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CONCRETO Professora Verônica B. F. S. de Souza Introdução • Definições: – Concreto é um material utilizado na construção civil que contém cimento, agregados (miúdo e graúdo), água e eventualmente aditivos químicos. 2 ◦ Concreto magro Concreto sem função estrutural, geralmente utilizado em pisos, peças submetidas a pequenas solicitações, preenchimento do fundo de valas, etc; Baixo consumo de cimento (variando entre 100kg a 150kg por m³); Utiliza britas nº1 ou nº1 e 2; Resistência à compressão, em geral, inferior a 10MPa; Baixa trabalhabilidade e tendência a segregação e exsudação acentuados, devido ao baixo consumo de cimento. 3 Tipos de Concreto – Concreto Ciclópico • Concreto normal, mas durante seu lançamento, adiciona-se pedra-de-mão; • Utilizado em locais com pouca armação, devido a dimensão da pedra-de-mão (aproximadamente 150mm). 4 – Concreto Convencional • Concreto comum utilizado em estruturas de concreto armado, como fundações, pilares, vigas, lajes, etc; • Lançado utilizando-se carrinhos-de-mão, calha, latas, caçambas, etc; • Consistência avaliada através do ensaio do abatimento de tronco de cone (“slump-test”). Abatimento aproximado de 60mm + 20mm; • Dimensionado com britas nº 0 e 1 ou 1 e 2. 5 – Concreto Bombeável • Concreto que utiliza de bombas hidráulicas e tubulação específica para efetuar deslocamento até região onde será utilizado; • É fundamental que a trabalhabilidade deste tipo de concreto seja maior para diminuir o atrito interno com a tubulação e isto é alcançado com um maior teor de argamassa; • Slump: 100 mm + 20 mm; • Devido ao bombeamento, deve-se ter um teor mínimo de finos (cimento + finos pulverulento) de 350kg/m³ de concreto. 6 – Concreto Auto-adensável • Concreto com alta trabalhabilidade; • Slump: 220 mm + 20mm; • Indicado para concretagem de pequenas peças, peças com alto teor de armações, ou submersas; • Alto consumo de água 220L/m³ de concreto, mas pode ser inferior ao utilizar aditivos fluidificantes; • Dispensa a utilização de vibradores. 7 VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=St6S N3lGwCs ◦ Concreto Projetado Concreto com tempo de pega ultra-rápido. Pode ser aplicado via úmida ou seca; Por via seca o concreto com aditivos aceleradores de pega é bombeado através de um mangote e entra em contato com a água somente no bico. Este concreto é lançado na superfície, onde reage e endurece em poucos segundos; Por via úmida o concreto misturado com a água é bombeado através do mangote e entra em contato com os aditivos aceleradores de pega somente no bico; Utilizado em recuperação de estruturas, revestimento de canais, proteção de taludes e, principalmente, em revestimento de abóbadas de túneis; Requer cuidados na dosagem. Consumo elevado de cimento (>400kg/m³), baixo consumo de água, alto teor de areia, brita nº 0 e aditivos aceleradores de pega. 8 – Concreto Aparente • Este tipo de concreto é dosado para que não tenha nenhum tipo de acabamento, como tintas, revestimentos, etc; • A utilização de jatos de areia ou água sob pressão, pintura com vernizes, que não alterem a coloração original do concreto, não descaracterizam o concreto aparente; • Consumo de cimento maior que 300kg/m³, plasticidade adequada, etc, são parâmetros que devem ser observados para o controle de qualidade deste tipo de concreto. 9 – Concreto Arquitetônico • Características estéticas; • São aplicados materiais que dão pigmentação ao concreto, ou agregados que possuam aspecto visual agradável à arquitetura empregada. 10 – Concreto Leve • É caracterizado como concreto leve aquele concreto que tenha massa específica variando em torno de 800kg/m³ a 2000kg/m³; • Utiliza-se agregados leves em seu traço, como vermiculita, argila expandida, flocos de isopor ou incorporação de ar (espuma); • Pode ser empregado estruturalmente mediante rigoroso estudo preliminar. 