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IFRS CHINA

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CONTABILIDADE NO CONTEXTO INTERNACIONAL: CHINA¹
Alexandre Alves Ferreira
André Luiz Lucas Gonçalves de Souza
Gabriela Arcanjo Alves Menezes
Jéssica Carolina Machado Gomes
Lucas Leonardo de Souza Vieira
Rômulo Victor Sousa Silva
Thamiris do Carmo Silva
RESUMO:
A República Popular da China conhecida ou simplesmente China está localizada na Ásia Oriental e conta com mais de um Bilhão de habitantes. A China é um país socialista governada pelo Partido Comunista da China (PCC). Desde as reformas econômicas introduzidas por volta dos anos 70 à China tem tido grade desempenho econômico e hoje é considerada uma das potencias mundiais, reflexo de sua importância no cenário mundial é a sua participação em órgãos importantes como, por exemplo, a Organização Mundial do Comercio (OMC), Cooperação Econômica Ásia-Pacifico (APEC) e também do Grupo dos Vintes. Devido a sua grande participação do mercado internacional a China precisou adequar sua Contabilidade aos Padrões Internacionais de Contabilidade, por isso em 2006 o Ministro de Finanças Da China emitiu um pronunciamento com novos padrões de contabilidade e também revisando os antigos com o objetivo de deixar o mais próximo possível dos padrões internacionais.
PALAVRAS-CHAVE:
Contabilidade, IFRS, China.
__________________________
¹ O presente artigo faz parte da Atividade de Simulação Profissional Integrada – ASPI da
FACISABH. Articulador: Bárbara Silva.
² Discentes do 1º período do Curso de Ciências Contábeis, 2º semestre de 2014.
INTRODUÇÃO:
Observando-se o mercado do trabalho atual, verifica-se que para alcançar uma boa colocação, é preciso ter o mínimo de conhecimento, além de requisitos como boa interação social com os colegas de trabalho. O profissional, hoje, deve buscar aperfeiçoamento e entendimento constante sobre temas da atualidade.
A FacisaBH, traz uma proposta de desenvolver um trabalho entre os universitários e professores. A ideia visa à integração de várias matérias presentes nos diversos cursos de graduação da instituição, com o objetivo de promover o desenvolvimento de pesquisas a partir de temas previamente indicados, onde os estudantes consigam associar a pesquisa com a prática profissional.
Este trabalho acadêmico, denominado ASPI (Atividade de Simulação Profissional Integrada),tem a meta de possibilitar que o exercício da pesquisa ocorra para preparação dos alunos de acordo com o que mercado exige.A pesquisa que será apresentada é de extrema importância para aqueles que estão iniciando o curso.Por meio desta, é possível compreender a contabilidade em um contexto bastante amplo. Desde o início da formação universitária tendo contato com as normas internacionais, os alunos do primeiro período poderão iniciar suas atividades com a ciência de como a contabilidade é feita em outros países e, dessa maneira, adaptar-se as necessidades do mercado de trabalho. ( FACISA BH, 2014, 106p).
Segundo Lopes de Sá (1997) A contabilidade é de suma importância para a sociedade, não só nos tempos atuais como também foi na pré-história, quando é possível identificar,por meio de registros, que mesmo de maneira empírica, as civilizações primitivas já utilizavam ferramentas contábeis básicas para fazer o controle do que possuíam, sejam animais, alimentos, os seus patrimônios em si. A contabilidade acompanhou a evolução da humanidade antes mesmo de a mesma se tornar científica. Com a história da contabilidade é possível visualizar os seus efeitos, o que ela proporciona nos dias de hoje, e como é importante o seu estudo, saber como ela se desenvolve em cada país e como eles reagem com a adoção da IFRS (Normas e Padrões Internacional de Contabilidade).
A China, país do tema abordado, possui um bilhão e trezentos mil habitantes, ou seja, vinte por cento da população mundial. Trata-se do país mais populoso do planeta, considerada uma das mais antigas civilizações do mundo, passando por diversas transformações sociais, políticas, econômicas e culturais até chegar ao estado atualmente conhecido, conforme a embaixada chinesa, sua economia já é a quarta do mundo. O seu idioma é o Chinês (dividido em vários dialetos), idiomas regionais. Sua religião dominante é o Budismo, que está dentre as maiores religiões do mundo. Seu sistema de crenças, filosofia, caligrafia, gastronomia e organização política são algumas características que fazem a China ser rica em sua cultura. China hoje é o país que apresenta o melhor desempenho econômico e social do planeta. Desde o simples crescimento do PIB que a fez a segunda maior economia do mundo até a mais sofisticada análise de índices sociais, como o IDH ou IVJ.
