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mordeduras de animais peconhentos

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UNIVERSIDDE PAULISTA
Stephanny Dias Leite Mendonça
N255D-3
ATENDIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS:
Mordidas e intoxicação exógena
SÃO PAULO
 2018
STEPHANNY DIAS LEITE MENDONÇA
N255D-3
ATENDIMENTO DE PRIMEIRO SOCORROS:
Mordidas e intoxicação exógena
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Farmácia apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: Patricia Forestier
SÃO PAULO
 2018
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa mostrar como proceder em casos de riscos, urgência e emergência em mordidas de animais peçonhentos como aranhas, cobras e escorpião, além, de intoxicações exógenas por álcool, drogas e veneno. Como agir em tais situações visando a não mal beneficência do paciente e a beneficência do mesmo, planejando o atendimento da vítima. No Brasil a maioria das pessoas tendem as achar que ataque de animais peçonhentos é mais comum em zonas rurais, mas o que acontece é o contrário apresentando 19,3% dos 10.189 casos atendidos, em Belo Horizonte – Minas Gerais no ano de 2008. Além disso, intoxicações exógenas acontecem em 3,6% casos de pacientes suicidas.
MORDIDAS E PICADAS DE ANIMAIS PECONHENTOS
Todo animal peçonhento é venenoso, mas o contrário pode não ser verdade. Puorto e França definiram em 2003 que animal peçonhento é aquele que possui a capacidade de inocular (introduzir) a peçonha ativamente na presa, já o não peçonhento produz a substancia toxica, mas não inocula ativamente por conta de não possuir o aparelho especializado para a função. Por tanto esses acidentes são causados por serpentes, aranhas, escorpiões, vespas, abelhas e lagartas urticantes, porem neste trabalho vamos comentar apenas sobre cobras, aranhas e escorpiões.
Ofidismo
	No Brasil ainda é desconhecida a quantidade total de serpentes, cada dia novas espécies vão sendo descritas, nesta fração de 365 espécies, uma pequena parte é venenosa. Com a implantação do Sistema Nacional de Ofidismo na década de 1990, o numero de óbitos foi reduzido drasticamente. Constatou-se que aproximadamente 73,1% dos acidentes provocados foram por serpente de gênero Bothrops e o restante, por Crotalus (6,2%), Lachesis (1,1%) e Micrurus(0,3%)
2.1.2 Para as serpentes peçonhentas temos que observar três características básicas:
Presença de fossetas loreal (orgão sensorial localizado entre as narinas e olhos)
Presença de guizo ou ou chocalho no final da cauda
Presença de anéis coloridos 
2.1.2 Outros fatores a seres observados:
Formato da cabeça: forma triangular, destacada do corpo, escamas da cabeça igual a do corpo (exceção é a Elapidae que não possui cabeça destacada e forma triangular, e as jiboias que possuem estas características, mas não são peçonhentas)
Formato da cauda: curta, que afina bruscamente 
Padrão de coloração: varia grandemente, principalmente se levarmos a conta fauna brasileira (serpentes não peçonhentas podem ser confundidas por mimetismo)
Olhos: pequenos e em fendas verticais - próprias para a noite 
Dentes: maxilar superior tem duas presas 
Mordedura: presença de duas marcas (presas) e profundas
Escamas: irregulares e ásperas
Comportamento: se ameaçada, ataca, enrola todo o corpo deixando a cabeça para cima, bote quando não esperamos.
Cada gênero possui uma ação própria quanto ao veneno, independente do gênero o veneno atinge todo o corpo iniciando pelo sistema nervoso, circulatório, rins e etc. 
2.1.3 Principais características da picada:
Botrípicos: 
Independentemente do local picado: picada dolorosa, rubor com edema e calor, podem aparecer bolhas e uma aumento progressivo da dor. 
Face: sem alteração
Musculo: sem alteração
Sangue: ocorre coagulação, epistaxe, sangramento pela boca, sangramento por vias urinarias 
Urina: coloração avermelhada e diminuição do volume de urina.
Crotálicos 
Independentemente do local: picada dolorosa, sem sinais da picada no local, dor não intensa, porem persistente.
Face: face depressiva, paralisia do olhos e da musculatura, visão turva
Músculos: paralisia dos músculos e do pescoço
Urina: volume normal, porem com coloração avermelhada
Elapídicos
Independentemente do local: picada dolorosa, local fica adormecido, pode ocorrer adormecimento de todo o membro
Face: dificuldades para falar, dificuldade de deglutição, salivação excessiva.
