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RESUMO ORNITO P2 INFLUENZA AVIÁRIA Enfermidade viral altamente contagiosa, caracterizada por sinais clínicos e lesões de sistema respiratório, digestivo, reprodutivo e nervoso. Afeta aves domésticas e também silvestres NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA ETIOLOGIA Vírus pertencente à família Orthomixoviridae e gênero Influenzavirus com 3 tipos (A, B e C). Tipo A afeta aves e tipo B e C seres humanos. RNA vírus com 8 segmentos, envelopado Subtipificação do vírus quanto aos antígenos de superfície: Hemaglutininas (H) com 15 subtipos e Neuramidases (N) com 9 subtipos. Hemaglutininas: responsável pela ligação do vírus ao receptor da célula hospedeira, penetração do vírus na membrana citoplasmática e proporciona capacidade hemoaglutinante ao vírus. Neuramidases: responsável pela liberação do vírus na célula do hospedeiro. Não há imunidade cruzada entre os subtipos. Período de Incubação: entre 1 a 3 dias. H5 e H7 são cepas de alta patogenicidade e o restante é de baixa patogenicidade. IPIV (índice de patogenicidade intravenosa) acima de 1,2 em frangos com 6 semanas de idade Vírus inativado por temperatura de 56 graus por 3 horas ou 60 graus por 30 min, ph acido, desinfetantes a base de formol e iodo Viável por longos períodos em tecidos, fezes, agua e temperatura de refrigeração DISSEMINAÇÃO: Aumento de número de aves Aumento do trafego Vírus de difunde facilmente TRANSMISSÃO Direta: por secreções naso-oculares (aerossóis), fezes e ovo (via não comum) Indireta: água, equipamentos, ração, insetos, aves migratórias e cama Aves aquáticas são reservatórios naturais e permanecem infectadas por longos períodos, sem apresentarem sinais clínicos Distribuição da doença esta relacionada com localização da produção, rotas migratórias (aves aquáticas são reservatórios), estação do ano PATOGENIA: ↑ patogenecidade – HPAI Resultam em altas taxas de mortalidade em aves domesticas H5 e H7 Sinais clínicos severos e alta mortalidade (edema, hemorragia) Se a sequência de aminoácidos no sítio de clivagem da molécula de hemaglutinina for a mesma que a observada em outros vírus de HPNAI isolados anteriormente → se considerará que se trata de vírus de HPNA Aguda e enfermidade sistêmica Depressão grave, inapetência, edema facial, barbelas aumentadas ou cianóticas, petéquias, falta de coordenação motora ↓ patogenecidade – LPAI Pode causar surtos em aves domesticas Pouco ou nenhum sinal clinico Enfermidade leve Espirros, tosse, diarreia CONTROLE E PREVENÇÃO: Como é uma zoonose deve ter prevenção e alerta permanente Utiliza vacina em regiões endêmicas Não é viável tratamento então as aves são abatidas – ABATE SANITÁRIO Sacrifício das aves do lote fazer limpeza e desinfecção das instalações vazio sanitário de 21 dias controle com alojamento das aves sentinelas MÉTODOS DE ATORDOAMENTO E EUTANASIA: Métodos mecânicos: dardo cativo não penetrante Métodos elétricos: eletrocução, eletronarcose em água Métodos gasosos: injeção de mistura de gás carbônico (CO2) ou monóxido de carbono (CO) com nitrogênio ou gases inertes (hipóxia química) DOENÇA DE NEWCASTLE Pneumonia aviária Doença que apresenta alta patogenecidade, rápida difusão Enfermidade de comunicação obrigatório e imediata, pertence à lista A da OIE ETIOLOGIA Vírus: Robulavirus pertencente à família Paramyxovirus Existem 9 sorotipos (APMV 1 ao APMV 9). A Doença de Newcastle está incluída no sorotipo aviário subtipo 1 (APMV – 1) Provoca IPIC (índice de patogenicidade intracerebral) igual ou superior a 0,7 em pintos SPF ou de um dia. Existe variação de patogenicidade entre as amostras de APMV 1, as quais são classificadas de acordo com o tempo de morte dos embriões Possuem 5 patótipos: Entérica assintomática : baixa patogenicidade, subclínica Lentogênica: baixa patogenicidade, infecções respiratórias brandas, sinais clínicos em aves adultas Mesogênica: baixa a média patogenicidade, sinais respiratórios e nervosos, dispneia, espirro, tosse, queda de produção de ovos Velogênico neurotrópico: alta mortalidade e patogenicidade, sinais nervosos e respiratórios Velogênico viscerotrópico: alta mortalidade e patogenicidade, lesões intestinais e respiratórias hemorrágicas Difusão rápida Período de incubação 2 a 15 dias Acomete complexo respiratório das aves **ZOONOSE** Em humanos causa uma conjuntivite Instável ao ambiente. Vírus sensível a luz solar, luz ultravioleta, variações de pH e desinfetantes TRANSMISSÃO: Direta: por secreção de aves infectadas (transmissão fecal/oral e por inalação). Indireta (fômites): água, alimentos, vestimentas, veículos e aves mortas. Pode ocorrer a produção de ovos contaminados, causando morte embrionária e disseminação horizontal. LESÕES DE