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RESUMO ESQUEMATIZADO DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTARIO DELEGADO DA PF

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1 
 
 
DIREITO FINANCEIRO 
 
Competência Legislativa (arts. 24 e 30 da CF/88): 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II - orçamento; 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á 
a estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da 
lei estadual, no que lhe for contrário. 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
 
Cabe à Lei Complementar (art. 165, § 9º da CF/88): 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
 
Compete privativamente ao Presidente da República (art. 84 da CF/88): 
 
2 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição; 
 
 
Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão (art. 165 da CF/88): 
 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
Crime de Responsabilidade: 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
VI - a lei orçamentária; 
 
Plano Plurianual – PPA 
 Art. 165, § 1º da CF/88: A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
REGIONALIZADA, as DIRETRIZES, OBJETIVOS e METAS da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
o Diretrizes: Apontam ou traçam as direções, regulam os planos de governo, estabelecem 
critérios para o planejamento. 
o Objetivos: Indicam os resultados pretendidos pela Administração. 
o Metas: poderão ser direcionadas a públicos específicos. 
 
 Prazos do PPA: 
o Art. 35, § 2º do ADCT: Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 
165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, 
para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial 
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
 
 
3 
 Art. 167, § 1º da CF/88: Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
 
 Art. 166 da CF/88: Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum. 
 Art. 165, § 4º da CF/88: Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso 
Nacional. 
 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 
 Art. 165 § 2º da CF/88: A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na 
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
 
 Prazos da LDO: 
o Art. 35, § 2º do ADCT: Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 
165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: II - o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão 
legislativa; 
 
 Art. 169 da CF/88: A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
o § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou 
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta 
ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser 
feitas: 
 I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de 
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
 II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
 
4 
Lei Orçamentária Anual – LOA 
 Art. 167 da CF/88: São vedados: 
o I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
o II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
o VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
 
 Art. 165, § 5º da CF/88: A lei orçamentária anual compreenderá: 
o I - o ORÇAMENTO FISCAL referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; 
o II - o ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
o III - o ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
 Prazos da LOA: 
o Art. 35, § 2º do ADCT: Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 
165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
 III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
 
Princípios Orçamentários: 
 Princípio da Universalidade: Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter 
todas as receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei 
no 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF. 
 
 Princípio da Anualidade / Periodicidade: o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício 
financeiro. Esse princípio está consagrado no art. 165, III da CF/88 e nos arts. 2º e 34 da Lei 
4.320/64. 
 
 Princípio da Unidade / Totalidade: o orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um 
orçamento para um exercício financeiro, com todas as receitas e despesas. Esse princípio está 
previsto no art. 165, § 5º da CF/88 e no art. 2º da Lei 4.320/64. 
 
5 
 
 Princípio da Exclusividade / Pureza: a lei orçamentária não poderá conter matérias estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Esse princípio está previsto no art. 165, § 8º da CF/88 
e no art. 7º da Lei 4.320/64. 
 
 Princípio da Especificação / Especialização / Discriminação: veda as autorizaçõesde despesas 
globais. As receitas e as despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação 
dos recursos. O § 4º do art. 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal –LRF estabelece a vedação de 
consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da 
despesa. As exceções a esse princípio são os programas especiais de trabalho e a reserva de 
contingência (art. 5º, III da LRF). 
 
 Princípio da Publicidade: esse princípio zela pela garantia da transparência e total acesso a 
qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos 
recursos arrecadados dos contribuintes. Deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de 
comunicação para conhecimento público e para gerar eficácia de sua validade enquanto ato oficial 
de autorização de arrecadação de receitas e execução de despesas. 
 
 Princípio do Equilíbrio: visa assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das 
receitas. Contabilmente o orçamento está sempre equilibrado, pois se as receitas esperadas forem 
inferiores às despesas fixadas, e o governo decidir por não cortar gastos, a diferença deve ser 
coberta por operações de crédito que, por lei, devem também constar do orçamento. 
 
 Princípio do Orçamento Bruto: estabelece que todas as receitas e despesas devem contar do 
orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução, de forma a permitir efetivo 
controle financeiro do orçamento. Está previsto no art. 6º da Lei 4.320/64. 
 
 Princípio da não afetacão (não vinculação) das receitas: nenhuma receita poderá ser reservada 
ou comprometida para atender a certos e determinados gastos (art. 167, IV e IX da CF/88). 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento. 
Exceções: arts. 158, 159 e 212 da CF/88. Quando as receitas de impostos são vinculadas a despesas 
específicas, diz-se, em geral, que essas despesas são obrigatórias. 
 
Orçamento: 
 É o instrumento de que dispõe o poder público (em qualquer das esferas) para expressar, em 
determinado período de tempo, o seu programa de atuação, discriminados a origem e o montante 
dos recursos a serem obtidos, bem como os dispêndios a serem efetuados. 
 