2.1.4 Sorotipos: deve ser aplicado imediatamente após a picada, pois o organismo absorve rapidamente substancias tóxicas 
Antibotrópico: neutraliza o veneno do gênero Brotrops
Anticrotálico: neutraliza veneno do gênero Crotalus
Antielapídico: neutraliza o veneno do tipo corai
Antiofídico: neutraliza Brotrops e Croalus, porém não serve para as corais.
2.1.5 Primeiros socorros
Manter o paciente sem atividade física e encaminha-lo para hospital para a soroterapia. Se em último casa tiver soro e não tive como levar ao hospital o soro deve ser aplicado, observando os cuidados necessários
Manter o membro elevado,
Tranquilizar o paciente e aplicar analgésicos, 
Não aplicar depressores do SNC, 
Limpar o local da picada
Não usar garrote
Nunca fazer incisões no local da picada 
Nunca injetar soro no local da picada.
2.1.6 Hospital
Assim que o paciente for atendido, deve-se colher o sangue do mesmo para as provas e aplicar o soro imediatamente, se for peçonhenta deve-se observar o quadro clínico do paciente. É conveniente que o paciente fique hospitalizado de 3 a 5 dias (período que pode acontecer insuficiência renal). Muitas vezes desenvolvesse um edema acentuado na área atingida (pode progredir comprometendo o membro inteiro), abcessos e necrose externa.
2.2 Araneísmo 
São aracnídeos que pica outros seres causando envenenamento, tem um picada dolorosa podendo ocorrer necrose do tecido lesado e muitas vezes levar a morte. Os mais frequentes casos são as aranhas “amadeiradas” do gênero Phoneutria, logo em seguida pelas aranhas marrons do gênero Loxosceles. Mais raramente acontece com caranguejeiras da infraordem Mygalomorphae e vuivas gênero Latrodectus. 
A viúva negra ou flamenguinha (Latrodectus cracaviensis) tem sua peçonha neutroxica potente de ação central e periférica, e existe um soro especifico para ele. As Mygalomorphae não possue peçonha, mas foge da regra a Atrax (endêmico na Oceania). No Brasil apresenta importância pela dor causada e reações alérgicas desencadeada pelo contado de seus pelos.
2.2.1 Phoneutria
Chamadas como aranhas amadeiradas ou “banana-spiders”, são aranhas de grande porte de 17 a 48mm de comprimento corporal, com pernas esticadas podem medir até 180mm e extremamente agressivas, com habitat em bananeira, folhagens e pedras empilhadas. Capaz de altos saltos, embora menores que as Mygalomorphae, são cobertas por pelos curtos cinzentos e possuem manchas claras nas patas e duas fileiras de pontos claros ao longo do abdômen. Como todo Ctenidae apresenta oito olhos, contendo a disposição 2-4-2,além disso o gênero pode ser reconhecido pela presença de escopulana porção internada tíbia e tarso do palpo e display defensivo com movimentos laterais
2.2.2 Pós picada:
Dor intensa, podendo ir a raiz do membro aingido
Arritmia
Sudorese
Náusea e vômitos
Hipotensão e choque
2.2.3 Tratamento
 Paciente levado ao hospital para evitar infecções secundarias e admistração de analgésicos por via oral ou injetável, ou AINES por via IM. Em dores mais fortes, realiza-se infiltração local ou trocular com anestésico (de preferência lidocaína 2% sem vasoconstritor – 1.0 a 4.0ml). se o paciente persistir com ou apresentar qualquer sintomatologia sistêmica ,há indicação de soro antiaracnideo polivalente: 5 ampolas de soro EV para moderados e 10 ampolas para amais graves.
2.2.4 Loxosceles
Chamadas de aranhas marrons, são pequenas e pouco agressivas, com hábitos noturnos, habitat são pilhas de tijolos e telhas, cortinas atrás de moveis. Ela pica quando comprimida contra o corpo, mas não produz dor imediatamente. Grande número de acidentescom esse tipo de aranha tem acontecido nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina. Desprovidas de pilosidade abundante, pernas dispostas lateralmente, carapaça achatada dorsoventralmente e apenas duas garras tarsais, com disposição de olhos 2-2-2.