DESENVOLVIMENTO:
2.1 O que é IFRS e seu objetivo
De acordo com o IFRS (2014) as IFRS são um conjunto de normas de contabilidade desenvolvidas pelo IASB, com o objetivo de ser, efetivamente, o padrão mundial para elaboração de demonstrações financeiras para que haja harmonia contábil entre os países que a aderem.
Ainda segundo o IFRS, o IASB é um organismo de fixação de normas de contabilidade independente, com sede em Londres. E é composto por 15 membros de nove países, tendo iniciado suas atividades no ano de 2001, quando aconteceu o Comitê de Normas Internacionais Contábeis. Atualmente, essas normas de contabilidade estão em vigor e vários países a aderem. A seguir, segue como se deu todo o processo de elaboração dessas normas. Conforme informa a empresa SGS Auditores (s/d) o processo de elaboração das normais internacionais, passaram por sete fases ao longo dos anos, são elas: 
1972: foi sugerida a criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais, durante o 10º congresso mundial dos contadores.
1973: o comitê de pronunciamentos contábeis internacionais, chamado IASC em inglês (International Accounting Standards Committee), foi criado pelos organismos profissionais de contabilidade de 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram chamados de International Accounting Standard (IAS). Ainda estão vigentes atualmente, várias das normas IAS, apesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo. 
1997: o IASC cria o SIC (Standing Interpretations Committee) um comitê técnico dentro da mesma estrutura do IASC responsável pelas publicações de interpretações denominadas SIC cujo objetivo era sanar as dúvidas de interpretações dos usuários.
2001: No dia 1º de abril de 2001, foi criado o IASB (International Accounting standards Board) na estrutura do IASC que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC. A criação do IASB teve objetivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos pronunciamentos internacionais a serem emitidas pelo IASB com o novo nome de pronunciamentos IFRS (International Financial Reporting Standard). O novo nome que foi escolhido pelo IASB demonstrou a vontade do comitê de transformar progressivamente os pronunciamentos contábeis anteriores em novos padrões internacionalmente aceites de reporte financeiro com o fim de responder as expectativas crescente dos usuários da informação financeira. Dentre todos, o sistema alemão e canadense foram considerados os mais adequados, enquanto os sistemas inglês e americano como os que mais necessitam de adaptações. Em dezembro do mesmo ano o nome do SIC (Standing Interpretations Committee), foi mudado para IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee). O IFRIC passou, portanto, a ser responsável pela publicação a partir de 2002 de todas as interpretações sobre o conjunto de normas internacionais.
2004: Em março de 2004, várias das normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo a norma IFRS 1 que define os princípios a serem respeitados pelas empresas no processo de conversão[e harmonização] e primeira publicação de demonstrações financeiras em IFRS.
2005: A partir do dia 1º de janeiro de 2005, todas as empresaseuropéias abertas, passam adotar obrigatoriamente as normas IFRS para publicarem suas demonstrações financeiras consolidadas.
2008: Em 31 de dezembro de 2008 chega ao fim o prazo do período de adaptação. A partir de 2009, entra em vigor as normas e padrões do IFRS, tornando-se obrigatória para todas as empresas de capital aberto e as de capital fechado de médio e grande porte. Os bancos podem passar a exigir as demonstrações financeiras conforme o novo padrão.
RESGATE HISTORICO A IMPORTÂNCIA DA HARMONIZAÇÃO DOS PADRÕES DE CONTABILIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL EM UMA SOCIEDADE GLOBALIZADA
Segundo Peters (2004), o nascimento da contabilidade internacional veio através das grandes mudanças nas praticas comerciais que surgiram no fim da segunda Guerra Mundial, Influenciando na necessidade da padronização e internacionalização das praticas contábeis e da auditoria, para melhor compreensão do investidor nacional e internacional. A Contabilidade vem sendo tratado com muita importância em diversos países. A partir de estudos introduzidos pela nova lei pode- se concluir que o objetivo destas mudanças está centrado na busca pela convergência das normas brasileira de contabilidade ao padrão internacional, Normas, conhecidas pela sigla IFRS, com o intuito de transformar a contabilidade em uma linguagem internacional, para a exigência o mercado de capitais, hoje, totalmente globalizado. 
