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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL NP2

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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL – NP2 
 
ASSOCIAÇÕES 
União de pessoas sem fins lucrativos. 
São pessoas jurídicas de Direito Privado que se constituem ou se reúnem pela união de pessoas sem fins econômicos. 
Conceito: Tem um aspecto eminentemente pessoal, pois é uma reunião de pessoas ou membros da associação, que 
não tem direitos e deveres recíprocos, nem a intenção de dividir resultados. 
Art. 5º LVII CF – Fins lícitos 
Sociedade ≠ Associação 
OBS: Os fins de uma associação pode ser artísticos, beneficentes, religiosos, educativos, culturais, altruísticos, 
políticos, esportivos ou recreativos e científicos. 
OBS: A associação pode eventualmente realizar negócio, para manter ou aumentar o património, sem propiciar 
ganhos aos associados. 
Estatuto das Associações 
Deve conter: 
1. Denominação, fins e a sede. 
2. Requisitos para admissão, demissão e exclusão 
3. Direitos e deveres 
4. Fontes de recurso 
5. Modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos 
6. Condições para alteração (dissolução) estatutária 
7. A forma de gestão administrativa e aprovação das contas 
OBS: Direitos iguais, mas com vantagens especiais. 
Qualidade de associado é intransmissível. 
OBS: O Estatuto pode permitir que a qualidade de associado seja transmitida, por ato inter vivos ou causa mortis. A 
transferência de cota ou fração ideal do patrimônio da associação, pertencente ao titular, adquirente ou ao herdeiro, 
não importa por si só a atribuição ou a qualidade de associado, salvo disposição em sentido contrário. 
Transferência de patrimônio, não torna o que recebeu associado. 
Órgãos Deliberativos – Forma do Estatuto 
É garantido o direito de 1/5 dos associados convocar os órgãos deliberativos. 
Dissolvida a Associação 
Se houver remanescente de patrimônio líquido deve ser destinado a entidades de fins não econômicos designados no 
estatuto ou em caso de omissão por deliberação dos associados ou instituição municipal, estadual ou federal. 
Cláusula Receber Restituição 
Silêncio 
Ausência E ou DF 
 União 
Exclusão do associado 
Se houver justa causa que é um procedimento praticado pelo associado que não esteja de acordo com os interesses 
da associação. Deve ser assegurado o direito de defesa e de recurso. 
Cumprir obrigações. 
Não pode obrigar a permanecer filiado. 
OBS: O estatuto pode impor certas condições para a retirada, mas não pode obrigar ninguém a ficar filiado. 
Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função, que foi legalmente conferido salvo previsão. 
(Lei ou Estatuto) 
Poder privativo da Assembleia Geral: 
 Destituir os administradores 
 Alterar o Estatuto 
OBS: Para deliberação geral é exigido uma assembleia convocada para esse fim. O quórum e os critérios de eleição 
devem estar estabelecidos no Estatuto. 
Observações Gerais: 
1) Em caso de deliberação por assembleia geral as decisões por meio de votação só podem considerar os 
participantes que podem votar. 
2) Se houver uma associação com grande número de pessoas, respeitando os princípios constitucionais o 
estatuto pode prever forma especial de votação. 
3) A doutrina critica a possibilidade de criação de vantagens especiais, mas tal fato é definido por lei. 
FUNDAÇÕES 
Consiste em complexos de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de certos fins, de modo 
permanente e estáveis. 
Instituidor – Fins (Imutáveis) 
1) Natureza religiosa 
2) Moral 
3) Cultural 
4) Assistencial 
Fundações 
 Particulares 
 Públicas 
Criar 
É feito por escritura pública ou testamento, especificando o fim a que se destina, os bens, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
OBS: É estabelecida pelo instituidor e não tem fim lucrativo, mas social e de interesse público, a lei limita os fins da 
fundação, para impedir fins que não sejam considerados nobres. A lei 13151 de 28/07/2015 regulamentou e ampliou 
os fins nobres das fundações. 