2.2.5 Pós picada (horas depois0
Grande edema com muita dor no local
Bolha azul no centro cercada por uma vermelhidão (se a bolha estourar pode virar ulcera)
Lesão aparentemente purulenta
urina escura
2.2.4 Lycosidae 
Diferente do que sabemos as tarântulas causam acidentes leves, pois são pouco agressivas, com hábitos diurnos, com habitat na beira de barracos, gramados, sua picada é sem sintoma, podendo haver somente dor no local, mas evoluindo para necrose no local. Podem variar de tamanho e apresentar um desenho no abdômen ,a primeira fileira de olhos é reta enquanto as duas últimas formam um quadrangulo, disposição 4-2-2. O veneno provoca dermatonecrose pela ação dos tecidos celular e extra celular, desencadeando mecanismos endógenos. As ações hemolíticas e nefrotóxicas ocasionam insuficiência renal e distúrbios de coagulação.
 Tratamento: Limpeza do local para evitar infecções secundárias, limpeza e aplicação de antissépticos, tratamento com analgésicos (dipirona ou AINES). Tratamento cirúrgico após a delimitação da área de necrose (geralmente em 7 e 10 dias). Corticoterapia (prednisona VO- 40mg/dia para adultos e 1,0mg/hg/dia para crianças por 5 dias, em caso moderados/grave.
Tratamento de suporte no caso de anemia e suporte em casos de insuficiência renal. Soro antiaracnideo polivalente ou antiloxoscélico – 5 ampolas EV em moderados e 10 ampolas em casos grave.
2.3 Escorpianismo 
Esse tipo de acidente tem grande importância entre os acidentes de animais peçonhentos, seja pela alta incidência ou gravidade dos casos, principalmente em crianças com menos de 7 anos ou desnutridas, sua picada pode ser fatal. Seu habitat natural são pilhas de madeira, cercas entre outras e possui hábitos noturnos. Os escorpiões de importância medica geral estão na família Buthidae, no Brasil entre esses o do gênero Tityus, os principais são T.neglectus, T.bahiesis, T.fasciolotus, T.chrreyroni, T.andriane, T.stigmurus, T.costatus, T.trivitatus, T.metuendus, T.brazilae, T.mattogrossensis. Em Minas Gers três espécies principais: T.bhaiensis (escorpião marron), T.serrulatus (escorpião amarelo) e T.stigmurus, sendo o do escorpião amarelo o mais toxico. Sua toxicidade varia de acordo com o tamanho, idade e estado nutricional do animal com a quantidade de veneno inoculada, peso e resistência da vítima.
2.3.1 Quadro clinico
Mal estar acompanhado de sudorese
Cefaleia
Fraqueza muscular
Lacrimejamento
Tontura
Agitação
Ansiedade que pode levar ao coma e a morte
Arritmia
Edema agudo do pulmão
Dor intensa no local com queimação ou agulhadas
Edema e rubor
Tratamento :É feito infiltramento local com anestésicos e/ou anti-inflamatórios, quando se trata de crianças e idosos ou adultos com repercussão clinica sistêmica a soroterapia é feita. Em caso leve usa-se uma ampola de soro antiescorpiônico EV, caso moderado duas ampolas do soro e caso mais grave quatro ampolas do soro. O paciente só é liberando quando não apresenta sintomatologia sistêmica.
CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA/ENVENENAMENTO:
3.1 Pode ser definida como reação bioquímica/clínica de um substancia química no ambiente ou isolada. Intoxicação é definida como um desequilíbrio fisiológico, a intoxicação exógena caracteriza uma substancia externa que é ingerida ou inalada. Como exemplo a definição das Organizações das Nações Unidas para intoxicação por drogas de abuso: “Intoxicação é uma condição seguida da administração de substâncias psicoativas e resultante em distúrbios no nível de consciência, cognição, percepção, julgamento, afeto ou comportamento, ou outra resposta ou função psicofisiológica. Os distúrbios são relatados aos efeitos farmacológicos e respostas à substâncias e os efeitos desaparecem com o decorrer do tempo, até a recuperação completa, exceto quando há lesões teciduais ou outras complicações.”
Nessas situações é necessário observar três coisas:
O USUÁRIO: personalidade, fisiologia, motivação para o uso da droga, expectativa quanto ao efeito, medo, etc. 
O CENÁRIO: se o local é seguro ou ameaçador, estranho ou familiar, acolhedor ou apertado, tranquilo ou agitado, quente ou frio, barulhento ou quieto, o que está ocorrendo em volta, hora do dia, etc. 