Assim, pelo tempo marcado pela globalização, pela velocidade das informações que mudam a todo instante, vê-se a extrema importância do Contador não só para a empresa, mas também para a sociedade, mas para se manter constantemente valorizado, este deve manter seus indicadores e princípios com ética preocupando-se com o meio que faz ou não parte, pois além de obter um bom retorno por suas ações e pela emissão de suas informações sobre este, estará contribuindo para o crescimento da sociedade a qual ele também faz parte. 
De acordo com o atlas 2005, desta forma, que se pode observar um crescente esforço nas ultimas décadas, é um critério no mundo para apresentar demonstrações contábeis mais transparentes. Prova disso são as regras de governança corporativa que vem sendo estabelecidas nos mercados de capitais. Assim, os principais mercados financeiros do mundo acompanham e incentivam a harmonização e alinhamento da contabilidade, a fim de reduzir o risco para o investidor estrangeiro, os custos de comunicar em critérios diferentes e desta forma, possibilitar uma maior concorrência entre as empresas internacionais e nacionais. A harmonização das normas contábeis se faz necessária na medida em que, diante da globalização dos mercados, os negócios não estão mais restritos apenas aos limites de um país. 
Visto que, as multinacionais estão inseridas, também é importante falar que a participação dessas empresas em nível internacional vai além de transações somente com suas filiais, mas envolve também os investimentos através da disponibilidade de ações a serem negociadas em bolsas de valores de todo o mundo. Dentro dos órgãos normativos internacionais encontra-se a FASB e IASB, entidade de maior importância.
A IASB já nasceu com apoio de nove países e organismo importante como IOSCO ( The International organization of securities commision ) A IASB enfrentou dificuldades em sua adoção. Os Estados Unidos (principal mercado acionário do mundo), são se dispôs a adota s normas do IASC ( hoje IASB), devido as diferenças entre a referida organização e o GAAP, que são os princípios americanos geralmente aceitos, regulados pelo FASB. De acordo com Rake (2004) ela foi constituída em 1973 por nove países, são eles, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Estados Unidos, Canadá, México, Austrália e Japão, atualmente são constituídos por 88 países. Com sede em Londres, Grã – Bretanha, IASB è um órgão independente do setor privado e se destina ao estudo de padrões contábeis, segundo Nyama (2008). O IASB è constituído por um conselho de membros, o por representantes de mais de 140 órgãos, profissionais de todo o mundo, inclusive o Brasil que se faz representar pelo IBRACOM ( Instituto dos Auditores Independente do Brasil) e o CRC. Tem o objetivo de publicar e promover padrões de contabilidade de interesse publica que são observados na apresentação das demonstrações financeiras do mundo todo.De acordo com Nyama( 2008). Com isso, percebe-se que o IASB procura substituir uma variedade de normas e padrões nacional de contabilidade por um padrão único internacional. O IASB teve como seu antecessor o comitê de normas internacionais da contabilidade (IASC) ( Nyama, 2008) foi a partir dai como a transformação em IASB que obteve uma maior representatividade no seu status e de receptividade de seus padrões.
Função IASB/FASB
 
 Estados Unidos 
Emiti pronunciamentos contábeis, validos para empresa privadas norte – Américas e suas subsidiarias ao redor do mundo. 
Auxiliar ao SEC no aperfeiçoamento do mercado de capitais internacional.
 
	
	
Emitir pronunciamentos contábe
is, validos para empresa da Uniã
o
 
Europe
ia
 e sua subsidiarias ao redor do mundo.
Auxiliar na padronização das normas internacionais da contabilidade.	
IASB
União 
Europé
ia	
Fonte: site iasb.com.br
2.3 Obstáculos no processo de harmonização 
A padronização da forma de elaboração das demonstrações contábeis é muito importante, devido ao crescimento do mercado internacional, pois a contabilidade tem o objetivo de trazer informações aos seus usuários, e como cada país tem a sua forma de elaborar suas demonstrações fica difícil à comparabilidade de um país com o outro. Consequentemente o país que adotar as normas internacionais terá vantagem em relação àquele que ainda não adotou (Niyama 2005).
