação": os salários deveriam subir automaticamente sempre que a inflação passasse de 20%. Plano Cruzado No começo, deu certo. O poder de compra e as condições de vida dos brasileiros melhoraram. O presidente virou herói da Nova República. Mas não durou muito. Houve um aumento do poder de compra muito rápido. Houve filas e até racionamento de produtos. O governo chegou a apelar para a "desapropriação" de bois no pasto para tentar atender o consumidor. Plano Cruzado Moedas do Brasil Fonte: https://br.pinterest.com/pin/310889180507819154/ PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. – Capítulo Base Introdução. Bibliografia Básica O fluxo de caixa é a relação dos pagamentos e recebimentos que uma companhia, ou mesmo uma pessoa física, deverá honrar em dado período (PILÃO; HUMMEL, 2006). No diagrama do fluxo de caixa, o tempo (n) é representado por uma reta ou escala de tempo horizontal orientada da esquerda para a direita, que tem sua origem na extrema esquerda pelo número “0”, sendo este o número presente. Fluxo de Caixa Representação Gráfica de Fluxo de Caixa Início do Primeiro Período Final do 1° Período e início do 2° Período Final do 3° Período e início do 4° Período Final do 5° Período e início do 6° Período Final do 7° Período e início do 8° Período Final do 9° Período e início do 10° Período Final do 11° Período e início do 12° Período Final do 2° Período e início do 3° Período Final do 4° Período e início do 5° Período Final do 6° Período e início do 7° Período Final do 8° Período e início do 9° Período Final do 10° Período e início do 11° Período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Sendo 0 o primeiro período, 1 representa o 2° período e assim por diante (2 – 3° período, etc...), até o período da ordem n-1, queterá seu término no enésimo (11°) período, representando um ano fiscal. Fluxo de Caixa O Ano Fiscal representa o período de tempo padrão para realizar uma demonstração contábil / financeira dos resultados da empresa. Na maioria das empresas e repartições públicas os orçamentos são aprovados em termos anuais (1 ano). O exercício pode ser de um ano civil (365 dias) ou ano comercial (360 dias – utilizado para simplificar os cálculos com datas). Ano Fiscal Os valores referentes a desembolso, ou saída de dinheiro (custos, investimento, etc...), são considerados algebricamente negativos e representados por uma seta orientada para baixo. As entradas de dinheiro, ou receitas (vendas, etc...) são valores considerados algebricamente positivos e representados por uma seta orientada para cima. Representação Gráfica dos Valores nos Fluxos de Caixa Representação Gráfica Representação encurtada do período temporal 0 n1 n - 1 2 $ - Entrada de Caixa $ - Saída de Caixa Digamos que um engenheiro invista R$ 500.000,00 na compra de um terreno em Laranjeiras, pago em duas parcelas (1° e 3° mês) de R$ 250.000,00, havendo um desembolso posterior de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) de 2% (5° mês), e mais R$ 2.000 (valor estimado) a título de Escritura Pública e Registro do Imóvel (7° mês). Exemplo - Terreno Exemplo - Terreno 0 1 2 3 4 5 6 7 R$ 250.000,00 R$ 250.000,00 R$ 10.000,00 R$ 2.000,00 1° Parcela 2° Parcela ITBI Escritura Pública e Registro do Imóvel Faça a Representação Gráfica do seguinte cenário: Um jovem e promissor engenheiro procura abrir sua firma de manutenção predial. Para tanto ele compra (em 3 parcelas iguais a partir do 1° mês, sem juros) uma sala comercial no valor de R$ 150.000,00. Posteriormente, no 4° mês investe mais R$ 20.000,00 em material de escritório e equipamentos. No 1° mês (em conjunto com uma das parcelas) incide o ITBI de 2% (Serra-ES) e no 3° (também em conjunto com uma das parcelas) incidem a Escritura Pública e o Registro de Imóvel (+ ou – R$ 2.000,00). Exercício 1 Faça a Representação Gráfica do seguinte cenário: Os custos estimados para a aquisição de um equipamento de alinhamento ótico de eixos a laser é de R$ 15.000,00. Um MEI (Microempreendedor Individual) o adquire quando decide prestar serviços (1° mês). No entanto a manutenção do equipamento custa R$ 500,00 por ano e o mesmo gera uma receita anual de R$ 4.000,00. Monte o gráfico de fluxo de caixa para 5 anos e avalie o investimento. Exercício 2 Taxa de juros ao dia – a. d. Taxa de juros ao mês – a. m. Taxa de juros ao Trimestre – a. t. Taxa de juros ao semestre – a. s. Taxa de juros ao ano – a. a. Taxa de Juros A taxa de juros para dado período de tempo é apresentada de duas formas: Para uma taxa de 15 por cento ao mês. A representação pode ser em porcentagem (15%) ou em fração decimal (0,15 a.m.). Na representação gráfica do fluxo de caixa a taxa de juros é colocada no final da mesma, em uma caixa do lado direito. Representação da Taxa de Juros Representação Gráfica da Taxa de Juros i = 15 a. m 0 nn - 1 Para: a. d. – Se possível o gráfico por dia. a. m. – Se possível ao mês, durante um exercício fiscal (12 meses) a. b. – Se possível ao bimestre (cada 2 meses) a. t. – Se possível ao trimestre (cada 3 meses) a. s. – Se possível ao semestre (cada 6 meses) a. a. – Se possível por ano. Organizar graficamente os juros Melhor forma de organizar seu gráfico (subdivir as parcelas) para: 1. Um empréstimo de 5 dias (inserir sábado e domingo em algum ponto do gráfico); 2. Um empréstimo com juros ao mês de 2 anos; 3. Um empréstimo com juros bimestrais de 1 ano; 4. Um empréstimo com juros trimestrais de 2 anos; 5. Um empréstimo com juros semestrais de 4 anos; 6. Um empréstimo com juros anuais de 6 anos. Atividade de Fixação Somatório Principal mais Juros 0 1 i = 15 a. m S = 23.000,00 Para um empréstimo de R$ 20.000,00 com juros 15 a. m. representação do valor devido ao final do mês. R$ 20.000,00 Capital inicial é o valor presente, ou valor atual, de determinada quantidade monetária localizada à esquerda do fluxo de caixa e que deseja ser aplicada ao longo do tempo (deslocada para direita). Para o caso de um empresário que dispusesse R$ 50.000,00 para adquirir micrômetros digitais (posteriormente irá revendê-los, mas não neste exemplo). Capital Inicial Capital Inicial P = 50.000,00 0 nn - 1 Representará uma série uniforme de pagamentos e / ou recebimentos nominalmente iguais que serão efetuados ao final de cada período, desde o período 1 até o n. Começam no período 1 porque ele representa o final do 1° período, sendo consecutivos e podendo estar sujeitos a determinada taxa de juros. Portanto, podem ser denominados como prestação. Série Uniforme de Pagamentos e / ou Recebimentos Nominalmente Iguais Série Uniforme de Pagamentos e / ou Recebimentos Nominalmente Iguais 1 nn - 1 R O símbolo usado para esta prestação, dividida ao longo do tempo é a letra R. P - Capital inicial é o valor presente, ou valor atual, de determinada quantidade monetária localizada à esquerda do fluxo de caixa. S – Somatório do valor devido, acrescido de juros ao final de um período temporal n. R – série uniforme de pagamentos e / ou recebimentos nominalmente iguais que serão efetuados ao final de cada período. n – Período temporal a ser discriminado para representação de um fluxo de caixa. i - Taxa de juros do fluxo de caixa. Recapitulando Série em Gradiente de Pagamentos ou Recebimentos 1 2 3 4 n - 2 n - 1 n Representará uma série de pagamentos ou recebimentos, cujos valores crescem uniformimente ao longo do tempo, sendo uma progressão aritmética (PA). 1.000 1.100 1.200 1.300 G = Crescimento Um casal de engenheiros civis recém formado decidiram investir R$ 400.000,00 na aquisição de um conjunto de equipamentos para testes estruturais. Além da aquisição dos equipamentos o casal decidiu alugar uma sala pelo período de um ano, com o valor mensal de R$ 5.000,00; contratar uma secretária que representa o valor mensal de R$ 1.350,00 (com custos trabalhistas) e arcar com os custos fixos do escritório, representando mais R$ 1600,00 mensais. No 8° mês foi necessário realizar um empréstimo de 1 mês no valor de R$ 8.000,00 a título de fluxo de caixa, que foi pago no fim do mês com juros de 10 a. m. No final do ano fiscal, a receita total do casal de micro empresários foi de R$ 180.000,00. Fazer a representação gráfica do fluxo de caixa e julgar o investimento ao final do ano fiscal. Atividade de Fixação ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. BRANCO, A. C. C. Matemática Financeira Aplicada: Método algébrico, HP- 12C, Microsoft Excel. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. MATHIAS, W. F.; GOMES, J. M. Matemática Financeira. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo: Makron Books, 2004. Bibliografia Básica Juros (J)- Remuneração obtida a partir do capital de terceiros Capital (C) ou Valor Presente (VP)ou Present Value (PV) ou Principal (P) – É o recurso financeiro, base para o cálculo da taxa de juros, normalmente locado na data focal zero de determinada operação financeira(préfixada ou pósfixada). Taxa de Juros (i) – Coeficiente da relação dos juros (J) com o capital (C). Prazo ou Tempo ou Períodos (n) – É o tempo necessário para certo capital (C) aplicado a uma taxa (i) produzir um montante (M). Montante (M) ou Valor Futuro (VF) ou Future Value (FV) ou Soma (S) – Quantidade monetária resultante de uma operação financeira ou comercial após dado período de tempo, sendo a soma do Capital (C) com os juros (J). Terminologia O custo dos empréstimos bancários varia para diferentes tipos de tomadores de empréstimo em dado ponto do tempo e para todos os tomadores com o passar do tempo (WESTON; BRIGHAM, 2004). Introdução aos Juros Diferentes tomadores Dado ponto do tempo Todos os tomadores Passar do tempo O risco envolvido na operação, representado pela incerteza envolvida no empréstimo. A perda de poder de compra do capital motivada pela inflação. O capital emprestado (aplicado). Os juros devem gerar lucro para compensar o empréstimo. As taxas de juros devem ser eficientes de maneira a remunerar As taxas de juros são mais elevadas para os tomadores de maior risco e também para os empréstimos menores por causa dos custos fixos envolvidos na efetivação e prestação de serviços dos empréstimos. No entanto, se uma empresa tem porte e é considerada sólida ela pode contrair empréstimos a Prime Rate (WESTON; BRIGHAM, 2004). Introdução aos Juros Taxa de juros publicada, cobrada pelos bancos comerciais para empresas de porte e consideradas sólidas financeiramente (WESTON; BRIGHAM, 2004). Prime Rate Maior Risco; Pequenos Empréstimos Solidez Financeira Grande porte Taxas de Juros para Empréstimos Avaliação de Risco e Taxa de Juros R e m u n e ra ç ã o p e lo R isc o Taxa Pura de Juros i0 i% Risco O risco nas operações financeiras pode ser maior devido a causas diversas como: • Inadimplência; • Tempo do empréstimo; • Quantidade de capital emprestado; • Situação econômica do país; Em qualquer operação financeira normalmente ocorre o pagamento de juros, taxas, impostos, etc. Alguns destes pagamentos são caracterizados como prejuízos enquanto outros como despesas financeiras (BRANCO, 2002). Taxa de Juros A taxa de juros é a remuneração recebida pelo capital investido, ou paga pelo empréstimo contraído. Taxa de Juros Capital Investido Empréstimo contraído i = Taxa de juros Podemos considerar a taxa de juros como o aluguel pago pelo dinheiro que foi emprestado. Taxa de Juros Posição Banco a.m. a.a. 14 Banco Citibank 3,83 56,96 17 Banco Santander 4,33 66,25 18 Banco Banestes 4,37 67,14 23 HSBC 4,7 73,60 25 Caixa Econômica Federal 4,76 74,64 26 Banco do Brasil 4,78 75,06 Taxas válidas de 16/02/2016 a 22/02/2016 para Pessoa física - Crédito pessoal não consignado. Juros pré-fixados. Fonte: http://www.bcb.gov.br/pt-br/sfn/infopban/txcred/txjuros/Paginas/RelTxJuros.aspx?tipoPessoa=1&modalidade=221& A taxa de juros é a razão entre os juros cobráveis ou pagáveis ao final de determinado período de tempo e o dinheiro efetivamente investido ou devido no início daquele mesmo período. Ex: Um empresário pagou R$ 25.000 por um empréstimo de R$ 20.000 ao final do mês de Julho. Taxa de Juros = 25.000 − 20.000 = 5.000/20.000 = 0,25 ou 25% ou 25 a.m. Taxa Percentual Taxa Unitária 0,25% 0,0025 1,5% 0,015 5% 0,05 10% 0,1 65% 0,65 150% 1,5 550% 5,5 1500% 15,0 As taxas de juros podem ser apresentadas como taxa percentual ou unitária No caso de uma aplicação efetuada em prazo diferente (em 1 mês por exemplo) da taxa de juros da operação (anual) deve ser feito um rateio. Os critérios para a transformação do prazo e da taxa podem seguir os juros simples (média aritmética) ou de juros compostos (média geométrica). As taxas de juros devem ser expressas na mesma unidade de tempo Quando o regime de juros são os juros simples, a remuneração pelo principal é diretamente proporcional ao seu valor e ao tempo da aplicação (MATHIAS; GOMES, 2013). Juros Simples Juros Simples 𝐽1 = 𝑃𝑉 × 𝑖 𝐽2 = 𝑃𝑉 × 𝑖 + 𝑃𝑉 × 𝑖 𝐽3 = 𝑃𝑉 × 𝑖 + 𝑃𝑉 × 𝑖 + 𝑃𝑉 × 𝑖 Logo, 𝐽𝑛 = 𝑃𝑉 × 𝑖 + 𝑃𝑉 × 𝑖 + ⋯+ 𝑃𝑉 × 𝑖 Portanto 𝐽 = 𝑃𝑉 × 𝑖 × 𝑛 3.1.1 - Suponhamos que se tome emprestada a quantia de R$ 10.000 por 2 anos, à taxa de 10 % a. a. Qual será o valor pago como juro? Qual o montante no final do empréstimo? 3.1.2 – Uma prestadora de serviços de manutenção de sistemas inteligentes contraiu um empréstimo de R$ 15.000 por 5 anos, à taxa de 5 % a.s. Qual será o valor pago como juro? Qual o montante ao final do empréstimo? Atividade 3.1 𝑃𝑉 = 𝐽 𝑖×𝑛 𝑛 = 𝐽 𝑃𝑉×𝑖 𝑖 = 𝐽 𝑃𝑉×𝑛 Fórmulas Deduzidas Para deduzir o Valor Presente Para deduzir o Tempo Para deduzir a Taxa de Juros Valor Presente ou Capital (C) ou Principal (P) 3.2.1 – Deduza o Capital de um investimento que rendeu R$ 5.000 a juros de 5 % a.a. depois de 2 anos. 3.2.3 – Claudia e Claudia abriram a 𝐶2 reformas, conseguindo uma receita anual de R$ 20.000 ao final de seu segundo ano. Se tal valor fosse o montante de um investimento, aplicado a juros simples de 0,6853 a.m. por 2 anos, quanto seria? Atividade 3.2 3.3.1 – Daiane, Daniele e Davila formaram a D3 Terraplanagem Ltda. Para comprar o equipamento necessário para seu novo empreendimento os colegas contraíram um empréstimo de R$ 50.000,00 do qual foram cobrados R$ 5.000,00 à juros de 5% (ao ano). Calcule o tempo no qual este empréstimo foi quitado. Atividade 3.3 3.4.1 – Rodrigo e Rodrigo precisavam quitar uma nota promisória de um empréstimo de R$ 25.000,00 que rendeu juros (ao ano) de R$ 6.250,00 ao final de 4 anos. Qual foi a taxa de juros deste empréstimo? Atividade 3.4 BM&FBOVESPA Episódio 8 - Como lidar com os juros nas compras, investimentos e empréstimos https://www.youtube.com/watch?v=4VHZuiKgHQw Episódio 15 - Usando bem o crédito https://www.youtube.com/watch?v=AHOGOWd9cVI Episódio 16 - Produtos de crédito: cheque especial e cartão de crédito https://www.youtube.com/watch?v=JRKn8Oy1NaU Episódio 17 - Produtos de crédito: CDC, crédito pessoal e crédito consignado https://www.youtube.com/watch?v=iNFhoYQZtCQ Episódio 19 - Cuidados com o crédito informal https://www.youtube.com/watch?v=Zg43DCyKUas Episódio 22 - Como agir diante da queda das Taxas de Juros? https://www.youtube.com/watch?v=HbmkGsBVUB4 Vídeos Relacionados ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. BRANCO, A. C. C. Matemática Financeira Aplicada: Método algébrico, HP- 12C, Microsoft Excel. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. MATHIAS, W. F.; GOMES, J. M. Matemática Financeira. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo: Makron Books, 2004. Bibliografia Básica Juros (J)- Remuneração obtida a partir do capital de terceiros Capital (C) ou Valor Presente (VP)ou Present Value (PV) ou Principal (P) – É o recurso financeiro, base para o cálculo da taxa de juros, normalmente locado na data focal zero de determinada operação financeira (préfixada ou pósfixada). Taxa de Juros (i) – Coeficiente da relação dos juros (J) com o capital (C). Prazo ou Tempo ou Períodos (n) – É o tempo necessário para certo capital(C) aplicado a uma taxa (i) produzir um montante (M). Montante (M) ou Valor Futuro (VF) ou Future Value (FV) ou Soma (S) – Quantidade monetária resultante de uma operação financeira ou comercial após dado período de tempo, sendo a soma do Capital (C) com os juros (J). Terminologia Taxa Percentual Taxa Unitária 0,25% 0,0025 1,5% 0,015 5% 0,05 10% 0,1 65% 0,65 150% 1,5 550% 5,5 1500% 15,0 As taxas de juros podem ser apresentadas como taxa percentual ou unitária Juros Compras à Crédito Cheque Especial Prestação da Casa Própria Desconto de Duplicata Vendas à Prazo Financiamentos Empréstimos Juros Fazem Parte de Nossa Vida De acordo com Branco (2002) os Juros Simples são um regime de capitalização linear. O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor do capital inicial (C) ou (P). Portanto, sobre os juros gerados a cada período (parcela), não incidirão novos juros. Introdução aos Juros Ano Saldo no início de cada ano (R$) Juros apurados para cada ano (R$) Saldo devedor ao final de cada ano (R$) Crescimento anual do saldo devedor (R$) 2015 - - 1.000,00 - 2016 1000,00 0,1 x 1.000,00 = 100,00 1.100,00 100,00 2017 1.100,00 0,1 x 1.000,00 = 100,00 1.200,00 100,00 2018 1.200,00 0,1 x 1.000,00 = 100,00 1.300,00 100,00 2019 1.300,00 0,1 x 1.000,00 = 1.400,00 100,00 Juros Simples Para um empréstimo de R$ 1.000,00 contraído em janeiro de 2015 com juros anuais de 10%. De acordo com Assaf Neto (2012) os juros simples tem aplicações práticas bastante limitadas. São raras as operações financeiras e comerciais que formam seus montantes de juros segundo o regime da capitalização linear. O uso do juro simples se restringe às operações bancárias de curto prazo. Aplicação Prática dos Juros Simples Os juros simples são usados para o cálculo dos valores monetários das poucas operações que os utilizam: - Encargos a pagar (Para empréstimos); - Rendimentos financeiros (Para aplicações); Mas para a apuração do efetivo resultado de uma aplicação (mesmo que utilize juros simples em encargos ou rendimentos) o regime utilizado é de juros compostos. Aplicação Prática dos Juros Simples Juros Exatos – Levam em consideração o ano civil que tem 365 dias. Juros Comerciais – Levam em consideração o ano comercial que tem 360 dias. Juro Exato e Juro Comercial Considere o caso de juros de 12% a.a. Nos Juros Exatos: 12%(0,12) 365 = 0,00032876 Nos Juros Comerciais: 12%(0,12) 360 = 0,0003333333 Portanto, para efeito de cobrança diária, os juros comerciais são ligeiramente superiores. Porque o Mercado adota como praxe o Juro Comercial? Leopoldo pagou ao Bradesco a importância de R$ 5,00 de juros simples por um dia de atraso sobre uma prestação de R$750,00. Qual foi a taxa mensal aplicada pelo banco? Atividade 4.1 Gabriel obteve R$ 5.120,00 em um fundo de poupança por 12 meses em 2014, a juros anuais de 6,4%. Qual foi o valor de capital que Gabriel investiu? Atividade 4.2 Hot money, em sua origem, designa fundos aplicados em ativos financeiros, em diversos países, que atraem pela possibilidade de ganhos rápidos devido a elevadas taxas de juros ou a grandes diferenças cambiais. São operações de curtíssimo prazo, em que os recursos podem ser deslocados de um mercado para outro com muita rapidez. Empréstimos com Hot Money No Brasil, o termo hot money, amplamente empregado por bancos comerciais, por extensão de sentido aplica-se também a empréstimos de curtíssimo prazo (de 1 a 29 dias). Esses empréstimos têm a finalidade de financiar o capital de giro das empresas para cobrir necessidades imediatas de recursos. http://www.bcb.gov.br/glossario.asp?Definicao=603&idioma=P&idpai=GLOSSARIO Empréstimos com Hot Money Calcule o juro da aplicação de um capital (principal) de R$ 30.000,00 à taxa anual de 32,40% pelo prazo de 65 dias. Atividade 4.3 O ano comercial segue a convenção NASD 30/360 com 30 dias sendo atribuídos a cada mês para facilitar o cálculo. Esta é uma convenção antiga, sendo aceita no mercado internacional. No caso do juro comercial, de acordo com Branco (2002) se deve utilizar sempre o ano comercial. Ano Comercial A convenção mais comum é a de três períodos do ano de 365 dias, intercalados por um ano bissexto de 366 dias (total de 4 anos, 3 comuns + 1 bissexto). Esta modalidade é chamada de juro exato. Ano Exato Calcule o valor de uma multa de 1 mês com base em juros comerciais de 0,5 % a.d. para uma promissória no valor de R$ 960,00. Atividade 4.4 Calcule o valor de uma multa de 3 meses com base em juros exatos de 0,5 % a.d. para uma promissória no valor de R$ 960,00 a partir de 1° de Junho. Atividade 4.5 A soma do capital com os juros do período se chama montante (M). 𝑀 = 𝑃 + 𝐽 𝑀 = 𝑃 + (𝑃 × 𝑖 × 𝑛) 𝑀 = 𝑃(1 + 𝑖 × 𝑛) Montante Jhonatan economizou R$ 8.000,00 ao longo de 2013, investindo em 2 de Janeiro de 2014 na caderneta de poupança e recuperando seu investimento em 2 de Janeiro de 2015. Considerando o rendimento anual em 2014 de 6,4351% (Fonte: Banco Central) calcule o Montante (M) que Jhonatan pode retirar ao fim de seu investimento. Atividade 4.6 De acordo com Assaf Neto (2012) a maioria das taxas aplicadas no mercado brasileiro estão referenciadas em juros simples, mas a formação dos montantes das operações processa-se exponencialmente (juros compostos). Juros Simples e Compostos UFPR TV Trocando em miúdos – Caderneta de Poupança - https://www.youtube.com/watch?v=12xWIKr21Xc Vídeos Relacionados ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. BRANCO, A. C. C. Matemática Financeira Aplicada: Método algébrico, HP- 12C, Microsoft Excel. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. MATHIAS, W. F.; GOMES, J. M. Matemática Financeira. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo: Makron Books, 2004. Bibliografia Básica Juros (J)- Remuneração obtida a partir do capital de terceiros Capital (C) ou Valor Presente (VP)ou Present Value (PV) ou Principal (P) – É o recurso financeiro, base para o cálculo da taxa de juros, normalmente locado na data focal zero de determinada operação financeira (préfixada ou pósfixada). Taxa de Juros (i) – Coeficiente da relação dos juros (J) com o capital (C). Prazo ou Tempo (t) ou Períodos (n) – É o tempo necessário para certo capital (C) aplicado a uma taxa (i) produzir um montante (M). Montante (M) ou Valor Futuro (VF) ou Future Value (FV) ou Soma (S) – Quantidade monetária resultante de uma operação financeira ou comercial após dado período de tempo, sendo a soma do Capital (C) com os juros (J). Terminologia Taxa Percentual Taxa Unitária 0,25% 0,0025 1,5% 0,015 5% 0,05 10% 0,1 65% 0,65 150% 1,5 550% 5,5 1500% 15,0 As taxas de juros podem ser apresentadas como taxa percentual ou unitária Juros compostos têm grande importância financeira, por serem aplicados à quase totalidade das operações. No regime de juros compostos o juro gerado pela aplicação será incorporado à mesma, passando a ser contabilizado para o cálculo de juros do período seguinte. Diz-se, portanto, que os juros são capitalizados ou compostos (ASSAF NETO, 2012; BRANCO,2002; MATHIAS; GOMES, 2013). Em termos matemáticos é o cálculo exponencial de juros (BRANCO, 2002). Introdução aos Juros Compostos Ano Saldo no início do ano (R$) - Simples Juros apurados para cada ano (R$) Saldo no início do ano (R$) - Composto Juros apurados para cada ano (R$) 2015 - - - - 2016 1.200,00 0,2 x 1.000,00 = 200,00 1.000,00 200,00 2017 1.400,00 0,2 x 1.000,00 = 200,00 1.440,00 240,00 2018 1.600,00 0,2 x 1.000,00 = 200,00 1.728,00 288,00 Comparação Juros Simples e Compostos Para um empréstimo de R$ 1.000,00 contraído em janeiro de 2015 com juros anuais de 20%. O uso dos juros compostos na economia se justifica porque pessoas, empresas, bancos e o Governo costumam reinvestir as quantias geradas pelas aplicações financeiras. Juros Compostos 𝐶1 = 𝐶0(1 + 𝑖) 𝐶2 = 𝐶1 1 + 𝑖 𝐶3 = 𝐶2(1 + 𝑖) 𝐶4 = 𝐶3(1 + 𝑖) Portanto 𝐶𝑛 = 𝐶0(1 + 𝑖) 𝑛 ou 𝑃𝑉 = 𝐹𝑉 (1+𝑖)𝑛 Juros Compostos 𝐶𝑛 = 𝐶0(1 + 𝑖) 𝑛 (1 + 𝑖)𝑛 = Fator de capitalização ou Valor Futuro (FV) e 𝑃𝑉 = 𝐹𝑉 (1+𝑖)𝑛 𝐹𝑉 (1+𝑖)𝑛 = Fator de atualização ou Valor Presente (VP ou PV). Juros Compostos Qual o valor de resgate de uma aplicação de R$ 14.000,00 em um título pelo prazo de 6 meses à taxa de juros composta de 3,5% ao mês? Atividade 5.1 Posição Ranking Banco