6 
 
Despesa Pública 
 Conforme a Lei 4.320/64, as despesas públicas podem ser correntes e de capital. 
 Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: 
o Despesas Correntes: 
 Despesas de Custeio 
 Transferências Correntes 
 
o Despesas de Capital 
 Investimentos 
 Inversões Financeiras 
 Transferências de Capital 
 
 Despesas Correntes: são aquelas que não enriquem o patrimônio público, mas são necessárias à 
execução dos serviços públicos e à vida do Estado. 
 
 Despesas de Custeio: são as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, 
inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. 
 
 Transferências Correntes: são as dotações para despesas as quais não corresponda 
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a 
atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. 
 
 Despesas de Capital: são as que se determinam uma modificação no patrimônio público por meio 
de seu crescimento. 
 
 Investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas 
à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os 
programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e 
constituição ou aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. 
 
 Inversões Financeiras: são as dotações destinadas a: 
o I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; 
o II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; 
o III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que visem a objetivos 
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. 
 
 
7 
 Transferências de Capital: são as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras 
pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta 
em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem 
diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para 
amortização da dívida pública. 
 
 A despesa é realizada em 4 etapas: 
o O empenho pelo qual é autorizada; 
o A liquidação que é o ato de controle prévio da conclusão da despesa; 
o A ordem de pagamento; 
o O pagamento. 
 
 Empenho: é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de 
pagamento pendente ou não de implemento de condição. 
o No ato do empenho fica deduzido do orçamento o valor da transação. Tem-se um bloqueio 
formal da parcela envolvida que reduz o saldo até disponível. 
o Para cada empenho é extraída a nota de empenho. 
o É proibida a realização de despesa sem prévio empenho, ressalvados casos especiais (art. 
60 da Lei 4.320) 
 
 Liquidação: consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito. 
o Torna líquida e certa a obrigação preexistente. É a verificação do direito adquirido pelo 
credor. 
o O processo de liquidação procura verificar: 
 A origem e o objeto do que se deve pagar; 
 A importância exata a pagar; 
 A quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. 
o Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e os comprovantes 
da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. 
 
 Ordem de pagamento: é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a 
despesa seja paga. 
o A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços 
de contabilidade. 
o O processamento contábil é providencial para manter o acompanhamento e preservar a 
estabilidade financeira. 
 
 
8 
 Pagamento: o pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente 
instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de 
adiantamento. 
o Adiantamento para os casos de serviços extraordinários e urgentes, que não permitam 
delongas na satisfação de despesas, quando se tratar de despesa a ser paga em lugar distante 
de qualquer estacão pagadora ou no exterior, quando se tratar de despesas miúdas e de 
pronto pagamento, nas diversas repartições públicas. 
 
 Créditos Adicionais: são as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas 
na Lei de Orçamento. Classificam-se em: 
o Suplementares: destinados a reforço da dotação orçamentária; 
o Especiais: destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; 
o Extraordinários: destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública. 
 
 Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo. 
 
 A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis 
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
 
 Art. 167, § 2º da CF/88: Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro mesesdaquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
 
Receita Pública 
 É produzida pela renda de seus bens ou pela sua atividade ou arrecadada do povo coercitivamente, 
em caráter definitivo ou tomando por empréstimo. 
 
 Nem todo ingresso é receita. Ingresso é qualquer dinheiro recebido pelos cofres públicos. 
 
 A receita é classificada nas seguintes categorias econômicas: 
o Receitas Correntes 
o Receitas de Capital 
 
 
9 
 Receitas Correntes: abarcam as decorrentes do poder impositivo do Estado, bem como aquelas 
decorrentes da exploração de seu patrimônio e as resultante de exploração de atividade econômica. 
Os tributos em geral são classificados como receita corrente. São receitas correntes: 
o Receita Tributária: impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
o Receita de Contribuições; 
o Receita Patrimonial; 
o Receita Agropecuária; 
o Receita Industrial; 
o Receita de Serviços; 
o Transferências Correntes; 
 
 Receitas de Capital: são todas as outras receitas que compreendem as provenientes de realização 
de recursos financeiros oriundos e constituição de dívidas, as oriundas das conversões em espécie 
de bens e direitos, os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado para atender 
as despesas de capital e o superávit do orçamento corrente. São receitas de capital: 
o Operações de crédito; 
o Alienação de bens móveis e imóveis; 
o Amortização de empréstimos concedidos; 
o Transferências de capital; 
o Outras receitas de capital. 
 
 Receitas ordinárias: são as que possuem ocorrência rotineira. 
 
 Receitas extraordinárias: são as esporádicas, de caráter temporário ou irregular. 
 
 Receita Originária: é auferida pelo Estado em decorrência da exploração de seu próprio 
patrimônio e sem o exercício de seu poder soberano. 
 
 Receita Derivada: são as provenientes de patrimônio de particulares, impostas coercitivamente 
aos cidadãos, em decorrência do poder soberano do Estado. 
 