 A DROGA: tipo de droga, quantidade, quantas vezes foi usada, como foi administrada (fumada, aspirada, ingerida, injetada), se já era usada antes, durante quanto tempo, grau de pureza da droga, se misturou algo com a droga, etc.
Apenas quando a somatória desses três fatores é negativa, a pessoa necessitará de ajuda. O socorrista, quando for atender, pode ser de grande ajuda: 
· Sendo tranquilizador, não ameaçador; 
Colocando a pessoa em lugar calmo, não barulhento; 
Mantendo a temperatura agradável; 
Interferindo de forma valiosa na modificação do hábito de usar drogas; 
Explicando para o usuário os efeitos ocorridos; 
Explicando os efeitos da droga.
 Drogas
Conceito de droga se da nome genérico de uma substancia natural ou não, que, ao entra em contato com o organismo pode gerar reações físicas ou psíquicas. Nas áreas de Medicina e Farmacologia, droga é qualquer substância que previne ou cura doenças ao causar alterações fisiológicas nos organismos, que em ingestão exagerada gera intoxicação. Ainda existem as drogas naturais, semissintéticas, e sintéticas, podendo ser licitas como medicamentos ou ilícitas como cocaína. 
 Medicamentos
Entre os países dos Estados Unidos e Brasil os principais medicamentos que causam intoxicação estão os benzodiazepínicos (19,5%), seguido de antidepressivos (15,4%), anticonvulsivante (8%), antitérmicos/analgésicos (7,3%). No brasil entre 2002 e 2006 a circunstância que mais levou a intoxicação foi a tentativa de suicídio, sendo os dados do Sinitox
 Depressoras 
Receitadas normalmente por médicos e ocorre grande taxa de intoxicação, Benzodiazepínicos (tranquilizantes, indutores ao sono, etc.); Barbitúricos (anestésicos, sedativos, anticonvulsivantes, etc.); Ópio e derivados (morfina, heroína, codeína de alguns xaropes, etc.).
Benzodiazepínicos: intoxicação geralmente por tentativa de suicídio, mecanismo de ação é potencialização do efeito inibitório que o GABA exerce no SNC. Os pacientes manifestam uma síndrome do SNC com sonolência excessiva, depressão respiratória hipotermia e coma. A gravidade maior é quando está relacionado a drogas como álcool, antidepressivos, barbitúricose e opioides.
Tratamento: suporte clinico, proteger vias aéreas se necessário, lavagem gástrica na primeira hora e carvão ativado em seguida. Existe um antagonista especifico: flumazenil, o inicio de ação é imediato porem o seu uso é desaconselhado e pode levar a reverter a depressão respiratória do paciente e recomenda-se usar via IV, mas contem contra indicações para pacientes sem rebaixamento no nível significativo de consciência, histórico de convulsão e anticonvulsivantes e qualquer possibilidade do paciente estar doente com uso contaminante de antidepressivos tricíclicos
Bartitúricos: os anticonvulsivantes são depressores não seletivos do SNC, que deprimem o córtex sensorial, não possuem efeito analgésico, por isso podem retardar o efeito toxico da droga, quase todos tem efeito metabolismo hepático que podemos dividir em dois grandes grupos: ação preferencial nas membranas neurais (fenitoína e carbamazepina) e ação em neurotransmissores ou em seus receptores (fenabarital, benzodiazepínicos, ácido valproico, gabapetinae viabatrina). Todos atuam causando a depressão do SNC e causam síndrome anticolinérgica, regra geral causando alterações nas funções cerebelares e vestibulares. Existe algumas particulares de sintomas de acordo com o agente. 
Tratamento: carvão ativado é o método de descontaminação do TGI e pode ser usado em várias doses; medidas de suporte são essenciais, intubação se necessário, restaurara volemia e eventualmente usar drogas vasoativas. Convulsão deve ser tratada com a interrupção da droga e uso de benzodiazepínico IV. Diálise pode ser útil quando há intoxicação grave que continua a piorar a despeito do isso de medidas habituais ou concentrações séricas muito altas.
Opioides ; Agem em receptores do SNC e produzem afeitos analgésicos , euforizantes e sedativos. Pico sérico é atingido em 1 a 2 horas, nessa classe temos: codeína, morfina, meperidina, fentanil , propoxifeno e heroína. Coma, miose, edema e depressão do centro ventilatório são características de intoxicação, um achado marcante é a miose em um paciente com rebaixamento de consciência e é confirmado com resposta imediata ao antidoto: nalaxone.