a.m. a.a. 12 Banco do Brasil 9,79% 206,78% 14 Caixa Econômica Federal 9,80% 207,15% 17 Itaú Unibanco S.A. 10,46% 229,96% 18 Banco Bradesco 10,99% 249,61% 20 Banco Santander 13,04% 335,34% Taxas de Juros do Cheque Especial Fonte: Retirado de Banco Central do Brasil, período de 17/08/2015 a 21/08/2015. http://www.bcb.gov.br/pt-br/sfn/infopban/txcred/txjuros/Paginas/RelTxJuros.aspx?tipoPessoa=2&modalidade=216&encargo=101 Calcule o montante de uma conta em débito no crédito especial de R$ 80,00 após 3 meses (considere os juros aplicados como os do Bradesco). Atividade 5.2 Calcule o montante de uma dívida no crédito do cheque especial de R$ 200,00 após 4 meses (considere os juros aplicados como os da Caixa Econômica). Atividade 5.3 Nelson entrou no cheque especial como “capital de giro” para sua empresa de galvanização no valor de R$ 10.000,00 para pagamento em 56 dias. Sabendo que a conta de sua empresa é no Santander e que os juros cobrados são de 335,34% a.a., qual é valor que Nelson devia ao final do prazo? Qual o valor apenas dos juros? Atividade 5.4 Taxas de juros compostos podem ser equivalentes. São equivalentes porque promovem a igualdade de montantes de um mesmo capital ao final de certo período de tempo (ASSAF NETO, 2012). Taxas Equivalentes Como fazer a equivalência de uma taxa de juros compostos entre dias e ano? (1 + 𝑖)𝑛1 = (1 + 𝑖)𝑛2 𝑖𝑞 = 𝑞 1 + 𝑖 − 1 Onde q = Número de períodos de capitalização Taxas Equivalentes 1. Calcule a taxa equivalente composta mensal de 10,3826% a.s. 2. Calcule a taxa equivalente composta semestral de 10,3826% a.a. Atividade 5.5 Agora, calcule o montante de um capital de R$ 10.000,00 aplicado à taxa de 1,66% a.m. e de 10,3826 % a.s. por 2 anos. C = 10.000 i = 1,66% a.m. ou 10,3826 % a.s. n = 2 anos (fazer a equivalência) Atividade 5.6 O valor atual (V) corresponde ao valor da aplicação em uma data inferior à do vencimento. O valor nominal (N) é o valor do título na data do seu vencimento. Valor Atual e Valor Nominal N = Valor Nominal V= Valor Atual 𝑁 (1+𝑖)𝑛 = 𝑉(1+𝑖)𝑛 (1+𝑖)𝑛 V= 𝑁 (1+𝑖)𝑛 Valor Atual e Valor Nominal O valor atual pode ser calculado em qualquer data focal inferior à do montante, não precisando ser necessariamente na data zero. O cálculo do valor atual é apenas uma operação inversa ao cálculo do montante. Valor Atual e Valor Nominal Por quanto Joseli deve comprar um título, vencível daqui a 5 meses, com valor nominal de R$ 1.131,40 se a taxa de juros corrente for de 2,5% a.m.? Atividade 5.7 Episódio 15 - Gerenciando Investimentos Financeiros - https://www.youtube.com/watch?v=eJI7PdyTmMo&list=PL-gaMRAth22pufyPPpmaMGhH9IjIUSmMU&index=15 Jornal Hoje Maioria das Pessoas Não Sabe o Quanto Paga de Juros de Cartão de Crédito - https://www.youtube.com/watch?v=E1cLnbKjJKo Globonews Juros Do Cheque Especial Atingem Maior Nível Desde Março De 1996 - https://www.youtube.com/watch?v=iBK74NYpHSo portaltcm tcm10 Brasileiros não sabem calcular os juros cobrados em prestações e financiamentos - https://www.youtube.com/watch?v=dwD4JZNF3Js Vídeos Relacionados ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. BRANCO, A. C. C. Matemática Financeira Aplicada: Método algébrico, HP- 12C, Microsoft Excel. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. MATHIAS, W. F.; GOMES, J. M. Matemática Financeira. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo: Makron Books, 2004. Bibliografia Básica Juros (J)- Remuneração obtida a partir do capital de terceiros Capital (C) ou Valor Presente (VP)ou Present Value (PV) ou Principal (P) – É o recurso financeiro, base para o cálculo da taxa de juros, normalmente locado na data focal zero de determinada operação financeira (préfixada ou pósfixada). Taxa de Juros (i) – Coeficiente da relação dos juros (J) com o capital (C). Prazo ou Tempo (t) ou Períodos (n) – É o tempo necessário para certo capital (C) aplicado a uma taxa (i) produzir um montante (M). Montante (M) ou Valor Futuro (VF) ou Future Value (FV) ou Soma (S) – Quantidade monetária resultante de uma operação financeira ou comercial após dado período de tempo, sendo a soma do Capital (C) com os juros (J). Terminologia Taxa Percentual Taxa Unitária 0,25% 0,0025 1,5% 0,015 5% 0,05 10% 0,1 65% 0,65 150% 1,5 550% 5,5 1500% 15,0 As taxas de juros podem ser apresentadas como taxa percentual ou unitária É a diferença entre o valor nominal do título e seu valor atual na data do resgate. Assim, sendo N o valor nominal e Vr o valor atual, Dr é o desconto racional. 𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟 Desconto Racional Um título de valor nominal igual a R$ 3.500,00 é resgatado 2 meses antes do vencimento, segundo critério do desconto racional composto. Sabendo que i = 3% a.m., qual é o desconto? Atividade 6.1 Um título de valor nominal igual a R$ 8.000,00 é resgatado 4 meses antes do vencimento, segundo critério do desconto racional composto. Sabendo que i = 1,5% a.m., qual é o desconto? Atividade 6.2 Uma empresa negociou o pagamento de sua dívida de uma multa que lhe foi aplicada no valor nominal igual a R$ 6.000,00. Como a empresa pagou 6 meses antes do vencimento, seguindo critério do desconto racional composto de juros no valor de 0,8% a.m. Qual é o desconto efetivo que a empresa recebeu? Atividade 6.3 O desconto composto racional é aquele estabelecido segundo as conhecidas relações do regime de juros compostos. Sendo assim, o valor descontado racional (Vr) equivale ao valor presente de juros compostos: 𝑉𝑟 = 𝑁 (1+𝑖)𝑛 Desconto Composto Racional Sabe-se que um título, para ser pago daqui a 12 meses, foi descontado 5 meses antes de seu vencimento. O valor nominal do título é de R$ 42.000,00 e a taxa de desconto de 3,5% ao mês. Calcular o valor líquido liberado nesta operaçãosabendo-se que foi utilizado o desconto composto racional. Atividade 6.4 O desconto é obtido pela diferença entre o valor nominal (resgate) e o valor descontado (valor presente). Logo, o desconto racional (Dr) tem a seguinte expressão de cálculo: 𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟 𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑁 (1+𝑖)𝑛 𝐷𝑟 = 𝑁 1 − 1 (1+𝑖)𝑛 Desconto Composto Racional Um título, para ser pago daqui a 12 meses, foi descontado 4 meses antes de seu vencimento. O valor nominal do título é de R$ 12.000,00 e a taxa de desconto de 2,5% ao mês. Calcule o valor do desconto racional. Atividade 6.5 Um empréstimo, a ser quitado em 36 meses, foi descontado 8 meses antes de seu vencimento. O valor nominal do empréstimo é de R$ 240.000,00 e a taxa de desconto de 1,5% ao mês. Calcule o valor do desconto racional Atividade 6.6 Um empréstimo, a ser quitado em 24 meses, foi descontado 11 meses antes de seu vencimento. O valor nominal do empréstimo é de R$ 80.000,00 e a taxa de desconto de 0,6% ao mês. Calcule o valor do desconto racional. Atividade 6.7 Um empréstimo, a ser quitado em 36 meses, foi descontado 6 meses antes de seu vencimento. O valor nominal do empréstimo é de R$ 70.000,00 e a taxa de desconto de 0,8% ao mês. Calcule o valor do desconto racional. Atividade 6.8 Um título, para ser pago daqui a 48 meses, foi descontado 12 meses antes de seu vencimento. O valor nominal do título é de R$ 22.000,00 e a taxa de desconto de 0,5% ao mês. Calcule o valor do desconto racional. Atividade 6.9 Uma promissória, a ser paga em 72 meses, foi descontada 6 meses antes de seu vencimento. O valor nominal é de R$ 250.000,00 e a taxa de desconto de 0,3% ao mês. Calcule o valor do desconto racional. Atividade 6.10 Episódio 15 - Gerenciando Investimentos Financeiros - https://www.youtube.com/watch?v=eJI7PdyTmMo&list=PL-gaMRAth22pufyPPpmaMGhH9IjIUSmMU&index=15 Jornal Hoje Maioria das Pessoas Não Sabe o Quanto Paga de Juros de Cartão de Crédito - https://www.youtube.com/watch?v=E1cLnbKjJKo Globonews Juros Do Cheque Especial Atingem Maior Nível Desde Março De 1996 - https://www.youtube.com/watch?v=iBK74NYpHSo portaltcm tcm10 Brasileiros não sabem calcular os juros cobrados em prestações e financiamentos - https://www.youtube.com/watch?v=dwD4JZNF3Js Vídeos Relacionados GITMAN. L. J. Princípios de Administração Financeira. 