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DIR 120 Obrigações Resolução de Prova 2015.1 (prof. Leonardo Vieira) (Helson)

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RESOLUÇÃO DE PROVA 
 
 
Identificação do Aluno 
Nome Matrícula Turma 
HELSON NUNES DA SILVA 201710214 T4B 
Identificação da Disciplina 
Código e Descrição Prova Professor 
DIR120 – DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 2ª Avaliação Leonardo Vieira 
 
2015.1 – Turma T4B 
Questão 1 
Relacione o teor da segunda parte do art. 294, CC e a regra do art. 284 do mesmo códex. 
(não resolvida) 
A 2ª parte do art. 294, CC visa proteger os interesses do devedor, que, no momento do conhecimento da cessão, já 
possuía exceções oponíveis contra o devedor original. Assim, é possível que o devedor oponha não só as exceções 
que possuir contra o cessionário, mas também as que tenha direito contra o cedente. 
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, 
no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da 
 solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Questão 2 
Sobre o prisma estritamente legal, a assunção de dívida e a novação subjetiva passiva são dissonantes no 
que tange à disciplina das garantias prestadas por terceiros? 
Sim, sob o prisma estritamente legal, existe dissonância entre a assunção de dívida e a novação subjetiva passiva, 
no que tange às garantias prestadas por terceiros. Isso porque na assunção de dívida é possível, ainda que sob 
severa crítica por parte da doutrina, que as garantias prestadas por terceiros sejam mantidas após a substituição do 
devedor original pelo novo devedor (assuntor) (art. 330, 1ª parte), enquanto que na novação subjetiva passiva, tal 
possibilidade está expressamente vedada (art. 364, 2ª parte). 
Esclareço. 
Em regra, na assunção de dívida, uma vez substituído o devedor, consideram-se extintas as garantias especiais por 
ele originalmente dadas ao credor. Contudo, a primeira parte do art. 300, ressalva a possibilidade de assentimento 
expresso do devedor primitivo no sentido de manter essas garantias. Se a garantia foi prestada pelo próprio devedor 
original, não há grande distorção, mas se a garantia foi prestada por terceiro (fiador, avalista), cria-se uma situação 
esdrúxula de ele (terceiro) passar a ser garantidor de um assuntor com quem sequer mantém um vínculo de 
confiança. 
A seu turno, na novação subjetiva passiva, em que ocorre a substituição do devedor na nova obrigação, é possível 
afirmar que em nenhuma hipótese poderá a garantia dada por terceiro na obrigação original se estender à nova 
obrigação, sem consentimento do terceiro, com base no art. 364, que estabelece que o credor não poderá aproveitar o 
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação. 
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da 
dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. 
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em 
contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados 
em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação. 
 
 
 
 
 
Questão 3 
Qual o motivo da cessão de crédito e a novação subjetiva ativa serem dissonantes no que tange à 
importância conferida à manifestação de vontade do devedor? 
O motivo guarda relação com o fato de que na cessão de crédito, embora haja a substituição do polo ativo, mantém-se 
a mesma obrigação original, então, é possível o cedente e o cessionário firmarem a cessão, sem a anuência do 
devedor, muito embora a eficácia plena dessa cessão só se concretiza com a comunicação deste (arts. 286, 290, 292, 
CC). Por outro lado, na novação subjetiva ativa, a substituição do polo ativo é acompanhada da extinção da obrigação 
original e a criação de uma nova obrigação (art. 360, III). Dessa forma, na novação subjetiva ativa, não haveria como 
se estabelecer uma nova obrigação sem a manifestação de vontade do devedor, já que o ato seria nulo. 
Questão 4 
Discorra sobre a teoria do adimplemento substancial 
A teoria do adimplemento substancial preconiza que sempre que houver um adimplemento muito expressivo, que se 
aproxime de forma intensa à dívida total da obrigação, parâmetro esse avaliado no CASO CONCRETO, haveria o 
IMPEDIMENTO ao credor de cogitar a consequência jurídica da RESOLUÇÃO, em que pese o disposto nos art. 313 e 
314, CC. Restaria ao credor REQUERER INDENIZAÇÃO. 
Afigura-se, assim, uma exceção à regra, derivada do princípio da boa-fé objetiva, com supedâneo nos ensinamentos 
de Clóvis de Couto e Silva, à luz do neoconstitucionalismo (“A obrigação como um processo”). 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, 
nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. 
Questão 5 
“João, fiador de Maria, terá êxito na consignação de pagamento que manejar para quitar a dívida 
que esta tem perante José” Aponte os eventuais erros e acertos do quanto afirmado. 
No que tange à legitimidade de João para proceder à consignação, ele está respaldado pelo art. 304, CC, já que é 
terceiro interessado, e a mora de Maria poderia acarretar prejuízos a seu patrimônio. A consignação seria admitida, 
caso o credor não pudesse ou recusasse injustificadamente o recebimento do pagamento, além de outras hipóteses 
previstas nos art. 335, que não tem rol taxativo. 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se 
opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
A consignação em pagamento faz as vezes de pagamento e extingue a dívida, desde que seja efetuada judicialmente, 
por depósito, ou extrajudicialmente, em estabelecimento bancário, com notificação do credor para levantamento. Os 
requisitos estão previstos na lei. 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar 
quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em 
lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e 
tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento, incluindo aí que o pagamento consignado seja de 
forma INTEGRAL.

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