 Renúncia de Receita: a concessão de anistia, remissão, subsidio, crédito presumido, isenção de 
caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução 
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento 
diferenciados, são considerados como renúncia de receita pela LRF (art. 14). Requisitos: 
o Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua 
vigência e nos dois seguintes; 
o Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita 
da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais; 
 
10 
o Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por 
meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de 
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
 
Crédito Público 
 O crédito público é o ato pelo qual o Estado se beneficia de uma transferência de recursos face à 
liquidez existente no mercado e fica com a obrigação de restituí-los no futuro, geralmente com 
pagamento de juros. 
 
 É um meio de obtenção de recursos para o Estado, fonte de receita adicional. 
 O crédito público resulta de uma relação bilateral voluntária, em que o particular, por sua 
espontânea vontade, empresta dinheiro ao Estado. Não se confunde com empréstimo compulsório. 
 
 Art. 38 da LRF: A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência 
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as 
seguintes: 
o I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; 
o II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro 
de cada ano; 
o IV - estará proibida: 
 a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente 
resgatada; 
 b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 
o § 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou 
Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira 
vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil. 
 
Dívida Pública: 
 É uma decorrência das operações creditícias levadas a cabo pelo Estado, quando tomador de 
empréstimos. 
 
 A dívida pública pode ser classificada em: 
o Dívida Pública Flutuante: é a dívida decorrente de empréstimo a curto prazo, oscilando 
muito rapidamente. Fica dentro do exercício financeiro e é lastreada na previsão da 
arrecadação. 
 
11 
o Dívida Pública Fundada / Consolidada: é aquela contraída a longo prazo, ou até sem 
prazo determinado. Financiamento de bens e contratação de serviços cuja dívida superar a 
um exercício financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 Conceito: o Direito Tributário é PÚBLICO, OBRIGACIONAL E COMUM. 
Atenção  Não se encaixam no conceito de tributo: 
 Royalties; 
 Foro e Laudêmio; 
 Tarifa Portuária cobrada pela Infraero; 
 Seguro Apagão. 
 Conforme entendimento do STF, instrumento municipal denominado pelo STF de 
OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CRIAR O SOLO, TAMBÉM 
DENOMINADO SOLO CRIADO, previsto no Estatuto das Cidades. 
 
 Natureza Jurídica: Nos moldes do art. 4º CTN, a natureza jurídica de cada tributo é verificada 
de acordo com seu fato gerador, não importando: O nome dado a esta; Suas características 
formais; A destinação estabelecida para a sua arrecadação. 
 
Cuidado: Você deve prestar atenção ao que a prova te induz. Se questionar apenas a 
natureza jurídica do tributo nos termos do artigo 4º do CTN, utilize a interpretação literal. 
Entretanto, se a prova induzir que quer saber o entendimento doutrinário, saiba que para a doutrina 
mais moderna do Direito Tributário, a base de cálculo é relevante para definir e a natureza jurídica 
do tributo. Ademais, caso a questão induza a análise da natureza jurídica conforme a Constituição 
Federal de 1988, saiba que a destinação é relevante para definição da natureza jurídica das 
Contribuições Sociais. Assim, fique atento(a) ao comanda da questão. 
 
12 
 
 Legislação Tributária: nos moldes do art. 96 do CTN, a expressão “legislação tributária” 
compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. 
 
São normas complementares: a) Os atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas: são normas editadas pelos servidores da administração tributária e visam a 
detalhar a aplicação das normas que complementam. b) As decisões dos órgãos coletivos e 
singulares de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa. c) As práticas 
reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. d) Os convênios que entre si 
venham a celebrar a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Atenção ao disposto no artigo 103, CTN (PRESTE ATENÇÃO NOS PRAZOS): 
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua 
publicação; 
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos 
normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; 
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. Integração e interpretação da legislação tributária: 
Nesse tema, basta a leitura atenta do Código Tributário Nacional: 
 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para 
aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a eqüidade. 
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não 
previsto em lei. 
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de 
tributo devido. 
 
No que tange à interpretação da legislação tributária, leia o artigo 111 do CTN: 
 
13 
 
 Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 
 I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
Já no que se refere à interpretação nos casos de infrações, tem-se o artigo 112 do CTN: 
 
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, 
interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão 
dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
 
 Obrigação Tributária: 
 
o OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - A classificação depende do conteúdo pecuniário. 
 
o Assim, tanto o crédito quanto os juros e multas são considerados obrigação tributária 
principal. 
 
o Atenção: Multa tributária. A multa é sanção por ato ilícito e, por isso, não é 
tributo. Contudo, a obrigação de pagar a multa tributária foi tratada pelo CTN 
como obrigação tributária principal. Em outra s palavras, multa tributária não é tributo, 
mas a obrigação de pagá-la tem natureza tributária. 
 
o OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA - Segundo o § 2.º do art. 113 do CTN, a obrigação 
acessória tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, previstas no interesse 
da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Importante! As obrigações acessórias 
existe m também para as entidades imunes, no interesse da fiscalização e arrecadação 
de tributos, até mesmo para que a Administração Tributária tenha como fiscalizá-las 
e verificar se as condições para a fruição da imunidade permanecem presentes. 
 
o Estudo jurisprudencial: A entidade que goza de imunidade tributária tem o 
dever de cumprir as obrigações acessórias , dentre elas a de manter os livros fiscais. 
STF. 1ª Turma. RE 250844/ SP, rel. Min. Marco Aurélio, 29/5/2012. 
 