Tratamento: evita-se fazer descontaminação do TGI pelo rebaixamento do nível de consciência, usa-se uma dose de carvão ativo e proteção das vias aéreas. O suporte clinico é essencial, pacientes podem ao chegar ao PS com hipotermia e hipotensão em casos graves. Esse tipo de intoxicação pode evoluir para edema pulmonar não cardiogênico e dificultar a reposição volêmica, sendo assim usa-se um cateter de Swan-Ganzpara monitorar a correção hemodinâmica. Não pode rejeitar o procedimento de intubação em caso de resposta ao antidoto com rebaixamento do nível de consciência 
Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos: intoxicação potencialmente ativa em nosso meio, ocorre tem pacientes com tendências suicidas. Inibidores da receptação de vários neurotransmissores, onde todos são absorvidos no TGI e picos séricos ocorrem após 2 a 6 horas com altíssima ligação proteica. Principais consequências em doses moderadas: predominação anticolinérgica com boca seca, retenção urinária, diminuição do peristaltismo, confusão taquicardias, pupilas midriaticas. Em doses maiores: depressão do SNC, convulsões, toxicidade cardíaca e torácica.
Tratamento: lavagem gástrica nas primeiras horas com carvão ativado em dose única, principalmente se for intoxicação múltipla, se rebaixamento de consciência não fazer e nem induzir o vomito. Em casos se distúrbios de condução e arritmias é necessário diluir 850mL de soro glicosado + 150mEq de bicarbonato de sódio a 8,4%. Em casos de convulsão usar benzodiazepínicos, caso sem resposta proceder a intubação, uso de curare e indução do coma com barbitúrico. Em casos de intoxicação mista entre antidepressivos cíclicos e benzodiazepínicos é contraindicado o uso de fllumazenil, mesmo com o paciente esteja muito rebaixado, nesta situação intubação e ventilação mecânica.
Antidepressivos serotoninérgicos: aumento da serotonina no SNC e em tecidos periféricos, como : fluoxetina, paroxetica, sertralina e venlafaxina, esses tipos de drogas tem sido responsáveis por algumas intoxicações em PS. Sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, agitação, alteração do nível de consciência, confusão e coma no SNC, tremor, incoordenação, hiper-flexia, mioclonia e rigidez no neuromuscular, SN autônomo diafore febre, flutuação da pressão arterial, midríase, calafrios e taquicardia.
Tratamentos: medidas de suporte são essenciais, bloqueio da serotonina podendo-se usar drogas antagonistas: cipro-heptadina iniciar VO 4ª 8 mg a cada 4 horas, máximo de 32mh em 24hr e clopromazina com apresentação IV, podendo causar hipotensão, dose 50 a 100 mg lentamente ate 400mg dia
Estimulantes são análogos das catecolaminas com capacidade de ativar o sistema nervoso simpático. Efedrinas, cocaína Anfetaminas e análogos (crack) e MDMA (ectasy) são as principais drogas de intoxicação, que é bastante frequente em grandes cidades principalmente por cocaína e ectasy. Anfetaminas e simpatomiméticos estimulam a liberação e inibem o bloqueio na receptação de neurotransmissores, como noradrenalina e dopamina. Esta categoria inclui uma variedade de substâncias usadas para diminuir o apetite, combater a fadiga e o cansaço, e geralmente fazem o indivíduo sentir-se “alto”. De uso legal ou ilegal, fazem parte de um grande consumo por usuários de drogas. 
Intoxicação: resulta em efeitos predominantemente no SNC e no sistema cardiovascular, mas manifestações típicas são náuseas, vômitos, cefaleia, palpitações, ansiedade, nervosismo, agitação, confusão e deliruim, fasciculações, hiperventilações e coma. O uso crônico gera progressiva deteorioração neuropsicocomportamental, podendo evoluir para quadros psicóticos. 
Cocaína: sendo a mais grave das intoxicações, pode ser confundida com hipertensão maligna e distúrbios psiquiátricos primários, tendo rápida metabolização, sendo uma mínima quantidade eliminada na urina. A duração dos efeitos variam de acordo com a dose, forma de admistração, taxa de absorção, eliminação e tolerância do paciente. Após admistração endovenosa ou inalatória em 3 a 5 minutos já começa a euforia.