Fins Nobres: 
1) Assistência Social 
2) Cultura, Defesa e Conservação do patrimônio histórico e artístico 
3) Educação 
4) Saúde 
5) Segurança alimentar e nutricional 
6) Defesa, preservação e conservação do meio ambiente (Sustentabilidade) 
7) Pesquisa científica e tecnológica 
8) Promoção da ética, cidadania, democracia e direitos humanos 
9) Atividades religiosas 
Fases: 
1) Ato de dotação ou instituição 
Compreende a reserva ou destinação de bens livre, com a indicação dos fins a que se destinam e a maneira 
de administrá-los. Pode ser uma ato inter vivos ou causa mortis. O patrimônio tem que ser apto a produzir 
renda ou serviços. 
2) Elaboração 
A elaboração do estatuto pode ser direta ou própria (pelo próprio instituidor) ou fiduciária (por pessoa 
designada pelo instituidor). Aqueles a quem o instituidor determinar a aplicação do patrimônio deverá assim 
que tiver ciência do encargo submeter a aprovação de autoridade competente, se não houver prazo 
determinado, em 180 dias competirá ao Ministério Público. 
3) Aprovação 
O estatuto é encaminhado ao MP que é a autoridade competente. Antes deve ser verificado se o objeto é 
lícito, se foram observadas as bases fixadas pelo instituidor e se os bens não forem suficientes deve ser juntado 
em outra fundação com o mesmo fim. 
OBS: 
1) O código civil atribuiu a fiscalização das fundações ao MPF, o STF declarou inconstitucional. (ADIN 2794) 
2) O MP aprova o estatuto em 30 dias e indica as modificações que entender necessário ou nega a aprovação. 
O juiz pode suprir a aprovação do MP. 
3) Qualquer alteração do estatuto deve ser submetida à aprovação do MP, e deve ser deliberada por 2/3 dos 
componentes e não pode contrariar o seu fim. 
4) Os fins não podem ser modificados, nem por votação unanime. Não pode ser alienado (transferido) salvo 
comprovada necessidade e autorização judicial com audiência com o MP, sob pena de nulidade. 
5) As fundações em regra exercem atividades, filantrópicas ou assistências de interesse público. 
4) Registro 
É indispensável o registro civil das pessoas jurídicas, pois sem eles não tem existência legal a fundação. É o 
registro que declara nome, individualização, instituidor e diretor. 
Extinção (hipóteses): 
1º Objeto tornou-se ilícito 
2º Se for impossível a sua manutenção 
3º Quando vencer o prazo de sua existência 
Observações gerais: 
1) Não pode ser registrado ato constitutivo de PJ quando for contrário a interesse público ou a segurança do 
Estado. 
2) O desvirtuamento posterior ao registro é causa de dissolução cabendo ao MP se não o fizer aos sócios. 
3) A impossibilidade de manutenção em regra decorre de falta de recursos financeiros. 
4) A lei não estabelece prazo para a fundação mas o instituidor pode fixar. (Estatuto) 
5) Compete ao MP ou a qualquer interessado promover a extinção da fundação, o patrimônio terá por destino 
previsto pelo instituidor no ato constitutivo. Se não tem previsão é incorporado em outra fundação com fim 
igual ou semelhante, designado pelo juiz. A lei não esclareceu quando inexistente fundação, a doutrina 
considera que o bem será vago e depois declarado do município ou DF. 
6) Os atos de administração se praticados em desacordo com o estatuto ou normas legais, sujeitam os 
administradores a responsabilidade administrativa, civil ou penal. 
7) Cada administrador é responsável pelo prejuízo causado em virtude do não cumprimento dos deveres 
impostos por lei ou pelo estatuto, salvo se comprovar em ata de reunião a sua divergência. A ação de 
responsabilidade pode ser proposta pela própria fundação, através de sua administração ou pelo MP. 
