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1. Considerando o que você viu até o momento sobre epistemologia, explique que uso ou aplicação pode ter tal estudo.
Epistemologia vem do grego episteme (conhecimento real, verdadeiro) e logos (verbo, palavra escrita ou falada), e pode ser definida como o estudo dos limites e das possibilidades do conhecimento humano. A epistemologia apresenta questionamentos sobre os diferentes tipos de conhecimento – o científico, o filosófico, o religioso, o senso comum – sua viabilidade, seus objetos, suas especificidades e seu alcance.
Uma possível aplicação ou um uso da epistemologia é a possibilidade de se pensar as diferenças existentes entre esses tipos de conhecimento, visto que todos têm em comum a tentativa humana de apreensão do mundo. A epistemologia suscita o conhecimento sobre o conhecimento e nos incita a uma visão crítica acerca do que pensamos conhecer e sobre a forma pela qual conhecemos.
2. Faça uma lista de 20 crenças que você aceita, das quais 10 você julga ter conhecimento e 10 você aceita por fé. Discuta sobre essa lista com outras pessoas para verificar semelhanças e diferenças.
Resposta pessoal. Aqui é importante que você retome o conceito de crença abordado no texto, ou seja, algo que difere do conhecimento pelo fato de que na crença determinados enunciados são aceitos como verdadeiros e inquestionáveis, sem que se tenha evidências sobre isso. Há diferentes graus de crença, e eles são definidos pelos epistemólogos com base no princípio da proporcionalidade, ou seja, qual a relação com a força probatória que a sustenta, sendo que essa relação é definida pela proporção direta entre essa crença e alguma possibilidade de evidência em relação àquilo que ela afirma. Para diferenciar as crenças que você mantém por relacioná-las a algum tipo de conhecimento das crenças que você mantém unicamente por fé, considere que as primeiras se baseiam em verdades auto evidentes, fundamentos ou evidências; já as segundas se baseiam na aceitação puramente pela fé, sendo chamadas de crenças fundamentais; estas não são auto evidentes, portanto, não podem ser evidenciadas nem fundamentadas.
3. Por que é importante ter uma definição de conhecimento?
É importante para reconhecer que existem diferentes formas de conhecer, entender que o conhecimento humano tem limites e possibilidades, que ele é construído historicamente e está em contínuo desenvolvimento. Ainda, para reconhecer no conhecimento a estratégia humana de, ao mesmo tempo, compreender, apreender e transformar o mundo, ampliando-o na medida em que o conhecimento sobre ele o torna ainda mais complexo.
1. Conceitue a dúvida cartesiana e explique por que ela se distancia tanto da dúvida cética quanto dos argumentos de seus predecessores acerca dela.
A dúvida cartesiana pode ser conceituada como o uso sistemático e metódico da dúvida como estratégia para nortear o pensamento do sentido de se atingir ideias claras e distintas, indubitáveis – um conhecimento seguro. Para isso, propõe o método da dúvida, que consiste em testar nossas pretensões ao conhecimento, hipóteses permeadas pela dúvida que colocam em evidência as fontes de nossas opiniões, para verificar se estão assentadas em princípios seguros e se podem ser consideradas verdadeiras. Ela difere da dúvida cética, que leva a dúvida ao limite da possibilidade do conhecimento, suspendendo o juízo e, portanto, a possibilidade do conhecimento. Difere também da forma como seus predecessores abordaram a dúvida cética, tentando rebatê-la com argumentos contrários.
2. Defina em que consiste a hipótese do sonho e mencione um exemplo de uma crença comum que poderia ser abalada se essa hipótese fosse considerada.
Em obra intitulada Meditações, René Descartes propõe o seguinte questionamento: se tudo que me vem à mente quando estou acordado também pode me ocorrer enquanto estou dormindo e sonhando (e no sonho temos a certeza de que ele é real), como posso ter a certeza de quando estou acordado ou dormindo? Em algumas experiências, a sensação de realidade no sonho é tal que, mesmo depois de acordados, continuamos um tempo em dúvida se a experiência vivenciada no sonho foi mesmo sonho ou real. Em outras palavras, o que me garante que não estou, neste momento, ou sempre, sonhando?