14 
 
 Fato Gerador e Situações Jurídicas Condicionadas: 
 
o De acordo com o Código Civil, “considera-se condição a cláusula que, derivando 
exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a e vento 
futuro e incerto”. Diante da incerteza do cumprimento da condição, há influência da 
mesma sobre a incidência tributária. 
 
o A Condição Suspensiva está descrita no art. 117, I, CTN, que, salvo disposição d e 
lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e 
acabados, sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento. Dessa 
forma, há incidência tributária quando do implemento da condição. 
o Por sua vez, a Condição Resolutiva está prevista no art. 117, II, do CTN, que aduz, 
salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais 
reputam-se per feitos e acabados, sendo resolutória a condição, desde o momento da 
prática do ato ou da celebração do negócio. Dessa feita, há incidência desde a prática 
do negócio. 
 
 Aspecto pessoal da relação jurídico-tributária: 
 
o Nos moldes do art. 119 do CTN, sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica 
de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento. Atenção: Não 
se pode confundir a atribuição constitucional para instit uir o tributo (competência 
tributária) com a possibilidade de figurar no polo ativo da relação jurídico-tributária 
(capacidade ativa). A primeira é indelegável, a segunda é passível de dele gação de 
uma pessoa jurídica d e direito público a outra. Atenção: A delegação da capacidade 
tributária ativa muda o sujeito ativo do tributo. 
 
o Por sua vez, o Sujeito Passivo será a pessoa obrigada a pagar o tributo ou penalidade 
pecuniária (CTN, art. 121); na obrigação acessória, o sujeito passivo é a pessoa obrigada 
às prestações – de fazer ou deixar de fazer – que constituem seu objeto (CTN, art. 122). 
Atenção.: salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à 
responsa bilidade pe lo paga mento de tributos, não podem se r opo stas à Fazenda 
Pública, para modificar a definição legal d o sujeito passiv o das obrigações tributárias 
correspondente s. 
 
 Elisão, Elusão e Evasão Fiscal: 
 
 
15 
o Elisão Lícita (planejamento tributário) - Em regra, antes do fato gerador (exemplo de 
exceção: declaração de IR) 
 
o Evasão Ilícita (evita o conhecimento da ocorrência do fato gerador p ela autoridade) - Em 
regra, após o fato gerador (exemplo de exceção: notas fiscais fraudulentas) 
 
o Elusão (ou elisão ineficaz) - Formalmente lícita, mas com abuso de forma jurídica. Antes 
ou após o fato gerador 
 
 
 
 Responsabilidade Tributaria (obs.: leitura dos artigos 128 até o 138 do CTN – ver nossa revisão 
de véspera e ler as seguintes súmulas/jurisprudência): 
 
o Súmula 554, STJ - Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da 
sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as 
multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da 
sucessão. (Súmula 554, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJ 15/12/2015) 
 
o SÚMULA N. 430 O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, 
por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
 
o Súmula 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de 
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, 
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. (Súmula 435, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJe 13/05/2010) 
 
o SÚMULA N. 360, STJ - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos 
sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a 
destempo. 
 
o Súmula 585-STJ: A responsabilidade solidária do ex -proprietário, prevista no 
art. 134 d o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVA incidente 
sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação. 
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 14/12/2016. 
 
 
16 
o É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços (ICMS) pago a mais, no regime de substituição tributária para a frente, se a 
base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida. STF. Plenário. ADI 
2675/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski e ADI 2777/SP, red. p/ o ac. Min. Ricardo 
Lewandowski, julgados em 19/10/2016 (Info 844). STF. Plenário. RE 593849/MG, Rel. 
Min. Edson Fachin, julgados em 19/10/2016 (repercussão geral) (Info 844) 
 
 Lançamento Tributário: 
 
o Nos moldesdo conceito do CTN, o lançamento como “procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”. Atenção.: parte 
da doutrina entende que o lançamento é o ato administrativo concretizado ao final 
do procedimento. Na prova objetiva, posicione-se atento ao comando da questão, se cobrar 
o conceito do CTN é procedimento, se questionar acerca da aplicação da teoria dos atos 
administrativos, manifeste-se sobre o posicionamento doutrinário. 
o Sobre a natureza jurídica do lançamento, a doutrina mais aceita entende que o 
lançamento possui natureza jurídica declaratória, no sentido que declara a existência 
da obrigação tributária, bem como constitutiva, pois constitui o crédito tributário. 
 