11 – Concreto Pesado • Fabricado utilizando-se agregados de alta massa específica, como: barita, limonita ou minérios de ferro como magnetita e hematita, podendo ser empregado também esferas de aço; • Característica básica: massa específica superior a 3000kg/m³; • Substitui paredes de chumbo. Empregado em locais onde exista equipamentos que emitam radiação; • Lançamento convencional ou bombeável, desde que em curtas distâncias verticais e horizontais. 12 13 ◦ Concreto Compactado com Rolo Utilizado em sub-base de pavimento rígido, base de pavimento flexível e intertravado, ou como base e revestimento de pavimentos de tráfego leve; Baixos teores de cimento (100 kg/m3 e 130 kg/m3) e água (5% a 7% em massa); O concreto compactado com rolo é lançado de modo convencional, espalhado no local da concretagem e compactado com rolo compressor. A compactação correta é fundamental para se garantir as propriedades do concreto, o número de passadas depende do porte do equipamento e da espessura das camadas. 14 ◦ Concreto para Pavimento Rígido Ao contrário da maioria dos concretos que devem apresentar resistência à compressão, o concreto utilizado para a pavimentação deve garantir resistência aos esforços de tração na flexão, além de suportar ataques externos de: óleos, graxas, combustíveis, águas ácidas, etc; Slump: 50 mm + 10 mm Consumo de cimento em torno de 400kg/m³ de concreto; Baixo consumo de água, visando diminuição da retração hidráulica; Utiliza-se brita nº 1 ou 2; 15 • “O pavimento rígido substitui o pavimento flexível com amplas vantagens: maior resistência mecânica, maior durabilidade das placas (vida útil superior a 25 anos), melhor aderência, mais segurança devido à maior visibilidade e menor investimento final devido à redução acentuada dos custos de manutenção.” 16 VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=HmsCOLQSG8A ◦ Concreto para Piso Industrial e Lajes Polidas Trata-se dos concretos que foram submetidos a acabamento superficial mecânico; Utilização e britas nº 0 e 1 ou 1 e 2, dependendo da espessura do piso; fck mínimo de 25MPa, visando evitar desgastes prematuros da superfície; Têm fator decisivo na durabilidade do piso: Estudo das camadas inferiores do solo local; Isolamento entre camadas; Cargas atuantes; Condições de execução; Sistemas construtivos, Características do concreto; Barras de transferência e ligação; Especificações de juntas e selantes, Tipos de revestimento; Manutenção Periódica. VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=oNjK_FN8Od0&feature=related – Concreto de alta resistência inicial • Fabricado, em geral, com cimento CPV, mas pode-se empregar outros tipos de cimento respeitando uma dosagem que permita o ganho de resistência nos primeiros dias; • Utilizado em ocasiões onde é necessário que o concreto apresente altas resistências com até 3 dias; • Utilizado em fábricas de pré-moldados para maior rotatividade das formas e em estruturas de concreto protendido. 18 . 19 ◦ Concretos de Alto Desempenho Tipo de concreto criado recentemente, para atender às crescentes exigências a esforços exercidos nas estruturas; Utilização de aditivos fluidificantes, devido ao baixo consumo de água; Utilização de sílica ativa; Características: Baixa permeabilidade; Alta resistência ao ataque de cloretos e sulfatos; Alta resistência à abrasão; Ótima aderência sobre o concreto velho; Melhor aderência entre o concreto e o aço; Altas resistências mecânicas em baixas idades; Baixa segregação; Ausência de exsudação; Inibição da reação álcali-agregado; Maior durabilidade. 20 Grão de cimento Grão de sílica ativa 21 – Concreto Extrusado • Deve apresentar bom nível decoesão para que não ocorra deformações durante a extrusão da peça; • Utilizado para a produção de meio-fio; • Como a coesão está relacionada ao teor de finos presente no concreto, é usual o teor mínimo de cimento de 300kg/m³. 22 – Concreto com Adições • São concretos que contam com algum tipo de adição que objetivam suprir alguma especificação particular de solicitação; • Adições como fibras (polipropileno, nylon, PVA, vidro, metálicas), sílica ativa, fluidificantes, etc. 23 http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteu do.php?a=36&Cod=287 http://www.seinmec.com/ProdDet_07_01_01.html http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteu do.php?a=36&Cod=287 24 Aditivos no Concreto • Definições – O aditivo é o material que não é essencial ao concreto. Colocado na betoneira antes ou durante a mistura e em quantidades, geralmente, muito pequenas e bem homogeneizado; – São utilizados para reforçar ou criar determinada característica na pasta de concreto. 