Essa hipótese, já habilmente explorada pela literatura – Alice no País das Maravilhas – e pelo cinema – Matrix –, apenas para citar alguns exemplos, pode ser aplicada em nosso cotidiano como forma de submeter as nossas crenças a uma avaliação crítica, e é possível que muitas delas sejam abaladas. Ou seja: muito do que temos por real pode ser apenas um entendimento convencionado sobre determinado tema, algo sobre o qual a maioria das pessoas não questiona e que, por isso, pode ser real. O que não significa que não seja. Nossos sentidos, já afirmava Descartes, frequentemente nos enganam e vemos aquilo que acreditamos ver.
1. Escolha um dos pensadores mencionados, exceto Popper, e pesquise sobre ele, produzindo um texto a respeito das principais ideias.
Resposta pessoal. Acerca do autor pesquisado, pode ser ele: Paul Feyerabend, Charles S. Peirce ou Alvin Platinga. Busque fontes confiáveis para sua pesquisa, tais como portais que só publicam artigos selecionados, publicados em periódicos científicos brasileiros bem avaliados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), entre eles, o Scielo (Scientific Electronic Library Online). Na composição do seu texto, inicie abordando o contexto em que o autor viveu e produziu suas principais obras, influências e ideias.
2. Leia atentamente a parte relativa à dedução e à indução e invente, utilizando elementos da experiência comum, dois argumentos dedutivos e dois argumentos indutivos.
Resposta pessoal. É importante considerar, na construção desses exemplos, que nos argumentos dedutivos a relação que se estabelece é a de uma implicação entre as premissas e a conclusão. Já no raciocínio indutivo, essa relação não é de implicação, mas de probabilidade. A probabilidade, diferentemente da implicação, apresenta-se em graus, porque a conclusão extrapola o que está manifesto nas premissas. Na dedução, o acréscimo de mais premissas não altera a implicação de verdade contida na conclusão (desde que as premissas acrescidas não entrem em contradição com as já existentes); já na indução o acréscimo de qualquer outra premissa no argumento pode inviabilizar o caráter de verdade da conclusão.
3. Explique a relação entre consistência e implicação lógica.
Em lógica, a relação que se estabelece entre as premissas, como vimos, é de implicação, um raciocínio no qual uma premissa posterior é demonstrada mediante sua relação com uma anterior que não precisa ser demonstrada, assim, uma sentença pode ser verdadeira porque outra o é, então as duas tendem a ser verdadeiras. Mas para uma sentença ser considerada verdadeira, ela precisa ter consistência, isto é, não apresentar nenhuma contradição.
1. Faça uma pesquisa para descobrir o que é o Teste de Turing e o descreva de maneira sucinta, comentando suas reações a tal ideia.
Sobre essa resposta, em sua pesquisa é importante considerar que o Teste de Turing é o nome pelo qual ficou conhecido o estudo do matemático britânico Alan Turing, publicado na Revista Filosófica Mind, intitulado “Computing Machine and Intelligence”. No artigo, o autor manifesta o que hoje é conhecido como Teste de Turing, por meio do qual pretendia descobrir se uma máquina poderia ou não pensar.
No teste, uma pessoa faria perguntas a dois entes ocultos – um deles sendo uma máquina (computador), e o outro sendo um humano. Essa comunicação seria feita de modo indireto pelo interrogador, utilizando um teclado que, mediante esse “diálogo”, tentaria dizer quem era a máquina e quem era o computador, sendo que o humano seria orientado a responder como se fosse máquina e o computador programado a responder as perguntas como se fosse um humano. Se no final o interrogador não conseguisse discernir quem era a máquina e quem era o humano, estaria comprovada a tese de queo computador é capaz de pensar. Considerando esse teste, reflita se tal fenômeno é possível e se vivemos algo próximo disso na atualidade.
2. Releia com atenção o comentário de Popper sobre astrologia, citado na nota 3, e procure dar dois exemplos históricos que confirmem o que ele está dizendo.
Destaca-se no comentário de Popper elementos que nos permitem visualizar como funcionaria um dos critérios da demarcação, que seria o da testabilidade das hipóteses e das teorias, segundo o qual elas devem ser passíveis de entrar em conflito com observações, sejam elas concebíveis ou possíveis.
De acordo com o teórico, a astrologia é um tipo de conhecimento que não passaria nesse teste, pois os astrólogos se mostram mais preocupados com evidências confirmadores do que com as evidências desfavoráveis.