É Importante que não seja confundido o conceito de padronização com o de harmonização. O primeiro conforme Niyama (2005) padronização é um processo de uniformização de critérios, não admitindo flexibilidade. E conforme o conceito de padronização do Aurélio 2002 padronização é o ato de torna único, simplificado algum determinado processo. Já harmonização é o ato de torna compreensível às informações contábeis sem deixar de preservar as particularidades de cada país Nyama (2007). 
Segundo Welfort (2005) a padronização se difere da harmonização, essencialmente por sua finalidade. Enquanto a padronização busca uniformizar, a harmonização tenta aproximar.
Durante o processo de Harmonização das normas internacionais de contabilidade alguns obstáculos surgiram, estes obstáculos fazem com o que ocorra um atraso no processo de harmonização, e isto ocorre devido às particularidades de cada país, pois cada um tem seu conjunto de leis, regras, filosofias e objetivos. Este nacionalismo acaba dificultando a harmonia entre países no que se refere à apresentação das demonstrações contábeis (Welfort 2005).
Para entender os obstáculos do processo de harmonização, é importante que se conheça com funciona os sistemas legais e contábeis dos países, o sistema contábil é divido entre o modelo anglo-saxão e o modelo continental. O modelo Anglo-Saxão é aquele que é voltada para o mercado de capitais onde o Governo tem pouca influencia e existe uma profissão forte atuante, além de priorizar os investidores, países que tem essas características são: Estados Unidos, Canadá, Malásia, Índia, África do Sul e outros (Nyama, 2005). O sistema Europa continental é formado por países como Alemanha, Itália, Japão, Bélgica, Espanha, países comunistas e países da América do Sul. Principal característica desse modelo é a forte interferência do governo no que se refere à padronização das normas contábeis, no caso a escrituração é voltada para atender os interesses fiscais, outra característica desse modelo é que as demonstrações buscam atender os credores e Governo investidores ao invés de investidores, nesse tipo de país a influencia da profissão contábil é fraca e pouco atuante ao contrario do modelo anglo saxão. 
O sistema legal de um país influencia muitono que se refere à contabilidade segundo (Eliot, 2002) o sistema legal é divido entre common-law e code-law. No modelo common-law geralmente as demonstrações contábeis é elaborada para atender os investidores. Este tipo de sistema pode ser evasivo, mas também pode ser usado como artifícios para manipular ou aproveitar de brechas legais (Eliot, 2002). No modelo common-Law o interesse é atender ao fisco e os credores conforme (Martins, 2007), o objetivo deste modelo é trazer uma imagem fiel do que ocorre.
 Conforme estudos entre os sistemas legais e contábeis perceberam que há grandes diferenças entre os países, e estas diferenças se tornam obstáculos no processo de harmonização. 
Segundo (Nyama,2005) para obter uma harmonização em nível mundial precisa-se ter uma harmonização de currículos básicos de cursos de Ciências Contábeis, pois um país que tem um ensino fraco em contabilidade tem como conseqüência uma participação dos profissionais fraca e pouco atuante, e com o fortalecimento do ensino a esses países aumentaria a qualidade no tipo de informação.
Em muitos países emergentes a contabilidade está diretamente ligada à tributação, e como cada país tem um sistema de tributação diferente um do outro é quase impossível haver uma harmonização. 
Assim como cada país tem seu sistema de tributação, tem também um sistema jurídico diferenciado entre países, a harmonização se torna difícil devido ao fato de que cada um tem suas próprias leis e muitas das vezes até mesmo contrariando de um país com o outro.
Segundo Nobes e Parker (2002) a falta de entidades ou de organismos profissionais capaz de influenciar positivamente a harmonização tem sido uma dificuldade neste processo.
Nobes e Parker destacam a questão de nacionalismo exacerbado como uma barreira a ser ultrapassada, já que muitas das vezes o nacionalismo impede o avanço da harmonização.
Aspectos gerais da China 
De acordo com o atlas 2005, a China e o terceiro pais do Mundo em extensão, a republica popular está localizada no leste da Ásia. Em população ela está em primeiro lugar, com mais de um bilhão de habitantes, com expectativa de vida em média 71.40 anos, sendo (9,63 anos para os homens e 73,33 anos para as mulheres). A china é um país que tem muitas montanhas, regiões montanhosas, planaltos e colinas representam dois terços da superfície total do país. No oeste do país, está a cordilheira do Himalaia, com suas imensas montanhas geladas. Na fronteira com o metal, está o Everest o maior pico do mundo. Com 8.850 metros de altitude O imenso território faz com que a china tenha diferentes tipos de clima e temperaturas, essas diversidades influência na agricultura que produz culturas nas planícies do leste como o arroz, chá, café, frutas e jutas.