DOMICÍLIO 
Pessoas (PF ou PJ) – Necessário / Legal 
Domicílio – Latim Domus, casa ou morada 
Em regra – Réu 
Conceito:Domicílio da pessoas natural é o lugar onde ela estabelece residência com ânimo definitivo, convertendo, 
em regra, como seu local principal de atividade. 
Local – Obrigações 
Sede jurídica (PJ) 
OBS: Em regra deve ser observado o local de morada e o local de centro de atividades, que é relativo a vida externa 
ou as relações sociais. 
Art. 70 CC – Ânimo definitivo 
 Estada/Estadia – Local provisório 
 Residência – Local onde a pessoa se estabelece habitualmente 
 Domicílio – Local onde a pessoa se estabelece com ânimo definitivo 
Elementos 
 Objetivo – É a residência, o estado material 
 Subjetivo – É a intenção 
Pluralidade de Domicílios (plural ou real) 
Quando a pessoa natural tem mais de uma residência de maneira alternada, o seu domicílio pode ser considerado 
qualquer uma delas. 
Domicílio Profissional 
É o local onde a pessoa exerce a sua profissão, se houver mais de um lugar qualquer um deles. 
Domicílio Aparente ou Ocasional 
Quem não tem residência habitual, considera-se o local onde for encontrado. 
Mudança de Domicílio 
Quando a parte transfere a residência com a intenção de mudar. A intenção resulta da declaração da pessoa, ou da 
própria circunstancia do fato. 
Espécies 
Pode ser: 
 Voluntário 
o Geral 
o Especial 
 Necessário ou Legal 
 
a) Geral 
É aquele que depende da vontade exclusiva do interessado, qualquer pessoa tem a liberdade de estabelecer 
o seu domicílio. 
b) Especial 
As partes podem pactuar o local onde ocorrerá processo, caso seja necessário. É clausula de eleição de foro. 
Jurisprudência 
 O credor pode optar pelo domicílio do devedor que é a regra geral. 
 Em contrato de adesão pode ser desconsiderado a clausula de eleição de foro. 
OBS: Art 51 IV CDC 
Contrato de Adesão - É um contrato onde uma das partes apenas adere, não podendo discutir as cláusulas, 
portanto pode ser desconsiderado. 
c) Necessário ou Legal 
É o domicílio determinado por lei, em razão da condição ou situação de certas pessoas, nesses casos inexiste 
a liberdade de escolha. Estabelecido por lei. 
Incapaz – É o do seu representante ou assistido 
Servidor público – Lugar onde permanece as duas funções 
Militar – Onde servir 
Marinha ou Aeronáutica – A sede do comendo a que se encontrar imediatamente subordinado, não importando o 
deslocamento 
Marítimo – Integrante da marinha mercante onde o navio estiver matriculado. 
Preso – local que cumpri a sentença. 
Agente diplomático do Brasil – Quando citado no estrangeiro e alegar extraterritorialidade sem designar o local ou 
país de seu domicílio, poderá ser no DF ou no último local onde teve dentro do território Brasileiro. 
OBS: 
a) Cônjuge (Art. 156) 
b) Viúvo 
Domicílio da Pessoa Jurídica 
Em regra, será definido no seu Estatuto ou no seu Ato Constitutivo. Poderá ser considerado o local onde funciona as 
respectivas diretorias e administrações, ou local de suas atividades habituais. 
OBS: Súmula 363 STF 
Quando for pessoa jurídica de Direito Privado pode ser demandada no domicílio da agencia ou no estabelecimento 
em que praticou o ato. 
Pessoa Jurídica 
I. União 
II. Estados e territórios 
III. Município 
 
1) Se a pessoa jurídica tem diversos estabelecimentos cada um deles será considerado domicílio. 
2) Se a administração, ou diretoria, tiver sede no estrangeiro será considerado o domicílio uma de suas agencias 
ou estabelecimento localizado no Brasil. 