A estratégia encontrada pela Astrologia, segundo Popper, para evitar situações de contradição a essas “evidências”, foi formular suas interpretações de modo vago, impreciso, capaz de explicar qualquer coisa que pudesse refutar essas mesmas interpretações se elas fossem mais precisas. Em relação aos exemplos históricos, você pode pesquisar, entre outros, os escritos do médico francês Nostradamus, que viveu no século XVI, e as interpretações acerca do calendário maia.
3. Encontre uma classificação das ciências (pode ser em sites do governo ou de universidades) e interprete sua estrutura usando os conceitos explicados na primeira parte do capítulo.
Desde a Antiguidade, existe a tentativa de classificação dos saberes considerados científicos. Uma das primeiras classificações é atribuída ao filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. Para ele, as ciências poderiam ser classificadas em: Teoréticas, Práticas e Poéticas. Na Modernidade, Francis Bacon, filósofo inglês que viveu entre a segunda metade do século XVI e a segunda metade do século XVII, classificou as ciências em: Memorativa ou da Memória; Imaginação e Razão. No século XIX, o estudioso inglês Herbert Spencer classificou as ciências em: Abstratas, Abstrato-concretas e Concretas. A partir do século XX, com a solidificação das Ciências humanas, surgidas no século anterior, passou a ser usual entre os teóricos da ciência a adoção da classificação das ciências em Naturais, Humanas e Exatas. Em manuais de metodologia da pesquisa científica contemporâneos, como o escrito por Odilia Fachin (2006), pode-se perceber a seguinte classificação: Formais (Exatas e Tecnológicas) e Factuais (Naturais e Humanas). A partir desses vários exemplos, interprete uma dessas classificações, procurando compreender qual foi o critério utilizado, baseando-se no tópico 4.1.1.
1. Leia e discuta a situação a seguir, em seguida responda à questão proposta utilizando os conceitos apresentados no capítulo.
Você pertence a um comitê de investimentos em uma grande cidade. Vocês dispõem de certa quantia de dinheiro para investir, que pode ser utilizada para abrir um restaurante popular para pessoas desabrigadas ou para dar início a uma galeria de arte municipal. Você é o primeiro a manifestar seu voto. Se você não for favorável ao projeto do restaurante, ninguém mais do comitê será, e os desabrigados sofrerão.
Por outro lado, o número de desabrigados em sua cidade é ainda relativamente pequeno, e há na cidade muitos estudantes de arte e pessoas interessadas em arte que obteriam grande satisfação em uma galeria com novas e antigas pinturas bem escolhidas. O que você deve fazer?
a) Ser favorável à abertura de um restaurante popular.
b) Ser favorável à criação de uma galeria de arte.
Nesta resposta é importante considerar as conexões intrínsecas à ideia de liberdade, quais sejam, as noções de possibilidade e de necessidade lógica. Muitas vezes, para explicar essa noção, usamos o termo possível, de forma que o necessário é também o possível, mas nem tudo que é possível é também necessário. Também é importante considerar a distinção entre liberdade de direito e liberdade de fato, sendo essa última ainda subdividida em liberdade de ação e liberdade de vontade, na qual se distingue o livre-arbítrio da liberdade moral. Postos esses esclarecimentos acerca de uma conceituação possível sobre a liberdade, voltamos ao desafio proposto pelo enunciado da atividade: valendo-se de sua liberdade de direito (você pertence a um comitê que decide o destino dos investimentos) e de fato (tem o poder de decisão), é importante que você considere que nem tudo que é possível é realmente necessário. Sendo assim, delibere sobre o uso da sua liberdade na situação simulada na atividade e escreva o resultado de sua decisão, justificando-o.
2. Pesquise sobre o conceito de liberdade de expressão e diferencie liberdade de expressão de discurso de ódio.
A liberdade de expressão compõe um dos direitos fundamentais assegurados no Artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988. Sua origem remonta aos debates acerca dos direitos individuais, que passaram a ser apregoados ainda no século XVIII como desdobramento do pensamento liberal e iluminista. Atualmente, é um direito assegurado em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, entre eles a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (OEA, 1969) e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU, 1966). Não sendo garantida, mas provida pelo Estado, a liberdade de expressão é um direito inalienável e assegura, principalmente às vozes dissonantes das minorias, o direito de serem ouvidas. Bem diferente é o discurso de ódio.