Segundo o site da Embaixada da Republica popular da China no Brasil, a indústria da china vem crescendo cada vez mais, passando por três fases, a primeira ocorreu na década de 50 e no fim dos anos 70 do século passado, período em que a china formou sua base de industrialização mudando a economia com características semi-coloniais. A segunda fase teve inicio em 1979 até o inicio dos anos 90, onde a China orientou-se sobre a abertura ao exterior, reajustando sua estrutura industrial. A terceira fase teve inicio na década de 90, onde a China elaborou o sistema de economia de mercado socialista, e ate por volta de 2020 o país vai realizar informatização primaria e concretizar sua industrialização, tornando assim um sistema de economia de mercado socialista maduro. Desde 1996 a produção de aço, ferro, carvão, fertilizantes agrícolas e televisores tem mantido primeira classificação no mundo, graças ao investimento que se instalam no país atrás de mão de obra barata. 
Ainda Segundo site da Embaixada da Republica popular da China no Brasil, desde a década de 1970, o país vem promovendo modernizações e abertura na economia como forma de incentivar com crescimento, mantendo ritmo de crescimento de 9% ao ano, encontrando assim numa boa fase tanto em investimentos quanto em consumo interno, superando a Inglaterra e a Franca, ficando em 4º lugar do mundo, ficando atrás apenas dos EUA, Alemanha e Japão. Depois de média de 20 anos em reforma e modernização a china passou de economia planificada para economia de mercado socialista, melhorando assim o sistema econômico. 
Segundo site da Embaixada da Republica popular da China no Brasil, a China é um país socialista, com ditadura democrática popular, tendo base na aliança de operários e camponeses. No país foi criada a política das quatro grandes modernizações. Nos setores industriais, agrícolas de tecnologias militares. Surgem as zonas econômicas especiais onde são permitidos investimentos estrangeiros. A China tem a constituição como lei básica onde estipula o sistema social do país, os princípios fundamentais do sistema nacional e dos órgãos nacionais e suas atividades, os direitos e deveres dos cidadãos, alem da bandeira nacional, hino nacional entre outros. O sistema político fundamental da China é o sistema de cooperação multipartidária e consulta política, sendo compostas por representantes do partido comunista da China, partidos democratas, personalidades não partidárias, entidades populares, todas as minorias nacionais e círculos sociais. Sendo assim a China é um país multipartidário.
Ainda Segundo site da Embaixada da Republica popular da China no Brasil Como o país tem a maior população do mundo, também tem uma grande rede de educação, dividido em educação infantil aplicado em jardins de infância elaborado segundo sua faixa etária e características psicológicas, acolhendo crianças entre três e seis anos, sendo dividido entre escolas publicas e privadas, sendo as escolas publicas com historias mais longas, e experiências mais ricas. Primaria, com crianças acima de seis anos, dispensando o pagamento de anuidade ou mensalidades, com índice de frequência escolar acima de 98%, onde o ministério da educação investe na elevação do nível de ensino, para que as crianças recebam uma educação justa. Secundaria onde os alunos integram a educação fundamental, correspondendo a três anos. E a superior onde universidade tem cursos normais, profissionalizantes e a distancia.
De acordo com o atlas 2005, as músicas da china são utilizadas de vários instrumentos sendo que os mais importantes são, flautas, instrumentos de cordas, gongos, tímpanos e trapos. Segundo o site da Embaixada da Republica popular da China no Brasil, a religião chinesa tem grandes diversidades, tornando assim um país multi religioso, são principais religiões o taoísmo, o budismo, o islamismo, o catolicismo, e o protestantismo, onde de acordo com estatutos próprios tratam os assuntos religiosos com autonomia, o governo chinês adotou a política de liberdade a crença religiosa, sendo assim os cidadãos chineses podem escolher e expressar suas crenças religiosas, convivendo em igualdade e harmonia.
 ADESÃO DA CHINA AO IFRS
Desde a instauração da Republica Popular da China em 1949 a China tem sofrido diversas mudanças econômicas, tais mudanças têm influenciado diretamente a Contabilidade no país, de tal forma que a China precisou se adequar os padrões de exigências contábeis internacionais para poder ser competitiva no cenário econômico mundial. As principais transformações econômicas ocorreram principalmente no final da década de 70. E como conseqüência o mercado chinês tem despertado a atenção do mundo devido a grande capacidade de atrair de capital estrangeiro (Mello Santos, 2006). 