DOS BENS 
Bens – São coisas materiais ou imateriais que tem valor econômico e que podem servir de objeto a uma relação 
jurídica. Para que seja objeto deve ter um interesse econômico, idoneidade, gestão econômica autônoma e 
subordinação jurídica. 
Bens Móveis 
São aqueles que podem ser deslocados sem prejuízo em sua estrutura. 
Ex.: Livro, celular, eletrodoméstico, etc. 
 Natureza 
São bens que pela sua própria características são considerados móveis. 
 Legais 
As energias que tenham valor econômico; 
Os direitos reais sobre objetos móveis; 
As ações correspondentes; 
E os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações. 
Ex.: Patente, Desenho Industrial, etc. 
 Antecipação 
São aqueles incorporados ao solo, mas com objetivo de transforma-lo em móvel. 
Ex.: Árvore cortada 
OBS: Suscetíveis de movimento próprio. 
Bens Imóveis 
São aqueles que não podem ser deslocados, sem que haja dano em sua estrutura. 
Sujeitos a registro 
 Natureza 
São bens que pela sua própria característica são considerados imóveis. 
Ex.: o solo a superfície, árvores. 
 Acessão Intelectual 
São aqueles que se mantem imóvel pela vontade do proprietário. 
 Determinação Legal 
Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito a sucessão aberta. 
OBS: Não perdem a característica de imobilidade os materiais provisoriamente separados de um prédio e as 
edificações separadas do solo. 
Bens Fungíveis e Infungíveis 
O bem fungível é aquele que pode ser trocado por outro semelhantes. 
Ex.: Dinheiro, roupa (mesma espécie, quantidade, qualidade) 
O bem infungível é aquele que não pode ser trocado por outro. 
Ex.: Quadro famoso, escultura (insubstituível) 
Bens Consumíveis e Inconsumíveis 
Os bens consumíveis são aqueles que pode ser rapidamente eliminados (ex.: bebida, comida) ou consumidos e os 
inconsumíveis que duram por um longo período (ex.: CD, roupa). 
Bens Divisíveis e Indivisíveis 
São os que podem ser fracionados ou repartidos sem alterar a sua substância e os indivisíveis são aqueles que se 
repartidos perdem o seu valor econômico. 
 Lei (inventário) 
 Natureza (relógio) 
 Vontade das partes 
Bens Singulares 
São aqueles que embora reunidos, são considerados individuais e independentes dos demais. 
Ex.: boiada 
Bens Coletivos 
São aqueles considerados pela sua universalidade. 
Ex.: Rebanho, biblioteca 
OBS: Constitui universalidade o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico. 
Bem Reciprocamente Considerado 
 Principais 
São os bens que não dependem de outros bens, ou seja, existem por si. 
Ex.: Terreno 
 Acessórios 
São aqueles que pressupõe a existência do principal, pois dependem dele para existir. 
Ex.: Plantação 
Classificam em: 
o Frutos 
São aqueles produzidos por um período, mas que se retirados não irão afetar o valor da coisa. 
o Produtos 
São aqueles que quando extraídos de algo diminui a sua quantidade e consequentemente o seu valor 
econômico. 
o Benfeitorias 
Podem ser necessárias, úteis ou voluptuárias, dependendo do objeto da coisa. 
OBS: Acessoriedade 
A teoria da gravitação jurídica diz que p acessório acompanha o principal. Pode estar relacionado a pessoas, bens ou 
direitos reais. 
Acessório domina o principal? 
Em determinados casos o acessório pode dominar o principal, mas é uma exceção. 
Ex.: Hipoteca em relação a uma dívida de garantia. 
“Acessorium seuitur suem principale.” 
O acessório segue o destino do principal, salvo convenção em contrato. 
Consequências: 
a) A natureza do acessório é a mesma do principal. 