25 Histórico • A utilização de aditivos para o aumento da plasticidade do concreto em seu estado fresco reflete a evolução da exigência da estrutura quanto aos esforços. A obtenção de concretos com elevada resistência à compressão está diretamente relacionada a diminuição do consumo de água na mistura do concreto. • Esta diminuição a níveis extremamente baixos (a/c entre 0,1 e 0,3) leva a perda de trabalhabilidade do concreto no estado fresco, chegando até a impossibilidade de homogeneizar os constituintes. 26 • Tendo em vista esta tendência na construção civil o emprego de aditivos plastificantes é de essencial importância, pois cada vez mais serão exigidos concretos com baixas relação a/c, altas resistências mecânicas e elevada fluidez para o bombeamento. • Outro aspecto que ficou em evidência pelo uso das estruturas e por estudos cada vez mais freqüentes, é a durabilidade de estruturas de concreto armado. 27 • Tipos de aditivos utilizados em concretos: – Redutores de consumo de água (Plastificantes); – Aceleradores; – Retardadores; – Superplastificantes; – Geradores de ar incorporado; – Pigmentadores; – Impermealizadores. 28 • Plastificantes – Aumentam a fluidez do concreto; – Diminui a quantidade de água no concreto no estado fresco para uma mesma trabalhabilidade; – Composto de materiais orgânicos solúveis em água que agem na diminuição da atração entre as partículas do cimento. 29 • Aceleradores – Compostos químicos solúveis em água que atuam no aumento da velocidade de reação entre o cimento e a água, podendo gerar ganho na resistência inicial do concreto; – Deve ser utilizado com muita cautela devido ao gradiente térmico que pode ser gerado pela aceleração da hidratação do cimento, e por estes tipo de aditivos conterem cloreto de cálcio, que em excesso é prejudicial ao concreto. 30 • Retardadores – Compostos químicos solúveis em água que atuam na diminuição da velocidade de reação entre o cimento e a água; – Utilizado quando se deseja manter o concreto no estado fresco por mais tempo, ou quando se deve controlar a geração de calor devido a hidratação do cimento. 31 • Incorporadores de ar – A presença de bolhas no concreto no estado fresco eleva a trabalhabilidade e melhora a durabilidade do concreto em ambientes sujeitos a congelamento; – São formadas bolhas de tamanho regular pelos aditivos compostos de sulfatos orgânicos. 32 • Superplastificantes – Aumentam a trabalhabilidade do concreto fresco, diminuindo a quantidade de água empregada em 20 a 30%; – Utilizados para a produção de concretos com alta resistência e slump elevado. 33 – Mecanismo de atuação: • Admite-se que os aditivos sejam absorvidos pelas partículas de cimento, fazendo com que as mesmas se tornem negativamente carregadas e mutuamente repulsivas. Devido a este efeito, as partículas de cimento são melhor dispersas e a mistura, conseqüentemente, torna-se mais fluida. – Utilização: • Produção de concretos com baixas relação a/c; • Produzir concretos com alta resistência; • Concretos com maior durabilidade e impermeabilidade. 34 • Impermeabilizantes – Podem ser utilizados aditivos oleificantes que garantem ao concreto uma característica superficial de repulsão da água, ou materiais com baixa granulometria em associado a aditivos redutores de água, levando esse concreto à diminuição dos poros dificultando a entrada de umidade; 35 • Pigmentadores – São materiais finos que são adicionados no concreto e que possuem coloração (Ex: óxidos de ferro, hidróxidos de ferro e carbono) – Como estarão em contato com o cimento hidratado devem ser resistentes ao alto pH. 36 – Materiais Pulverulentos • São materiais pétreos minerais ou terras finamente