12ª ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAM, B. D. Princípios da Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. WESTON, F. J.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª Ed. São Paulo: Makron Books, 2000. Bibliografia Básica No processo decisório para a realização de um projeto, um dos mais importantes critérios avaliativos que incidem sobre o mesmo são os critérios técnicos econômicos. Avaliação de Investimentos Diferentes métodos podem ser utilizados para avaliar a viabilidade econômica ou mesmo o retorno de um projeto, mas é importante ter em mente que todos os métodos são apenas projeções, e que a realidade pode ser diferente. Avaliação de Investimentos Capital de Giro A expressão capital de giro originou-se com o velho mascate ianque que lotava sua carroça com mercadorias e então se punha a caminho para vender seus artigos. Chama-se capital de giro porque era o que ele na verdade vendida, ou “girava”, para produzir seus lucros. A carroça e o cavalo eram seus ativos permanentes. Ele geralmente possuía o cavalo e a carroça, de forma que eram financiados com capital próprio, mas ele tomava emprestado os recursos para comprar a mercadoria. Esses recursos, chamados de empréstimos de capital de giro, tinham de ser restituídos a cada viagem para demonstrar ao banco que o crédito era sadio (WESTON; BRIGHAM, 2000, p. 379). Capital de Giro G e st ã o d o C a p it a l d e G ir o Contabilidade – Contas a pagar e receber Operações / Logística – Gestão do Estoque Finanças – Administração do caixa Marketing – Projeção de Vendas Capital de Giro - Gestão Compartilhada Manter o investimento em caixa o mais baixo possível Operar a empresa de forma eficiente e eficaz Capital de Giro Capital de Giro Ativo Circulante (vida menor que 1 ano) Ativo Permanente Ativo Permanente Tangível (Bens, estruturas, máquinas, equipamento, etc). Ativo Permanente Intangível (Marcas, Patentes, etc). Capital de Giro Passivo Circulante (vida menor que 1 ano) Exigível a Longo Prazo (Dívidas Superiores a 1 ano) Patrimônio Líquido O termo capital de giro bruto refere-se apenas aos ativos circulantes. No entanto, não é utilizado para avaliações porque os débitos não estão ponderados nesta modalidade, apenas os créditos. Capital de Giro Bruto A diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante de uma empresa é denominada de capital de giro líquido. O capital de giro líquido é positivo quando o ativo circulante excede o passivo circulante (ROSS; WESTERFIELD; JORDAN, 2011). Capital de Giro Líquido 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 O fluxo de caixa que ficar disponível para uma empresa no período de um ano (12 meses) deve exceder o fluxo de caixa que precisa ser pago (exigível) no mesmo período. Capital de Giro Líquido Receitas DívidasDis p o n ív e l E x ig ív e l Portanto, quando o capital de giro líquido é positivo normalmente a empresa está saudável financeiramente e quando o capital de giro líquido é negativo a empresa está deficitária e pode necessitar de financiamento externo. Capital de Giro Líquido – Análise O índice de liquidez corrente visa medir a liquidez de uma empresa: Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜𝑠 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 Um alto índice de liquidez corrente não garante que a empresa terá o caixa necessário para atender as suas necessidades. Se os estoques não puderem ser vendidos ou se as contas a receber não forem quitadas (clientes devedores) o cenário de liquidez pode ser revertido em um “piscar de olhos”. Índice de Liquidez Corrente A liquidez refere-se à velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em caixa. A liquidez possui duas dimensões: Facilidade de Conversão x Perda de Valor. Qualquer ativo pode ser convertido em caixa, desde que se reduza seu preço suficientemente. Liquidez Prazo de Recebimento de Pagamentos Cliente envia pagament o Empresa recebe pagament o Empresa deposita pagament o Dinheiro disponível Prazo de Remessa Postal Prazo de Processamento Prazo de Disponibilidade A partir do quadro no slide seguinte avalie se a empresa está saudável ou deficitária a partir do balanço patrimonial simplificado apresentado. Em seguida calcule o índice de liquidez corrente da empresa. Atividade 7.1 Ativo 2013 2014 Passivo 2013 2014 Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 104 160 Contas a Pagar 232 266 Contas a Receber 455 688 Títulos a Pagar 196 123 Estoques 553 555 Total Total Ativo Permanente Exigível a Longo Prazo 408 454 Instalações, máquinas, etc. 1.644 1.709 Patrimônio Líquido Capital mais Reservas 600 640 Lucros Retidos 1.320 2.269 Ativo Total Passivo Total Atividade 7.1 A partir do quadro no slide seguinte avalie se a empresa está saudável ou deficitária a partirdo balanço patrimonial simplificado apresentado. Em seguida calcule o índice de liquidez corrente da empresa. Atividade 7.2 Atividade 7.2 Ativo 2013 2014 Passivo 2013 2014 Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 80 130 Contas a Pagar 350 480 Contas a Receber 350 600 Títulos a Pagar 88 224 Estoques 480 540 Total Total Ativo Permanente Exigível a Longo Prazo 330 560 Instalações, máquinas, etc. 1.200 1.500 Patrimônio Líquido Capital mais Reservas 500 560 Lucros Retidos 1.160 1.840 Ativo Total Passivo Total É a extensão de tempo desde o pagamento da mão de obra e das matérias primas até a cobrança de contas a receber geradas pela venda do produto final (WESTON;BRIGHAM, 2000, p. 382) Ciclo de Caixa Modelo de Ciclo de Caixa Recebimento de matérias primas Pagamento do caixa pelo material comprado Termina os produtos e são vendidos Cobra as contas a receber Prazo de Pagamento contas a pagar (30 dias) Prazo de cobrança das contas a receber (24 dias) Ciclo de Conversão de Caixa (72 + 24 – 30 = 66 dias Prazo de conversão do estoque (72 dias) Constitui a extensão média de tempo requerido para converter os materiais em produtos acabados e, então, vender estes produtos. Observe que o prazo de conversão do estoque é calculado divido o estoque pelas vendas diárias (WESTON; BRIGHAM, 2000). Prazo de Conversão do Estoque 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 1. Calcule o prazo de conversão de um estoque que vale R$ 2.000.000 e cujas vendas anuais são de R$ 10.000.000. 2. Calcule o prazo de conversão de um estoque que vale R$ 500.000 e cujas vendas semestrais são de R$ 2.500.000. 3. Calcule o prazo de conversão de um estoque que vale R$ 1.800.000 e cujas vendas trimestrais são de R$ 3.600.000. Atividade 7.3 Constitui o tempo médio requerido para converter as contas a receber da empresa em caixa, isto é, recolher o caixa após a venda. O prazo de cobrança das contas a receber é também chamo de prazo médio de recebimento (PMR) e é calculado dividindo-se as contas a receber pelas vendas médias a crédito por dia (WESTON; BRIGHAM, 2000). Prazo de Cobrança das Contas a Receber 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑏𝑟𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑃𝑀𝑅 = 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑎 𝐶𝑟é𝑑𝑖𝑡𝑜 360 1. Calcule o PMR de contas a receber no valor de R$ 240.000 e cujas vendas a crédito anuais são de R$ 4.800.000. 2. Calcule o PMR de contas a receber no valor de R$ 400.000 e cujas vendas a crédito anuais são de R$ 5.200.000. 3. Calcule o PMR de contas a receber no valor de R$ 1.100.000 e cujas vendas a crédito anuais são de R$ 7.700.000. Atividade 7.4 É extensão média de tempo entre a compra de matéria primas e mão de obra e o pagamento das mesmas. ou Prazo de Pagamento das Contas a Pagar 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑟 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 360 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑟 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝑎 𝐶𝑟é𝑑𝑖𝑡𝑜 360 1. Calcule o Prazo Médio de Pagamento de contas a pagar no valor de R$ 80.000 e cujas compras a crédito anuais são de R$ 560.000. 