Ex.: Se o solo é imóvel, a árvore anexada ao solo também será. 
b) O acessório acompanha o principal em seu destino, ou seja, extinta a obrigação o acessório é extinto. 
Ex.: Contrato nulo, clausula penal também em um Contrato de Financiamento. 
c) O proprietário do principal é o proprietário do acessório, pois salvo convenção em sentido contrário o 
acessório segue o principal; 
Classes: 
1) Produtos 
São as utilidades que quando retiradas da coisa diminui a quantidade, porque não são reproduzidas 
periodicamente. 
Ex.: Pedras e metais 
≠ Frutos – a distinção está em que a colheita do fruto não diminui o valor e tambémnão muda a substância 
da fonte. 
OBS: Os frutos e mais os produtos, ainda que separados, pertencem ao seu proprietário. 
2) Frutos 
São as utilidades que uma coisa produz periodicamente, nascem e renascem da coisa sem acarretar a 
destruição. 
Ex.: Frutos brotados nas árvores 
Caraterísticas: 
a) Periodicidade 
b) Inalterabilidade da substância da coisa principal 
c) Separabilidade 
Dividem-se em: 
1) Origem 
a) Naturais 
São os que se desenvolvem e se renovam em virtude da própria natureza. 
Ex.: Frutos das árvores, vegetais, etc. 
b) Industriais 
São aqueles que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza. 
Ex.: Produção de uma fábrica; 
c) Civis 
São os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização. 
Ex.: Juros, alugueis, etc. 
2) Estado 
a) Pendentes 
Unidos a coisa que o produziu. 
Ex.: Maçã na árvore. 
b) Percebidos ou Colhidos 
Depois de separados. 
Ex.: Colheita 
c) Estantes 
Separados e armazenador para a venda. 
d) Percipiendos 
Deveriam ter sido colhidos mas não foram. 
e) Consumidos 
Os que não mais existem. 
3) Pertenças 
São os bens que não constituem parte integrante, se destinam de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou a 
ornamentação de outro. 
OBS: 
A. São exemplos decoração de uma residência e não necessariamente seguem o principal. 
B. As pertenças só irão acompanhar o negócio jurídico se houver manifestação de vontade ou lei que 
determine. 
4) Benfeitorias 
a) Uteis 
São aquelas que aumentam ou facilitam o uso só bem. 
b) Necessárias 
São aquelas que tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
c) Voluptuária 
Mero deleite ou recreio, não aumentam o suo habitual do bem, mas o torna mais agradável e aumenta 
o seu valor. 
OBS: a classificação deve ser sempre observada com o objeto ou a destinação final da coisa. 
Ex.: A piscina quando numa escola de natação é uma benfeitoria necessária, mas em uma casa é mero 
deleite. 
Observação Geral: 
Não são benfeitorias, ou melhoramentos, ou acréscimos os bens que não tem intervenção do pro proprietário, 
detentor ou possuidor. 
Ex.: Ilhas que foram se formando. 
Bens Públicos – são aqueles que pertencem à órgãos públicos, ou seja, da União, dos Estados ou DF e municípios. 
São classificados em: 
 Bem de uso comum – é abertos e é de libre acesso a todas as pessoas. 
Ex.: Praia, ruas, praças, etc 
 Bem de usos especial – São aqueles que tem um fim específico. 
Ex.: Escolas públicas, creches e quartéis 
 Bens dominicais - São os bens responsáveis por formar o patrimônio do órgão público. 
Ex.: terreno de órgão público. 
Bens particulares – são aqueles usufruídos ou de propriedade de pessoas ou empresas. 
OBS: Os bens públicos de uso comum e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem essa qualificação. 
Se houver mudança da sua característica podem ser alienáveis. 
Bens públicos são: não dispondo a lei em sentido contrário os bens dominicais são pertencentes à pessoas jurídicas 
de Direito Público a que se tenha dado a estrutura de direito privado e observado a lei pode ser alienado. (Lei própria) 
OBS: Sem usucapião (não existe usucapião de bem público. Vedado na Constituição). 