 Não há medicação especifica, mas medicas de suporte básicos devem ser tomadas, em reação de ansiedade podem ser usados benzodiazepínicos como dizem 10mg VO ou endovenosa. A maioria das mortes causadas por intoxicação são horas depois da inalação por arritmia cardíaca, convulsões são frequentes antes da morte do paciente, insuficiência respiratória pode ocorrer em níveis muito alto de cocaína, a morte pode ocorrer também por hemorragia intracerebral ou ruptura da aorta. 
Tratamento: suporte cardiovascular, manter o paciente bem hidratado, sem usar medicações e longa ação. Benzodiazepínico é droga de escolha, mas podem ser usados: nitroglicerina, nitroprussiato, lidocaína, evita-se usar β-bloqueadores isoladamente em emergências, status spilepticus devem ser tratados agressivamente com benzodiazepínicos e fenobarbital.
Ectasy; possui tanto propriedades estimulantes quanto alucinógenas, o pico plasmático ocorre entre 2 horas após sua ingestão, aumentando a liberação e inibe a receptação de serotonina, que parecem ser o responsável pelos seus efeitos psicotrópicos. Efeitos agudos podem ser divididos em desejáveis e indesejáveis, os desejáveis são a melhora do humor, sociabilidade, empatia, sensação de intimidade, aumento da sensação de prazer, sensação de euforia e bem estar, aumento da percepção visual e sensorial, aumento de energia extroversão e confiança. Os efeitos indesejáveis são ansiedade e pânico, depressão, desrealização e despersonalização, pensamento acelerado, bloqueio do pensamento, fungas de ideias entre outras. Existem complicações agudas decorrente o uso: síndrome serotoninérgica, hipertermia, complicações cerebrais, complicações hepáticas, complicações cardiovasculares.
Tratamento; tratamento suportivo é essencial, deve-se fazer um lavagem gástrica com carvão ativado, caso a ingestão já tenha passado de 1 hora não é necessário, pois a droga já foi absorvida. Em caso de agitação e ansiedade usar benzodiazepínicos por via EV, em caso de HAS deve-se usar propranololou esmolol, fentolaminae nitroprussiato.
LSD ( acido lisérgico dietilmina): é uma droga alucinógena ,age nos receptores serotoninérgicos (5-HT2) do SNC, mais especificamente no córtex cerebral , seus efeitos ocorrem de meia hora a 2 horas após a ingestão. Os efeitos são tontura, ansiedade, distorção visuais, labilidade emocional, secura na boca, náuseas e efeitos simpatomiméticos.
Tratamento: recomenda-se o tratamento suportivo e psicológico até que os efeitos passem. Utiliza-se diazepam 20 mg VO que faz as alucinações e a ansiedade parar em 20 minutos.
Metanfetamina e mentanfinas cristais: estimuladoras do SNC e podem ser utilizadas por via oral, intranasal, endovenosa ou forma de fumo. Excitam os receptores dopaminérgicos e noradrenergicos do SNC promovendo efeito em 15 a 20 minutos(VO) 3 a 5 (VIN). Efeitos: euforia, sensação de bem estar, aumento da sociabilidade, autoconfiança, hipervigilancia, diminuição da necessidade do sono, ansiedade, tensão, raiva, ideação suicida entre outros.
Tratamento: é semelhante ao tratamento por MSMA, se necessário usar antipsicoticos, recomenda-se 2mg de risperidona via oral, olanzapina 5mg via oral.
Álcool
etilico
Quando ngerido o álcool é potencialmente absorvido peloestômago intestino (esse ritmo depende do teor alcoólico e a presença de alimentos no estomago) o pico de concentração corre 30 minutos após a ingestão,. O principal responsável pelo metabolismo é o fígado através da enzima álcool-desidrogenase.
Intoxicação: cauda de maior frequência de procura de PS, tanto por efeito direto quanto indireto, no corpo pode causar desde agitação até o coma. Intoxicações leves a moderadas predominam manifestações cerebelares, náuseas, taquicardia, labilidade do humor. Pode ocorrer o amnesia (bloqueio alcoólico) no período de intoxicação, o diagnostico deve ser revisto quando há grandes divergências entre o nível sérico de etanol no quadro clinico não tem melhora.