2. Calcule o Prazo Médio de Pagamento de contas a pagar no valor de R$ 30.000 e cujas compras a crédito anuais são de R$ 150.000. 3. Calcule o Prazo Médio de Pagamento de contas a pagar no valor de R$ 254.000 e cujas compras a crédito anuais são de R$ 3.810.000. Atividade 7.5 Resulta na soma algébrica dos três períodos recém-definidos e , portanto, à extensão de tempo entre as saídas de caixa para pagamento dos recursos produtivos e as entradas de receita geradas pela venda de produtos. Ciclo de Caixa Ciclo de Caixa = Prazo de Conversão do Estoque + Prazo de cobrança das contas a receber – prazo de pagamento das contas a pagar Calcule o ciclo de caixa para as séries de atividades 1;2 e 3 dos exercícios anteriores. Atividade 7.6 ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12ª ed. São Paulo: Atlas. GITMAN. L. J. Princípios de Administração Financeira. 12ª ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAM, B. D. Princípios da Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. WESTON, F. J.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª Ed. São Paulo: Makron Books, 2000. Bibliografia Básica É o processo de planejar gastos sobre ativos, cujos fluxos de caixa estendam- se além de um ano. Capital, neste contexto, se refere aos ativos imobilizados empregados na produção, enquanto um orçamento é um plano que detalha as entradas e saídas projetadas durante algum período futuro (WESTON; BRIGHAM, 2000). Orçamento de Capital A elaboração efetiva do orçamento de capital pode melhorar tanto o timing das aquisições de ativos de capital a tempo terá oportunidade de adquirir e instalar os ativos antes que estes sejam necessários (WESTON; BRIGHAM; 2000). Orçamento de Capital Os mesmos conceitos gerais que desenvolvemos para análise de títulos envolvem a elaboração do orçamento de capital. Não obstante, enquanto uma série de ações e valores mobiliários existe no mercado de títulos e os investidores selecionam baseando-se nessa série, os projetos avaliados no âmbito do orçamento de capital são criados pela empresa (WESTON; BRIGHAM, 2000). Projetos de Capital P ro je to s Substituição – Manutenção do Negócio Substituição – Redução de Custo Expansão dos Produtos ou Mercados Existentes Expansão em Novos Produtos ou Mercados Projetos de Segurança ou Ambientais Outros Classificação de Projetos por Categoria Esta categoria consiste nos gastos para substituir equipamentos danificados usados na produção de artigos lucrativos. Esses projetos de substituição são necessários se a operação continuar de forma que as únicas questões aqui são: • Deveríamos continuar a produzir esses produtos ou serviços? • Deveríamos continuar a usar nossos atuais processos de produção? Substituição: Manutenção do Negócio Esta categoria inclui gastos para a substituição de equipamentos funcionais, mas obsoletos. Através da substituição de equipamentos antigos por outros mais novos e mais eficientes pode-se reduzir custos relacionados de mão-de- obra, materiais e outros insumos, como eletricidade (WESTON; BRIGHAM, 2000). Substituição: Redução de Custo Os gastos para aumentar a produção de produtos existentes ou para expandir os postos de venda ou as instalações de distribuição em mercados que estão sendo servidos atualmente são incluídos nesta sessão. Expansão dos Produtos ou Mercados Existentes Estes são gastos necessários para produzir um novo produto ou para a expansão em uma área geográfica não atendida anteriormente. Envolvem dispêndio de recursos por período prolongado. Expansão em Novos Produtos ou Mercados Gastos necessários para atender a encomendas governamentais, acordos trabalhistas ou termos de apólice de seguros incidem nesta categoria. Podem ser denominados como dispêndios compulsórios ou projetos que não produzem receitas. Projetos de Segurança ou Ambientais Esta categoria inclui prédios de escritórios, estacionamentos, aviões executivos, entre outros. A forma como são geridos varia de empresa para empresa. Outros Determinação do Custo Fluxos de Caixa Risco dos Fluxos deCaixa Risco do Projeto Entradas de Caixa Esperadas Valor presente x Dispêndios exigidos Orçamento de Capital O custo do projeto deve ser determinado. O processo é semelhante a estimar o preço que deve ser pago por uma ação ou título. Custo do Projeto É a estimativa dos fluxos de caixa do projeto, inclusive o valor residual dos ativos (ativos que, por exemplo, viraram sucata mas ainda podem ser vendidos) ao fim de sua vida útil esperada. O processo requer ponderação em relação ao retorno dado pelo mercado e as condições econômicas. Fluxos de Caixa Esperados do Projeto Processo que envolve informações sobre as distribuições de probabilidade dos fluxos de caixa. A ponderação deve ser feita também com bom senso e considerando cenários macroeconômicos. Estimativa de Risco dos Fluxos de Caixa Entradas esperadas de caixa são colocadas na base do valor presente para a obtenção de uma estimativa do valor do ativo da empresa. Trata-se de um processo de previsão, semelhante ao fator de valorização futura de uma ação. Entradas Esperadas de Caixa Se o valor presente dos fluxos de caixa supera o custo, o projeto deve ser aceito. De outra forma, deve ser rejeitado. Também se pode calcular a taxa de retorno do projeto e, se a taxa de retorno supera o custo de capital do projeto, este pode ser aceito. Valor dos Fluxos de Caixa x Dispêndios Exigidos Em um cenário fictício, suponha-se que a poupança renda 8% em um ano. Isso significa que, se você depositar R$ 1.000,00 no início deste ano receberá R$ 1.080 (1000 x 1,08) em um ano. Neste mesmo período a taxa de inflação foi de 6% e, a título de exemplo, ela afeta todos os setores da economia de forma igual. Um produto que custa R$ 1,00 no marco 0, custará 1,06 um ano depois. Inflação e Orçamento de Capital Inflação e Orçamento de Capital Data 0 Aplicação de R$ 1.000,00 no banco Nesta data seriam comprados 1.000 produtos Data 1 A aplicação rende R$ 1.080,00 no banco Taxa de inflação de 6% a.a. Como cada produto é vendido a R$ 1,06 na data 1, R$ 1.080,00 podem comprar 1.018 produtos, aproximadamente. Taxa de Juros Nominal de 8% Taxa de Juros Real de 1,8% Se você puser todo seu dinheiro, ao final do ano investido, para comprar o produto de R$ 1,00 poderá comprar 1018 unidades. Assim seu consumo aumentará apenas 1,8% aplicando o dinheiro no banco. Ou seja, 1,8% é o que você está ganhando com esta aplicação, levando em conta a inflação. A taxa real de juros, ponderada pela inflação é chamada de taxa real de juros. Inflação e Orçamento de Capital 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 1+𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 1+𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 Fórmula Considerando a inflação de 2015, que ficou em 10,67%, calcule a taxa real de juros com base no rendimento da poupança em 2015 de 8,15%. Atividade 8.1 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 1+𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 1+𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 1+0,815 1+0,1067 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 0,9772 -1 (fator) = - 0,02277 ou - 2,277% No ano passado houve perda real de 2,27% no valor do Investimento. Atividade 8.1 Um fluxo de caixa é medido em termos nominais quando são dados os valores (R$ ou U$$) efetivamente recebidos (ou pagos). Um fluxo de caixa é medido em termos reais quando é dado o poder de compra do fluxo de caixa em termos correntes, ou da data 0. Fluxo de Caixa e Inflação O valor presente líquido é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje por realizar um investimento. Dado o objetivo de gerar valor para os acionistas, o processo de orçamento de capital é uma busca por gerar VPLs positivos. Valor Presente Líquido (VPL) 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 Um investimento deverá ser aceito se o seu valor presente líquido for positivo e deverá ser rejeito se o seu valor presente líquido for negativo (ROSS; WESTERFIELD; JORDAN, 2011). VPL – Critério de Aceitação Deve-se estimar os fluxos de caixa futuros que o novo negócio irá gerar Aplica-se o procedimento de fluxo de caixa descontado para estimar o valor presente do fluxo de caixa Calcula-se o VPL pela diferença entre o valor presente dos fluxos de caixa futuros e do custo do investimento Processo de Estimativa do VPL VP = Valor Presente C = Capital r= taxa de retorno t= tempo 𝑉𝑃 = 𝐶 × 1−𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑟 𝑉𝑃 = 𝐶 × 1−[ 1 (1+𝑟)𝑡 ] 𝑟 Cálculo do Valor Presente Imagine que você desejasse iniciar um investimento em um tipo de comando eletrônico, mas precisasse contrair empréstimos no montante de R$ 100.000,00 para comercializar o produto. No entanto, este tipo de comando eletrônico fica obsoleto em 5 anos, portanto você pretende liquidar seu empréstimo em 5 prestações iguais. Se a taxa de juros for de 18% a.a., qual será o valor das prestações? Exemplo – Cálculo do Valor Presente VP = Valor Presente (Empréstimo de R$ 100.000) C = Capital (no caso para pagar o empréstimo) r= 18% ou 0,18 t= 5 VP = 𝐶 × 1−[ 1 (1+𝑟)𝑡 ] 𝑟 100000 = 𝐶 × 1−[ 1 (1+0,18)5 ] 0,18 𝐶 = 100000 3,1272 = 31.978 Exemplo – Cálculo do Valor Presente Imagine que você desejasse iniciar um investimento em um tipo de interface homem máquina, mas precisasse contrair empréstimos no montante de R$ 250.000,00 para comercializar o produto. No entanto, este tipo de interface fica obsoleta em uma década, portanto você pretende liquidar seu empréstimo em 10 prestações iguais. Se a taxa de juros for de 12% a.a., qual será o valor das prestações? Atividade 8.1 Foram investidos R$ 30.000,00 em uma empresa de aferição de equipamentos eletromagnéticos, que foi liquidada após 8 anos. As entradas de caixa desta empresa totalizaram R$ 20.000,00 por ano e os custos foram de R$ 14.000,00 por ano. No momento da liquidação do negócio, recuperaram-se R$ 2.000,00 em instalações e equipamentos (vendidos como usados). Utilizando uma taxa de desconto de 15% em novos projetos, este é um bom investimento? Exemplo VPL Exemplo VPL Entrada de Fluxo de Caixa = R$ 20000,00 Custos Anuais = R$ 14.000,00 Venda de Equipamentos (ano 8) = R$ 2.000,00 Taxa de Desconto de 15% 0 1 2 3 R$ 20000 - R$ 30000 4 5 6 7 8 R$ 20000 R$ 20000 R$ 20000 R$ 20000 R$ 20000 R$ 20000 R$ 22000 R$ 14000 R$ 14000 R$ 14000 R$ 14000 R$ 14000 R$ 14000 R$ 14000 R$ 14000 Exemplo VPL 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 = 20.000 − 14.000 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 = 6.000 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 6000 × 1 − 1 1,158 0,15 + 2000 1,158 VPL = 6000 × 4,4873 + 2000 3,0590 VPL = 27.578,00 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑃𝐿 = −30.000 + 27.578 VPL = -2.422 Você e sua equipe são responsáveis por decidir se um novo tipo de metodologia de manutenção industrial pode ou não ser oferecida ao mercado. Com base nas projeções de serviços prestados e custos, espera-se que o fluxo de caixa durante os 5 anos em que o projeto será implementado de: R$ 2.000 nos 2 primeiros anos; R$ 4.000 nos anos 3 e 4; R$ 5.000 no último ano e custos anuais de R$ 1.500. O custo para iniciar a oferta do serviço é de R$ 10.000,00.A Taxa de avaliação de novos investimentos é de 10%. Qual é a sua avaliação do VPL deste investimento? Atividade 8.2 Uma das alternativas mais populares ao VPL é o método do Payback. Payback em português significa “Pagar de Volta” o que pode ser interpretado como tempo em que o projeto leva para se pagar. Método do Payback Considere um projeto com investimento inicial de R$ 50.000,00. Os fluxos de caixa para este projeto são, respectivamente, de R$ 30.000,00, R$ 20.000,00 e R$ 10.000,00 nos três primeiros anos. Para facilitar a interpretação, se deve usar a seguinte notação: −50.000, 30.000, 20.000, 10.000 O sinal negativo na frente do 50.000 alerta para o fato de ser uma saída de caixa. As virgulas indicam que são recebidos (ou se forem saídas de caixa, pagos) em datas distintas, neste caso anualmente. Exemplo de Payback Exemplo de Payback 0 1 2 3 R$ 30000 R$ 20000 R$ 10000 - R$ 50000 Recebimento Tempo Pagamento Período de Corte Selecionado para o Payback • Distribuição dos Fluxos de Caixa dentro do Período de Payback – Por exemplo, em casos onde um fluxo decresce (como 30.000, 15.000) o Payback simplesmente considera que o critério (de tempo) foi alcançado. • O Payback ignora os fluxos de caixa após o critério de tempo (ano) estipulado. Por exemplo, se o projeto se pagar um ano depois do estipulado, o Payback desconsidera. Problemas do Método de Payback • Critério arbitrário. O Payback apenas considera o tempo e os fluxos de caixa para medir o retorno, sem considerar outras variáveis. Problemas do Método de Payback • A empresa de Automação COMANDO adotou o critério de Payback para a instalação de uma nova unidade na Serra. Para tanto investiu R$ 350.000,00 obtendo um fluxo de caixa em 4 anos respectivamente de R$ 80.000,00, R$ 50.000, R$ 130.000, R$ 90.000. • Este investimento seria aprovado pelo critério de Payback 3 anos? E pelo critério de Payback 4 anos? Atividade 8.3 • A empresa de Manutenção PREVENE adotou o critério de Payback para a ampliação de sua sede. Para tanto investiu R$ 280.000,00 obtendo um fluxo de caixa em 3 anos respectivamente de R$ 160.000,00, R$ 150.000, R$ 130.000. • Este investimento seria aprovado pelo critério de Payback 2 anos? E pelo critério de Payback 3 anos? Atividade 8.4 • Na prática, as empresas utilizam o Payback em decisões simples que envolvem pequenos investimentos para sua escala. • Por exemplo, a decisão de fazer uma revisão no motor de um caminhão custaria R$ 2.500,00, mas potencialmente poderia economizar R$ 1.500,00 por ano entre paradas, consumo de combustível e peças. Quando Utilizar o Payback? Tradução do termo inglês Internal Rate of Return (IRR) a TIR é um método de avaliação de propostas de investimento com o emprego da taxa de retorno sobre um investimento em ativos. É a taxa de juros (desconto) que leva o valor presente das entradas (recebimentos) de caixa de um projeto a se igualar ao valor presente das saídas (pagamentos) de caixa (ASSAF NETO, 2012; WESTON; BRIGHAM, 2000). Taxa Interna de Retorno (TIR) A TIR de um projeto é a taxa de retorno esperada, e se a taxa de retorno supera o custo dos recursos empregados para financiar um projeto, é criado um superávit depois dos pagamentos de capital, o que constitui receita para os acionistas (WESTON; BRIGHAM, 2000). Taxa Interna de Retorno (TIR) O fluxo de caixa no momento zero é representado pelo valor do investimento, ou empréstimo, ou financiamento. Os demais fluxos de caixa indicam valores de receitas ou prestações devidas. 𝐹𝐶0 = 𝐹𝐶1 (1+𝑖)1 + 𝐹𝐶2 (1+𝑖)2 + 𝐹𝐶3 (1+𝑖)3 +... 𝐹𝐶𝑛 (1+𝑖)𝑛 Taxa Interna de Retorno (TIR) FC0 – Valor do fluxo de caixa no momento zero (recebimento – empréstimo ou pagamento – investimento); FCj – Fluxos previstos de entradas (recebimentos) ou saídas (pagamentos) de caixa em cada período de tempo; I – Taxa de Desconto que iguala, em determinada data, as entradas com as saídas previstas de caixa. Em outras palavras, i representa a taxa interna de retorno. Taxa Interna de Retorno (TIR) No caso de um empréstimo de R$ 30.000,00 a ser liquidado por meio de dois pagamentos mensais e sucessivos de R$ 15.500,00 cada. Exemplo de Taxa Interna de Retorno (TIR) 0 1 2 R$ 15500 R$ 15500 R$ 30000 i= ? 30000 = 15500 (1+𝑖)1 + 15500 (1+𝑖)2 i = 2,21% a.m. Exemplo de Taxa Interna de Retorno (TIR) GITMAN. L. J. Princípios de Administração Financeira. 