moídas que adicionados ao concreto, durante seu preparo, podem modificar suas características físicas e mecânicas; • Materiais inertes – Em concretos pobres e sem finos, o emprego de materiais pulverulentos causa a diminuição da exsudação e da segregação bem como, melhoria da trabalhabilidade; – Em concretos ricos ou preparados com agregados finos, a adição do material pulverulento acarreta diminuição da trabalhabilidade do concreto; 37 – A adição do material pulverulento acarreta um aumento de quantidade de pasta de mistura e, portanto, de sua capacidade de deformação plástica; – Os materiais pulverulentos quase totalmente inertes podem melhorar as características de resistência à compressão do concreto; – Materiais pulverulentos inertes, não obstante diminuírem a resistência à compressão dos concretos ricos, podem ser empregados com a finalidade de reduzir a retração e a conseqüente formação de fissuras; – Tendo os materiais inertes finamente divididos peso específico menor do que o do agregado comum, podem ser empregados no lugar deste no preparo de concretos leves. – São empregados na proporção de 5 a 15% do peso do cimento. 38 • Pozolanas – Melhoria da trabalhabilidade do concreto; – Proteção do concreto contra a expansão entre alguns componentes silicosos de certos agregados e os álcalis do cimento (óxido de sódio [Na2O] e óxido de potássio [K2O]); – Diminuição da reação álcali-agregado; – Melhoria da resistência do concreto à ação da água do mar, ou outras águas agressivas, com as sulfatadas. 39 Controle de Qualidade • Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone – Slump Teste – Finalidade: • Determinar a consistência do concreto através do abatimento, com auxílio do cone de Abrams. Quanto maior o abatimento maior a plasticidade. 40 – Aparelhagem: • Molde: Confeccionado em chapa metálica com pelo menos 1,6 mm de espessura, em forma de tronco de cone reto, 300 mm de altura, abertura superior e inferior com diâmetros de 100 e 200 mm respectivamente. 41 • Placa metálica de base para apoio do molde; • Haste de socamento: Barra de aço reta, com 600 mm de comprimento e 16 mm de diâmetro, superfície lisa, seção transversal circular e extremidade de socamento semi- esférica; • Concha: Para recolhimento do concreto, confeccionada em aço ou outro material não absorvente; • Régua. 42 43 FONTE: http://engenhariacivil.wordpress.com/2008/10/25/ensaio-de-abaixamento-de-betao/ – Amostragem: • O volume da amostra deve ser de, pelo menos, 1,5 vezes o volume necessário para o enchimento do molde e nunca inferior a 30 litros. • A amostra de betoneira estacionária deverá ser colhida no terço média da mistura. • A amostra de caminhão betoneira, colhida no terço médio da mistura, deverá ser formada por duas ou mais porções durante a descarga, colhida com pá ou concha. Em geral a amostra é coletada no início da descarga docaminhão para aceitação do concreto e liberação do descarregamento. 44 • Em concretos para pavimento rígido e concreto compactado com rolo a amostra deve ser coletada em cinco pontos diferentes. As porções devem ser homogeneizadas e ensaiadas. • Concreto com dimensão máxima do agregado graúdo superior a 38 mm deverá ser passado pela peneira de 38 mm para eliminação das pedras retidas nessa malha. • Após a retirada da amostra o prazo máximo para execução do ensaio é de 5 minutos. • A amostra deve ser homogeneizada antes e durante o ensaio. 45 – Ensaio: • O ensaio deve ser realizado sobre uma base nivelada, livre de choque e vibrações. • O molde, a base e o complemento deverão estar limpos e umedecidos antes do ensaio. • O molde deve ser enchido em 3 camadas de volume aproximadamente iguais. • Cada camada receberá 25 golpes dados com a haste de socamento, uniformemente distribuídos por toda a seção do molde, penetrando em toda a espessura da camada até atingir a camada subjacente. 46 • Após o adensamento, retirado o complemento, o excesso de concreto deverá ser removido de modo que a superfície fique nivelada com a extremidade superior do molde. • A desmoldagem será efetuada elevando-se o molde pelas alças, cuidadosamente, na direção vertical com velocidade constante e uniforme, num tempo compreendido entre 8 e 12 segundos. 