o A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
 
o Nos moldes do artigo 144, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato 
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada. (ATENÇÃO: OLHE A DATA DA OCORRÊNCIA DO FATO 
GERADOS QUE A PROVA te oferece para definir a legislação aplicável para cálculo de 
alíquota e base de cálculo. 
 
o O artigo 144 deve ser lido em conjunto com o 106, na medida em que o art 144 se aplica 
para cálculo de alíquota e base de cálculo e o artigo 106 deve ser usado para penalidades, 
senão vejamos: 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada 
ou revogada. 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando 
seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração 
 
17 
dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente 
julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-
lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha 
sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) 
quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao 
tempo da sua prática. 
o Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da 
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, 
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao 
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir 
responsabilidade tributária a terceiros. 
 
o Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em 
moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao 
câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação (normalmente em operações 
de importação). 
o O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude 
de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da 
autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. 
 
o A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou 
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do 
lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a 
fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. 
 
o a) Lançamento de Ofício: a autoridade fiscal, valendo -se do poder-dever imposto 
por seu ofício, diretamente procede ao lançamento do tributo, não havendo colaboração 
relevante do devedor. 
o b) Lançamento por declaração: o sujeito passivo oferece declaração acessória à 
autoridade fiscal , que, com base nela, constituirá o crédito tributário. 
o c) Lançamento por homologação: “Art. 150 (CT N). O lançamento por homologação, 
que ocorre quanto a os tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de 
antecipar o pagamento se m prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo 
ato e m que a referida autoridade , tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa” . 
 
 Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário: 
 
 
18 
o Nos termos do art. 151 do CTN suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
 I - moratória; 
 II - o depósito do seu montante integral (STJ - e em dinheiro); 
 III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo; 
 IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
 V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de 
ação judicial; 
 VI – o parcelamento. 
 
o O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 
 
 Extinção do Crédito Tributário: 
o Nos moldes do artigo 156 do CTN, extinguem o crédito tributário: 
 I - o pagamento; 
 II - a compensação; 
 III - a transação; 
 IV - remissão; 
 V - a prescrição e a decadência; 
 VI - a conversão de depósito em renda; 
 VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do 
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
 VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
 IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
 X - a decisão judicial passada em julgado. 
 XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas 
em lei. 
 
o A prescrição é o prazo para efetivar a cobrança administrativa do tributo, já a 
decadência é o prazo para constituir o crédito. 
 
o O prazo para constituição do crédito é de cinco anos, a partir: 1) Do primeiro dia do 
exercício seguinte àquele em que o lançamento deveria ter sido efetuado. 2) Caso a lei 
atribua ao sujeito passivo a obrigação de recolher antecipadamente o tributo 
(lançamento por homologação), a contagem do prazo inicia-se a partir do próprio dia 
da ocorrência do fato gerador. 
 
19 
 
o CONTAGEM DO PRAZO DE DECADÊNCIA PARA OS TRIBUTOS SUJEITOS AO 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO 
 
o Havendo antecipação total ou parcial do valor do tributo devido - Regra mais benéfica 
(CTN, art. 150, §4º); - Decadência contada a partir da ocorrência do fato gerador da 
obrigação. 
 
o Não havendo antecipação de nenhuma quantia a título de recolhimento ou na 
existência de dolo, fraude ou simulação. - Regra geral (CTN, art. 173, I ); - Decadência 
contada a partir do primeiro dia d o exercício seguinte àquele e m que o lançamento poder 
ia ter sido efetuado. 
 
o O CTN (art. 174) estabelece o prazo de cinco anos para a Fazenda Pública cobrar 
o crédito tributário. Esse prazo é contado (regra) da constituição definitiva. 
 Repetição do Indébito: 
 
o 1) Legitimidade ativa para pleitear repetição de indébito e os tributos indiretos: 
o Superior Tribunal de Justiça proferiu alguns julgados, inclusive, no âmbito dos 
Recursos Repetitivos, firmando o entendimento de que apenas o contribuinte de direito 
possui a legitimidade para a repetição, pois é apenas ele que compõe a relação jurídico 
tributária, cabendo aocontribuinte de fato, se for o caso, ingressar com eventual 
demanda em face do contribuinte de direito para reaver a quantia de tributo que 
por ele foi repetida. 
 
 EXCEÇÃO: Segundo o STJ, o consumidor final de energia elétrica tem 
legitimidade ativa para propor ação declaratória cumulada com repetição de 
indébito que tenha por escopo afastar a incidência de ICMS sobre demanda 
contratada e não utilizada de energia elétrica, bem como para discutir pedido 
de compensação do ICMS supostamente pago a maior no regime de 
substituição tributária (EDcl nos EDcl no Ag Rg no REsp 1270547/RS, Rel. 
Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TU RMA, julgado em 04/06/2013, 
DJe 11/06/2013 
 
o 2) Requisitos da repetição de indébito: 
 
 STF – Súmula 546 – “Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, 
quando reconhecido por decisão, que o contribuinte de jure não recuperou do 
contribuinte de facto o quantum respectivo”. c) Prazo para restituição: O prazo 
para o contribuinte exercer o seu direito à repetição de indébito, seja no 
 
20 
âmbito administrativo ou judicial, é de 5 anos, com base no artigo 168, do 
CTN, tendo início a partir da extinção do crédito tributário, que ocorreu com o 
se u pagamento. 
 