Observações: 
1) Quando o poder público regulamentar o uso tornando oneroso, instituindo pedágio, não perde a característica 
de bem público. (O uso do bem público pode ser gratuito ou oneroso.) 
2) Poder de gestão. (Contrato) 
3) Os bens dominicais são de propriedade do Poder público e temos como exemplos: terras devolutas, estradas 
de ferro, fazendas pertencentes ao Estado. 
4) Não estando com finalidade específica os bens podem ser alienados. 
Podem ser alienados? 
1) As normas de direitos civis quando o bem não tem finalidade pública específica, podem ser utilizadas. Ex.: 
compra e venda, permuta, doação, etc. Se o bem é dominical. 
2) Os requisitos para alienação estão dispostos em lei própria de nº 8666/93. Se imóvel depende de autorização 
legislativa. Ex.: Lei de leilão, pregão, licitação. 
3) No silencio da lei, ou seja, na falta de regras jurídicas sobre os bens dominicais incidem as normas de Direito 
Privado mas devem ser observados os princípios públicos. (Atendendo melhor interesse do Estado) 
4) Os bens de uso comum ou de uso do povo e os bens de uso especial são inalienáveis e, como consequência 
são: imprescritíveis e impenhoráveis. (Está expresso na CF e CC) 
Desafetação – É a alteração da destinação do bem, e está interligado ao direito administrativo e as duas regras em leis 
especiais. É a possibilidade de alterar um bem de uso comum do povo, ou bens de usos especial em bens dominicais. 
(É a mudança de natureza) 
OBS: A alienabilidade do bem dominical, não é absoluta pois ele também está sujeito a afetação e passará a ser um 
bem de uso comum ou de uso especial. 
Bens de família – Art. 1711 a 1722 CC (Regulado dentro do Direito de Família. Impenhoráveis) 
Acessão – É o Direito do proprietário de adquirir a propriedade dos acessórios que a ele aderem. É uma modificação 
quantitativa ou qualitativa. Possui como requisitos a junção de duas coisas até então separadas e o caráter acessório. 
Classificação: 
 Originários 
 Derivados 
Requisitos: 
 Natural – São as acessões que acrescem ao principal por um acontecimento natural. 
 Industrial ou Artificial – Ocorre quando o acréscimo ou a modificação é resultado do trabalho do homem. 
OBS: ≠ Benfeitorias 
A acessão é o modo originário de aquisição de propriedade e as benfeitorias são formas de melhoramento da coisa, e 
não são acréscimos. 
Da aquisição por acessão. 
Pode se dar por: 
 Ilhas 
As ilhas que se formam em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários das terras. Se for 
formado no meio deve ser dividido e as que se formarem dentro da terra é do proprietário do terreno. 
 Aluvião 
É o acréscimo formado, sucessivamente e de maneira imperceptível, por depósitos e aterros naturais, 
pertencem aos donos dos terrenos marginais, e não há indenização. 
 Avulsão 
Quando por uma força natural de maneira violenta um trecho de terra se descolar e se juntar a outro, o dono 
poderá adquirir pagando uma indenização ou se ninguém reclamar dentro de um ano. 
 Abandono de Alveo 
Pertence aos proprietários ribeirinho das duas margens, não há indenização, os donos perderam água e 
ganham trechos de terra. 
 Plantações ou construções 
OBS: 
1. Toda construção e plantação presume-se ser do proprietário. (Presunção relativa) 
2. Aquele que plantar ou edificar com material alheio tem que indenizar. 
3. Se alguém plantar em terreno alheio deverá ser indenizado, e se a construção ou plantação exceder 
consideravelmente o valor do terreno, adquire a propriedade do solo, dede que esteja de boa fé e 
pague a indenização. 
4. O proprietário do material tem o direito de ser indenizado.

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