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AD1 2017 de libras com resposta 1

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1- Surdez pré-língual é aquela que se instala antes que a criança tenha tido o contato com a linguagem oral suficiente para aprender a ler, falar ou entender a fala. São pacientes sem memória auditiva.Ex: É o caso de Sandrine, que já nascera surda e que não teve uma intervenção adequada por parte dos pais.
 A perda da capacidade auditiva na idade adulta ou após a criança ter adquirido a linguagem oral é chamada de surdez pós-lingual. Ex.: É o caso de “Cole” que possuía 90% de audição ao ser diagnosticado, e com isso não conseguia se comunicar mas teve melhores oportunidades de aprendizado, graças a intervenção amorosa de sua mãe.
2- O propósito da educação dos surdos, então, era que estes pudessem desenvolver seu pensamento, adquirir conhecimentos e se comunicar com o mundo ouvinte. Para tal, procurava-se ensiná-los a falar e a compreender a língua falada, mas a fala era considerada uma estratégia, em meio a outras, de se alcançar tais objetivos. 
Cada pedagogo trabalhava autonomamente e não era comum a troca de experiências. Assim, torna-se difícil saber o que era feito naquela época; em conseqüência, muitos dos trabalhos desenvolvidos se perderam.
Nas tentativas iniciais de educar o surdo, além da atenção dada à fala, a língua escrita também desempenhava papel fundamental. Os alfabetos digitais eram amplamente utilizados. Eles eram inventados pelos próprios professores, porque se argumentava que se o surdo não podia ouvir a língua falada, então ele podia lê-la com os olhos. Falava-se da capacidade do surdo em correlacionar as palavras escritas com os conceitos diretamente, sem necessitar da fala. Muitos professores de surdos iniciavam o ensinamento de seus alunos através da leitura-escrita e, partindo daí, instrumentalizavam-se diferentes técnicas para desenvolver outras habilidades, tais como leitura labial e articulação das palavras.
Os surdos que podiam se beneficiar do trabalho desses professores eram muito poucos, somente aqueles pertencentes às famílias abastadas. É justo pensar que houvesse um grande número de surdos sem qualquer atenção especial e que, provavelmente, se vivessem agrupados, poderiam ter desenvolvido algum tipo de linguagem de sinais através da qual interagissem. A partir desse período podem ser distinguidas, nas propostas educacionais vigentes, iniciativas antecedentes do que hoje chamamos de "oralismo" e outras antecedentes do que chamamos de "gestualismo'".
3- Os Oralistas exigiam que os surdos se reabilitassem, que superassem sua surdez, que falassem e, de certo modo, que se comportassem como se não fossem surdos. Impuseram a oralização para que os surdos fossem aceitos socialmente e, nesse processo, deixava-se a imensa maioria dos surdos de fora de toda a possibilidade educativa, de toda a possibilidade de desenvolvimento pessoal e de integração na sociedade, obrigando-os a se organizar de forma quase clandestina.
4-Inicialmente a visão sobre a surdez era negativa e se via apenas aspectos negativos sobre os sujeitos envolvidos. Eram vistos como diferentes e pouco ou nada se sabia ao lidar com a deficiência. As pessoas viviam à margem da sociedade sem direitos assegurados. 
Ao longo dos séculos houve várias tentativas de ensino para que pessoas com surdez se comunicassem. Inicialmente tentativas com a linguagem oral, seguida da linguagem de sinais, e atualmente, respeito e autonomia das línguas, o essencial é a comunicação.
Em termos de educação ainda se insiste na oralização, com a integração dos deficientes no sistema de ensino regular, a utilização de equipamentos e profissionais especializados, enquanto que na Comunicação Total prioriza-se o respeito às diferenças e à superação do entrave da comunicação.
Os objetivos do Oralismo giram em torno do entendimento dalíngua oral e o que o ouvinte possa vir a propiciar ao deficiente. Na contramão, a Comunicação Total utiliza de todos os recursos para que o deficiente venha a se comunicar.
Atualmente o Oralismo insiste que a criança receba a linguagem oral e se expresse através da fala. Na Comunicação Total se requer incorporação de modelos auditivos, manuais e orais para assegurar a comunicação eficaz entre as pessoas com surdez.

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