47 FONTE: Efeito da aplicação do poliestireno sulfonado (PSSNa) como aditivo em argamassas e concretos de cimento Portland CPV32. Betina Royer; Rosana M. N. Assunção; Guimes Rodrigues F; Leila A. C. Motta 48 – Resultado: • Após a retirada o molde é colocado sobre a base, com auxílio da haste de socamento, apoiada sobre o molde, mede-se a distância, em mm, entre o nível inferior da haste e o centro da amostra. Essa distância equivale ao abatimento do concreto. 49 • Concreto - Moldagem e cura de corpos-de-prova de concreto (cilíndricos ou prismáticos) – Finalidade: • Procedimento para moldagem, desforma, transporte, cura e capeamento de corpos de prova cilíndricos e prismáticos destinados a determinação da resistência à compressão axial, tração na flexão e compressão diametral. 50 – Aparelhagem: • Moldes: – Cilíndricos: Molde metálico de formato cilíndrico, com 10, 15, 20, 25. 30 ou 45 cm de diâmetro e altura equivalente ao dobro do diâmetro (dimensões internas); – Prismáticos: Molde metálico de formato retangular, com seção quadrada de aresta (d) igual a 150 mm e comprimento de 500 mm (dimensões internas); – Obs.: A dimensão básica do corpo de prova deve ser, no mínimo, quatro vezes maior que a dimensão nominal máxima do agregado graúdo. • Haste de socamento: – Barra de aço reta, com 600 a 800 mm de comprimento e de 16 mm, superfície lisa, seção transversal circular e extremidade de socamento semi-esférica. 51 • Vibrador: – Interno: O vibrador interno deve ter freqüência de, no mínimo, 100 hertz (6000 vibrações por minuto) e diâmetro da agulha de, no mínimo, 19 mm e, no máximo, 1/4 do diâmetro interno do molde cilíndrico e 1/3 da aresta interna do molde prismático. – Externo: O vibrador externo deve ter freqüência de, no mínimo, 50 hertz (3000 vibrações por minuto) e deverá ser dotado de dispositivo que permita a fixação do molde. • Concha: – Para recolhimento do concreto, confeccionada em aço ou outro material não absorvente. 52 53 FONTE: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/152/imprime156971.asp – Amostragem: • O volume da amostra deve ser de, pelo menos, 1,5 vezes o volume necessário para o enchimento do molde e nunca inferior a 30 litros. • A amostra de betoneira estacionária deverá ser colhida no terço média da mistura. • A amostra de caminhão betoneira, colhida no terço médio da mistura, deverá ser formada por duas ou mais porções durante a descarga, colhida com pá ou concha. Em geral a amostra é coletada no início da descarga do caminhão para aceitação do concreto e liberação do descarregamento. 54 • Em concretos para pavimento rígido e concreto compactado com rolo a amostra deve ser coletada em cinco pontos diferentes. As porções devem ser homogeneizadas e ensaiadas. • A amostra deve ser homogeneizada antes e durante o ensaio. 55 – Ensaio: • Corpos de prova cilíndricos: – O concreto deve ser colocado no molde em camadas de alturas aproximadamente iguais e adensado, conforme indicado na tabela a seguir: 56 • A moldagem do corpo de prova, qualquer que seja o processo de adensamento adotado, deverá ser efetuada com muito cuidado e sempre de modo homogêneo. A ausência de homogeneidade no ensaio é o principal fator de variações nos resultados de resistência e refletem o grau de perícia do laboratorista, podendo, como já foi dito, colocar sob suspeita uma estrutura perfeitamente apta a suportar as cargas previstas em projeto. 57 • No adensamento manual o corpo de prova deverá ser moldado em camadas sucessivas com alturas aproximadamente iguais. Os golpes deverão ser distribuídos de modo uniforme pela seção do molde e de maneira que penetrem aproximadamente 20 mm na camada anterior. Se a haste de socamento criar vazios na massa do concreto, deve-se bater levemente na face externa do molde até o fechamento dos mesmos. 