Devido as mudanças econômicas a contabilidade na China tem evoluído significativamente de forma que teve que se adequar aos padrões internacionais de contabilidade. O que se pode perceber é que a china tem adequado às informações contábeis de acordo com as necessidades de seus usuários, houve uma transformação em relação às características anteriores que era um sistema voltado para usuários Insiders, que são pessoas bem informadas; usuários que pertencem a alguma organização, por exemplo,gerentes, essas pessoas tinham acesso informações privilegiadas das empresas. Com as mudanças o sistema passou a ser voltado para usuários outsiders que são usuários que não pertencem a organização como, por exemplo, acionas minoritários que, por não terem acesso direto às informações, buscam demonstrações contábeis com maior nível de evidenciação (Mello Santos, 2006).
Para compreender este processo de adequação as normas internacionais de contabilidade é preciso conhecer um pouco da historia da Contabilidade na china, de forma que se possam conhecer os motivos que levaram este país a aderir às normas internacionais de contabilidade.
No período da era maoísta (1949) ficou marcado pela ideologia soviética, na qual o Estado tinha o controle efetivo do estado, onde todas as empresas privadas foram substituídas por estatais e o mercado de capitais organizado era proibido. A contabilidade era usada basicamente apenas para atender as necessidades do Partido comunista Chinês. Do modelo soviético a China importou um Sistema Contábil Uniforme (UniformAccounting System – UAS). Apesar do esforço em uniformizar as operações contábeis as praticas contábeis ainda eram inconsistente entre as empresas dos diversos setores (Rodrigues e Niyama, 2008). A Contabilidade sofreu um retrocesso no final desta fase, com a crise dos alimentos o controle central tornou-se frágil e devido ao sistema simplificado de procedimentos contábeis introduzidos pelo Ministério das Finanças, os registros contábeis se tornaram limitado e como consequência a contabilidade se tornou limitada e estagnada. 
No período pós reforma (após 1978) os padrões Uniformes de contabilidade foram revisados, e houve também inclusão de novas conta e implantação de novos procedimentos, segundo Sacapens e Hao (1995) citado por (Rodrigues e Niyama,2008) a contabilidade internacional começou a influenciar a contabilidade na china, a regulamentação Contábil para as Joint Ventures que utilizam Investimentos Chineses e Estrangeiros, teve grande influencia neste processo (Rodrigues e Niyama, 2008), foi neste período que houve pela primeira vez a inclusão dos seguintes elementos nos padrões Chineses (Rodrigues e Niyama, 2008)
Os princípios contábeis (competência, custo histórico e consistência);
O conceito de capital;
Surgimento da equação contábil ‘Ativo = Passivo + Patrimônio’;
A distinção entre despesa de capital e despesa corrente;
A depreciação acelerada pode ser utilizada com autorização apenas;
Os métodos para reconhecer e contabilizar os ativos intangíveis e diferidos;
Os métodos para reconhecer e contabilizar ganhos e perdas cambiais;
A classificação dos custos em materiais diretos, mão de obra direta e despesas gerais;
A terceira demonstração financeira: a demonstração de variações na posição
Financeira, similar a demonstração do fluxo de caixa.
Segundo (Rodrigues, 2008) este modelo contábil apresentou uma melhor convergência com os conceitos de mensuração e evidenciação exigidos pela típica contabilidade ocidental com esta convergência e confiabilidade este modelo foi decisivo para que investidores estrangeiros começassem a aplicar seus recursos na República Popular da China.
	Em 1984 a China abandonou o sistema econômico centralizado e controlado, passando então a ser uma economia de mercado baseado na propriedade publica (Rodrigues, 2008), neste período diminuiu a interferência do governo no mercado. Neste período diversas empresas surgiram as Joint Ventures, sociedade por ações e outras. Segundo Liu e Eddie (1995,) citado por (Rodrigues e Niyama,2008) a principal função da contabilidade neste período era fornecer informações para a gestão das empresas, antes de suprir as necessidades das empresas de planejamento governamental.
Este modelo contábil apresentou uma melhor convergência com conceitos de mensuração e evidenciação exigidos pela típica contabilidade ocidental. Com esta convergência e confiabilidade, o modelo foi decisivo para que investidores estrangeiros começassem a aplicar seus recursos na República Popular da China (Rodrigues e Niyama, 2006).