Propaganda em favor da guerra, incitamento à discriminação racial, sexual e/ou religiosa, propagação de mensagens ofensivas a outros grupos e de ódio nacional são alguns dos exemplos desse tipo de discurso, que se manifesta como uma deturpação do direito à liberdade de expressão, que não pode ser entendido como um direito cuja garantia absoluta se dê em prejuízo de outros direitos – como o direito à vida e o direito à dignidade humana.
1. Por que nós normalmente não emitimos juízos morais em relação a animais, isto é, não dizemos, por exemplo, de um cão que ele é moralmente culpado por ter mordido uma criança?
Porque diferentemente de nós, seres humanos, cujas ações são determinadas pela nossa vontade – e esta por nossas preferências, crenças, nossos hábitos e desejos, causas imediatas sobre as quais exercem influência a educação que recebemos, o ambiente em que vivemos e a genética –, animais têm suas ações determinadas por instintos, ou seja, suas ações independem de sua vontade.
1. Diferencie generalização legiforme de generalização descritiva
e mencione exemplos.
As explicações científicas buscam usar ideias e conceitos ligados à natureza (sem recorrer a alusões a entes ou noções sobrenaturais, por exemplo). Por meio dessas ideias e noções, criam generalizações, as mais abrangentes possíveis, para explicar os fenômenos. Essas generalizações, mais abrangentes, podem ser chamadas de leis, sendo assim designadas como generalizações legiforme. No entanto, tal perspectiva não exclui a necessidade de explicações para casos típicos, práticos, menos abrangentes, mais específicos.
Essas generalizações são chamadas de descritivas. Um exemplo elucidativo de uma generalização legiforme é a teoria de que todos os planetas do nosso sistema solar se movem numa órbita elíptica em torno do Sol. Ou seja: essa generalização parte da constatação de uma lei da natureza, é mais abrangente. Um exemplo de uma generalização descritiva pode ser: todos os presidentes da Terceira República Francesa eram homens. Ou seja: refere-se a um caso específico, menos abrangente.
2. Defina com suas palavras o que é um raciocínio analógico e cite um exemplo de seu emprego em uma teoria histórica ou filosófica.
Em um raciocínio do tipo analógico, comparam-se duas coisas de natureza diferentes (em tipo e grau) para, a partir do que parece nítido na primeira, ampliar o entendimento e a compreensão acerca da segunda. Esse é um tipo de raciocínio muito empregado em áreas do conhecimento humano, especialmentena Filosofia, na Moral e na História. Como três exemplos históricos desse tipo de argumentação, podemos citar a frase do filósofo Karl Marx no livro O 18 Brumário de Luís Bonaparte: “A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. A frase refere-se ao golpe de Estado dado por Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte, na França, anos depois de o tio famoso ter feito o mesmo, em 1799. A analogia aqui se refere ao fato de que Marx compara os dois eventos históricos, relacionando-os, e tenta explicar o segundo pelo primeiro.
1. Imagine-se na situação descrita no dilema do prisioneiro. Qual seria sua escolha? Justifique.
Resposta pessoal. Considere a situação tanto de uma perspectiva individual quanto coletiva e reflita: faria o que é melhor para você ou o que é melhor para o outro? Será que existe alguma ação, algum posicionamento ou pensamento completamente individualista? Considere a complexidade em se falar de ações meramente individuais, uma vez que qualquer ação individual só pode existir e ser ponderada a partir de uma coletividade. O que quer que façamos, ainda que pensemos somente em nós mesmos, acreditando que só afetará a nós, sempre está inserido em uma coletividade.
2. Reflita sobre e mencione algum comportamento que você tem somente pelo fato de ser parte de um determinado grupo, e que não teria caso não estivesse a ele integrado.
Resposta pessoal. Pense, por exemplo, em hábitos (a forma como se alimenta, a maneira como se veste, o modo como se relaciona com o sagrado) e também em aspectos culturais (a língua que fala, algumas expressões e comportamentos), exemplos de elementos típicos do seu modo de viver e que você adquiriu por estar integrado em um determinado grupo.