 Assim, é necessário o esgotamento do âmbito administrativo? NÃO, em 
virtude do direito de ação e da inafastabilidade da jurisdição, inexistindo, 
no Brasil, o curso administrativo forçado, à exceção da Justiça Desportiva, 
conforme artigo 217, §1, CF/88. 
 
 É possível que fosse alegado, caso o contribuinte procurasse o judiciário, a 
eventual falta de interesse de agir, mas isto demanda uma análise casuística. 
Ingressando no âmbito administrativo, haverá repercussões quando o prazo 
prescricional, que, nos termos d o artigo 169, sendo denegado o pedido 
administrativo, poderá ser pleiteada a anulação da respectiva de cisão em 
juízo no prazo de 2 anos, sendo tal praz o interrompido pelo início da 
ação, e recomeçando seu curso pela metade, a partir da intimação da Fazenda 
Pública, caracterizando verdadeira prescrição intercorrente (art. 168, CTN). 
 
o Taxa de juros de mora aplicável na devolução de tributo estadual pago indevidamente: 
Súmula 523-STJ: A taxa de juros de mora incidente na repetição de indébito de 
tributos estaduais deve corresponder à utilizada para cobrança do tributo pago em 
atraso, sendo legítima a incidência da taxa Selic, em ambas as hipóteses, quando 
prevista na legislação local, vedada sua cumulação com quaisquer outros índices. 
 
 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário: 
 
o Renda e patrimônio do sujeito passivo respondendo pelo crédito tributário nos moldes do 
artigo 184, CTN: 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, 
que sejam previstos e m lei, responde pelo pagamento do crédito tributário 
a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do 
sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados 
por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja 
qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados 
unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
o Presunção de fraude na alienação ou oneração de bens ou rendas: 
 
21 
Art. 185. Presume -se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou se u começo, por sujeito passivo em débito p ara com a Fazenda 
Pública, por cré dito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de 
terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total 
pagamento da dívida inscrita. 
o Decretação de Indisponibilidade: 
Art. 185-A. Na hipótese de o de vedor tributário, devidamente citado, não 
pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem 
encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de 
seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio 
eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência 
de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades 
supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de 
que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. § 1.º A 
indisponibilidade de que trata o caput d este artigo limitar-se-á ao valor 
total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da 
indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. 
§ 2.º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata 
o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada 
d os bens e direitos cuja indisponibilidade houve rem promovido. 
 
o Atenção: conforme se destaca no caput do artigo, sua aplicabilidade está limitada 
aos créditos de natureza tributária, havendo posicionamento do STJ corroborando 
a dicção legal. 
 
o Jurisprudência: Súmula 560 -STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e 
direitos, na forma do art. 185 -A do CTN, pressupõe o exaurimento das 
diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando 
infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios 
aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran. STJ. 1ª 
Seção. Aprovada em 09/12/2015. DJe 15/ 12/2015. 
 
o NÃO CONFUNDA: Para que seja decretada a penhora on-line, não é necessário que 
o credor tente localizar outros bens penhoráveis em nome do devedor. Não se exige 
do exequente o exaurimento das vias extrajudiciais na busca de bens a serem 
 
22 
penhorados (STJ. Corte Especial. REsp 1112943/MA, Rel. Mi n. Nancy An drighi, 
julgado em 15/09/2010). 
 
o Para que seja decretada a indisponibilidade de bens de que trata o art. 185 -A do 
CTN, exige-se que a Fazenda Pública exequente prove que tentou localizar outros 
bens penhoráveis em nome do devedor. Exige-se o exaurimento das diligências na 
busca por bens penhoráveis (STJ. 1ª Seção. REsp 1.377.507 - SP, Rel. Min. Og 
Fernandes, julga do em 26/11/2014). 
 
 
 
 
 
 
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, Espécies Tributárias e Impostos em Espécie 
 
 Princípio da Legalidade 
 Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal 
fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não 
pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices 
de correção monetária legalmente previstos. 
 Taxas 
o Art. 145, §2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
o Súmula vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de 
um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde 
que não haja integral identidade entre uma base e outra. 
 
 Empréstimo Compulsório: 
o A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - 
para atender a despesas extraordinárias,de correntes d e calamidade pública, d e 
guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, observada a anterioridade anual. Obs.: não 
há previsão constitucional para a instituição de empréstimos compulsórios no caso de 
conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo, como há no CTN. 
 