	O resultado deste processo foi à emissão dos Padrões Contábeis para Atividades Empresariais – ASBE (Accounting Standards for business) contemplando as normas e princípios contábeis aplicados às empresas (Rodrigues, 2008). Estes padrões contêm 16 padrões básicos específicos envolvendo critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação.
Em 15 de Fevereiro de 2006, o Ministro das Finanças da China emitiu uma série de padrões contábeis para as empresas listadas, o padrão básico e os 16 padrões específicos foram revisados e foram incluso 22, o novo sistema ficou composto de 38 padrões, o objetivo deste novo padrão foi para atender a necessidades Chinesas.
Segundo Deloitte (2006) os novos padrões podem ser divididos em dois níveis, o Padrão Básico e os Padrões específicos, os padrões específicos podem ser divididos em três categorias: 
1.	Padrões de reconhecimento e mensuração: Ativos Fixos, Ativos Intangíveis, Ativos Não Monetários, Benefícios a empregados, Combinação de Negócios, Contingências, Contratos de Construção, Custo de Empréstimos, Eventos após o encerramento do Balanço, Hedging, Impairment de Ativos, Inventário, Investimento em Propriedade, Investimentos de Longo Prazo, Leasing, Mudanças nas políticas contábeis, estimativas e erros, Pagamento em ações, Preço de transferências, Publicação em moeda estrangeira, Receitas, Reconhecimento e Mensuração de Instrumentos Financeiros, Reestruturação de dívidas, Subvenção Governamental, e Tributação sobre o Lucro;
2.	 Padrões de evidenciação e relatórios: Apresentação das Demonstrações Financeiras, Apresentação dos Instrumentos Financeiros, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstrações Financeiras Consolidadas, Demonstração Financeira Intermediária, Evidenciação das partes relacionadas, Lucro por ações e Relatórios por segmento; 
3.	 Padrões para as indústrias especializadas: Ativos Ambientais, Contrato de Seguro e Resseguro, Extração de Gás e Petróleo, e Plano de Benefícios a Empregados.
Apesar do esforço da China em convergir às normas contábeis com as normas internacionais ainda existem divergências, dentre as 38 normas acima citadas 13 estão em divergências quando comparada a níveis internacionais (Rodrigues, 2008)
Conclusão
Este artigo trouxe um estudo sobre a china seu contexto na contabilidade internacional. Além de estudar a contabilidade na China, foram objeto de estudo, aspectos políticos, socais e econômicos, além de conhecer um pouco da cultura da china. O objetivo de ter uma visão ampla sobre a China é para poder facilitar a compreensão dos motivos que levaram a China a aderir os Padrões Internacionais de Contabilidade. 
A China teve um grande desenvolvimento econômico a partir do ano de 1798, com isso a contabilidade por ser uma ciência social aplicada teve de acompanhar este processo para melhor atender as necessidades de seus usuários. A partir deste momento a contabilidade que antes era feita para atender os interesses do governo passou a ser feita com foco no mercado. Com o crescimento de sua economia e de sua abertura de mercado a china passou a chamar bastante atenção de o mercado estrangeiro, com isso houve a necessidade de harmonização dos padrões contábeis internacionais.
Apesar de a china possuir mais de três mil anos o desenvolvimento da contabilidade no país é recente e ainda é preciso adequar sua contabilidade local com a Contabilidade Internacional, a china tem se esforçado para adequar sua contabilidade a nível internacional, tanto que em 2006 o Ministro das finanças emitiu um pronunciamento com uma série de padrões contábeis com adoção obrigatória para 2007. Mesmo com este esforço ainda existem divergências entras as normas aplicas na China em relação às normais internacionais de Contabilidade.
REFERÊNCIAS
THE AMERICAN INSTITUTE OF CERTIFIED PUBLIC ACCOUNTANS, International Financial Reporting Standards: What are ifrs? , 2014, EUA.
INSTITUTO AMERICANODE CONTADORES PÚBLICOS CERTIFICADOS, o que é ifrs?, 2014 Estados Unidos da América, Tradução livre.
disponível em: http://www.ifrs.com/updates/aicpa/ifrs_faq.html#q1 . Acesso em: 26 de setembro. 2014
SGS AUDITORES, IFRS – Histórico de sua criação, s/d, São Paulo, Brasil.
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