IA E DN MACROSCÓPICAS Edema e cianose de cabeça Edema e manchas nas patas Vesículas e ulcerações na crista Aerossaculite PROCEDIMENTOS EM CASO DE SUSPEITA NOTIFICAÇÃO DA SUSPEITA ATENDIMENTO A NOTIFICAÇÃO (visita a propriedade e exames) COLHEITA DE MATERIAIS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA POSITIVO NEGATIVO SACRIFICIO PREVENTIVO DAS AVES SUSPEITAS DIAGNÓSTICO Determinação do Paratipo: TMME (tempo médio de mortalidade embrionária) e/ou IPIC (índice de patogenicidade intracerebral). TMME: inoculação na cavidade alantóide em embriões de 9 a 10 dias de galinhas SPF, incubar por 7 dias a 37ºC e avaliar o tempo de morte embrionária. IPIC: inoculação em pintos de um dia 0,1mL do líquido alantóide do embrião. Observar a cada 24 horas por 8 dias e classificar os pintos em: saudáveis, doentes ou mortos. MAIOR QUE 0,7 PATOGENICO LARINGOTRAQUEITE Doença viral aguda do trato respiratório das galinhas Requer notificação imediata de qualquer caso suspeito ETIOLOGIA: Família: Herpesviridae DNA, fita dupla, envelopado 1 sorotipo Partículas virais são inativadas por agentes lipolíticos como clorofórmio, éter e detergentes São sensíveis a desinfetantes comuns HOSPEDEIROS: Altamente específico para galinhas (frangos, poedeiras, matrizes e caipiras) TRANSMISSÃO: HORIZONTAL: através de muco e secreção de aves Período de incubação é variável Maioria: 48h Pode durar até 12 dias PATOGENIA: SINAIS CLINICOS FORMA AGUDA: Dispnéia, tosse, queda severa de produção de ovos, pescoço distendido FORMA BRANDA: pode não ter sinais clínicos, sonolência, conjuntivite PREVENÇÃO, CONTROLE E TRATAMENTO: Não há tratamento Biosseguridade – evitar a entrada Boa desinfecção de instalações e equipamentos Aquecimento do aviário no inverno (35-38ºC) Boas medidas de ventilação e redução de amônia dentro do galpão Medidas que protejam as aves de enfermidades imunossupressivas A vacinação não é muito indicada pois o vírus vivo atenuado pode sofrer mutação e disseminar a doença BOUBA AVIÁRIA É uma enfermidade causada por vírus e que afeta tanto espécies de aves domésticas como também as silvestres. Esta doença se caracteriza pela sua disseminação lenta e pode se apresentar nas formas cutânea, diftérica (lesões no trato respiratório e digestório superior) e sistêmica ETIOLOGIA Vírus da família Poxiviridae Subtipos: poxvírus aviário, de peru e canários Diferenciação antigênica através da analise do DNA Resistente no ambiente e a desinfetantes, inativos por soda caustica e aquecimento PATOLOGIA: Vírus infecta células epiteliais e há formação de inclusões citoplasmáticas eosinofílicas (Corpúsculos de Bollinger) Pode entrar via respiratória e causar lesões diftéricas em sistema respiratório e/ou digestório Transmissão: via mecânica (moscas, mosquitos, hematófagos, piolho, aerossóis, descamações da pele Periodo de incubação: 4 a 10 dias SINAIS CLINICOS Diminuição na produção Forma Cutânea: verifica-se lesões crostosas em crista, barbela,pálpebras e áreas não cobertas por penas. Aves podem diminuir consumo, mas se recuperam. Forma Diftérica: presença de placas amarelas em boca, faringe, esôfago e traquéia levando a dificuldade de alimentação, dispnéia, caquexia e desidratação. Lesões necróticas PREVENÇÃO E CONTROLE Vacinas: uso em lotes sadios, e todo lote deverá ser vacinado E cuidar com os mosquitos no verão SALMONELLOSE Sorovares espécie – específicos que produzem septicemia Maior parte das aves é portador assintomático e dissemina a bactéria Salmonella gallinarum e Salmonella pullorum só afetam aves; Sorovar S. gallinarum e S. pullorum são imóveis, não possuem flagelos, só afetam aves e são MUITO patogênicas Sorovares móveis (S. enteretidis) possuem flagelos, afetam aves e mamíferos São bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas Considerada a doença bacteriana de maior impacto na avicultura mundial, após a Escherichia coli, pois provoca alta mortalidade e morbidade, além de queda da eclodibilidade e nascimento de pintinhos de baixa qualidade PULOROSE Agente etiológico: Salmonella Pullorum (imóvel) Afeta jovens e adultos não apresentam sinais clínicos Transmissão VERTICAL OU TRANSOVARIANA (bactéria já presente em folículos ovarianos Sinais clínicos: cloaca com empastamento, diarreia esbranquiçada, ficam amontoadas em cantos Nódulos no coração e fígado TIFO AVIÁRIO: Salmonella gallinarium Atinge adultos, geralmente poedeiras TRANSMISSÃO: Horizontal: contato c aves doentes, canibalismo, falta de higiene, presença de vetores Doença septicêmica Período de incubação de 4 a 5 dias, curso da doença é de 5 a 7 dias Sinais Clínicos Semelhantes à pulorose, mas fezes são esverdeadas, tem-se diminuição da produção e mortalidade.
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