3. Há quem argumente da seguinte maneira: a racionalidade individual (isto é, fazer a coisa mais inteligente do ponto de vista de seu próprio interesse) pode ser mais bem satisfeita não cooperando sempre com os outros, mas fazendo de conta que coopera. Qual sua opinião sobre isso? Você consegue imaginar situações em que isso é verdadeiro?
Resposta pessoal. É importante que você considere que há em cada um de nós elementos que são individuais e outros que são construídos em nosso contato com a coletividade. Nessa visão de racionalidade individual, ou seja, fazer o que parece ser o melhor a partir do próprio interesse, sem cooperar com os outros, apenas simulando cooperação, pode-se aplicar a concepção de que o interesse individual tem prevalência sobre o coletivo. Mas se todos pensarem dessa forma, a própria vida em sociedade fica ameaçada, e, partindo-se do pressuposto aristotélico de que somos “animais políticos”, a nossa capacidade de exercer nossa individualidade estaria prejudicada. Não conseguimos desenvolver nossa essência individual num meio hostil.
1. Com base na definição de condições suficientes e de condições necessárias, elabore três exemplos de cada uma.
Resposta pessoal. Para elaborar seus exemplos, considere que uma condição necessária é a condição introduzida pela consequente de uma proposição condicional, enquanto a condição suficiente é introdução pela antecedente de uma proposição condicional. Um exemplo pode ser a seguinte situação: o leão é um animal. Ser leão é uma condição suficiente para ser animal, pois não há como ser leão sem ser um animal; porém, não é uma condição necessária, pois não é indispensável ser leão para ser animal.
2. Releia atentamente o texto sobre realismo, instrumentalismo e criticismo. Qual dessas abordagens parece ser a que melhor descreve a opinião que você tinha (ou ainda tem) sobre ciência antes de ler o tópico?
Resposta pessoal. Considere seu entendimento, anterior à leitura do livro até este capítulo, acerca do conhecimento científico e de que maneira esse entendimento se modificou, saindo de determinados preceitos advindos do senso comum e da mídia e apropriando-se de conceitos epistemológicos tais como generalização, dedução e indução, analogia, causação, entre outros.
1. Conceitue e diferencie posição subjetivista na Filosofia Moral e aponte ao menos um exemplo do emprego desse tipo de raciocínio.
Segundo essa interpretação, na avaliação de crenças morais básicas e alternativas não existe a possibilidade de um procedimento racional que seja capaz de nos conduzir, ou, em outras palavras, diferentemente das ciências empíricas, não se podem estabelecer concepções morais a procedimentos rigorosos para verificar sua validade. Isso se manifesta como claro, por exemplo, quando submetemos comportamentos de diferentes culturas diante de um mesmo fenômeno, como o casamento ou a educação dos filhos; ou, ainda, diferentes padrões de comportamento dentro de uma mesma cultura.
Torna-se difícil, segundo uma posição subjetivista, comparar comportamentos de pessoas de culturas diferentes diante de uma mesma situação, em virtude do relativismo cultural.
2. Suponha que alguém diga a você: “Moralidade é acerca das opiniões de meu guru. Isso é o que eu entendo por moralidade. Então, para saber o que eu devo fazer, primeiro preciso descobrir o que meu guru pensa”. Existe alguma forma de mostrar que essa pessoa está errada? Como?
Resposta pessoal. Aqui é importante que você considere o seguinte: uma pessoa que afirma ter seu comportamento moral orientado pelos preceitos de um determinado tutor espiritual e que considera tais preceitos inquestionáveis dificilmente será convencida de que seu modo de pensar está equivocado.
A melhor coisa a se fazer, nesse caso, é orientá-la a pensar de modo a relativizar esses preceitos, mostrando-lhe que, embora sejam considerados adequados e corretos por ela, existem outras pessoas, que se orientam por outros preceitos morais, o que não significa que os dela estejam plenamente certos e os de outras pessoas totalmente errados ou equivocados, nem mesmo o inverso disso. O relativismo nos auxilia a ser tolerantes com os diferentes modos de viver e pensar, portanto, convencê-la de que ela está errada implicaria tentar afirmar o seu posicionamento como certo, ou seja, substituir um dogmatismo por outro.
1. Ao mencionarmos Peter Berger acerca dos processos de interação entre indivíduo e sociedade, destacamos o conceito de interiorização, ou, como também se diz, processo de socialização. Em sua opinião, qual o papel da educação formal na socialização dos indivíduos?