23 
 
 Imunidade: 
 
o A imunidade recíproca é extensiva às autarquias e fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público. 
 
o STF INFO 767: a ECT (Correios) goza de imunidade tributária recíproca mesmo 
quando realiza o transporte de bens e mercadorias, concorrendo, portanto, com a iniciativa 
privada. 
 
o Art. 13, CTN: o disposto na alínea a do inciso IV d o artigo 9º (imunidade recíproca) 
não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento tributário é 
estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, 
ressalvado o que dispõe o parágrafo único. Parágrafo único. Mediante lei especial e 
tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos 
federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que concede r, observado 
o disposto no § 1º do artigo 9º. 
 
o É vedado instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive sua s fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições 
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 
o Súmula 730 STF: A imunidade tributária conferida a instituições de assistência 
social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência 
social privada se não houver contribuição dos beneficiários. 
 
o Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito p 
resumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá 
ser concedido me diante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule 
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo o u 
contribuição. 
 
 Imunidade, Competência Tributária e Princípios: 
 
o A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de 
contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo 
irrelevante, para a verificação da existência do beneplácito constitucional, a repercussão 
econômica do tributo envolvido. 
 
 
24 
o Empresa privada com finalidade lucrativa e que for arrendatária de imóvel público não 
goza de imunidade tributária 
 
o Assim, se a entidade imune for contribuinte de direito: incide a imunidade subjetiva. 
Noutra ponta, se a entidade imune for contribuinte de fato: não incide a imunidade 
subjetiva. STF. Plenário. RE 608872/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22 e 2 
3/2/2017 (repercussão geral) (Info 855). 
 
o Se uma pessoa jurídica de direito público faz contrato de cessão de uso de imóvel com 
empresa privada, esta última não goza de imunidade e deverá pagar IPTU. 
 
o Ademais, destaque-se que não se pode aplicar a imunidade tributária recíproca se o bem 
está desvinculado de finalidade estatal 
 
o Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei 
complementar. STF. Plenário. ADI 2028/ DF, ADI 2036/DF, ADI 2228/DF, rel. orig. 
Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o a c. Min. Rosa Weber, julgados em 23/2 e 2/3/2017 
(Info 855). STF. Plenário. RE 56 6622/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 
23/2/2017 (Info 855). Vale ressaltar que o STF fez a seguinte distinção: • Os requisitos 
(exigências, normas de regulação) para que a entidade goze da imunidade devem 
estar previstos em lei complementa r, com base no art. 195, § 7º c/c art. 146, II, 
da C F/88. Ex: como as entidades deverão atuar para serem consideradas beneficentes, 
as contrapartidas que deverão oferecer etc. • Por outro lado, as regras sobre o 
procedimento de habilitação dessas entidades nos órgãos da Administração Pública 
poderão se r disciplinadas por meio de lei ordinária. Ex.: previsão de que a entidade 
deverá obter, junto ao Conselho Nacional de Assistência Social, o Certificado e o 
Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, renovado a cada três anos. Para o STF, 
esta norma trata de meros aspectos procedimentais necessários à verificação do 
atendimento das finalidades constitucionais da regra de imunidade. 
 
o Cabe à União, por meio de lei complementar, criar o imposto sobre grandes fortunas. 
 
o É facultado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF. - II: não se 
sujeita à legalidade, anterioridade e noventena; todos que importam pagam, seja para 
revenda, utilização própria ou consumo; base de cálculo cláusula CIF (custo, seguro e 
frete); taxa de câmbio vigente no momento da entrada; alíquota pode ser fixa ou ad 
valorem (percentual); drawback - suspensão da incidência do imposto no caso de 
importações realizadas com objetivo de posterior exportação. 
 
 
25 
o Súmula 569-STJ: Na importação, é indevida a exigência de nova certidão negativa 
de débito no desembaraço aduaneiro, se já apresentada a comprovação da quitação 
de tributos federais quando da concessão do benefício relativo ao regime de drawback. 
STJ. 1ª Seção. A provada em 27/04/2016, DJe 02/05/2016. 
 
o STJ INF 535: Não é ilegal a nova incidência de IPI no momento da saída de 
produto de procedência estrangeira do estabelecimento do importador, após a 
incidência anterior do tributo no desembaraço aduaneiro. Assim, os produtos 
importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando ocorre a sua saída 
do estabelecimento importador na ope ração de revenda. 
 
o Súmula 591 STF: A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende 
ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados. 
 
o Súmula 463 STJ: Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de 
indenização por horas extraordinárias trabalhadas , ainda que decorrentes de acordo 
coletivo. 
 
o Súmula 386 STJ: São isentas de imposto de renda as indenizações de férias 
proporcionais e o respectivo adicional. 
 
o Súmula 262 STJ: Incide o imposto de renda sobre o resultado das aplicações 
financeiras realizadas pelas cooperativas. 
 
o Súmula 215 STJ: A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à 
demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda. 
 
o Competência Residual: A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, 
impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - n a iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos o u não e m sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente , cessadas as causas de sua criação. - Impostos residuais e contribuições 
sociais residuais: lei complementar. 
 