58 • No adensamento por vibração cada camada será adensada pelo tempo suficiente para que o concreto apresente superfície lisa e brilhante. Quando do adensamento por vibrador de imersão (interno) a sua ponta não deve penetrar mais de 20 mm na camada anterior nem encostar nas laterais e fundo da forma. O diâmetro da agulha do vibrador deve ser pelo menos quatro vezes inferior ao diâmetro da forma e a mesma deve ser introduzida, no centro de cada camada, somente uma vez. 59 • Os corpos de prova não deverão ser transportados para o Laboratório antes de decorrido 24 (vinte e quatro) horas; • Ao chegar ao Laboratório procede-se a retirada do corpo- de-prova do molde; 60 • Depois de identificados os corpos-de-prova devem ser conservados em água saturada com cal ou em câmara úmida (umidade relativa de no mínimo 95% e temperatura de 23º + 2º), onde permanecerão até o dia do rompimento. Não é permitida a cura em água corrente; 61 FONTE: http://pariconha.blogspot.co m/2010_03_14_archive.html • Regularizar a superfície dos topos, possibilitando distribuição de carga homogeneamente em toda a sua superfície. A concentração de cargas em um determinado ponto pode e, em geral, provoca redução acentuada dos valores de resistência. 62 • Corpos de prova prismáticos: – O concreto deve ser colocado no molde em camadas de alturas aproximadamente iguais e adensado, conforme indicado na tabela a seguir: 63 – Com relação ao adensamento manual ou vibratório os corpos de prova prismáticos deverão seguir as mesmas orientações definidas para os cilíndricos. No caso do adensamento com vibrador de imersão recomenda-se que o mesmo seja inserido em posição vertical em 3 pontos distintos ao longo do eixo do molde, primeira imersão no centro, a segunda e terceira a um quarto e três quartos do seu comprimento. – Quanto aos demais procedimentos: transporte, cura e capeamento, os cuidados também são os mesmos dos corpos de prova cilíndricos. A cura inicial dos prismáticos (sete primeiros dias) deverá ser em tanque de água saturada de cal. 64 • Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto. – Finalidade: • Prescrever o modo pelo qual devem ser ensaiados os corpos-de-prova cilíndricos. 65 – Aparelhagem: • Prensa hidráulica que permita a transmissão de carga continuamente e sem choques. O erro máximo permitido é de + 1% entre a carga real e a indicada pelo equipamento, na faixa de 10% a 100% da sua cargamáxima. A prensa deverá ser obrigatoriamente aferida pelo menos uma vez por ano. Em Laboratório instalado em canteiro, cujo controle se destine especificamente à obra, permite-se erro de até + 3%. As superfícies dos pratos devem estar paralelas entre si e perfeitamente niveladas. 66 – Ensaio: • Os corpos de prova curados em tanque ou câmara úmida devem ser testados logo após a retirada dos mesmos. • A superfície do prato e do corpo de prova devem ser limpas antes do ensaio. • O corpo de prova deve ser cuidadosamente centralizado. • O carregamento deve ser contínuo, sem choques, com velocidade entre 0,3 MPa e 0,8 MPa por segundo. 67 – Resultado: • A resistência à compressão do concreto é definida através da relação entre a carga de ruptura e a área da seção transversal do corpo de prova, expressa com aproximação de 0,1 MPa. 68 • Extração, Preparo, Ensaio e Análise de Testemunhos de Estruturas de Concreto. – Finalidade: • Essa norma estabelece as condições necessárias para extração, tratamento e rompimento de corpos de prova (testemunhos) extraídos de estruturas em concreto simples ou armado; • O resultado de resistência à compressão de testemunhos de concreto é, sem dúvida, o método avaliativo mais confiável e adotado pelos calculistas. 69 – Aparelhagem: • Sonda rotativa com coroa circular cravejada de diamante industrial, com diversos diâmetros. 