Resposta pessoal. É importante que você considere, por exemplo, que de acordo com os posicionamentos de Berger e outros autores mencionados no capítulo, indivíduo e sociedade estão interligados, intrinsicamente, mas isso não significa afirmar a inferioridade da ação individual. A sociedade é produto do homem e este é influenciado pelo seu meio social.
O meio em que um indivíduo nasce, cresce e se desenvolve institui diferentes dispositivos por meio da busca por inseri-lo nesse meio, fazendo com que fale determinada língua, tenha determinados valores e hábitos como corretos, outros como errados, conheça aspectos de História, Geografia e legislação do seu estado, entre outros. Há diferentes instituições sociais a partir das quais esses conhecimentos, hábitos e práticas são repassados pelo grupo aos seus componentes, um deles é a educação formal, que é ministrada nas escolas.
A educação formal tem papel fundamental na socialização dos indivíduos na medida em que os condiciona e formata para apropriar-se e adequar-se aos padrões estabelecidos, de modo que os aceite e passe a conceber o mundo e orientar sua existência social a partir desses padrões.
2. Leia novamente o texto de Descartes na nota número 6 e opine: apesar de toda mudança tecnológica, está ele ainda certo, ou têm razão filósofos como Dennett?
Aquelas diferenças radicais existentes entre o ser humano – definido pelo próprio Descartes como “uma substância cuja essência é o pensar” – e as máquinas e os animais consistem no próprio fato de o ser humano, não só ser capaz de entendimento, mas fazer livre uso desse entendimento, alçando, mediante o pensamento direcionado pelo método, a ideiasclaras e distintas. Uma máquina é capaz de responder de acordo com determinados comandos – que nela foram introjetados por seres humanos –, como processar, combinar informações, cálculos, e até pode ser capaz de criar, mas sempre mediante um direcionamento humano prévio. Máquinas podem até ser capazes de atingir certo grau de entendimento, se forem programadas para isso, mas dificilmente serão capazes de fazer uso livre desse entendimento.
1. Examine as quatro crenças a seguir. Considere-as como teorias e procure classificá-las de acordo com os seguintes critérios: a) se é falsificável ou não, isto é, se haveria evidência sugerindo fortemente que cada uma delas é falsa; b) se é científica ou não, isto é, se você acha que a crença pode fazer parte do sistema de crenças dos cientistas.
a) O Universo foi criado por Deus.
b) Muitas doenças são causadas por bactérias e vírus, de modo que, se formos capazes de eliminá-los, acabaremos com essas doenças.
c) Todas as pessoas têm direitos iguais, independente de gênero, raça ou credo.
d) Uma explicação adequada para o fenômeno do suicídio encontra-se antes no ambiente social do que na psique do indivíduo.
Resposta pessoal.
Em relação à problematização proposta, considere o seguinte encaminhamento:
• Quanto à crença a: é falseável, na medida em que não há evidências empíricas que possam ser testadas e comprovadas e que confirmem que possa ser considerada uma generalização e, portanto, uma sentença científica.
• Quanto à crença b: é falseável também, pois, em que pese o fato de muitas doenças serem causadas por bactérias e vírus, não são todas as doenças que são causadas por esses microrganismos, de modo que eliminá-los não significaria o fim de todas as doenças, mas tão somente daquelas causadas por eles.
• Quanto à crença c: a crença de que todas as pessoas têm direitos iguais pode sim fazer parte do repertório científico como uma evidência. O fato de serem todas humanas iguala as diferentes pessoas, independentemente de cor, raça, credo, religião, orientação sexual ou classe econômica.
E, por terem esse elemento universal em comum – serem todas humanas –, as pessoas podem ter direitos que são comuns a todas. Essa, portanto, é uma crença que pode fazer parte do repertório de teorias dos cientistas, e é, notadamente, dos cientistas das áreas de ciências humanas, em especial, da área do Direito.
Quanto à crença d: a possibilidade de que faça parte do repertório da ciência é questionável, podendo ser falseável também. O ambiente social em que está inserido o suicida é um dos elementos a partir dos quais se pode pensar o fenômeno do suicídio, mas não é o único, uma vez que há evidências que mostram a interferência da psique individual (um estado depressivo refratário preexistente, por exemplo).

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