Tratamento: a chegada do paciente no os deve ser tratada como um caso grave , no brasil é cultural “intoxicação alcoólica melhora com glicose”, mas essa pratica é desaconselhada, no entanto a intoxicação aumenta a chance do pacientede ter hipoglicemia, deve-se realizar um exame de rotina uma glicemia capilar (dextro) no paciente. Caso haja hipoglicemia deve-se prescrever 50 a 100g de glicose, associado a 100g de tiamina. 
O tratamento básico é de suporte e dependera da presença de complicações clinicas. Pacientes com intoxicação leve a moderada, glicemia capilar normal e sem fatores de complicação, devem ser liberados. Os demais pacientes receberam hidratação com reposição eletrolítica de acordo com o quadro clínico.
 Venenos
A intoxicação envolve quatro elementos: o veneno, o organismo envenenado, o prejuízo para as células, e os sinais e sintomas ou morte. Estes quatro elementos representam a causa, o assunto, o efeito e a consequência do envenenamento. Para se iniciar a intoxicação, o organismo tem de estar exposto ao agente tóxico, quando um nível do agente tóxico é acumulado nas células do tecido-alvo ou órgão, a lesão dai resultante para as células perturba a sua estrutura ou função normal. 
Ácidos e álcalis (corrosivos e alvejantes): corrosivos são substancias com o pH com ácido (ácido sulfúrico) ou básico (soda caustica), e são capazes de reagir com moléculas orgânicas e causar graves lesões na pele, olhos, e se ingeridos podem causar graves lesões orais, e ainda assim a intoxicação pode ocorrer de forma inalatória, prejudicando ainda mais as vias aéreas superiores. Os casos mais comuns em OS é intoxicação por produtos de limpeza domésticos que pode ser inalado sem querer ou ingerido em tentativa de suicídio, hipoclorito e soda caustica são os mais comuns. Os ácidos causam necrose de coagulação, proteínas são desnaturadas.
Os álcalis causam necrose por liquefação e ocasionam uma saponificação das gorduras, dissolução de proteínas e emulsificação de membranas lipídicas, podendo levar a necrose tissular e trombose de pequenos vasos.
Intoxicação: dor, eritema, disfonia, salivação excessiva , disfagia, dor abdominal e vômitos (vômitos podem causar mais prejuízos). Caso grave pode ter agravo da dor torácica, dispneia. Em caso grave de dor abdominal sem ruídos e pneumoperitoneo indicam perfuração gástrica, acidose metabólica, insuficiência renal, hemólise, eventualmente pode causar hematomese por conta das lesões vasculares no TGI. A inalação pode levar a pneumonia, grave taquicardia e SARA (síndrome da angustia respiratória do adulto).
Tratamento: lavagem gástrica e carvão ativado são totalmente contraindicados . Hidratação vigorosa, correção dos distúrbios eletrolíticos com uso de antiemeticos/bloqueadores de H2. As estenoses devem ser tratadas por dilatação endoscópica 3 a 4 semanas após a ingestão, casos mais graves pode ser necessário cirurgia para correção.
Hidrocarbonetos aromáticos e derivados de benzeno (cola de sapateiro): a intoxicação geralmente resulta da inalação de vapor. Quadro clinico é de tosse seca, dispneia, vômitos, dor abdominal, arritmia, confusão entre outras. O dignstico é feito pela confirmação da dosagem do metabolismo do tolueno na urina.
Tratamento: suporte ventilatório, hemodinâmico e outros. Medidas de descontaminação do TGI não devem ser utilizadas.
Inseticidas organofosforados (OF) e carbamatos: intoxicação por contato acidental ou ingestão por suicida. Produz síndrome colinérgica dramática, e e é de fácil diagnostico no PS. Os organofosforados causam inibição irreversível da enzina acetilcolinesterase, e tem extensa distribuição no organismo e u lento metabolismo hepático. Os carbamatos, inibe a acetilcolinesterase é reversível, carbamatos são encontrados em muitos inseticidas domésticos e também podem ser chamados de ‘chumbinhos” (erroneamente usado para matar ratos), tem ação mais curta e com baixa toxicidade pode ou nenhuma penetração no SNC. Os organofosforados são mais graves que os carbamatos.
Intoxicação: receptores muscarínicos causam náuseas. Vômitos, dores abdominais, incontinência fecal, e urinaria, sibilos, hipersalivação, aumento da secreção brônquica, dispneia, sudorese, miose, visão borrada e em casos mais graves podem surgir bradicardia, hipotensão, bloqueio atrioventricular, e edema pulmonar. Já em receptores nicotínicos causam taquicardia, hipertensão, fasciculações, fraquezas musculares e hipoventilaçãoalteração no SNC.