 Imposto extraordinário: lei ordinária. 
 
 Súmula 33 1 STF: É legítima aincidência do imposto de transmissão "causa mortis" n o 
inventário por morte presumida. 
 
 
26 
 Súmula 661 STF: na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do 
ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. 
 
 Súmula 334 STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet. 
 
 O ICMS integra a sua própria base de cálculo, sendo por isso chamado de ICMS "por 
dentro" ou "cálculo por dentro". O ICMS por dentro está previsto no art. 13, § 1º, I, da LC 
87/96, sendo considerado constitucional pelo STF. Essa mesma regra aplica -se para o ICMS 
substituição tributária, considerando que se trata do mesmo tributo. Assim, ainda que se 
adote a substituição tributária como forma de arrecadação de ICMS, é legal aplicar-se a 
sistemática do "cálculo por dentro". STJ. 2ª Turma. REsp 1. 454.184 -MG, Rel. Min. Mauro 
Campbell Marques, julgado em 5/5/201 6 (Info 585). 
 
 IPVA: terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal. 
 
 Súmula Vinculante 31: é inconstitucional ISS sobre locação de bens móveis. 
 
 Súmula 589 STF: É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial 
e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte. 
 
 Súmula 111 STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre a 
restituição, ao antigo proprietário, de imóvel que deixou de servir a finalidade da sua 
desapropriação. 
 
 Súmula 656 STF: é inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto 
de transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal do imóvel. 
 
 ISS: cabe à lei complementar fixar alíquotas máxima e mínima, excluir da sua incidência 
exportações de serviços para o exterior e regular a forma e as condições como isenções, 
incentivos e benefícios fis cais serão concedidos e revogados. 
 
 À exceção do ICMS, II e IE, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas 
a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais 
do país. 
 
 A definição de obrigações acessórias e a alteração da data de vencimento da obrigação 
principal por meio de decreto executivo não configuram violação ao princípio da reserva de lei em 
matéria tributária. 
 
 
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 Súmula 659 , STF: É legítima a cobrança da COF INS, do PIS e do FINSOCIAL sobre 
as operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, 
combustíveis e minerais do País. 
 
 Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária 
não se sujeita ao princípio da anterioridade. - (nem toda alteração introduzida, por lei, no 
sistema de exigência dessas contribuições há de ser entendida como sinônimo da modificação. 
Não seria admissível que se aguardasse o protraimento da eficácia da regra legislativa, 
simplesmente por haver alterado a data de pagamento da obrigação tributária, sem qualquer 
outra repercussão). 
 
 No que tange aos livros eletrônicos (e-books), o STF entendeu que os mesmos estão abrangidos 
pela imunidade. A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d ”, da Constituição 
Federal (CF), a plica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente 
utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/R J, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017 
(repercussão geral) (Info 856). 
 
 Pedágio não é taxa - O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias NÃO tem natureza 
tributária, mas de preço público, consequentemente, não está sujeito ao princípio da legalidade 
estrita. STF. Plenário. ADI 800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 11/6/2014 (Info 750). 
 
 Incide imposto de renda sobre o adicional de 1/3 (um terço) de férias gozadas. Essa verba tem 
natureza remuneratória (e não indenizatória) e configura acréscimo patrimonial. STJ. 1ª Seção. 
REsp 1.459.779-MA, Rel. para acórdão Min. Benedito Gonçalves, julgado em 22/04/2015 (recurso 
repetitivo) (Info 573). 
 São isentos do imposto de renda os proventos percebidos de fundo de previdência privada a título 
de complementação da aposentadoria por pessoa física acometida de uma das doenças arroladas no 
art. 6º, XIV, da Lei 7.713/1988. Para que haja a isenção é indispensável que o portador da doença 
grave esteja na inatividade, recebendo rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma. Assim, 
não haverá isenção se o contribuinte é portador de uma das moléstias elencadas, mas ainda não se 
aposentou, optando por continuar trabalhando. 
 Os proventos de aposentadoria ou reforma percebidos por portador de cegueira monocular também 
são isentos de imposto sobre a renda. 
 O Ganho de capital obtido com a venda de imóvel residencial é isento de IR se for utilizado para 
pagar outro imóvel residencial comprado anteriormente. 
 A base de cálculo do IPI nas vendas a prazo, sem a intermediação de instituição financeira, é o 
valor total da operação. Situação diferente ocorre na chamada "venda financiada". Nesta, o 
comprador obtém recursos de instituição financeira para pagar a aquisição da mercadoria e o IPI 
 
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incide apenas sobre o valor efetivamente pago ao vendedor do produto, não englobando os juros 
pagos ao financiador, sobre o qual incidirá apenas o IOF. 
 Os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do 
estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que não tenham sofrido 
industrialização no Brasil. 
 É constitucional a progressividade das alíquotas do ITR previstas na Lei nº 9.393/96 e que leva em 
consideração, de maneira conjugada, o grau de utilização (GU) e a área do imóvel.

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