70 – Amostragem • A estrutura deve ser dividida em lotes para se obter uma amostragem representativa. O tamanho máximo dos lotes deve atender aos limites definidos a seguir: – Volume de concreto: Máximo de 100 m3; – Área construída: Máximo de 500 m2; – Período de concretagem: Máximo de 15 dias – Nº pavimentos: Máximo de 1 (um); – Grandes estruturas: Máximo de 500 m3 (prazo de 1 semana) 71 • O número mínimo de exemplares (testemunhos), em cada amostragem – por lote examinado, deve ser igual ou superior a 6 (seis) para cps com diâmetro de 15 ou 10 cm e no mínimo 10 (dez) para diâmetros inferiores. • Em peças de altura elevada, tipo: pilares, colunas, cortinas, etc., sujeitas a ocorrência de exsudação recomenda-se retirar os testemunhos 50 cm abaixo do topo da peça concretada. Não sendo possível é permitido aumentar o resultado do testemunho em até 10%, desde que declarado no laudo técnico. 72 • Recomenda-se não extrair testemunhos de concretos com resistência inferior a 5 MPa. Em determinadas situações, onde não é possível a obtenção de testemunhos homogêneos, durante a operação de extração, é recomendável adotar-se outro método de avaliação da estrutura. 73 – Extração: • Considera-se como ideal os testemunhos com 15 cm de diâmetro, não sendo possível admite-se testemunhos com 10 cm, porém em nenhuma situação o diâmetro do testemunho pode ser menor que 3 (três) vezes a dimensão máxima do agregado graúdo. • Quando isto também não for possível o testemunho pode ter diâmetro inferior porem a amostra deve ser composta por 10 cps. 74 • O testemunho deve apresentar relação altura/diâmetro igual a 2. Não sendo possível deve ser aplicado os fatores de correção a seguir: 75 • Após a retirada o testemunho deve ser examinado atentamente para identificação de materiais estranhos ao concreto, exemplo: torrões de argila, madeira, barras de aço, etc. Admite-se barras de aço ortogonais ao eixo, cuja área não ultrapasse 4% da área da seção transversal do testemunho. 76 – Armazenamento: • Se a estrutura não estiver em contato com água os testemunhos devem permanecer a 23 + 3 ºC, com umidade acima de 50% por no mínimo 48 horas antes da ruptura. • Se a estrutura estiver em contato com água os testemunhos devem ficar submersos em água saturada de cal por no mínimo 48 horas antes da ruptura. 77 – Ensaio de ruptura: • Os topos devem ser serrados com disco de corte para se tornarem planos e paralelos entre si. • Depois de serrados os topos devem ser capeados com pasta de enxofre. • A ruptura deve atender a NBR 5738. • Testemunhos em que se evidenciem falhas de concretagem não devem ser considerados para fins de avaliação da resistência. 78 Novos aditivos em obras especiais • Burj Dubai – Maior prédio do mundo: 818m – 160 andares – Volume de Concreto: 180.000m³ – Desafios: • Concreto de alto desempenho e deveria ser bombeado superando a altura de 600m; • Clima: inverno 10°C e verão 50°C; amplitude térmica diária de 20°C; 79 – Solução: • Criação, pela BASF, de um novo tipo de aditivo composto por polímeros de éter caborxilato (“Glenium SKY”); • Este polímero possui longas cadeias na ramificação da cadeia principal. Assim como os sulfatos utilizados nos plastificates este polímero causa o aumento da carga negativa na superfície dos grãos de cimento, gerando repulsão entre estas partículas. As longas cadeias poliméricas ajudam na capacidade de dispersão do cimento. 80 81 • International Commerce Center High-Rise Building - Hong Kong – Altura: 484m – 118 andares; – Propriedades do concreto • Concreto autoadensavel e bombeavel até 400m de altura; • Módulo de elasticidade de 50GPa; • Resistência de 110MPa; • a/c = 0,25. 82 – Soluções • Incorporação de sílica ativa para atingir a resistência exigida; • Substituição do cimento por 20% a 30% de cinza volante, para o controle da liberação de calor nas reações de hidratação; • Utilizações de aditivos a base de grandes cadeias de poli- carboxilato; – Este aditivo envolve as partículas de cimento gerando repulsão entre elas, garantido que a água empregada envolva todas as partículas. 83 84 • Hangzhou Bay Marine Bridge – China – Maior ponte trans oceânica do mundo: 35,673km; – Propriedades do concreto • a/c entre 0,3 e 0,38; • Vida útil de 100 anos; • Resistência a cloretos e respingos de maré; • Substituir 50 a 60% do cimento por cinza volante e escórias; – Solução • Uso de aditivo baseado em cadeias de poli- carboxilato. 85 – Solução 86
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