Tratamento: todas as roupas do paciente devem ser tiradas e ele deve ser submetido a uma exaustiva lavagem para descontaminação da pele, em casos de intoxicação via oral, carvão ativado pode ser utilizado. Antidoto: atropina que age como antagonista dos receptores muscarinicos (taquicardia é contraindicado o uso) e pralidoxima q regenera a acetilcolenesterase tem sinergismo com a atropina e tem sua indicação em intoxicação organofosoforados com objetivos de inibir os efeitos da intoxicação.
Produtos de limpeza de uso doméstico (desengordurantes, domissanitarios): causam intoxicação pula inalação de vapores ou pela ingestão que é a mais perigosa, que o quadro clinico principal relaciona ao aparelho respiratório ao TGI e depressão do SNC. Em casos graves (raros) podem evoluir com miocardiopatia e arritmia 
Tratamento: suporte e não fazer descontaminação do TGI.
Metanol e etilenoglicol (alcooís alifáticos): intoxicação grave por acidose metabólica pode acontecer. O etilenoglicol é incolor, inodoro, adocicado, solúvel em agua e usado como solvente de tinta, plástico e produtos farmacêuticos, na produção de explosivos, extintores, entre outras. O metanol é parecido com o etanol, usado em laboratórios, soluções de limpeza, removedores de tinta e fluidos de maquinas copiadoras, e a intoxicação pode ocorrer por ingestão ou absorção da pele, os efeitos tóxicos ocorre de acordo com o acumulo e ação do ácido fórmico.
Tratamento: lavagem gástrica não é indicada, pois carvão ativo não absorve esses tóxicos, o suporte clinico é essencial. O tratamento da acidose metabólica com repetidas doses de bicarbonato de sódio pode salvar a vida do paciente. Em intoxicações graves é feito o exame para se iniciar o antidoto imediatamente, e os antídotos são: alcooletilico IV ou fomepizol inibe a enzina-chave o alcool desidrogenase (ainda não disponível no nosso meio). Em caso do metanol prescrever ácido fólinico , leucovorin cálcio.
Monóxido de carbono : é muito comum esse tipo de intoxicação nos estados unidos e é lidar em óbito. É produzido durantes a combustão liberado pelo escapamentos dos veículos, é rapidamente absorvida nos pulmões e no sangue liga-se a hemoglobina com um afinidade de 210 vezes maior que o oxigênio. 
Intoxicação: dispneia, taquicardia, cefaleia, labilide emocional, náusea, vômitos e diarreia. Progressivamente podem surgir agitação , cegueira. Distúrbios da visão e evoluir para o rebaixamento do nível de consciência e coma.
Tratamento; além de suporte respiratório e hemodinâmico, pacientes com consciência pode ser tratados com mascaras de oxigênio ate que estejam assintomáticos ou carboxi-hemogloblina < 10%, pacientes com instabilidades hemodinâmica ou sintomas neurológicos devem ser intubados com ventilação com oxigênio a 100%.
4. Conclusão5. Anexos
Animais venenos:
Cobras
Aranhas
Escorpião
Escorpião preto
Escorpião marron
Escorpião amarelo 
Drogas 
Sintéticas 
Ectasy
Cocaína
Metanfetanina cristais
LSD
5. Referencias 
Intoxicações e envenenamento 
HERLON SARAIVA MARTINS, MARIA CECÍLIA MARTINS, SORAIA BARAKAT; Pronto socorro- medicina de emergência. 3° edição. Editora HCFMUSP
NIVEA CRISTINA MOREIRA SANTOS; urgência e emergência para enfermagem- do atendimento pre hospitalar (APH) a sala de enfermagem
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/intoxicacao-por-drogas/2197 acesso em dia 25 de marco de 2018
Animais peçonhentos
MARCO TULIO BACCARINI PIRES, SIZENANDO VIEIRA STALING;ERAZO Manual de urgência em pronto socorro. 9° edição. Editora Guanabara Koogan
MARCO TULIO BACCARINI PIRES, SIZENANDO VIEIRA STALING;ERAZO Manual de urgência em pronto socorro. 10° edição. Editora Guanabara Koogan
http://animais-peconhentos.info/primeiros-socorros.html acesso em 25 de março de 2018

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