12ª ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. MATIAS, Alberto B.; LOPES JR., Fábio. Administração Financeira nas Empresas de Pequeno Porte. Barueri: Manole, 2002. NAKANO, YOSHIAKI. Engenharia Econômica e Desenvolvimento in: RAE – Revista de Administração de Empresas, V. 7, n. 22, p. 89-112, 1967. PILÃO, Nivaldo E.; HUMMEL, Paulo R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. Bibliografia Básica O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. Mercado de Capitais Quanto mais desenvolvida é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais, o que se traduz em mais oportunidades para as pessoas, empresas e instituições aplicarem suas poupanças (BM&F BOVESPA). Mercado de Capitais Ao abrir seu capital, uma empresa encontra uma fonte de captação de recursos financeiros permanentes. A plena abertura de capital acontece quando a empresa lança suas ações ao público, ou seja, emite ações e as negocia nas bolsas de valores. E você, ao adquirir ações, passa a ser também sócio da empresa - um acionista. Mercado de Capitais Antes da década de 60, os brasileiros investiam principalmente em ativos reais (imóveis), evitando aplicações em títulos públicos ou privados. A partir do final da década de 1950 o ambiente econômico de inflação crescente se somava a uma legislação que limitava em 12% ao ano a taxa máxima de juros (a chamada Lei da Usura) limitando o desenvolvimento de um mercado de capitais ativo (CVM, 2014, p. 56). Mercado Acionário Em 14.04.65 foi criada a Lei nº 4.728, primeira Lei de Mercado de Capitais, que disciplinou esse mercado e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento. A introdução dessa legislação resultou em diversas modificações no mercado acionário, tais como: a reformulação da legislação sobre Bolsa de Valores, a transformação dos corretores de fundos públicos em Sociedades Corretoras, forçando a sua profissionalização, a criação dos Bancos de Investimento, a quem foi atribuída a principal tarefa de desenvolver a indústria de fundos de investimento (CVM, 2014). Mercado Acionário Com a finalidade específica de regulamentar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários, as Bolsas de Valores, os intermediários financeiros e as companhias de capital aberto, funções hoje exercidas pela CVM, foi criada uma diretoria no Banco Central: Diretoria de Mercado de Capitais (CVM, 2014). Criação da CVM Houve um rápido crescimento da demanda por ações pelos investidores sem que houvesse aumento simultâneo de novas emissões de ações pelas empresas. Isto desencadeou um “boom” na Bolsa do Rio de Janeiro, sendo o período de maior onda especulativa entre dezembro de 1970 e julho de 1971, quando as cotações dispararam. Após alcançar o seu ponto máximo em julho de 1971, iniciou-se um processode realização de lucros pelos investidores mais esclarecidos e experientes, que começaram a vender suas posições. Boom de 1971 O movimento especulativo, conhecido como “boom de 1971”, teve curta duração, mas suas consequências foram vários anos de mercado deprimido, pois algumas ofertas de ações de companhias extremamente frágeis e sem qualquer compromisso com seus acionistas, ocorridas no período, geraram grandes prejuízos e mancharam, de forma surpreendentemente duradoura, a reputação do mercado acionário. Boom de 1971 CVM: autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária (CVM, 2014, p. 60). CVM Variável ou Fixa • Renda Variável ou Fixo • Prazo Particular ou Pública • Emissão Investimento em Títulos A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferido ao título. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado de depósito bancário (CDB). A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título. Renda Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, não têm data definida para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para vencimento ou resgate, quando seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, acrescido da respectiva remuneração. Prazo Os títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por sociedades anônimas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil, respectivamente; públicos, se emitidos pelos governos federal, estadual ou municipal. De forma geral, as emissões de entidades públicas têm o objetivo de propiciar a cobertura de déficits orçamentários, o financiamento de investimentos públicos e a execução da política monetária. Emissão Uma companhia é considerada aberta quando promove a colocação de valores mobiliários em bolsas de valores ou no mercado de balcão. São considerados valores mobiliários: ações, bônus de subscrição, debêntures, partes beneficiárias e notas promissórias para distribuição pública. Companhia “Aberta” Títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa (BM&F BOVESPA). Ações Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emissora. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor de ações é um coproprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsa ou no mercado de balcão (BM&F BOVESPA, 2014). Ações Concedem àqueles que as possuem o poder de voto nas assembleias deliberativas da companhia Que oferecem preferência na distribuição de resultados ou no reembolso do capital em caso de liquidação da companhia, não concedendo o direito de voto, ou restringindo-o. O rd in á ri a s P re fe re n c ia is Ações - Formas Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emissora, identificando o novo acionista. Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação física de documentos. N o m in a ti v a s E sc ritu ra is Ações - Formas A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido pela empresa de acordo com os seus resultados referentes ao período correspondente ao direito. Quando uma empresa obtém lucro, em geral é feito um rateio que destina parte deste lucro para reinvestimentos, parte para reservas e parte para pagamento de dividendos. Rendimentos São direitos de compra ou de venda de um lote de ações, a um preço determinado (preço de exercício), durante um prazo estabelecido (vencimento). Para se adquirir uma opção, paga-se ao vendedor um prêmio. Os prêmios das opções são negociados em bolsa. Sua forma é escritural e sua negociação é realizada em bolsa. A rentabilidade é dada em função da relação preço/prêmio existente entre os momentos de compra e venda das opções. Opções sobre Ações São aquelas que garantem a seu titular o direito de comprar do lançador (o vendedor) um lote determinado de ações, ao preço de exercício, a qualquer tempo, até a data de vencimento da opção. São aquelas que garantem a seu titular o direito de vender ao lançador (vendedor da opção) um lote determinado de ações, ao preço de exercício, na data de vencimento da opção. O p ç õ e s d e C o m p ra O p ç õ e s d e V e n d a Opções sobre Ações Títulos nominativos negociáveis que conferem ao seu proprietário o direito de subscrever ações do capital social da companhia emissora, nas condições previamente definidas. Bônus de Subscrição Títulos nominativos negociáveis representativos de dívida de médio/longo prazos contraída pela companhia perante o credor, neste caso chamado debenturista. Debêntures Ativos Públicos de Renda Fixa Tesouro Nacional Letras LTN LTF Notas NTN-B NTN-C NTN-D NTN-F NTN-H Emitidas pelo Tesouro Nacional para cobertura de déficit orçamentário do governo e provimento de créditos por meio da antecipação de receitas, observados os limites estabelecidos pelo Poder Legislativo. São títulos prefixados negociados com deságio sobre o valor nominal. Letras do Tesouro Nacional (LTN) São emitidas pelo Tesouro Nacional para a assunção, pela União, das dívidas de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal. Podem ser emitidas também para viabilizar a redução da presença do setor público estadual na atividade financeira bancária. As LFT podem ser emitidas em duas séries distintas: Letras Financeiras do Tesouro Série A (LFT-A) e Letras Financeiras do Tesouro Série B (LFT-B). Letras Financeiras do Tesouro (LFT) As NTN têm como objetivo básico alongar o prazo de financiamento da dívida do Tesouro. Séries especiais de NTN podem ser lançadas com finalidades específicas. As NTN podem ser emitidas em dez séries distintas: A, B, C, D, F, H, I, M, P e R, subsérie 2. Notas do Tesouro Nacional (NTN) Canal do Youtube da BM&F BOVESPA – https://www.youtube.com/channel/UCAeQIijec13o8I9xjjdSHWQ Vídeos da Matéria
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